O
bastonário da Ordem dos Advogados afirma que a carta anónima que deu
origem à investigação do caso Freeport foi combinada entre o autor e
alguns elementos da Polícia Judiciária (PJ). "A situação, já de si
insólita, adquire contornos algo preocupantes, porquanto a ideia da
carta 'anónima' parece ter surgido num contexto de encontros e reuniões
entre inspectores da PJ, jornalistas e figuras políticas ligadas ao PSD e
ao CDS", escreve Marinho Pinto na edição de Abril do Boletim da Ordem.
Pinto Monteiro desafia os jornalistas com cópias das escutas do "Face Oculta" e "Freeport"
http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2013/11/16/pinto-monteiro-desafia-os-jornalistas-com-copias-das-escutas-do-face-oculta-e-freeportFernando Pinto Monteiro desafia os jornalistas que têm cópias das cassetes das escutas telefónicas dos processos “Face Oculta” e “Freeport” a revelar o conteúdo. O antigo Procurador- Geral da República disse que nada havia de ilícito no que consta nessas gravações. E acha inclusive, hoje, que foi um erro não terem sido tornadas públicas. Numa entrevista ao programa da SIC Notícias "A Propósito", depois de ter estado no lançamento do livro do ex-primeiro-ministro, José Sócrates, disse que não era da sua responsabilidade a decisão de mandar destruir as escrutas... e sobre eventuais polémicas insistiu que não há nada de que se arrependa.
"Raul Cordeiro disse que ouviu as escutas e confirmou que nada têm a ver com o objecto do processo Face Oculta"
No caso BPN "mexe-se na terra e sai minhoca", diz Cândida Almeida
Antiga responsável pelo DCIAP garante ainda que no caso Freeport não há nada
que incrimine José Sócrates e diz que gostaria de ter tido mais apoio de Pinto Monteiro.
No caso BPN, "mexe-se na terra e sai minhoca por todo o sítio". Quem o garante é Cândida Almeida, a antiga responsável e criadora do DCIAP (Departamento Central de ação e Investigação Penal) numa entrevista hoje publicada no "Diário Económico".
Apesar de já estar desligada do processo, por ter sido substituída e colocada no Supremo Tribunal de Justiça, a primeira mulher da magistratura portuguesa confia no sucesso da investigação criminal às fraudes cometidas no Banco Português de Negócios: "Os magistrados estão muito mais qualificados e direcionados para este tipo de investigação", garante, fazendo comparações ao tempo em que, sozinha, teve de lidar com o processo das FP-25, "porque não havia antecedentes nem precedentes".
Porém, Cândida Almeida alerta que só com "reforço de meios e apoio institucional se pode fazer alguma coisa" para apurar toda a verdade no caso BPN. "Aquilo é um mundo, um mundo...", insiste, dizendo ter sido "construído também com todo o à-vontade científico e cirúrgico".
Obstáculos "do interior da própria magistratura"
Cândida Almeida não esconde que o DCIAP "era, com todos os defeitos, uma criação minha" e que lhe trouxe mágoa separar-se do seu "filho", porque "queremos sempre estar perto dele e queremo-lo para nós". Hoje, diz tratar-se
de "um departamento essencial para a justiça". E revela que na fase inicial e durante os 12 anos em que liderou o DCIAP teve de lutar contra muitos obstáculos, nomeadamente "um status quo muito difícil que está instalado em toda a sociedade portuguesa: o que é novo é olhado de soslaio".
Lamentando que alguns desses obstáculos fossem provenientes "do interior da própria magistratura", Cândida Almeida insiste na necessidade reforço das estruturas e meios de investigação, classificando de "absolutamente injustas" as críticas à morosidade das investigações enquanto esteve na liderança do DCIAP.
"Não há nada no Freeport, pedi para investigarem tudo"
Falando de um dos casos mais polémicos que teve de investigar, a magistrada garante que "não há nada no Freeport, pedi para investigarem tudo". Ao "Diário Económico", Cândida Almeida diz não ter detetado qualquer benefício do ex-primeiro-ministro José Sócrates em todo o processo, salientando que "uma coisa é o que lá está, outra o que dizem". E remata: "Aquilo que lá estava, por mais que se fizesse, não permitia noutra solução que não o arquivamento", sugerindo aos interessados a leitura do processo.
Dizendo-se também magoada por ter sido acusada de violar o segredo de Justiça, apesar de sair ilibada dessa suspeita, Cândida Almeida aborda também o relacionamento mantido com o antigo procurador-geral da República: "Não me deu apoio que eu achava que merecia", revela com "mágoa", embora reconheça também que em momento algum se sentiu pressionada por Pinto Monteiro. Por: Paulo Luís de Castro/ Expresso 8 de agosto de 2013
Eles bem criaram o fumo necessário para na altura certa desviarem as atenções dadas ao BPN. O Freeport sabe-se que foi obra de denúncia anónima, imagine-se feita por um inspector da PJ, um autarca e um jornalista, como se estas 3 almas não soubessem fazer um denúncia pública, constituindo-se como testemunhas.
As escutas a Sócrates eu ouvi-as. Aludem a fantasias sexuais feitas com a boca da Moura Guedes.
Há portanto que agitar o fantasma Sócrates, sem o qual se sentem órfãos por não terem em quem malhar. Embora tenham, já que podiam malhar no Farsola ou no Silva :-) BrincaNareia/Expresso Online
Se José Sócrates não tivesse tido o desplante de acabar com as reformas antecipadas dos políticos e dos gestores públicos em Outubro de 2005, os processos do Freeport, do diploma de Engenheiro e outros nunca teriam tido o eco que tiveram. NÃO FOI POR ACASO Q O MINISTRO INDIGITADO PARA AS FINANÇAS POR SÓCRATES, SE DEMITIU PASSADO TRÊS MESES, POIS A REFORMA QUE ELE IRIA ASSINAR IRIA ACABAR-LHE COM AS SUAS MORDOMIAS...
Há ainda quem diga que tudo não passa de um ajuste de contas, pelo facto de ter tido a ousadia de ter acabado com os três (3) meses de férias judiciais.
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Cara Dra. Maria Alice Fernandes, que eu vou tratar somente por “Senhora”, como sempre o fiz durante os cerca de 8 anos durante os quais trabalhámos juntos, até ao dia em que fui detido e sequentemente preso, no âmbito de processo-crime cuja investigação a Senhora coordenou. Chegou ao meu conhecimento a notícia, através do “Correio […]
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O “Freeport” e o “Meco”. É pura maldade jornalística ou como aprendi recentemente: “canalhice”!
Relativamente ao “Freeport” fiquemo-nos por aqui: Horas e horas da Senhora a justificar-se a mim, aos colegas, às senhoras da limpeza do Departamento, para agora, ó suprema ironia, depois de eu ouvir tudo o que ouvi, de ver o que vi, de ser receptáculo involuntário de muita informação que não solicitei, dar por mim a caminhar no pátio da Prisão de Évora com o “muito elegante e vaidoso Sócrates” (como a Senhora um dia se referiu ao mesmo).
Lembra-se de me dizer – a mim e a meio mundo – que a Polícia Judiciária tinha de lhe agradecer o facto de ter sido serena e sensata na coordenação da investigação do “Freeport”?
Ironia das ironias! Se nós os dois conversássemos agora Senhora! Que deleite sentiria eu ao partilhar e confrontá-la com tudo o que escutei atentamente deste lado das grades!
Uma coisa posso dizer ao fim de 2 meses e 9 dias, retratando-me de algumas coisas que já escrevi: o tipo é corajoso! Ninguém o vai calar! O Rosário Teixeira e o Carlos Alexandre que se cuidem! Estou a aprender muito!
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