O Eurostat confirmou hoje as anteriores previsões, avançadas em fevereiro, que apontavam para uma contração de 0,6% do PIB da zona euro face aos três meses anteriores e de 0,9% em termos homólogos.
A atualização das estimativas, que já entra em linha de conta com informação conhecida nas últimas semanas, reitera igualmente as contrações em cadeia de 0,5% e 0,6% homóloga para a União Europeia.
No conjunto do ano 2012, a economia da zona euro encolheu 0,6% e da União Europeia 0,3%. Para este ano, a generalidade das previsões aponta para que a recessão continue com a maior parte dos países no vermelho.
A maior queda foi em Portugal
A maior queda foi em Portugal
Entre os Estados-membros para os quais foram publicados dados, Portugal registou a maior queda trimestral do PIB com um recuo de 1,8%. Trata-se do mesmo valor que já tinha sido publicado pelo INE e divulgado pelo Eurostat em fevereiro.
Convém sublinhar, no entanto, que o Eurostat não publica dados da variação em cadeia para a Grécia por não serem corrigidos da sazonalidade e que, caso o fizesse , seriam necessariamente piores que os portugueses. Em termos homólogos, a economia grega caiu sempre mais de 6% em todos os trimestres de 2012.
Na comparação homóloga, a economia portuguesa teve uma queda de 3,8% no quarto trimestre de 2012, o que foi pior do que o esperado e colocou a contração anual nos 3,2%. Foi a segunda maior recessão desde os anos 70 - depois da queda a rondar 5% em 1975 - quando se inicia a série do INE e mesmo recuando até à década de 50 com as séries longas do Banco de Portugal não se encontra nenhuma mais profunda.
Letónia (1,3%), Estónia (0,9%) e Lituânia (0,7%) registaram os maiores crescimentos em cadeia do PIB no quarto trimestre , enquanto que Chipre e Eslovénia (-1% ambos) se juntaram a Portugal na liderarança das quedas.
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