sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Bancos ganham 15 mil milhões dívida pública 2012

Mais-valias potenciais terão impacto nos capitais próprios dos bancos portugueses. Venda de títulos gera lucros e suporta imparidades.
A carteira de dívida pública portuguesa dos bancos nacionais, a mais de um ano, valorizou cerca de 60% em 2012. O que significa que, segundo contas realizadas pelo Diário Económico, os bancos fecham 2012 com mais-valias potenciais em torno dos 15 mil milhões de euros. Os ganhos são apenas potenciais uma vez que serão contabilizados como lucro somente em caso de venda dos títulos ou no caso de se encontrarem alocados à carteira de ‘trading' dos bancos. No entanto a larga maioria destes títulos encontram-se na carteira de "activos disponíveis para venda", o que significa que o impacto da sua valorização será principalmente sentido nos capitais próprios das instituições.
"Sim. Sem dúvida que os bancos terão uma grande valorização nos capitais próprios nas contas de 2012. Mas acredito também que, tal como já aconteceu nas contas do terceiro trimestre, muitas instituições optem por um mix. Ou seja, por venderem parte da carteira realizando assim lucros ou de forma a suportarem imparidades de crédito, e utilizando outra parte para reforçarem capitais próprios", avança um especialista do sector ouvido pelo Diário Económico.
Marta Marques Silva /Económico  18/01/13 00:06

Nota: Estão encontrados os quatro mil milhões que o Governo anda à procura.



O ULTIMATO DOS BANQUEIROS, LEMBRAM-SE?

Não esquecer que foram os banqueiros, reunidos em 4 de Abril de 2011 no Banco de Portugal, a fazer um ultimato ao governo de José Sócrates, cortando o crédito ao Estado e exigindo do governo que solicitasse «um pedido de ajuda intercalar». Depois do miserável discurso do reeleito Cavaco Silva, na cerimónia de tomada de posse na AR, estava aberto o caminho para o regresso da direita ao poder. Independentemente de eu ter criticado duramente muitas decisões políticas dos governos de Sócrates, a verdade é que ele se bateu até ao fim para evitar o recurso ao «resgate» brutal (bem pior que o PEC IV!) que pôs o país neste estado a que chegou.



"ALMADA NEGREIROS – “Portugal inteiro há-de abrir os olhos um dia – se é que a sua cegueira não é incurável – e então gritará comigo, a meu lado, a necessidade que Portugal tem de ser qualquer coisa de asseado”.



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