segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Despesa Pública os números do PSD e do PS




E ela a apregoar que tem os cofres cheios de dinheiro, só não diz que é dos outros....e nós vamos pagar depois de tirados os bonús....canalha!
No final do terceiro trimestre de 2014, Portugal era o terceiro país da zona euro com a dívida pública mais elevada, a seguir à Grécia e Itália, revelam dados do...
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Afinal, quem aumentou a despesa pública?
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Nos últimos 30 anos, a despesa pública aumentou de 29% para 45% do PIB. Um aumento do peso do Estado na economia de 16,3 pontos percentuais, dos quais 12,1 p.p. (75%) aconteceram em governos liderados pelo PSD e apenas 4,2 em...
Nos últimos 30 anos, a despesa pública aumentou de 29% para 45% do PIB. Um aumento do peso do Estado na economia de 16,3 pontos percentuais, dos quais 12,1 p.p. (75%) aconteceram em governos liderados pelo PSD e apenas 4,2 em governos PS.

Os dados apresentados no gráfico ilustram bem o problema da inércia de aumento da despesa pública. Até 2005, todos os ciclos governativos terminaram com um peso da despesa no produto superior ao valor inicial. Esta trajectória é explicada pela crescente exigência de novos serviços e pela evolução dos custos da segurança social, numa sociedade em envelhecimento. 

Mas foi também alimentada pela dinâmica de crescimento do peso das remunerações, com o aumento do número de funcionários, e reforçado por regimes de promoção automática.

Na despesa pública é fácil e popular subir degraus, contratar pessoas, dar mais regalias, abrir novos serviços. Mas, depois de o fazer, criam-se responsabilidades e direitos adquiridos que é difícil reverter.

Calculando o aumento da despesa em cada período governativo, podemos determinar o respectivo contributo para o aumento do peso do sector público na economia. Os valores no fundo do gráfico reflectem a variação em pontos percentuais do peso da despesa pública total em cada período. Observa-se que os três períodos com maiores contributos para o aumento do peso da despesa pública no PIB foram os da Aliança Democrática (+4,4), os governos de Cavaco Silva (+4,3) e os governos PSD-CDS (+3,4).

Em conjunto, estes três períodos governativos deram um contributo acumulado de crescimento de 12,1 pontos percentuais do total de 16,3 p.p. de aumento do peso da despesa pública verificado nas últimas três décadas. O contributo líquido dado pelos governos liderados pelo PS foi muito menor - apenas 4,2 pontos percentuais (2,2 +3,0 +0,8 -1,8 = 4,2), cerca de ¼ do total.

Podemos admitir que a despesa total não é o agregado mais adequado. No entanto, considerando os contributos para o aumento da despesa corrente, obtemos que os governos PSD contribuíram com 13,5 p.p. enquanto os do PS com 4,2 p.p.. Retirando os juros, obtemos a despesa corrente primária, que aumentou 16,2 p.p. entre 1977 e 2008, com um contributo de 11,9 p.p. dado pelos governos PSD e apenas 4,3 dado pelos governos do PS.
Façam-se as contas como se fizerem, o contributo dos governos PSD representou entre 74% e 76% do aumento total, um valor três vezes superior ao acumulado pelos governos PS. O contributo para o aumento da carga fiscal dado pelos governos do PSD foi até ligeiramente maior (cerca de 80%), e o contributo para o aumento do peso das despesas com remunerações foi ainda superior. 

Utilizando os dados de aumento da despesa corrente primária (os mais desfavoráveis ao PS) e calculando o aumento anual do peso desta despesa no PIB (ver quadro), constata-se que o ritmo de crescimento do peso do sector público nos governos liderados pelo PSD foi 2,3 vezes superior ao verificado nos governos PS (0,7 p.p. ao ano comparado com 0,3 p.p. por ano).

O quadro permite também ver que o último governo PSD-CDS foi o em que se verificou um ritmo mais acelerado de aumento do peso da despesa corrente primária na economia (1,2 p.p. por ano), um valor muito superior ao ritmo médio de aumento do peso da despesa pública corrente primária, que foi de 0,5 pontos percentuais por ano. Aliás, todos os governos liderados pelo PSD registaram um ritmo de crescimento igual ou superior à média, enquanto nos governos socialistas apenas o de António Guterres cresceu acima da média, aumentando 0,68 p.p. por ano, um valor muito próximo ao dos governos de Cavaco Silva, que é quase metade do registado pelo último governo PSD-CDS.

O governo de Sócrates destaca-se com uma descida do peso da despesa pública até 2008.

Destaca-se também como o que apresenta o menor défice médio. No entanto, em 2009, a crise está a levar a um aumento do défice. Os dados do primeiro semestre confirmam isso mesmo, mas sugerem que o aumento do défice decorre mais da diminuição da receita, pelo abrandar da actividade económica, do que do disparar da despesa para além do previsto.

Será que os dados finais de 2009 podem alterar as conclusões aqui apresentadas? Eu penso que, no essencial, não. Mesmo que o peso da despesa no produto aumente 2, 3 ou 4 p.p. em 2009, o contributo para o aumento da despesa pública dos governos do PS continuaria sempre a ser menos de metade do contributo dos governos do PSD. Mesmo no actual cenário de crise, o actual Governo vai registar um crescimento do peso da despesa claramente abaixo dos crescimentos registados pelos governos do PSD.

A verdade sobre as contas públicas está nos números. Estes estão disponíveis no Banco de Portugal, no Eurostat, ou no INE. Se o que aqui foi apresentado não corresponde à ideia que tinha, veja por exemplo em www.bportugal.pt e questione-se sobre se os que mais se reclamam do rigor não são afinal os que mais contribuíram para o crescimento do monstro.




Professor no departamento de Economia da Universidade do Minho
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Sem crise internacional, sem contágio da crise dos mercados financeiros, o anterior Governo, nos seus primeiros anos – é que foram realmente 6 –, reduziu o défice deixado pela direita PSD/CDS, que governou sem crise, de 6, 8 para 3%.
Foi o Governo da reforma da segurança social, foi o Governo da reforma da energia, foi o Governo da reforma da Educação (Inglês no básico ou as Novas Oportunidades), foi o Governo da simplificação administrativa, de muita coisa, que pelo meio terá errado, sim, essa coisa exclusiva de quem é eleito e estranha a quem nunca tem os votos dos portugueses para tanto.
O tal “Governo de seis anos” foi atingido pela crise que atingiu todos. Sim, a dívida subiu – não nos seis anos – mas no final, 38%. Culpa do anterior Governo? Talvez. Mas então também culpa sua que na mesma altura a dívida do Reino Unido tenha subido 58%, que a dívida da Espanha tenha subido 60%, que a dívida dos EUA tenha subido 53%, que a dívida média da UE tenha subido 34% ou mesmo que a dívida da Irlanda tenha subido 200%.
O que fizeram estes Governantes foi o seu dever. Enquanto recebiam ondas de crise faziam uma outra dívida, a da proteção dos mais fracos.
http://aspirinab.com/isabel-moreira/denunciar-o-que-deve-ser-denunciado-sim/





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Lição de educação à bancada do PSD

1981 ------ - Pinto Balsemão PSD - CDS - PPM 
1981-1983 - Pinto Balsemão PSD - CDS - PPM 
1983-1985 - Mário Soares PS (+PSD) 
1985-1987 - Cavaco Silva PSD 
1987-1991 - Cavaco Silva PSD 
1991-1995 - Cavaco Silva PSD 
1995-1999 - António Guterres PS 
1999-2002 - António Guterres PS 
2002-2004 - Durão Barroso PSD + CDS       
2004-2005 - Santana Lopes PSD + CDS 
2005-2009 - José Sócrates PS 
2009-2011 - José Sócrates PS 

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