Amigo de Passos nomeado para gerir o buraco do BPN
Francisco Nogueira Leite tem acompanhado o primeiro-ministro desde os tempos da JSD até à administração da Tecnoforma, a empresa que recolheu a grande fatia do bolo das verbas de formação distribuídas por Miguel Relvas no governo Durão/Portas. Em julho foi nomeado presidente da Parvalorem, com salário de 5822 euros/mês.

Mas ao contrário dos administradores da Parups, SA e da Parparticipadas SGPS - as outras duas empresas criadas em conjunto com a Parvalorem no âmbito da reprivatização do BPN e que o Estado adquiriu em fevereiro deste ano - a Secretária de Estado do Tesouro e Finanças fez um despacho a classificar a Parvalorem na categoria B, para efeitos das remunerações de gestores públicos, ficando as outras duas na categoria C.
Nomeado pelo Governo logo a seguir a esse despacho, Francisco Nogueira Leite - que não é parente do gestor com o mesmo apelido que foi nomeado por Passos Coelho para a Caixa Geral de Depósitos - passou a auferir 4159 euros mensais, acrescidos de 1663 euros mensais em despesas de representação, totalizando um salário bruto de 5822,61 euros por mês. Ficou mais uma vez invalidada a promessa feita a poucos dias das eleições legislativas, quando Passos Coelho garantiu no fim de um jantar de campanha que não ia "ser primeiro-ministro para dar empregos ao PSD".
O escândalo da relação estreita entre Miguel Relvas - então secretário de Estado da Administração Local, que geria os fundos do programa Foral para dar formação a autarcas - e a empresa Tecnoforma, administrada por Pedro Passos Coelho e Francisco Nogueira Leite, foi levantado em junho por Helena Roseta durante um comentário político na SIC-Notícias. Nela, a atual vereadora e antiga presidente da Ordem dos Arquitetos, lembrou ter sido abordada por Relvas para que a Ordem aderisse ao programa Foral, na condição da formação ser dada pela empresa de Passos Coelho.
O jornal Público foi saber quais as empresas contempladas com verbas deste programa que usava dinheiros públicos e concluiu que a Tecnoforma foi a escolhida para um quarto das candidaturas apresentadas a nível nacional entre 2002 e 2004. Um número que aumenta para 82% se contarmos apenas as candidaturas aprovadas na Região Centro, onde o administrador do programa era o ex-dirigente da JSD Paulo Pereira Coelho. Fonte: Esquerda Net
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