sábado, 11 de maio de 2013

As Escutas de Sócrates e Vara II


                          

Noronha de Nascimento"Escutas de Sócrates só tinham conversas pessoais"

O presidente do Supremo Tribunal de Justiça garante que “as escutas de Sócrates só tinham conversas pessoais”. Em entrevista ao Expresso, a um mês de deixar o cargo, Noronha de Nascimento diz que não sabe se a “a ordem de destruição foi cumprida ou não”, acrescentando que se as escutas forem publicadas tem a “certeza que trarão sequelas ao nível de indemnizações”.

Noronha de Nacimento tem cerca de 2,3 milhões de referências com o seu nome no Google e a maioria está relacionada com o processo ‘Face Oculta’ e com a sua decisão de mandar destruir as escutas com o ex-primeiro-ministro José Sócrates e Armando Vara.

Questionado pelo Expresso, o ainda presidente do Supremo diz não estar muito preocupado e reitera que “as escutas de Sócrates só tinham conversas pessoais”, referindo que não sabe se a ordem de destruição já foi cumprida. “Mas se forem publicadas tenho a certeza que trarão sequelas ao nível de indemnizações”, acrescentou.

O responsável recorda que quando recebeu e começou a ler as transcrições a sua primeira reacção foi: “Tem de haver mais do que isto”. E até pensou que o estavam a enganar. Leu e releu tudo à procura de escutas escondidas além das assinaladas, mas, explica que a sua conclusão foi uma surpresa: “A montanha pariu um rato”, pois não havia prova alguma de crime.

“Havia umas conversas que eram ambíguas, em termos de linguagem, mas baixas em termos de nível indiciário. Não eram suspeitas”, reitera Noronha de Nascimento.

Já sobre as escutas que envolvem o primeiro-ministro Passos Coelho e alegadamente José Maria Ricciardi, presidente do BES Investimento, que foram consideradas válidas por si, o presidente do Supremo justifica que as considerou “importantes, em termos de investigação criminal”. Mas não em relação a Passos Coelho, “pelo contrário: percebe-se que está na defensiva, e até diz que não quer falar sobre isso”. Por: Notícias Ao Minuto


Eles bem criaram o fumo necessário para na altura certa desviarem as atenções dadas as BPN. O Freeport sabe-se que foi obra de denúncia anónima, imagine-se feita por um inspector da PJ, um autarca e um jornalista, como se estas 3 almas não soubessem fazer um denúncia pública, constituindo-se como testemunhas. 
As escutas a Sócrates eu ouvi-as. Aludem a fantasias sexuais feitas com a boca da Moura Guedes. 
Há portanto que agitar o fantasma Sócrates, sem o qual se sentem órfãos por não terem em quem malhar. Embora tenham, já que podiam malhar do Farsola ou no Silva :-) BrincaNareia/Expresso Online




Pinto Monteiro desafia os jornalistas com cópias das escutas do "Face Oculta" e "Freeport"

http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2013/11/16/pinto-monteiro-desafia-os-jornalistas-com-copias-das-escutas-do-face-oculta-e-freeport

Fernando Pinto Monteiro desafia os jornalistas que têm cópias das cassetes das escutas telefónicas dos processos “Face Oculta” e “Freeport” a revelar o conteúdo. O antigo Procurador- Geral da República disse que nada havia de ilícito no que consta nessas gravações. E acha inclusive, hoje, que foi um erro não terem sido tornadas públicas. Numa entrevista ao programa da SIC Notícias "A Propósito", depois de ter estado no lançamento do livro do ex-primeiro-ministro, José Sócrates, disse que não era da sua responsabilidade a decisão de mandar destruir as escrutas... e sobre eventuais polémicas insistiu que não há nada de que se arrependa.


A minha carta (aberta) de despedida para a Exma. Sra. Coordenadora Superior de Investigação Criminal, Dra. Maria Alice Fernandes

by As Minhas Leituras
Cara Dra. Maria Alice Fernandes, que eu vou tratar somente por “Senhora”, como sempre o fiz durante os cerca de 8 anos durante os quais trabalhámos juntos, até ao dia em que fui detido e sequentemente preso, no âmbito de processo-crime cuja investigação a Senhora coordenou. Chegou ao meu conhecimento a notícia, através do “Correio […]

O “Freeport” e o “Meco”. É pura maldade jornalística ou como aprendi recentemente: “canalhice”!

Relativamente ao “Freeport” fiquemo-nos por aqui: Horas e horas da Senhora a justificar-se a mim, aos colegas, às senhoras da limpeza do Departamento, para agora, ó suprema ironia, depois de eu ouvir tudo o que ouvi, de ver o que vi, de ser receptáculo involuntário de muita informação que não solicitei, dar por mim a caminhar no pátio da Prisão de Évora com o “muito elegante e vaidoso Sócrates” (como a Senhora um dia se referiu ao mesmo).

Lembra-se de me dizer – a mim e a meio mundo – que a Polícia Judiciária tinha de lhe agradecer o facto de ter sido serena e sensata na coordenação da investigação do “Freeport”?

Ironia das ironias! Se nós os dois conversássemos agora Senhora! Que deleite sentiria eu ao partilhar e confrontá-la com tudo o que escutei atentamente deste lado das grades!

Uma coisa posso dizer ao fim de 2 meses e 9 dias, retratando-me de algumas coisas que já escrevi: o tipo é corajoso! Ninguém o vai calar! O Rosário Teixeira e o Carlos Alexandre que se cuidem! Estou a aprender muito!



"Raul Cordeiro disse que ouviu as escutas e confirmou que nada têm a ver com o objecto do processo Face Oculta"
Os juízes do caso Face Oculta rejeitaram, esta sexta-feira, a relevância das...
JN.PT







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UM RECORD PARA O GUINNESS

Jorge Nascimento Rodrigues, lembra que o Governo de Passos & Portas bateu um record muito velhinho, que subsistia desde o século XIX: a dívida pública atingiu 129% do PIB no final de 2013, valor certificado agora pelo FMI, pela Comissão Europeia e pelo Banco de Portugal. 

Sabia-se que a queda do record estava iminente. Em 2012, o Governo igualou o rácio da dívida pública face ao PIB atingido em 1892, que se elevou a 124% [cf. Jorge Nascimento Rodrigues, Portugal na Bancarrota - Cinco séculos de História da Dívida Soberana Portuguesa -http://www.centroatl.pt/titulos/desafios/bancarrota/]. Agora, apossou-se deste record que tem barbas. Nem se percebe por que Passou Coelho não aproveitou a subida ao palanque no congresso para comemorar esta proeza única. Verdadeiramente histórica.


CARLOS CARVALHAS NO ENCONTRO NACIONAL DO PCP

«(...) Em relação à dívida do país em primeiro lugar é preciso recordar que a dívida privada é superior à dívida pública, coisa que esses senhores sempre escondem.

Segundo, é preciso também lembrar que em relação à dívida pública Portugal em 2007, ano em que a crise rebentou tinha uma dívida de 68,4% do PIB, ao nível da zona Euro, inferior à de países como a Itália, Bélgica, praticamente igual à da França e da Alemanha.

O que se passa então para a dívida subir em flecha? Foi porque o Estado passou a gastar muito mais na saúde, no ensino, na investigação? Não! A subida em flecha da dívida pública deu-se devido à quebra de receitas provocadas pela crise, porque no essencial o Estado tomou nas suas mãos o desendividamento e a capitalização da banca. 

Os trabalhadores, os pensionistas e os pequenos e médios empresários têm estado a pagar o desendividamento da banca ao serviço dos banqueiros e dos grandes accionistas. Não é só o caso dos milhões e milhões enterrados no BPN, no BCP, no BPP, no Banif, são também os milhões que a banca ganha com o Estado, comprando dívida pública que lhes rende juros de 4,5,6% e que depois os deposita no BCE como colaterais, recebendo iguais montantes a 0,25%, os milhões que recebem em benefícios fiscais, os milhões que têm ganho com as PPP's e até com as rendas excessivas, pois no final são eles que estão por detrás de tais operações e empresas! (...


As sete vidas (políticas) de José Sócrates.
por José Baptista, 

Actualmente está na moda em Portugal a palavra resiliência, a sua recorrente utilização, quer no discurso escrito, quer no discurso oral, fez ocorrer-me a ideia que, talvez a melhor aplicação dessa palavra a um político nacional, seja utilizá-la para definir o perfil psicológico do (ex.) primeiro-ministro de Portugal, eng.º José Sócrates.
Após a derrota eleitoral do Partido Socialista (PS), nas eleições legislativas de 5 de Junho de 2011, iniciou-se um longo, e ainda não esgotado, processo político/mediático de culpabilização do eng.º José Sócrates, por uma boa parte de tudo o que de mal e errado foi feito recentemente pelo Governo de Portugal.
A actual iniciativa dos eurodeputados do PSD e do CDS, em tentar culpabilizar o eng.º José Sócrates pela acção negativa da Troika em Portugal., ilustra bem o espírito criado na prossecução do objectivo anteriormente referido.
Na minha perspectiva, concentrar a culpa da acção negativa da Troika em Portugal somente num protagonista político nacional é, no mínimo exagerado, pois consiste em atribuir erradamente todo protagonismo ao visado.
O eng.º José Sócrates foi, até melhor informação, primeiro-ministro de um Governo de Portugal até ao mês de Junho de 2011, ou seja, não governou sozinho até essa data, nem governa Portugal desde a mesma data.
Desde essa data, os adversários políticos do eng.º José Sócrates - externos e internos ao PS - têm-se esgotado na celebração de rituais e danças, com as quais tentam impedir o seu regresso (político) pleno e celebrar a sua morte política. Procurando fazer do eng.º José Sócrates uma espécie de Rei D. Sebastião, ao contrário.
O marco histórico do seu regresso ao palco político nacional é, a sua primeira entrevista após a derrota eleitoral de 5 Junho de 2011, concedida à RTP em 27 de Março de 2013.
Tornou-se então visível que a celebração que os seus adversários políticos - externos e internos - tinham feito da sua morte política, tinha sido no mínimo prematura.
Anteriormente à sua entrevista à RTP1, esteve o eng.º José Sócrates durante dois anos em Paris a estudar "Filosofia Política". Em Novembro de 1915, escreveu o poeta Mário de Sá Carneiro no seu poema "Caranguejola" que "estar maluquinho em Paris fica bem, tem certo estilo", e, eu escrevo hoje aqui, sem qualquer hesitação, que estudar em Paris é seguramente melhor.
A queda política do eng.º José Sócrates durou quase dois longos anos, mas o seu facilmente perceptível forte instinto político, permitiu-lhe cair politicamente de pé, como a dimensão do impacto político/mediático da sua primeira e posteriores entrevistas provou.
Na passada quinta-feira, dia 13 de Fevereiro de 2014, movido pela curiosidade de poder testemunhar ao vivo a capacidade de desempenho que atrás reconheci ao eng.º José Sócrates, fui assistir à sua conferência no ISCTE-IUL, dedicada ao tema "O Papel do Estado na Sociedade Contemporânea".
Quando o vi entrar no auditório em que iria decorrer a conferência, com um ar que classifiquei entre o apreensivo e o cansado, pensei que talvez não tivesse sorte com o dia por mim escolhido para o ouvir ao vivo, e num pequeno espaço físico.
Mas, após os primeiros cinco minutos da conferência, qual Fénix renascida, o eng.º José Sócrates emergiu das cinzas da sua suposta morte política, e, pelo menos para mim, confirmou-se como uma voz política que merece ser escutada.
Admirei a sua prestação, admirar não significa concordar, como a mera consulta de um dicionário facilmente o confirma. Mas, no caso concreto desta conferência, concordei com uma parte substancial do conteúdo da sua comunicação.
Na minha modesta opinião, porque não sou especialista em psicologia, nem sobre a vida dos gatos, e, também, não sou seguramente o biógrafo oficial do eng.º José Sócrates. Atrevo-me a afirmar que, talvez o eng.º José Sócrates tenha um nível de resiliência aproximado ao dos gatos, tal como os gatos tem sete vidas (políticas) - viver tanto seguramente cansa -, mas também, tal como os gatos, cai sempre (politicamente) de pé.

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