"ALMADA NEGREIROS – “Portugal inteiro há-de abrir os olhos um dia – se é que a sua cegueira não é incurável – e então gritará comigo, a meu lado, a necessidade que Portugal tem de ser qualquer coisa de asseado”.
Eu não tenho explicação e por isso não posso explicar. Fica-me no entanto um asco acrescido por entre silvas e montes de raiva, que me apetece pegar-lhe fogo para lhes acabar com a raça.
Construção ditou intervenção no Banif (2ª. Versão Sol )
O Estado vai injectar 1,1 mil milhões de euros no Banif e assegurar a quase totalidade do capital do oitavo maior banco em Portugal, uma instituição que estava amplamente exposta às três áreas mais frágeis da economia: construção, Madeira e Pequenas e Médias Empresas (PME).
A intervenção estatal no banco madeirense – via fundo de recapitalização da troika de 12 mil milhões de euros – destaca-se pelo valor, face à dimensão do banco no sector financeiro. O Estado irá injectar um montante próximo do disponibilizado ao BPI (1,3 mil milhões de euros), apesar de a dimensão do Banif em activos ser um apenas um terço do banco liderado por Fernando Ulrich.
O Estado irá entregar 700 milhões em capital – acções com direitos especiais – e os restantes 400 milhões em dívida, através de instrumentos de capital contingente (dívida que se transforma em acções se não fôr paga). Vai ficar com o controlo e 99% do capital do banco até Junho. Nesse mês, o Banif irá fazer um aumento de capital de 450 milhões de euros para os seus accionistas. Se for bem sucedido, o Estado reduz a sua participação para 60% do capital e os direitos de voto para 49%, perdendo assim o controlo total da instituição.
«Entende-se a complexidade das negociações quando este valor corresponde a mais de 11 vezes o valor do banco em bolsa. Existe a necessidade de estabilização do sistema financeiro e evitar perigos de contágio de instituições financeiras em dificuldades, motivos que convencem o Governo a injectar este montante de capitais no Banif», adianta Pedro Lino, presidente da Dif Brokers.
A entrada do Estado no Banif demonstra também o impacto que a crise da construção e imobiliário começa a ter no sistema bancário português. Segundo as últimas inspecções feitas pelo Banco de Portugal, o Banif era o banco mais exposto a estes dois sectores, logo seguido pelo BCP, também já intervencionado.
A instituição liderada por Jorge Tomé estava igualmente bastante exposta às PME, sector onde o malparado é cinco vezes superior à média das grandes empresas. Era ainda o banco líder na Madeira. O programa de assistência de Lisboa no arquipélago acelerou a crise na construção na região arrastando as contas do Banif. Outro dos factores de pressão foi o abundante crédito concedido a empresas do grupo Banif, acrescenta Pedro Lino.
No médio prazo, as acções do Banif – que chegaram a subir 14% na bolsa após o anúncio da recapitalização – poderão ser prejudicadas devido à presença de um Estado como accionista dominante, refere ao SOL Steven Santos, corretor da XTB.
Banca pode precisar de novos apoios do Estado
A intervenção no Banif eleva para 5,4 mil milhões de euros o montante já usado do fundo de recapitalização da troika, de 12 mil milhões de euros. Com ano e meio até ao final da intervenção externa, o prolongamento da recessão e novas falências na construção – sector que recebe a maior fatia de crédito bancário – são prováveis novos apoios à banca através da linha de assistência do FMI e da Comissão Europeia.
Depois de pedir 3 mil milhões de euros em 2012, a recapitalização do BCP através do Estado poderá não ter terminado. «O BCP continua com várias fragilidades: presença directa na Grécia, redução na concessão de crédito, exposição elevada ao sector imobiliário (é um dos líderes na captação de crédito neste segmento), e valor de mercado diluído pelos sucessivos aumentos de capital», adianta o analista da XTB.
luis.goncalves@sol.pt
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Viva Eurípedes
Que pena este seu post ficar por aqui "escondido", sem o devido destaque, apesar da pontuação.
Por muito que os milicianos tentem esconder a privatização de 30% do Banif, a coisa não pega. Mas deixe-me dizer-lhe que caso o não fizessem, muito mais sobre o BPN viria a lume mas, mais enterrando parte da corja laranja que nos desgoverna.
O Banif está falido porque lhe faltou não o HRoque mas sim a desnatadeira dos bancos em Cabo Verde do BPN. O Banif fez uma operação toda ela baseada em dinheiros com proveniência de Fundos das offshores do BPN, ao comprar em Cabo Verde o ex-Totta & Açores que tinha sido vendido a um grupo de "investidores" (políticos e gente do PSD escondidos num Fundo de Investimento) que lhe mudaram o nome para Banco Cabo-Verdeano de Negócios e que passou a ostentar a sigla Banif há pouco tempo por forma a ser dissociado ao BPN, tão bem visto até por aquelas bandas.
Acontece que este banco não era senão mais uma plataforma para fazer girar dinheiro das muitas lavagens e trafulhices da laranjada, que "findas", pelo menos naquela praça, deixou o dito banco sem tostão, obrigado que foi pelas autoridades locais a cobrir tudo em que estava envolvido. E só em Fundos de Investimento havia milhões de milhões.
O famoso resort de que Dias Loureiro é sócio, coisa pequena de 4 mil apartamentos e 250 moradias, era financiado via BCN, o tal que substituiu o Totta.
As fábricas de genéricos do Joaquim Coimbra (a dama-de-honor de Cavaco), idem.
Autor: BrtincaNareia/Expresso
Começam com o escândalo dos dinheiros angolanos, cujos representantes em Portugal desviaram para fins mais diversos, sendo já aquele banco fortemente participado por dinheiros de sangue da Unita.
Soube há dias que o "Banif Cabo Verde", que por lá se chama BCN - Banco Cabo-Verdeano de Negócios, sendo um banco comercial de balcões abertos e autorização de captação de depósitos, aos contrário daquilo que foi o BPN local, estaria a ser negociada a venda com o Higino Carneiro e o Melo Xavier, de novo capitais angolanos, ligados a portugueses e à actividade bancária.
Por BrincaNareia
Não são só os bancos portugueses que se metem em sarilhos. Por exemplo, na Alemanha, em 2008, o principal banco público da Baviera (Bayern LB), com activos perto de 6 vezes a dimensão do Novo Banco, teve de ser salvo com dinheiros públicos (injecção de capital de 10 mil milhões de euros e garantias de […]
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