Fernando Ulrich é o Presidente do BPI. Um banqueiro, portanto. Não se pode negar que é um homem talhado para o negócio. O seu pai foi diretor da Tabaqueira nacional e o seu Avô foi administrador do Banco de Portugal, já o seu Bisavó foi vice-governador do Crédito Predial e Diretor da Companhia de Minas de Santa Eufémia. Fernando Ulrich tem no sangue a condição de ser servido.Acontece que o BPI é hoje um banco falido. Na busca pela sobrevivência o BPI recorreu, no passado Junho, a 1500 milhões do dinheiro da troika – dinheiro financiado por todos nós a peso de ouro (34 milhões do bolo total da troika só em juros) – ora, o que todos nós sabemos é que o mesmo BPI vendeu, em Maio, 10% das suas ações a Isabel dos Santos por 46 milhões de euros. As contas são simples. O Estado injetou com capitais públicos 40 vezes esse valor no BPI, 4 vezes do seu valor total. E eis que agora, em 2013, os lucros – dados por nós, dos nossos impostos e dos nossos salários, a Fernando Ulrich.
Fernando Ulrich sabe desta matemática, mas não se contenta. Sabe bem que dinheiro esquecido, nem é pago nem agradecido, e por isso, depois de ter exigido que os desempregados, que pagaram também com os seus impostos a sobrevivência do BPI, trabalhassem de borla no seu Banco, numa ajuda preciosa ao esforço nacional, volta a carga com o “sacrifício” com o “aguenta, aguenta”. É tão simples, se um sem-abrigo aguenta, aguentemos nós.
É obvio que num país que respeitasse os seus e onde a esquerda fosse Governo o BPI seria nacionalizado, pondo a banca ao serviço da economia que cria emprego, e a agiotagem da troika seria rejeitada. Mas nesse caso Fernando Ulrich perderia o seu emprego, e nem o chorudo subsídio que o espera acalmaria na tumba o seu trisavô, o comendador da ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa e fidalgo-cavaleiro da Casa Real que tanto batalhou em vida pelo simples poder de ser servido.
O ULTIMATO DOS BANQUEIROS, LEMBRAM-SE?
Eu não tenho explicação e por isso não posso explicar. Fica-me no entanto um asco acrescido por entre silvas e montes de raiva, que me apetece pegar-lhe fogo para lhes acabar com a raça.
A ISABELINHA E O ANÍBAL"
Despacho nº.5776/2011
Nos termos artigos 3º. nº 2 e 16º. nos 1 e 2 do Decreto-Lei nº. 28-A/96, de 4 de Abril, nomeio consultora da Casa Civil Isabel Diana Bettencourt Melo de Castro Ulrich, funcionária do Partido Social Democrata, com efeito a partir desta data e em regime de requisição, fixando-lhe os abonos previstos nos nos. 1 e 2 do artigo 20º. do referido diploma em 50% dos abonos de idêntica natureza estabelecidos para os adjuntos.
9 de Março de 2011. - O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.
http://dre.pt/pdf2sdip/2011/04/066000000/1551315514.pdf
É mesmo uma querida.
Fica bem em Belém.
______________________________________________
O banqueiro, a sua Isabelinha e o senhor Presidente
Era uma vez um banqueiro
À D. Isabel ligado.
Vive do nosso dinheiro,
Mas nunca está saciado.
Vai daí, foi a Belém
E pediu ao presidente
Que à sua Isabel, também,
Desse um job consistente.
E o burro do Dom Cavaco
Admitiu a senhora,
Arranjando-lhe um buraco
E o cargo de consultora.
O banqueiro é o Fernando,
Conhecido por Ulrich,
E que diz, de vez em quando,
«Quero que o povo se lixe!».
E o povo aguenta a fome?
«Ai aguenta, aguenta!».
E o que o povo não come
Enriquece-lhe a ementa.
E ela, D. Isabel,
Com Cavaco por amigo.
Não sabe da vida o fel
Nem o que é ser sem-abrigo.
Cunhas, tachos, amanhanços,
Regabofe à descarada.
É fartar, que nós, os tansos,
Somos malta bem mandada.
Mas cuidado, andam no ar
Murmúrios, de madrugada.
E quando o povo acordar
Um banqueiro não é nada.
É só um monte de sebo,
Bolorento gabiru.
Fora do banco é um gebo,
Um rei que passeia nu.
Cavaco, Fernando Ulrich,
Bancos, Troikas, Capital.
Mas que aliança tão fixe
A destruir Portugal!António Reis, foto de Carlos Garcia
Despacho nº.5776/2011
Nos termos artigos 3º. nº 2 e 16º. nos 1 e 2 do Decreto-Lei nº. 28-A/96, de 4 de Abril, nomeio consultora da Casa Civil Isabel Diana Bettencourt Melo de Castro Ulrich, funcionária do Partido Social Democrata, com efeito a partir desta data e em regime de requisição, fixando-lhe os abonos previstos nos nos. 1 e 2 do artigo 20º. do referido diploma em 50% dos abonos de idêntica natureza estabelecidos para os adjuntos.
9 de Março de 2011. - O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.
http://dre.pt/pdf2sdip/2011/04/066000000/1551315514.pdf
É mesmo uma querida.
Fica bem em Belém.
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O banqueiro, a sua Isabelinha e o senhor Presidente
Era uma vez um banqueiro
À D. Isabel ligado.
Vive do nosso dinheiro,
Mas nunca está saciado.
Vai daí, foi a Belém
E pediu ao presidente
Que à sua Isabel, também,
Desse um job consistente.
E o burro do Dom Cavaco
Admitiu a senhora,
Arranjando-lhe um buraco
E o cargo de consultora.
O banqueiro é o Fernando,
Conhecido por Ulrich,
E que diz, de vez em quando,
«Quero que o povo se lixe!».
E o povo aguenta a fome?
«Ai aguenta, aguenta!».
E o que o povo não come
Enriquece-lhe a ementa.
E ela, D. Isabel,
Com Cavaco por amigo.
Não sabe da vida o fel
Nem o que é ser sem-abrigo.
Cunhas, tachos, amanhanços,
Regabofe à descarada.
É fartar, que nós, os tansos,
Somos malta bem mandada.
Mas cuidado, andam no ar
Murmúrios, de madrugada.
E quando o povo acordar
Um banqueiro não é nada.
É só um monte de sebo,
Bolorento gabiru.
Fora do banco é um gebo,
Um rei que passeia nu.
Cavaco, Fernando Ulrich,
Bancos, Troikas, Capital.
Mas que aliança tão fixe
A destruir Portugal!António Reis, foto de Carlos Garcia
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