Bagão: subida de impostos é «um terramoto fiscal»
Aumentos propostos no OE0213 terão efeitos devastadores na economia
Que esta subida de impostos é um «terramoto fiscal» Bagão Félix não tem dúvidas: resta saber se é este sismo é um 7 ou um 8 na escala de Richter. Ou seja, está entre o «destruidor» e o «devastador», garante o ex-ministro das finanças que classifica que esta proposta de Orçamento do Estado para 2013 um autêntico «napalm» fiscal.
Em entrevista à SIC Notícias, Bagão Félix disse ainda que com estas medidas «a ideia de que se dá ao país é que não vale a pena investir no futuro, no profissionalismo ou no trabalho».
Já em declarações à Lusa, o também ex-ministro da Segurança Social recorda que estas medidas «não são alternativas à questão da Taxa Social Única». A TSU «não era uma medida de consolidação orçamental. Era uma medida anunciada como favorecendo a capacidade competitiva das empresas» a que acresceria o pacote fiscal agora em cima da mesa. Ou seja, «as duas em conjunto eram absolutamente devastadoras. Passaríamos da escala de oito [Richter], para uma escala de 10, que é uma escala devastadora».
«O Governo por vezes dá-nos a sensação de que uma pessoa que ganhe, por exemplo 1.500 euros é fiscalmente rica. Os portugueses estão a ficar socialmente cada vez mais pobres, mas fiscalmente são considerados cada vez mais ricos», lamenta o economista.
O antigo ministro mostra-se ainda crítico em relação à opção do Governo em insistir em mais medidas de austeridade do lado da receita e lembra tudo o que tem sido a execução orçamental de 2012. «Parece-me absolutamente errado insistir no erro».
«O OE2012 é uma grande lição, que aliás vem nos livros, para se perceber que não se consegue fazer consolidação orçamental do lado fiscal em ambiente de recessão aumentando as taxas porque a receita fiscal é menor», explica Bagão Félix. Segundo o economista, «entrámos num ciclo relativamente vicioso. E não podemos resolver
os problemas agravando as suas causas».
Bagão Félix interroga-se mesmo: «Se se constata isso parece-me absolutamente errado insistir no erro. Então em 2013 vamos voltar a aumentar as taxas, então agora de uma maneira devastadora, para tentar aumentar a receita fiscal. Além de não se ir aumentar a receita fiscal vai o país manter-se em situação de contração económica, de recessão e de um arranque muito mais difícil do lado da economia e do investimento». Fonte: Agência Financeira
Outros relacionados:
Em 2013, aumentando de forma agressiva e brutal a carga fiscal está-se a entrar uma terapêutica viciosa». Bagão Félix diz ainda que «há vida para além da dívida, mas também há dívida para além da vida». «Alguém terá de a pagar». Fonte: Agência Financeira
Que esta subida de impostos é um «terramoto fiscal» Bagão Félix não tem dúvidas: resta saber se é este sismo é um 7 ou um 8 na escala de Richter. Ou seja, está entre o «destruidor» e o «devastador», garante o ex-ministro das finanças que classifica que esta proposta de Orçamento do Estado para 2013 um autêntico «napalm» fiscal.
Em entrevista à SIC Notícias, Bagão Félix disse ainda que com estas medidas «a ideia de que se dá ao país é que não vale a pena investir no futuro, no profissionalismo ou no trabalho».
Já em declarações à Lusa, o também ex-ministro da Segurança Social recorda que estas medidas «não são alternativas à questão da Taxa Social Única». A TSU «não era uma medida de consolidação orçamental. Era uma medida anunciada como favorecendo a capacidade competitiva das empresas» a que acresceria o pacote fiscal agora em cima da mesa. Ou seja, «as duas em conjunto eram absolutamente devastadoras. Passaríamos da escala de oito [Richter], para uma escala de 10, que é uma escala devastadora».
«O Governo por vezes dá-nos a sensação de que uma pessoa que ganhe, por exemplo 1.500 euros é fiscalmente rica. Os portugueses estão a ficar socialmente cada vez mais pobres, mas fiscalmente são considerados cada vez mais ricos», lamenta o economista.
O antigo ministro mostra-se ainda crítico em relação à opção do Governo em insistir em mais medidas de austeridade do lado da receita e lembra tudo o que tem sido a execução orçamental de 2012. «Parece-me absolutamente errado insistir no erro».
«O OE2012 é uma grande lição, que aliás vem nos livros, para se perceber que não se consegue fazer consolidação orçamental do lado fiscal em ambiente de recessão aumentando as taxas porque a receita fiscal é menor», explica Bagão Félix. Segundo o economista, «entrámos num ciclo relativamente vicioso. E não podemos resolver
os problemas agravando as suas causas».
Bagão Félix interroga-se mesmo: «Se se constata isso parece-me absolutamente errado insistir no erro. Então em 2013 vamos voltar a aumentar as taxas, então agora de uma maneira devastadora, para tentar aumentar a receita fiscal. Além de não se ir aumentar a receita fiscal vai o país manter-se em situação de contração económica, de recessão e de um arranque muito mais difícil do lado da economia e do investimento». Fonte: Agência Financeira
Outros relacionados:
Em 2013, aumentando de forma agressiva e brutal a carga fiscal está-se a entrar uma terapêutica viciosa». Bagão Félix diz ainda que «há vida para além da dívida, mas também há dívida para além da vida». «Alguém terá de a pagar». Fonte: Agência Financeira
Sem comentários:
Enviar um comentário