(Afinal já vai em 6,9%)
Banco de investimento mantém previsão que Portugal vai pedir um segundo pacote de ajuda este ano e reestruturar a dívida, com o envolvimento dos privados, em 2013. O resultado será uma forte recessão, devido às novas medidas de austeridade que terá que implementar.
O Citigroup mantém previsões negras para a economia portuguesa, antevendo que o país enfrenta dois anos de forte recessão, devido às novas medidas de austeridade que terá que implementar, uma vez que antecipa que o Portugal terá de seguir as pisadas da Grécia e reestruturar a dívida no próximo ano.
As estimativas pessimistas para Portugal constam de um relatório no qual o Citigroup até eleva as previsões para a economia mundial, prevendo um crescimento global de 2,6% neste ano, mais uma décima do que previa há um mês, mas, ainda assim, um ponto percentual aquém das mais recentes previsões do FMI para o mundo.
Em sentido inverso, o Citigroup antecipa uma quebra mais profunda para o PIB português, de 5,4% neste ano, quando em Março previa uma contracção de 5,3%. Para o próximo ano a previsão do banco de investimento aponta para uma recessão de 3%. Já o desemprego, segundo estas previsões, deverá subir para 15,6% este ano, antes de voltar a galgar para 17,3% em 2013.
Todos estes números são consideravelmente mais sombrios do que os avançadas por diversas instituições internacionais para a economia portuguesa, que apontam para uma queda de 3,3% do PIB este ano, seguida de uma estagnação em 2013, com o desemprego médio a ficar aquém de 15%.
Desemprego fura contas
No referido relatório, o Citigroup justifica revisão em baixa para a economia portuguesa com “a deterioração do mercado de trabalho mais acelerada do que o esperado”. O banco adianta que a previsão para 2013 baseia-se na probabilidade de o país ter que adoptar mais medidas de austeridade.
Há já largos meses que o Citigroup considera que Portugal vai ser obrigado a pedir um segundo pacote de ajuda financeira este ano e avançar para uma reestruturação de dívida, que envolva um perdão por parte dos privados, já em 2013.
O actual programa de ajuda a Portugal termina em 2014 e prevê o regresso do país aos mercados em Setembro de 2013. “Acreditamos que Portugal vai falhar as metas de redução do défice orçamental este ano, dadas as derrapagens ocorridas no ano passado, descontadas dos efeitos das medidas extraordinárias”, refere a equipa de economistas liderada por Willem Buiter.
Num estudo de Fevereiro, citado pelo Financial Times, o Citigroup concluía que Portugal precisava de seguir as pisadas da Grécia. Para tornar a dívida sustentável era necessário negociar um perdão de 50% da dívida detida por privados (valor que cifrava em 68 mil milhões de euros, se o 'hair-cut' fosse realizado ainda neste ano). Isto a par de um segundo programa de assistência financeira, que quantificava entre 50 e 65 mil milhões de euros, e que adiaria a perspectiva de regresso aos mercados para 2016.
Com um segundo empréstimo, mas sem reestruturação, a dívida subiria para uns insustentáveis 146% do PIB em 2015/16, estimava então o banco de investimento.
Mas Portugal não é o único país em relação ao qual o Citigroup está pessimista. O banco antecipa que também a Irlanda vai precisar um segundo pacote de ajuda e reviu em baixa as projecções macroeconómicas do país. Antecipa que o PIB da Irlanda vai recuar 0,8% este ano e crescer 0,3% em 2013.
Para Espanha as projecções do Citigroup apontam para uma recessão de 2,7% este ano e 1,3% em 2013.
As estimativas pessimistas para Portugal constam de um relatório no qual o Citigroup até eleva as previsões para a economia mundial, prevendo um crescimento global de 2,6% neste ano, mais uma décima do que previa há um mês, mas, ainda assim, um ponto percentual aquém das mais recentes previsões do FMI para o mundo.
Em sentido inverso, o Citigroup antecipa uma quebra mais profunda para o PIB português, de 5,4% neste ano, quando em Março previa uma contracção de 5,3%. Para o próximo ano a previsão do banco de investimento aponta para uma recessão de 3%. Já o desemprego, segundo estas previsões, deverá subir para 15,6% este ano, antes de voltar a galgar para 17,3% em 2013.
Todos estes números são consideravelmente mais sombrios do que os avançadas por diversas instituições internacionais para a economia portuguesa, que apontam para uma queda de 3,3% do PIB este ano, seguida de uma estagnação em 2013, com o desemprego médio a ficar aquém de 15%.
Desemprego fura contas
No referido relatório, o Citigroup justifica revisão em baixa para a economia portuguesa com “a deterioração do mercado de trabalho mais acelerada do que o esperado”. O banco adianta que a previsão para 2013 baseia-se na probabilidade de o país ter que adoptar mais medidas de austeridade.
Há já largos meses que o Citigroup considera que Portugal vai ser obrigado a pedir um segundo pacote de ajuda financeira este ano e avançar para uma reestruturação de dívida, que envolva um perdão por parte dos privados, já em 2013.
O actual programa de ajuda a Portugal termina em 2014 e prevê o regresso do país aos mercados em Setembro de 2013. “Acreditamos que Portugal vai falhar as metas de redução do défice orçamental este ano, dadas as derrapagens ocorridas no ano passado, descontadas dos efeitos das medidas extraordinárias”, refere a equipa de economistas liderada por Willem Buiter.
Num estudo de Fevereiro, citado pelo Financial Times, o Citigroup concluía que Portugal precisava de seguir as pisadas da Grécia. Para tornar a dívida sustentável era necessário negociar um perdão de 50% da dívida detida por privados (valor que cifrava em 68 mil milhões de euros, se o 'hair-cut' fosse realizado ainda neste ano). Isto a par de um segundo programa de assistência financeira, que quantificava entre 50 e 65 mil milhões de euros, e que adiaria a perspectiva de regresso aos mercados para 2016.
Com um segundo empréstimo, mas sem reestruturação, a dívida subiria para uns insustentáveis 146% do PIB em 2015/16, estimava então o banco de investimento.
Mas Portugal não é o único país em relação ao qual o Citigroup está pessimista. O banco antecipa que também a Irlanda vai precisar um segundo pacote de ajuda e reviu em baixa as projecções macroeconómicas do país. Antecipa que o PIB da Irlanda vai recuar 0,8% este ano e crescer 0,3% em 2013.
Para Espanha as projecções do Citigroup apontam para uma recessão de 2,7% este ano e 1,3% em 2013.
Nota:Nuno Carregueiro - Negócios
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