terça-feira, 8 de janeiro de 2013

As Mentiras de Passos sobre as Pensões

                    

Contra factos não há argumentos, Cadilhe com esta afirmação põe a nu a desgraçada coligação do seu partido com o CDS.
O antigo ministro das Finanças Miguel Cadilhe afirmou que está a ser cometida uma "injustiça de bradar aos céus" sobre os pensionistas portugueses, que têm...
JN.PT|DE GLOBAL MEDIA GROUP



Não há como negar: temos o primeiro-ministro mais aldrabão, incompetente, irresponsável e perigoso de sempre (desde que há eleições livres, bem entendido).

Vejamos as suas últimas declarações sobre as pensões: um chorrilho de inexatidões, mentiras e acinte. Diz Passos que a denominada "contribuição especial de solidariedade" (CES) é pedida aos que recebem "pensões muito altas". Exime-se, desde logo, de explicitar que para ele as "pensões muito altas" começam nos 1350 euros - primeira aldrabice. E prossegue: esse "contributo especial" é devido por quem recebe essas pensões "por não ter descontado na proporção", quando "hoje os que estão a fazer os seus descontos terão a sua reforma como se esta fosse capitalizada - tendo em conta todos os descontos".

Refere-se ao facto de as regras de cálculo terem mudado em 2007, com o primeiro Governo Sócrates (e uma lei aprovada apenas com votos do PS), quando antes se referiam aos melhores dez dos últimos 15 anos ou mesmo ao derradeiro ordenado.

Sucede que, ao contrário do que esta conversa dá a entender, a dita "solidariedade" imposta às pensões a partir de 1350 euros vai direitinha, como aliás esta semana o insuspeito Bagão Félix frisou no Público, para o buraco do défice. Não vai para a Segurança Social e portanto não serve para "ajudar" nas pensões futuras - segunda aldrabice.

 E se as pensões "mais altas" não foram calculadas com base na totalidade dos descontos, as mais baixas também não - aliás, as pensões ditas "mínimas" referem-se a carreiras contributivas diminutas. Pela ordem de ideias de Passos os seus beneficiários têm o que merecem: pensões baixas por terem descontado pouco. Mas faz questão de repetir que lhas aumentou em 1,1%, dando a entender que a CES serve para tal (terceira aldrabice), enquanto a verdade é que o faz com o corte do Complemento Solidário para Idosos. Ora se nem todos os que recebem pensões mínimas são pobres, o CSI, fulcral na diminuição da pobreza dos idosos nos últimos anos, foi criado para somar às pensões muito baixas de quem não tem outros meios de subsistência. E é aí que Passos tira, com o desplante de afirmar que é tudo "em nome da justiça social" (esta aldrabice vale por cem).  

Mas a maior aldrabice, implícita em todo este discurso, é de que a  Segurança Social é já deficitária e urgem medidas hoje. Citando de novo Bagão, "o Regime Previdencial da SS, além de constitucionalmente autónomo, até é superavitário (mais receita da TSU do que as pensões e outras prestações de base contributiva)! E tem sido este regime a esbater o défice do Estado e não o inverso, como, incrivelmente, se tem querido passar para a opinião pública".

Sim, Bagão está a falar do seu camarada de partido, Mota Soares, e a chamar-lhe mentiroso. Incrivelmente? Não: devíamos estar todos a repetir o mesmo, todos os dias, em todo o lado, até que este pesadelo acabe. E possamos, finalmente, discutir estas coisas tão sérias com seriedade.
por Fernanda/ Diário de Notícias



 Ironia da história
"Tudo o que temíamos acerca do comunismo – que perderíamos as nossas casas e as nossas poupanças e nos obrigariam a trabalhar eternamente por escassos salários e sem ter voz no sistema – converteu-se em realidade com o capitalismo. Jeff Sparrow




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As afirmações do Sr. Primeiro Ministro de que os reformados tem pensões generosas que não correspondem ás contribuições efetuadas, e daí a justeza da taxa de solidariedade, talvez, o Sr. Primeiro Ministro se esteja a referir a alguns colegas do seu Partido nomeadamente á Presidente da AR Assunção Esteves que obteve uma subvenção vitalícia de mais de 5.000 euros mensais aos 42 anos ou Sr Duarte Lima que se reformou aos 39 anos ou ao Sr Mira Amaral ou então ao Sr. Catroga que se "reformou" ao abrigo da lei para os políticos com mais de 9.000 euros mensais ou eventualmente estará a referir-se aos políticos de vários quadrantes que ao fim de 8 anos ou dois mandatos se reformavam ou aos Srs. Governadores do Banco de Portugal que ao fim de 5 anos tinham chorudas reformas.
Se não for a estes exemplos que o Sr Primeiro Ministro se refere não acredito que se esteja a referir aos casos dos reformados que descontaram mais de 40 anos assim como as suas entidades patronais para a Segurança Social e que a suas pensões foram formadas de acordo com as contribuições entregues e tendo presente a lei vigente na altura da passagem à reforma.
Sr. Primeiro Ministro tendo conta que ofende e desrespeita os direitos dos reformados constituídos legal e legitimamente ,sentimo-nos com total direito de protestar com veemência e solicitar um pedido de desculpas publico que contribua para repor a verdade na opinião publica, ainda assim estamos disponíveis para debater em audiência com o Primeiro Ministro esta questão.
A nossa causa é justa, Não nos calam.



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