(Bagão Félix), pág 89, quadro 2.9.1 – Somatório da linha total:23.394 M€;
1º MITO - FALSO!!!!!
OBS.
jcesar
23.06.2013
As PPP representam uns 0.5% de investimento anual para o Estado, é isto ruinoso para o Estado, mas apresentam isto como se fosse o problema do País.
Afinal houve renegociações e o que conseguiram foi uma poupança de meia dúzia de milhões, e mesmo esses foram à custa do Estado assumir encargos que eram das PPP, ou do Estado cortar aos serviços que estavam previstos nos contratos.
O que interessa nos contratos das PPP, é saber se alguém beneficiou pessoalmente com esses negócios, se isso aconteceu, devem ser julgados e condenados, independentemente da cor política.
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a
PPP SEM PREGUIÇA, PODE SER?
Passos tem razão. Há para aí comentadores e jornalistas preguiçosos.
Não há debate a que vá, por exemplo, no qual não seja confrontada com o alegado horror das PPP do Governo anterior, com as estradas inúteis que eventualmente geraram a dívida externa, a pobreza, talvez mesmo a crise grega.
Passos tem razão. Há para aí comentadores e jornalistas preguiçosos.
Não há debate a que vá, por exemplo, no qual não seja confrontada com o alegado horror das PPP do Governo anterior, com as estradas inúteis que eventualmente geraram a dívida externa, a pobreza, talvez mesmo a crise grega.
Os governos socialistas foram despesistas e desataram a construir estradas que nem uns malucos?
Ele há “fontes” que clamam que sim.
Foi o Governo direita que colocou travão nesta loucura esquerdista parando os investimentos, renegociando e poupando milhões e milhões de euros?
Ele há “fontes” que clamam que sim.
Sofro de uma deficiência especialmente aguda entre os juristas que é a de gostar de lidar com factos. E os factos calam todas as bocas.
Em primeiro lugar, Portugal não tem estradas a mais. Na UE, a 27, Portugal é o 23º país com menos km de estradas por km2 de área territorial.
Facto número dois, não há qualquer excesso despesista dos governos socialistas. É que dos 3149 km de autoestradas, em operação ou em construção, os últimos governos do PS são responsáveis pelo lançamento de 428 km (13,6%). Os governos de Cavaco lançaram 1602 km (50,9%). Em média, por ano, os governos de Sócrates lançaram 68 km e o governo de Barroso 60 km.
Facto número três, não é verdade que tenhamos recorrido como nenhum outro país europeu à desorçamentação através das PPP. A União Europeia, através da EPEC (European PPP expertise Center) quantifica que na Europa, nos últimos anos, foram feitos 1602 projectos de PPP. Em Portugal foram concretizados 36 PPP, (2% do número de PPP da Europa).
Só o Reino Unido fez 20 vezes mais PPP que Portugal.
Já agora, em Portugal existem 36 PPP: 22 rodoviárias, 3 ferroviárias, 10 na saúde, 1 de segurança. Das 22 PPP rodoviárias 8 (36%) foram lançadas pelos dois anteriores governos do PS, as restantes foram lançadas por Cavaco Silva, António Guterres, Durão Barroso e Santana Lopes.
Os encargos não dispararam com as novas PPP rodoviárias e com as negociações alegadamente ruinosas dos governos socialistas. Os factos são estes: encargos líquidos futuros com as PPP rodoviárias, inscritos no OE 2005 (Bagão Félix), pág. 89, quadro 2.9.1 – Somatório da linha rodoviárias – 15.912 M€, encargos líquidos futuros com todas as PPP, inscritos no OE 2012 (Vítor Gaspar) pág 123, quadro III.8.2 – Somatório da linha rodoviárias – 13.235 M€. Ou seja: o Governo PS, de acordo com a estimativa de Bagão Félix, herdou nas PPP rodoviárias, 15.912 M€ de encargos com as PPP e deixou, de acordo com a estimativa de Vítor Gaspar, 13.235 M€.
Ouviram? O governo do PS deixou, para o Governo seguinte, encargos com as PPP menores do que aqueles que recebeu. São os orçamentos dos Governos do PSD/CDS que o dizem.
Finalmente, o Governo de direita não colocou travão nesta “festa”. Até este momento não há nenhum contrato renegociado assinado, nenhum contrato aprovado em Conselho de Ministros nem submetido ao Tribunal de Contas.
As renegociações não passaram até agora de anúncios não concretizados. O que se conhece das renegociações é a simples transferência de responsabilidades e riscos dos privados para o estado (veja-se o exemplo do Túnel do Marão que é anunciado como uma poupança quando a contratação da parte que faltava construir (cerca de 120 milhões de euros) passou a custar ao estado cerca de 160 milhões de euros).
Ele há “fontes” que clamam que sim.
Foi o Governo direita que colocou travão nesta loucura esquerdista parando os investimentos, renegociando e poupando milhões e milhões de euros?
Ele há “fontes” que clamam que sim.
Sofro de uma deficiência especialmente aguda entre os juristas que é a de gostar de lidar com factos. E os factos calam todas as bocas.
Em primeiro lugar, Portugal não tem estradas a mais. Na UE, a 27, Portugal é o 23º país com menos km de estradas por km2 de área territorial.
Facto número dois, não há qualquer excesso despesista dos governos socialistas. É que dos 3149 km de autoestradas, em operação ou em construção, os últimos governos do PS são responsáveis pelo lançamento de 428 km (13,6%). Os governos de Cavaco lançaram 1602 km (50,9%). Em média, por ano, os governos de Sócrates lançaram 68 km e o governo de Barroso 60 km.
Facto número três, não é verdade que tenhamos recorrido como nenhum outro país europeu à desorçamentação através das PPP. A União Europeia, através da EPEC (European PPP expertise Center) quantifica que na Europa, nos últimos anos, foram feitos 1602 projectos de PPP. Em Portugal foram concretizados 36 PPP, (2% do número de PPP da Europa).
Só o Reino Unido fez 20 vezes mais PPP que Portugal.
Já agora, em Portugal existem 36 PPP: 22 rodoviárias, 3 ferroviárias, 10 na saúde, 1 de segurança. Das 22 PPP rodoviárias 8 (36%) foram lançadas pelos dois anteriores governos do PS, as restantes foram lançadas por Cavaco Silva, António Guterres, Durão Barroso e Santana Lopes.
Os encargos não dispararam com as novas PPP rodoviárias e com as negociações alegadamente ruinosas dos governos socialistas. Os factos são estes: encargos líquidos futuros com as PPP rodoviárias, inscritos no OE 2005 (Bagão Félix), pág. 89, quadro 2.9.1 – Somatório da linha rodoviárias – 15.912 M€, encargos líquidos futuros com todas as PPP, inscritos no OE 2012 (Vítor Gaspar) pág 123, quadro III.8.2 – Somatório da linha rodoviárias – 13.235 M€. Ou seja: o Governo PS, de acordo com a estimativa de Bagão Félix, herdou nas PPP rodoviárias, 15.912 M€ de encargos com as PPP e deixou, de acordo com a estimativa de Vítor Gaspar, 13.235 M€.
Ouviram? O governo do PS deixou, para o Governo seguinte, encargos com as PPP menores do que aqueles que recebeu. São os orçamentos dos Governos do PSD/CDS que o dizem.
Finalmente, o Governo de direita não colocou travão nesta “festa”. Até este momento não há nenhum contrato renegociado assinado, nenhum contrato aprovado em Conselho de Ministros nem submetido ao Tribunal de Contas.
As renegociações não passaram até agora de anúncios não concretizados. O que se conhece das renegociações é a simples transferência de responsabilidades e riscos dos privados para o estado (veja-se o exemplo do Túnel do Marão que é anunciado como uma poupança quando a contratação da parte que faltava construir (cerca de 120 milhões de euros) passou a custar ao estado cerca de 160 milhões de euros).
" Temos pois além de um governo de pulhas e aldrabões, um governo de asnos geniais ... "
COM ESTA CONFISSÃO, SABEMOS AGORA QUE O GOVERNO MENTE, MENTE, MENTE SOBRE A FALSA RENEGOCIAÇÃO ANUNCIADA DAS PPP
António Castro Henriques (na foto), presidente executivo da Soares da Costa, foi ontem entrevistado pela TSF (http://www.tsf.pt/Programas/programa.aspx?content_id=2776632&audio_id=3686503) e pelo Dinheiro Vivo. Quase no fim da entrevista, é-lhe posta uma questão sobre a renegociação das PPP em que a Soares da Costa participa: “O Estado diz que poupou 36 milhões de euros. A Soares da Costa perdeu 36 milhões de euros?” O Dinheiro Vivo (http://www.dinheirovivo.pt/Empresas/Artigo/CIECO324729.html?page=0) não reproduz fielmente as palavras de Castro Henriques, sendo por isso melhor ouvir a entrevista na TSF. O CEO da Soares da Costa, medindo vagarosamente as palavras, afirmou que “não são coisas simétricas, não há uma simetria” neste processo de renegociação, para depois se explicar: “as economias” do Estado resultaram da assumpção de “investimentos e manutenção” que antes estavam a cargo do consórcio.
Em suma, o Estado reduziu as obrigações dos privados (como a manutenção das infra-estruturas). Assim sendo, o Estado pagará menos 36 milhões de euros às PPP, mas, ao dispensar o consórcio de cumprir estas obrigações, transfere para os contribuintes encargos futuros até possivelmente mais elevados. Temos pois além de um governo de pulhas e aldrabões, um governo de asnos geniais...
António Castro Henriques (na foto), presidente executivo da Soares da Costa, foi ontem entrevistado pela TSF (http://www.tsf.pt/Programas/programa.aspx?content_id=2776632&audio_id=3686503) e pelo Dinheiro Vivo. Quase no fim da entrevista, é-lhe posta uma questão sobre a renegociação das PPP em que a Soares da Costa participa: “O Estado diz que poupou 36 milhões de euros. A Soares da Costa perdeu 36 milhões de euros?” O Dinheiro Vivo (http://www.dinheirovivo.pt/Empresas/Artigo/CIECO324729.html?page=0) não reproduz fielmente as palavras de Castro Henriques, sendo por isso melhor ouvir a entrevista na TSF. O CEO da Soares da Costa, medindo vagarosamente as palavras, afirmou que “não são coisas simétricas, não há uma simetria” neste processo de renegociação, para depois se explicar: “as economias” do Estado resultaram da assumpção de “investimentos e manutenção” que antes estavam a cargo do consórcio.
Em suma, o Estado reduziu as obrigações dos privados (como a manutenção das infra-estruturas). Assim sendo, o Estado pagará menos 36 milhões de euros às PPP, mas, ao dispensar o consórcio de cumprir estas obrigações, transfere para os contribuintes encargos futuros até possivelmente mais elevados. Temos pois além de um governo de pulhas e aldrabões, um governo de asnos geniais...
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