O Estado vai ter um encaixe anual de cerca de 421 milhões de euros com a taxa de solidariedade aplicada a todas as reformas superiores a 1.350 euros. No total, cada reformado vai entregar mais 1.550 euros por ano aos cofres do Estado, noticiam esta sexta-feira o Diário de Notícias e o Jornal de Notícias.
As reformas superiores a 1.350 euros vão pagar uma taxa de solidariedade que vai resultar no encaixe para o Estado de cerca de 421 milhões de euros por ano, escrevem hoje o Diário de Notícias e o Jornal de Notícias.
A Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES) vai aplicar-se a um universo de 77.448 reformados no Centro Nacional de Pensões e 194.779 da Caixa Geral de Aposentações, o equivalente a 8% do total dos pensionistas.
Feitas as contas, e cada reformado vai contribuir com mais 1.550 euros anuais para o Estado.
A taxa prevista resultará num corte que vai oscilar entre os 3,5% e os 10% nas pensões entre os 1.350 euros e os 3.750 euros, e de 10% sobre todas as reformas superiores aos 3.750 euros.
Até agora, a taxa contributiva de solidariedade só era paga por quem tinha pensões acima dos 5.000 euros mensais, mas vai passar, a partir de Janeiro, a aplicar-se a todos os reformados cuja soma das várias pensões exceda os 1.350 euros.
Artigo: Notícias Ao Minuto
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Presidente da Cáritas teme pobreza incomportável
O presidente da Cáritas considera que os cortes no Estado social podem vir a provocar níveis de pobreza incomportáveis. Em entrevista à Rádio Renascença, Eugénio da Fonseca apresentou mesmo uma projeção: com os cortes nos apoios e nas funções sociais do Estado que o Governo está a planear, o país pode passar a ter 43 por cento da população abaixo do limiar da pobreza.
Por: Ricardo Araújo Pereira
"Caro Sr. primeiro-ministro, O conjunto de medidas que me enviou para apreciação parece-me extraordinário. Confiscar as pensões dos idosos é muito inteligente. Em 2015, ano das próximas eleições legislativas, muitos velhotes já não estarão cá para votar. Tem-se observado que uma coisa que os idosos fazem muito é falecer. É uma espécie de passatempo, competindo em popularidade com o dominó. E, se lhes cortarmos na pensão, essa tendência agrava-se bastante. Ora, gente defunta não penaliza o governo nas urnas. Essa tem sido uma vantagem da democracia bastante descurada por vários governos, mas não pelo seu. Por outro lado, mesmo que cheguem vivos às eleições, há uma probabilidade forte de os velhotes não se lembrarem de quem lhes cortou o dinheiro da reforma. O grande problema das sociedades modernas são os velhos. Trabalham pouco e gastam demais. Entregam-se a um consumo desenfreado, sobretudo no que toca a drogas. São compradas na farmácia, mas não deixam de ser drogas. A culpa é da medicina, que lhes prolonga a vida muito para além da data da reforma. Chegam a passar dois ou três anos repimpados a desfrutar das suas pensões. A esperança de vida destrói a nossa esperança numa boa vida, uma vez que o dinheiro gasto em pensões poderia estar a ser aplicado onde realmente interessa, como os swaps, as PPP e o BPN. Se me permite, gostaria de acrescentar algumas ideias para ajudar a minimizar o efeito negativo dos velhos na sociedade portuguesa:
1. Aumento da idade de reforma para os 85 anos. Os contestatários do costume dirão que se trata de uma barbaridade, e que acrescentar 20 anos à idade da reforma é muito. Perguntem aos próprios velhos. Estão sempre a queixar-se de que a vida passa a correr e que 20 anos não são nada. É verdade: 20 anos não são nada. Respeitemos a opinião dos idosos, pois é neles que está a sabedoria.
2. Exportação dos velhos. O velho português é típico e pitoresco. Bem promovido, pode ter aceitação lá fora, quer para fazer pequenos trabalhos, quer apenas para enfeitar um alpendre, um jardim.
3. Convencer a artista Joana Vasconcelos a assinar 2.500 velhos e pô-los em exposição no MoMa de Nova Iorque.
Creio que são propostas valiosas para o melhoramento da sociedade portuguesa, mantendo o espírito humanista que tem norteado as suas políticas.
Cordialmente,
Nicolau Maquiavel"
Por Joaquim Letria
A REDUÇÃO das reformas e pensões são as piores, mais cruéis, e moralmente mais criminosas, das medidas de austeridade a que, sem culpa nem julgamento, fomos condenados pelo directório tecnocrático que governa o protectorado a que os nossos políticos reduziram Portugal.
Para os reformados e pensionistas, o ano de 2013 vai ser ainda pior do que este 2012. Os cortes vão manter-se ou crescer e, com o brutalaumento de impostos, a subida dos preços dos combustíveis, do gás e da electricidade, e o encarecimento de muitos bens essenciais, o rendimento disponível dos idosos será ainda menor.
Os aposentados são indefesos. Com a existência organizada em funçã dum determinado rendimento, para o qual se prepararam toda a vida, entregando ao Estado o estipulado para este fazer render e pagar-lhes agora o respectivo retorno, os
reformados não têm defesa. São agora espoliados e, não tendo condições para procurar outras fontes de rendimento, apenas lhes resta, face à nova realidade que lhes criaram, não honrar os seus compromissos, passar frio, fome e acumular dívidas.
No resto da Europa, os velhos viram as suas reformas não serem atingidas e, em alguns casos, como sucedeu, por exemplo, em Espanha, serem até ligeiramente aumentadas. Portugal não é país para velhos. Os políticos devem pensar que os nossos velhos já
estão mortos e que, no fim de contas, estamos todos mal enterrados...
(12.11.12)
Recebi esta tabela que vos remeto.
Vai-nos dar uma ideia aproximada do que iremos efetivamente ganhar a partir de 1 de janeiro de 2013.
É só introduzir o valor do vencimento atual “na coluna C” que depois a tabela dá logo os resultados.
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