Alemanha Merkel quer descer impostos e aumentar salários na Alemanha
A chanceler alemã Angela Merkel defende que a Alemanha tem de estimular a procura interna e apelou aos partidos da oposição para pararem de bloquear as propostas de cortes nos impostos na câmara alta do Parlamento.
Angela Merkel defendeu esta terça-feira que a Alemanha deve descer os impostos para estimular a procura interna. Isto numa altura em que os países da periferia do euro, como Portugal, Grécia e Espanha aplicam fortes medidas de austeridade no sentido inverso, com um aumento acentuado da carga fiscal.
A chanceler alemã disse ontem aos maiores empresários alemães que a progressão automática dos trabalhadores para escalões de impostos mais elevados deve acabar e também renovou os apelos a que existam cortes nas contribuições para a reforma como outra forma de estimular o poder de compra entre os alemães.
As declarações da chanceler surgem numa altura em que a Alemanha está sob pressões crescentes para aumentar a procura interna, numa tentativa de aliviar a pressão sobre os países da periferia da zona euro, que estão no centro da crise de dívida.
A governante alemã também encorajou as empresas alemãs a aumentaram os salários dos seus trabalhadores este ano.
Por Eudora Ribeiro/NM
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Comentário feito há 15 anos ...
Carlos Carvalhas, há 15 anos, disse:
«A moeda única é um projecto ao serviço de um directório de grandes potências e de consolidação do poder das grandes transnacionais, na guerra com as transnacionais e as economias americanas e asiáticas, por uma nova divisão internacional do trabalho e pela partilha dos mercados mundiais.
A moeda única é um projecto político que conduzirá a choques e a pressões a favor da construção de uma Europa federal, ao congelamento de salários, à liquidação de direitos, ao desmantelamento da segurança social e à desresponsabilização crescente das funções sociais do Estado.»
Carlos Carvalhas, Secretário-geral do PCP — «Interpelação do PCP sobre a Moeda Única», 1997
«A moeda única é um projecto ao serviço de um directório de grandes potências e de consolidação do poder das grandes transnacionais, na guerra com as transnacionais e as economias americanas e asiáticas, por uma nova divisão internacional do trabalho e pela partilha dos mercados mundiais.
A moeda única é um projecto político que conduzirá a choques e a pressões a favor da construção de uma Europa federal, ao congelamento de salários, à liquidação de direitos, ao desmantelamento da segurança social e à desresponsabilização crescente das funções sociais do Estado.»
Carlos Carvalhas, Secretário-geral do PCP — «Interpelação do PCP sobre a Moeda Única», 1997
Parece que afinal o homem é um visionário
Dieter Dellinger
Para onde foi o dinheiro?
O BCE tem estado a emitir milhares de milhões de euros, mas aos mercados, sejam empresas ou consumidores, não chega nada. Todos os especialistas em finanças na zona euro perguntam pelo dinheiro; onde pára?
Até 2011, o BCE cedia créditos a curto prazo, primeiro ao dia ou à semana e depois a um ano, já em plena crise, e agora vai até aos cinco anos ilimitadamente a um juro insignificante. Em pouco mais de um ano emitiu mais dois biliões de euros quando nos dez anos anteriores só emitiu um bilião aproximadamente. Mas, os biliões não serviram ainda para fazer o mercado crescer, pelo que quando entrarem em circulação vão provocar uma tremenda inflação. O capitalismo europeu está em crise, não sabe para onde ir, nem o que fazer na Europa. Apenas pensam em produzir na China, Índia, etc.
O dinheiro é cedido pelo BCE sempre com dívida, podendo regressar ao BCE. É como essas matérias negras da física quântica que ninguém sabe o que é e tanto podem aparecer como desaparecer de todo.
Até ao início da crise em 2008, o BCE fazia leilões de dinheiro e entregava euros aos bancos que davam mais como garantia de títulos de tesouro ou obrigações de empresas. As emissões eram insuficientes, pelo que só alguns bancos conseguiam obter dinheiro e emprestavam a outros bancos porque também tinham dinheiro de outras origens e ganhavam muito com produtos ditos estruturados que nada valiam.
Isso acabou e os estados começaram a ter de pagar mais juros, mesmo quando o BCE descia a taxa diretora para valores inconcebivelmente mínimos. Os bancos e fundos lucravam, mas com risco. Hoje, há bancos alemães que recebem créditos do BCE a 0,75% por 5 anos e compram títulos de dívida alemães a 0,4%, o que agrada muito à Merkel que está a aumentar a dívida pública alemã em 17 mil milhões de euros a um juro insignificante. Por isso, resolveu investir na natalidade, orçamentando para os Estados regionais um adicional do governo central de 580 milhões de euros para creches e jardins-de-infância que vai fazer parte de um vasto programa social para convencer o eleitorado. No fundo, à custa dos países endividados, o Estado alemão faz aquilo que recusa que seja feito nos outros países e o BCE de Draghi não quer saber de Portugal para nada. Enquanto o Estado alemão paga 0,4% ao ano, Portugal está a pagar mais de 6% ao ano pelo mesmo prazo.
gosto dessa SANTA,INHA
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