terça-feira, 19 de junho de 2012

O emigrante português 1965 - 2012

                                

                   


                     

Os alunos portugueses, após completarem os seus estudos têm 3 saídas:
- Por mar - Por terra - Por ar



Vai e não voltes

by As Minhas Leituras
O governo finalmente apercebeu--se de que muitos portugueses estavam a abandonar o país. Muito a custo, parece ter admitido que isto de muita gente sair é capaz de não ser assim uma coisa tão boa. Que um país perder em três anos 7% da população ativa não será um bom indicador para o futuro da […]

  
O emigrante trezentos mil e um.
    Hoje é um dia histórico: depois de nos últimos três anos cerca de trezentos mil jovens e menos jovens terem emigrado, seguindo as sábias palavras do primeiro-ministro, para quem a emigração e o desemprego foram grandes oportunidades que se abriram no âmbito do processo de ajustamento que Pedro Passos Coelho tem conduzido também sabiamente, eis que hoje parte o emigrante trezentos mil e um.  Por: Nicolau Santos | Expresso /6 de junho de 2014.








ÚLTIMA HORA:
Soube agora que hoje há mais um português que emigra...vai para os Estados Unidos, com uma mão à frente e outra atrás, com uma saca com umas roupitas, vai ganhar por mês 23.000,00 euros, livres de impostos, pode reformar-se dentro de 3 anos com 70% do vencimento. É este o país onde vivemos...em que a crise obriga a que esta pobre gente tenha que passar por tantos sacrifícios e abandone a sua terra natal , para um destino tão incerto. Vitor! Conta sempre comigo! 
Vai dando notícias, pá..




O emigrante

by As Minhas Leituras
Um secretário de Estado apresenta um programa sobre emigração, assunto delicado num país a encolher. Perguntam-lhe quantas pessoas vai beneficiar e quantas empresas. Pedem--lhe números, metas, dinheiro disponível e duração da iniciativa. São dúvidas que fazem sentido, simples, básicas, os emigrantes e as suas famílias querem perceber. Perguntam-lhe se ele sabe quantas pessoas deixaram o […]

Portugal é líder na Europa… em risco de pobreza!

by As Minhas Leituras
Cáritas adverte que "um número significativo de pessoas desempregadas" não está abrangido pelas redes de segurança normais. Risco em 2014 subiu para 27,5%.




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Tenho que admitir: BOAS NOTICIAS!
O desemprego baixa há 3 meses consecutivos.
Imagem intercalada 1

Os dias de hoje não aguentam novas descolonizações
Importa que todos trabalhem para evitar o que seria uma enorme calamidade
Nunca foi fácil ser português. O posicionamento geográfico condicionou- -nos. Somos a cauda do Norte e o topo do Sul. Somos uma placa giratória que distribui filhos para muitos destinos.
E isso dá-nos força. Dá-nos exposição. Dá-nos características únicas, mas também traz problemas e situações que podem gerar dramas repentinos e anular o que pareciam soluções.
Simplificando: partem os melhores, os mais arrojados, os mais preparados ou necessitados. Sempre
assim foi e sempre assim será. Mas hoje é preciso ter noção de que há um efeito boomerang potencialmente rápido em função da instabilidade que se verificar nos pontos de migração.
Se houver convulsões em certos destinos de emigração actual, Portugal não terá qualquer hipótese de albergar de volta os milhares de nacionais que têm saído do país, alguns dos quais munidos de habilitações como nunca ninguém teve por cá. São filhos de um sistema de educação único, que resultou de esforços públicos e privados que o Estado enquadrou e que lhes ofereceu um escape para a pobreza.
No entanto, é um facto que há hoje o risco de regressos em massa e Portugal no seu todo deve contribuir para minorar essa calamidade.
Mais do que para países tranquilos de Gaiolas Douradas, como a França, a Bélgica, a Suíça, a Alemanha, a Grã-Bretanha e os estados da Escandinávia, os portugueses de hoje partem sobretudo para sítios mais complicados e improváveis.
Angola é o mais apetecível e mais estável dentro de um quadro de mútuo conhecimento ancestral e linguístico, mas o problema que a justiça arranjou por incúria é uma ameaça. Moçambique enfrenta problemas graves que resultam exactamente do seu surto de de- senvolvimento e da criação de grandes desigualdades. A África do Sul é um barril de pólvora. A Guinéidem, mas temos lá poucos nacionais. Timor não é propriamente uma meia ilha de paz adquirida. A Líbia da reconstrução-relâmpago é o que se sabe. Os emirados estão bem e em desenvolvimento, mas têm especificidades complexas susceptíveis de rebentar. A Venezuela é um problema sempre latente. Destinos como a Colômbia e o Peru ameaçam gerar dificuldades. O Brasil é uma incógnita permanente, enquanto a China vive uma falsa calma. Por Eduardo Oliveira Silva
publicado em 9 Nov 2013/I



||PORTUGAL||
No ano transato, o meu cunhado, Marco Almeida, rumou até às terras britânicas. Nos últimos tempos tenho assistido amigos a partir para outras paragens por este mundo fora. Hoje testemunhei a minha prima e madrinha de casamento, Bárbara Heitor, rumar em direção a Inglaterra.
Analisemos o nosso país nestes últimos três anos:
- 350 mil portugueses emigraram. 130 mil encontram-se na faixa etária entre os 15 e os 29 anos. Fenómeno semelhante só mesmo na década de 60 do século passado;
- Quebra vertiginosa da taxa de natalidade;
- Mais pobreza;
- Mais desigualdade social;
- Mais desemprego. Os dados do governo apontam para quase 14%, mas sabemos que se não fosse os famosos apagões nas listagens dos IEFP´s, o desemprego estaria próximo de um terço da população;
- Taxa de desemprego jovem próximo dos 40%;
- Menos poder de compra;
- Mais endividamento público;
- Recessão económica;
- Mais desigualdade territorial;
- Menos serviço público;
- Na área da Educação, no que respeita à qualidade, descemos do 33º para o 47º lugar.
- Um Justiça obsoleta, por vezes até parada, como assistimos ainda há pouco mais de um mês ao caso do C.I.T.I.U.S. Um Justiça que deixou de ser de fácil acesso e de proximidade para todos com o novo Mapa Judicial.
- O acesso à Saúde cada vez mais caro para o cidadão comum;
- Diminuição nas pensões das Reformas e aumento da idade da aposentação - obrigados a trabalhar mais anos;
- Uma política ultraliberal que deixou fugir as grandes referências e marcas de Portugal: CTT, EDP, entre outras. Esta vaga continuará com a venda da PT e a TAP. Tudo vendido aos desbarato aos grupos económicos estrangeiros.
O que nos resta?
Ainda existe Portugal?
Voltando ao tema inicial, conta a história que há 5 séculos atrás muitos portugueses partiram por esse mar a fora, através das grandes Descobertas Marítimas. Sabemos que a maioria regressaram e que trouxeram mais conquistas de território português, o conhecimento, as iguarias, a arte e tantas outras relíquias. Hoje sabemos que aqueles portugueses que partem possivelmente não voltarão. Partem com um sentimento de revolta do seu país por não lhe ter dado a oportunidade de singrarem na sua vida profissional. E lá ficarão, espalhados pelo mundo fora, a construir as suas carreiras profissionais, as suas famílias e os seus descentes já não farão parte do povo lusitano. Deixamos fugir a geração mais qualificada. Outros países aproveitam a "massa cinzenta" que nós produzimos/formamos.
Será que ainda vale a pena lutar contra esta maré e resistir vivendo no país mais antigo do Velho Continente?
Esta é a pergunta que milhares de jovens fazem todos os dias e os nossos governantes continuam indiferentes a esta questão.

'Perdemos 150 portugueses por dia'
Joaquim Azevedo, convidado pelo Governo para estudar medidas de apoio à natalidade, foi às jornadas parlamentares do PSD em Viseu sublinhar a urgência de superar o défice demográfico. "Seremos uma espécie em vias de extinção", avisou, deixando um apelo dramático. Se nada for feito, "o país não será sustentável".
"Perdemos hoje 150 portugueses por dia. Antes do fim do século seremos sete milhões", afirmou Joaquim Azevedo, frisando a ideia de que a situação está a tornar o país insustentável.

Para o académico, há porem uma falta de atenção ao tema da quebra demográfica. "Parece que não é questão", lamentou, defendendo que para inverter a tendência será preciso trabalhar durante 20 anos.

"Estamos numa espécie de alerta super vermelho", comentou, lembrando que 2014 pode ser o ano em que Portugal ficará abaixo dos 80 mil nascimentos por ano.

O professor nomeado por Passos para liderar um grupo de trabalho sobre a natalidade, apontou as medidas de apoio ao emprego como as mais importantes para resolver o problema da queda de nascimentos.

"As mulheres são fortemente penalizadas pelas empresas", atacou, lembrando que ainda são muitas as empresas que não só não promovem políticas amigas da família como prejudicam as trabalhadoras que querem ser mães.

A rede de creches para crianças entre os 0 e os 3 anos é outra das medidas indicadas por Joaquim Azevedo. "Temos de colocar as crianças primeiro", disse, identificando as autarquias como entidades que podem estar na primeira linha destas políticas de incentivo às famílias.

Para Joaquim Azevedo é ainda importante investir em políticas fiscais que apoiem as famílias mais numerosas.

"Há bastante a fazer. É preciso é fazer mesmo", frisou, argumentando que o problema não se resolve apenas com imigração ou com o retorno da emigração.
25 de Março, 2014por Margarida Davim
margarida.davim@sol.pt




Alerta Para IRS do Emigrante.
Um ALERTA aos Emigrantes e aos Portugueses em geral. PARA ASSINAR E DIVULGAR

O FISCO está a cobrar ILEGALMANTE IRS sobre o salário dos Emigrantes

SE TENS AS FINANÇAS ATRÁS DE TI, assinar esta PETIÇÃO é a forma mais rápida de seres ouvido e o custo é zero.

SE ÉS SOLIDÁRIO com os demais Emigrantes, no seu esforço para serem ouvidos, ASSINA também essa PETIÇÃO;
SE ÉS UM CIDADÃO CONSCIENTE DE QUE O ESTADO NÃO PODE ESTAR ACIMA DA LEI, SOB PENA DE SE EXTNGUIR A PRÓPRIO ESTADO DE DIREITO, assina essa PETIÇÃO, sejas Emigrante ou não, sejas lesado ou não.
Para mais informação consulta o site: 
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Para mais informação consulta o site: wwwemigrantealerta.sitepx.com

Emigrante Alerta - Cobrança ilegal de IRS. Denunciar violação da Constituição e reclamar valores...
peticaopublica.com
Ao agirmos juntos teremos mais força e maior facilidade em sermos ouvidos. Junte-se a nós e apoie a causa. O seu apoio é muito importante.

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                                                                                    2013  

           



Portugueses em extinção

by As Minhas Leituras
“Portugal pode perder até 4 milhões de habitantes”, até 2060. Nesse ano, cerca de 40% dos portugueses terão mais de 65 anos. Estas são as conclusões mais dramáticas de um estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos divulgado a semana passada pelo Expresso. Este assunto de máxima gravidade não parece ter preocupado grandemente a “Praça […]


Emprego recua 4,2% no primeiro 


trimestre, acima da média 


europeia

Cristina Oliveira da Silva
18/06/12 00:05

Portugal continua a perder postos de trabalho e a um ritmo cada vez maior. No primeiro trimestre do ano, o número de pessoas empregadas caiu 4,2% face ao mesmo período de 2011. Quer isto dizer que a perda de emprego acelera pelo segundo trimestre consecutivo.
De acordo com os dados divulgados na sexta-feira pelo Eurostat, Portugal ocupa a segunda pior posição. Em situação mais negativa, só a Grécia, que registou uma redução de emprego de 8,7% (dados provisórios).
Os números do primeiro trimestre revelados pelo Eurostat dão para Portugal a mesma imagem que já tinha sido divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). A quebra homóloga de 4,2% significa menos 203,5 mil pessoas empregadas, revelou, em Maio, o INE. No entanto, através dos dados do INE não é possível apurar a evolução homóloga dos trimestres imediatamente anteriores, devido a alterações metodológicas
Nota: Jornal Económico




Emigração portuguesa cresceu 85% num ano
O número de pessoas que saiu de Portugal em 2011 aumentou 85% em relação a 2010 e a faixa etária em que mais se registou a saída foi entre os 25 e 29 anos.

Dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre estimativas anuais de emigração indicam que em 2011 emigraram, no total, 43.998 pessoas, incluindo cidadãos de Portugal e estrangeiros, ou seja mais 20.238 do que em 2010, ano em que emigrou um total de 23.760 pessoas, registando-se um aumento de 85% em apenas um ano.
Do total de 43.998 pessoas que abandonaram Portugal, estima-se que 41.444 seriam portugueses e 2.554 nacionalidades estrangeiras.
Em 2010, o INE estima que tenham saído de Portugal um total de 23.760 indivíduos (16.899, em 2009), sendo que 22.127 teriam nacionalidade portuguesa e 1.633 de nacionalidade estrangeira.
E se em 2010 o maior número de emigrantes se situava na faixa etária dos 20 e 24 anos (3.815 emigrantes), em 2011 a maior fatia de indivíduos a abandonar Portugal tinha entre 25 e 29 anos (5.876), logo seguida dos indivíduos entre os 20 e 24 anos (5.784) e entre 30 e 34 anos (5.027).
Um dado a assinalar é que há milhares de crianças e adolescentes que emigraram entre 2010 e 2011.
Só em 2010, emigraram 2.320 crianças entre até aos quatro anos, 2.077 crianças entre os cinco e os nove anos e 2.580 adolescentes entre os 15 e os 19 anos.
Em 2011, as estimativas do INE indicam que emigraram 3.315 adolescentes entre os 15 e os 19 anos, 1.326 crianças até aos quatro anos, 1.302 entre os cinco e os nove anos e 1.479 entre os 10 e os 14 anos.
Quanto ao país de destino, dos 23.760 indivíduos emigrantes em 2010, 19.418 terão ido para um outro país da União Europeia (UE) e 4.342 deslocaram-se para um país fora da UE.
Segundo dados disponibilizados pelo Observatório da Emigração, Angola, Reino Unido, Suíça, Espanha, Alemanha, Luxemburgo, Brasil e a Holanda são os países que mais receberam emigrantes portugueses.
Os países que também receberam portugueses, mas em menor número, foram: Noruega, Dinamarca, Suécia, Macau, Áustria, África do Sul, Austrália e Argentina e Nova Zelândia.
Lusa/SOL





Emigração terá levado um quinto dos trabalhadores qualificados de Portugal
“A maior parte das pessoas que saem de Portugal destinam-se a actividades na construção civil, hotelaria e limpezas”, disse secretário das Comunidades.
Portugal terá perdido um quinto da sua força de trabalho qualificada devido à emigração, estima o investigador da Universidade de Coimbra, Rui Machado Gomes. Na área da saúde o equivalente a cerca de um terço dos enfermeiros que todos os anos são formados pelas universidades portuguesas saem do país à procura de trabalho, afirma Bruno Noronha Gomes, da Ordem dos Enfermeiros. São dados apresentados na conferência internacional a Emigração Portuguesa Contemporânea, que decorre esta terça e quarta-feira no Instituto Superior de Ciências de Trabalho e da Empresa, em Lisboa.
Não há números concretos para dizer exactamente quantos portugueses com formação
superior (licenciatura ou mais) saíram do país, o que existem são estimativas e apontam para cerca de um quinto, disse Rui Machado Gomes que está a coordenar o estudo A crise e a emigração qualificada portuguesa. Outro dado incerto é a proporção destes portugueses no todo da emigração portuguesa desde que a crise se faz sentir com mais intensidade, 2007, mas são ainda uma minoria, concordam os investigadores. No Reino Unido, actualmente o principal destino de emigração e um dos mais qualificados, não vão além de um quinto, notou Rui Gomes.
Essa mesma ideia foi transmitida pelo secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, outro um dos oradores da conferência. “A verdade dos factos é que a maior parte das pessoas que saem de Portugal destinam-se a actividades na construção civil, hotelaria e limpezas. Não nos iludamos quanto a isso. Mesmo os jovens vão para as actividades para onde já iam os pais”. A título de exemplo, referiu que no Luxemburgo, onde 19% da população é portuguesa, só 2% têm presença em posições mais qualificadas, como as do sector financeiro e actividades científica, o que já inclui os que já nasceram no país, disse.
O responsável recusa falar de emigração maciça, embora admita que tenham saído no ano passado cerca de 120 mil, notando que sempre houve emigração, só que “só muito recentemente chegou ao Porto e a Lisboa”. Sofia Laranjeira Santos, responsável pela agência internacional de recrutamento de pessoal Adecco, reforçou a ideia de a construção civil é o sector por excelência para onde recrutam portugueses, seguido do sector das tecnologias. No ano passado a agência colocou sobretudo portugueses na Suíça, Holanda, Noruega, Canadá e Emirados Árabes.
Saídas em massa de enfermeiros 
Mas embora os portugueses qualificados continuem a ser uma minoria há áreas onde estão a aumentar. É o caso da enfermagem. Bruno Noronha Gomes, do conselho directivo da Ordem dos Enfermeiros, veio mostrar os números deste grupo profissional em particular. E, neste caso, as saídas são em massa. O responsável estima que sejam formados nas universidades portuguesas públicas e privadas cerca de 3 mil a 3500 enfermeiros por ano, o equivalente a um terço deste número emigra, revelam os pedidos recebidos pela ordem para reconhecimento das suas qualificações, um requisito essencial no processo. A grande motivação para sair, revela um inquérito feito pela ordem, é a falta de emprego, a segunda é “a ausência de perspectivas de progressão da carreira/desenvolvimento profissional contínuo” e a terceira o nível de remuneração salarial que o país de destino oferece. Entre os que emigraram, a maioria exercia a profissão em Portugal em períodos que iam de um a cinco anos (481 de 2814 inquiridos) e, em segundo lugar, surgiam os recém-licenciados, com períodos de exercício da profissão menores a 11 meses.
O Reino Unido surge de longe como o destino preferencial. 
De acordo com dados recolhidos junto da organização congénere da Ordem dos Enfermeiros britânica houve 1211 processos de registo no ano passado. Cerca de metade (52%) conseguiram colocação profissional  através de uma agência de recrutamento estrangeira e 24% sob a forma de contacto  directo com o empregador. Quase 80%  referem que o período de integração no país é entre 1 a 6 meses e cerca de 14% referem não terem tido período de integração, a mesma percentagem trabalham em hospitais e 64% tem contratos a tempo indeterminado.
Bruno Noronha Gomes diz que “estamos perante um desaproveitamento do investimento na formação. Cada enfermeiro formado numa escola pública representa um investimento do erário público na ordem dos 16.500 euros.” Estima que existam entre  7 a 9 mil enfermeiros desempregados, em situação precária ou a exercerem profissão/actividade diferente da Enfermagem. O responsável fala de “contra-senso”, uma vez que diz há “carência destes profissionais no nosso país mas, devido à crise, não são contratados. O rácio de enfermeiro por 1000 habitantes revela que seriam necessários cerca de 25 mil enfermeiros para atingir a média necessária.”
Num inquérito online feito a 2912 jovens portugueses qualificados que estão emigrados é a Engenharia que surge à cabeça como área de formação, seguida da Economia e Gestão, das Ciências Sociais, das Tecnologias de Informação, da Medicina e Saúde, da Matemática e Ciências da Natureza e, no fim da lista, as Humanidades e Ciências da Educação, enunciou Joana Azevedo, investigadora do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, em Lisboa, que está a estudar a emigração qualificada no contexto europeu.
A investigadora referiu ainda que a grande maioria desta amostra não representativa de inquiridos (72,%) diz emigrar sozinhos, 18,5% fazem-no com o namorado ou cônjuge e muito poucos, 8%, levam também os filhos. Questionados sobre a razão de saída do país surge no topo como opção o “não via futuro para mim no país”, sendo a segunda razão mais escolhida porque “queria tentar uma nova experiência, uma nova aventura”. Cerca de metade respondem trabalhar nos países de destino com contratos sem termo. Para o universo de pessoas inquiridas, viver no estrangeiro não é uma experiência nova, são 46,9% os que dizem que antes já tinham vivido em duas ou três países. Por: CATARINA GOMES 12/03/2014 - PNotícia corrigida às 9h35, no penúltimo parágrafo substitui-se 7054 por 2912. 



4 comentários:

  1. Em 1965 exportavamos mão de obra não qualificada, agora gastamos milhões a formar jovens que depois vão trabalhar e pagar os seus impostos no estrangeiro.

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  2. Obviamente que o desemprego iria disparar logo que se começassem a aplicar as medidas da troika. Só não entendo o que se espera, agora, para fazer as reformas necessárias para que esta tendência se inverta: 1) reforma fiscal que permita que a receita deixe de cair e que atraia o investimento; 2) reforma da justiça que torne rápida a resolução dos contenciosos comerciais; reforma administrativa que acabe com processos e licenças desnecessários que só promovem a corrupção. ( Já agora que acabem também com os milhares de organismos públicos que só serviram e servem para dar tachos aos amigos.)

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  3. Temos também aqueles que não conseguiram tirar cursos superiores em Portugal e agora o foram tentar em Paris...Morro por ver os resultados!!!

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  4. Acho uma graça aos portugueses que só sabem é lamentar-se pois escutem segundo palavras de outra pessoa , mas verídicas :No outro dia o Bagao Felix expos a verdade nua e crua de Portugal num gráfico arrepiante: reformados, desempregados, funcionarios publicos, auferintes do rendimento minimo, etc. e seus dependentes (filhos) representam 77% da populacao portuguesa.
    77% dos portugueses vivem 'a conta do estado. Se somarmos a isto uma classe política e juízes e clientelismos que sugam Portugal desde o 25 de Abril, então os números sobem vertiginosamente.
    Se aos restantes 23% descontarmos os seus filhos, quantas pessoas ficam em Portugal para trabalhar produzir e criar riqueza?
    É óbvio que a classe política altamente culpada e incompetente vai tirar o sangue e os ossos a quem acreditar no Pais,e quem acha que isto e' sustentável, que fique ...eu ja me vim embora. e apesar de os Paises de Africa ser isto ou aquilo ao menos sou respeitado e valorizado pelo meu trabalho, mas quando penso nos Portugueses, enfim!

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