Correspondente financeiro do jornal "Le Monde" em Londres considera
ainda que levanta conflito de interesses a escolha de António Borges para chefiar o processo de privatizações em Portugal.
ainda que levanta conflito de interesses a escolha de António Borges para chefiar o processo de privatizações em Portugal.
“O FMI disse-me que se livraram dele [António Borges] porque não estava à altura do trabalho e agora chego a Lisboa e descubro que está à frente do processo de privatização. Há perguntas que têm de ser feitas”, defende o correspondente financeiro do “Le Monde” em Londres, em entrevista à Renascença.
Marc Roche é o autor de um livro, já premiado, que conta a história da Goldman Sachs e de como este banco dirige o mundo. Na obra são denunciadas as estreitas relações entre a banca e o poder. O correspondente diz que António Borges, ex-quadro da Goldman Sachs e ex-director do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a Europa, surge neste tabuleiro como um peixe pequeno, mas que levanta sérias reservas tendo em conta a tarefa que tem agora em mãos.
António Borges foi nomeado por Pedro Passos Coelho para chefiar o processo de privatizações. “O senhor Borges estava fora do meu radar quando escrevi o livro, nunca tinha ouvido falar”, admite Marc Roche, que apenas tomou conhecimento do economista “quando se demitiu do FMI”.
Questionado se ficou surpreendido com a nomeação de António Borges para a questão das privatizações, Marc Roche admite que não. “Vejo gente da Goldman Sachs a aparecer por todo o lado em posições de poder, faz parte da marca do banco.”
“Aqui, o senhor Borges é um peixe pequeno, comparado com Mario Draghi, o presidente do Banco Central Europeu, que trabalhou na Goldman Sachs, com Mário Monti, o primeiro-ministro italiano, que também trabalhou na Goldman Sachs, ou com Lucas Papademos, ex-primeiro-ministro grego.”
Marc Roche, nesta entrevista à Renascença, defende ainda que o processo de privatizações não deve ser apressado e responsabiliza a Goldman Sachs pela entrada prematura da Grécia no euro, que deu origem à actual crise da dívida.
Marc Roche é o autor de um livro, já premiado, que conta a história da Goldman Sachs e de como este banco dirige o mundo. Na obra são denunciadas as estreitas relações entre a banca e o poder. O correspondente diz que António Borges, ex-quadro da Goldman Sachs e ex-director do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a Europa, surge neste tabuleiro como um peixe pequeno, mas que levanta sérias reservas tendo em conta a tarefa que tem agora em mãos.
António Borges foi nomeado por Pedro Passos Coelho para chefiar o processo de privatizações. “O senhor Borges estava fora do meu radar quando escrevi o livro, nunca tinha ouvido falar”, admite Marc Roche, que apenas tomou conhecimento do economista “quando se demitiu do FMI”.
Questionado se ficou surpreendido com a nomeação de António Borges para a questão das privatizações, Marc Roche admite que não. “Vejo gente da Goldman Sachs a aparecer por todo o lado em posições de poder, faz parte da marca do banco.”
“Aqui, o senhor Borges é um peixe pequeno, comparado com Mario Draghi, o presidente do Banco Central Europeu, que trabalhou na Goldman Sachs, com Mário Monti, o primeiro-ministro italiano, que também trabalhou na Goldman Sachs, ou com Lucas Papademos, ex-primeiro-ministro grego.”
Marc Roche, nesta entrevista à Renascença, defende ainda que o processo de privatizações não deve ser apressado e responsabiliza a Goldman Sachs pela entrada prematura da Grécia no euro, que deu origem à actual crise da dívida.
31-05-2012 por Sandra Afonso/RR
Rui Ribeiro · Comentador principal
Rui Ribeiro · Comentador principal
O que está acontecer com Portugal, deve-se aos ordinários… conselhos que foram dados, por António Borges no FMI, Carlos Moedas na Comissão Europeia e FMI e a Victor Gaspar no BCE, ainda muito antes de Portugal ter pedido o resgate à troika. Estes 3 senhores são os principais responsáveis pelos desastrosos resultados e pela atual situação que o nosso país se encontra. Sempre defenderam despedimentos em massa, baixa de salários e excesso de austeridade, estes mesmos senhores todos eles com grandes mordomias e pagos principescamente, foram autênticos traidores da pátria. Portugal e os portugueses sofrem as consequências de erros premeditados de indivíduos que deviam ser julgados em tribunal militar. Em Noticias Ao Minuto
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