Carlos Costa diz que desconhecia irregularidades no BCP
Carlos Costa está a testemunhar no julgamento do processo-crime instaurado pelo Ministério Público contra antigos gestores do BCP.
"Só tomei conhecimento da existência destas ‘offshores' no dia em que fui testemunhar" nos processos de contra-ordenação, disse hoje o governador do Banco de Portugal em tribunal.
Carlos Costa referiu por outro lado que cada actor no processo de decisão de um crédito num banco trabalha "com um pressuposto de boa fé e de lealdade". O actual governador teve funções no BCP na direcção internacional entre 2000 e 2004.
O Ministério Público acusa Jardim Gonçalves, Filipe Pinhal, Christopher de Beck e ainda António Rodrigues, antigos administradores do BCP, de manipulação de mercado e falsificação de documentos.
Questionado sobre ter sido concedido crédito pelo BCP durante vários anos sem se conhecer o destinatário final dos mesmos, Carlos Costa disse que "não tinha conhecimento desse facto" e lembrou que "eu ocupava-me apenas de uma fase do processo".
Questionado sobre ter sido concedido crédito pelo BCP durante vários anos sem se conhecer o destinatário final dos mesmos, Carlos Costa disse que "não tinha conhecimento desse facto" e lembrou que "eu ocupava-me apenas de uma fase do processo".
"No meu entender [uma instituição financeira] tem de se dotar de mecanismos de controlo para que estas situações não se verifiquem", disse o actual governador.
Carlos Costa disse ainda que de um modo geral, numa instituição bancária, "é desejável que os órgãos de controlo actuem tão rapidamente quanto possível sempre que se constate um desvio entre o desejável e o praticado".
"Nunca há risco nulo" num banco ou qualquer outra empresa, acrescentou.
Por:Maria Ana Barroso/Económico 13/03/13 10:3
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