António Aleixo trovou:
Sei que pareço um ladrão
Mas há muitos que eu conheço
Que sem parecer o que são
São aquilo que eu pareço.
Eu versejo:
Escondidos em santuários
Muitos que todos conhecem
Não parecem salafrários
E à conta disso enriquecem.
Com constantes fingimentos
No disfarce da avidez
Aumentam os rendimentos
E escapam do xadrez.
Furtos em banco, importantes.
Operados com requintes.
Uns, roubam depositantes
Outros, os contribuintes.
Soneto quase inédito
Surge Janeiro frio e pardacento,
Descem da serra os lobos ao povoado;
E o Decreto da fome é publicado.
Edita-se a novela do Orçamento;
Cresce a miséria ao povo amordaçado;
Mas os biltres do novo parlamento
Usufruem seis contos de ordenado.
E enquanto à fome o povo se estiola,
Certo santo pupilo de Loyola,
Mistura de judeu e de vilão,
Também faz o pequeno "sacrifício"
De trinta contos - só! -
por seu ofício Receber,
a bem dele... e da nação.
JOSÉ RÉGIO Soneto escrito em 1969
José Régio e o seu burro' - por Hermínio Felizardo
Acho uma moral ruim
trazer o vulgo enganado:
mandarem fazer assim
e eles fazerem assado.
Sou um dos membros malditos
dessa falsa sociedade
que, baseada nos mitos,
pode roubar à vontade.
Esses por quem não te interessas
produzem quanto consomes:
vivem das tuas promessas
ganhando o pão que tu comes.
Não me dêem mais desgostos
porque sei raciocinar...
Só os burros estão dispostos
a sofrer sem protestar!
Esta mascarada enorme
com que o mundo nos aldraba,
dura enquanto o povo dorme,
quando ele acordar, acaba.
Quem trabalha e mata a fome
Nâo come o pão de ninguém
Quem não ganha o pão que come
Come sempre o pão de alguém
Sei que pareço um ladrão
Mas há muitos que conheço
Que sem parecer o que são
São aquilo que pareço
Vós que lá do vosso Império
Prometeis um mundo novo
Cuidado não vá o Povo
Querer um mundo novo a sério
António Aleixo
SERIA ASSIM QUE O EÇA DIRIA...
A Assembleia da Republica é um local que:
se for gradeado será um Jardim Zoológico,
se for murado será um presídio,
se lhe for colocada uma lona será um circo,
se lhe colocarem lanternas vermelhas será um bordel,
e se se puxar o autoclismo não sobra ninguém...
Por: Maria Helena Guimarãesse for murado será um presídio,
se lhe for colocada uma lona será um circo,
se lhe colocarem lanternas vermelhas será um bordel,
e se se puxar o autoclismo não sobra ninguém...
Acho uma moral ruim
trazer o vulgo enganado:
mandarem fazer assim
e eles fazerem assado.
Sou um dos membros malditos
dessa falsa sociedade
que, baseada nos mitos,
pode roubar à vontade.
Esses por quem não te interessas
produzem quanto consomes:
vivem das tuas promessas
ganhando o pão que tu comes.
Não me dêem mais desgostos
porque sei raciocinar...
Só os burros estão dispostos
a sofrer sem protestar!
Esta mascarada enorme
com que o mundo nos aldraba,
dura enquanto o povo dorme,
quando ele acordar, acaba.
Quem trabalha e mata a fome
Nâo come o pão de ninguém
Quem não ganha o pão que come
Come sempre o pão de alguém
Sei que pareço um ladrão
Mas há muitos que conheço
Que sem parecer o que são
São aquilo que pareço
Vós que lá do vosso Império
Prometeis um mundo novo
Cuidado não vá o Povo
Querer um mundo novo a sério
António Aleixo
Outros Relacionados:AOFA Corrupção Paulo Morais e Pedro Bringe Medina Carreira e Paulo Morais Gatunagem Paulo Morais BPN foi Formado por Políticos Corrupção no Parlamento - Paulo Morais SIC: Buraco do BPN 7 mil milhões Piada e Chacota Vergonha de um País Poesia Versos " Os Canalhíadas" Paulo Portas e os Submarinos As grandes sociedades de advogados Sermão do Bom Ladrão Pe António Vieira PPP Ponte Vasco da Gama Lusoponte BPN vai custar 3,4 mil milhões em 2012 A Grande Loja Laranja e a EDP - Privatizações BPN A Fraude sem Castigo Carvalhas há 15 anos Costa hoje e Eça 1871 Prós e Contras - Mauro Sampaio - 15-10-2012
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer —
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
É a Hora!
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
É a Hora!
Fernando Pessoa
VENDEU-SE E Portugal vendeu-se como prostituta de rua num catálogo mundial. Vendeu as joias, as artes, a mente, o corpo pelo preço mais barato . Olhou de lado, emigrou, para preservar alguma coisa , para guardar os filhos seus, aqueles melhores que tinha no seu colo mundial na esperança de vê-los um dia a voltar ao ninho. Vendeu o corpo de séculos, vendeu a força que foi sua do suor de quem trabalha e constrói na sua terra aquilo que chama seu. Vendeu, com lágrimas, todos os seus carinhos. Vendeu vetustas heranças pelos reis conseguidas em pedra e cal construídas de ouro e prata lavradas, para pagar a factura de ser chamado de igual. Parceiro sem valimento, da usura mundial. Vendeu o suor dos mineiros que, outrora eram vendidos em paga de ouro de lei. Vendeu os mortos das colónias filhos da terra Natal, vendeu mares, vendeu ventos, vendeu homens e pensamentos. Em troca de quê? Não sei. De um retorno à servência? De um abraço do diabo? De Homens dormindo ao relento? De um ódio desbocado? De uma Nação sem alento? De um povo todo escravo? Vendeu-se com roupas leves como uma meretriz pagando os próprios opróbios deixando o freguês feliz. Helena Guimarães
FEVEREIROEu sou o mais pequenino. Mas o que estão a pensar? Não pensem que desatino e me ponho a chorar. Comigo não há coisas mansas. Havia Carnaval e danças cortejos de moças bonitas semi-despidas ao frio que só de vê-las, catitas, já me dava um calafrio. Mas os juízes morais na sua douta sapiência proclamaram a decência. Acautelaram os mancebos da sua natural tendência e mandaram-nos trabalhar, que isto de arrebitar é pecado como dizem os jhiadistas. Há que preservar as pulsões para as virgens sem conhecimento senão, é tudo um tormento de atrevidas comparações.. Que nesta moral decadência olhar as curvas expostas e as peles arrepiadas só mesmo depois do sim em condições reservadas. E eu, mês pequenino, vim com espada e armadura apoiar os moralistas, ajudar os idiotas. E, por agra penitência abri as portas do céu dos ventos, das forças ignotas, e sempre disposto a ajudar juntei á míngua e às carências o ódio e a desesperança e um frio de rachar.Helena Guimarães
Ao Rei partiram a espada!
Está a questão arrumada
Sou "Juiz" bem justo e sério
Não culpem vocês ninguém
Estão em S. Bento e Belém
As "virgens" do "santo" império J/SJoão Severino adicionou 4 fotos novas.E tu... não BES? Nos meus cálculos de ciência Tenham santa paciência Já encontrei o culpado Mas importância não tem Aquela sova na mãe Marcou todo o nosso "fado" Ao jovem que agora agiu E essa espada lhe partiu Quando o mal já estava feito
Não têm "culpa" os demais Por alguém bater nos país Vamo-nos dar ao "respeito" Agora já castigado Por jovem desempregado Pelo erro cometido Culpando "gente decente" Não é "justo" certamente Tenham o "respeito" devido Estes nossos governantes Os de agora como dantes De tudo têm tentado Fazem bancos em cadeia Enquanto este Zé se alheia Sem enxergar o culpado Vamos lá ter respeitinho Que Afonso já está velhinho Mas tanto mal que nos fez Deixou-nos entregue aos bichos Da europa somos lixos Mas o Cherne é Português. j/s
Viriato, sempre em forma ! Cheira-me que é reformado logo prevejo que é este ano é que o Gaspar lhe penhora o computador ! Anuncios de advogados online ? Veja lá no que é que se mete ainda o acusam de estar a fazer o jogo do capital !
ResponderEliminar