Uma coligação de gente perigosa
Na última semana, em dose dupla, primeiro por Passos Coelho e depois por Vítor Gaspar, assistimos ao anúncio do que, a ser aprovado, será a maior redistribuição de riqueza alguma vez ocorrida no Portugal democrático. As alterações na taxa social única, combinadas com cortes nas pensões, no salário mínimo e aumentos nos impostos, não só provam que o Governo está empenhado em ir bem para além da troika, como demonstram que o que está em causa já não é a consolidação das contas públicas, mas, sim, um processo de alteração das relações de poder económico em Portugal, que encontra na devastação social e no empobrecimento instrumentos privilegiados.

Desde Vasco Gonçalves que Portugal não era governado por gente tão perigosa. O trio Passos/Gaspar/Borges vê-se a si próprio como uma nova vanguarda, a quem a verdade foi revelada e que julga representar os interesses objectivos do país. Acontece que se continuarmos a insistir no ir para além da troika, se não combatermos politicamente as exigências que nos são feitas, se “não berrarmos” nas instâncias internacionais (para usar a feliz expressão de Ferreira Leite), daqui a um ano teremos, de novo, metas do défice revistas e mais anúncios de cortes e aumento dos impostos. Não é preciso nenhum modelo para prever que a receita que falhou no último ano falhará num patamar ainda mais elevado no próximo ano.
Neste momento só podemos esperar uma coisa. Que em nome da sensatez e dos equilíbrios institucionais, este processo seja parado já. Se não o for agora, será tarde de mais: os estragos estarão feitos e a revolta e a mudança terão lugar na rua.
publicado no Expresso de 15 de Setembro.
Há alguns um amigo a quem a vida não sorriu, quando comentei alguns expedientes pouco claros que utilizava para ganhar dinheiro para sobreviver ( não comprava mansões nem carros de luxo ) disse-me muito singelamente :
ResponderEliminarQuando um homem tem os filhos em casa a pedir comida e não há dinheiro, garanto-lhe que com o desespero torna-se capaz de tudo !
O numero crescente de desempregados e outros concidadãos que estão no limiar do desespero esta a gerar uma revolta de proporções muito superiores aquela que senti no ano de 1973 contra o regime de Marcelo Caetano.
As vaias que os Ministros recebem quando surgem em eventos públicos indicam que este regime (de alternância politica ) esta em estado de decomposição acelerada.
Victor Gaspar!?
ResponderEliminar... esse porco imundo, *comissário político* do BCE ao bom estilo da nomenclatura sovietica.. ele está pouco se lixando, ou melhor não está, porque essa gentalha não é "humana", e se o é, é certificadamente insana.
Racionalidade é o que não se pode esperar, e o caso NÂO È POLÍTICO no sentido idiológico esquerda direita, NUNCA O FOI... ocaso é no sentido da obssesão demente Malthusiana (gente a mais no mundo) e de domínio de elites com base nos principios "OLIGÁRQUICOS", contra os princípios de desenvolvimneto e progresso (cientifico, ecońomico e outros) que inevitavelmente elevam o individuo e povoam o mundo.
É por isso que austeridade é politica... dirigida precisamente contras as populações... quando não há nem nunca houve razões(cientificas e outras) para este tipo de austeridade suicida. Um orçamento equilibrado ou em sem "deficit" nunca pressupôs auto-destruição... quem quer reduzir despesas em casa nunca lhe passou pela cabeça deixar de comer como medida, pelo menos se não é insano nunca!...
Mas se calhar essa corja de malfeirores, demente, corrupta, diabólica, depravada... tão bem figurada na metalidade aristocrática que nunca deixou de assolar a Europa, na ganância sem fim, no fenómeno da pedofilia, tudo tão caracteristíco das elites... se calhar eles têm razão e há gente a mais no mundo!... e como bons "tecnicos" e lideres devem ser eles a dar o exemplo da solução... a população só tem de dar uma ajudinha!... aliás é nessa sabedoria que os "Pelourinhos" foram erigidos...