domingo, 22 de dezembro de 2013

Desobediência ou Obediência T.C.

                                                           
                                  

                                   

Howard Zinn foi um historiador, cientista político, activista e dramaturgo americano. É mais conhecido como autor do livro
«A People's History of the United States», que vendeu mais de um milhão de cópias desde que foi lançado em 1980.
Nasceu em 24 de Agosto de 1922 em Brooklyn, Nova Iorque e faleceu em 27 de Janeiro de 2010 em Santa Mónica, Califórnia.

E como é actual o seguinte texto que ele escreveu (Cfr. Disobedience and Democracy: Nine Falacies on Law and Order, South End Press, 1968) :

"A desobediência civil não é o nosso problema. O nosso problema é a obediência civil.
 O nosso problema é que pessoas por todo o mundo têm obedecido às ordens de líderes e milhões têm morrido por causa dessa obediência. O nosso problema é que as pessoas são obedientes por todo o mundo face à pobreza, fome, estupidez, guerra e crueldade. O nosso problema é que as pessoas são obedientes enquanto as cadeias se enchem de pequenos ladrões e os grandes ladrões governam o país.  É esse o nosso problema." Howard Zinn


 Mesmo depois do TC ter declarado a norma da convergência de pensões, que era geradora de grandes divergências, Passos Coelho já veio dizer que voltará á carga com  ela em moldes diferentes mas com o mesmo objetivo! Em seu auxílio, uma grada figura da troika, disse já também que o corte é mesmo nas pensões!!!(((. O nosso problema é a obediência civil a tudo e todos, como diz este nosso irmão. Será que o governo pode estar permanentemente em desobediência civil às leis instituídas? 


Outros:


Entrevista a João Cravinho

O socialista João Cravinho foi deputado, eurodeputado, ministro da Indústria, ministro do Planeamento e do Equipamento, e administrador do Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento.

João Cravinho considera que Portugal nunca terá um segundo resgate, porque isso significaria assumir o falhanço do primeiro. “Quando esta gente se afadiga se chegamos ao cautelar ou não, eles já sabem que esse problema está resolvido”, argumenta.

Nesta entrevista conduzida pela jornalista Maria Flor Pedroso, João Cravinho afirma que Portugal não terá condições nos próximos dez anos para se livrar da influência alemã.







Vejam o que aconteceu ao Pai Natal ao passar por São Bento



UM CANALHA 
Provavelmente, o facto de estar a chegar, já altas horas, de um concerto particularmente bonito, levado a cabo pelas ("nossas") crianças e jovens montemorenses da "Oficina do Canto", tinha-me deixado mais "frágil". Ainda assim, nesta idade já não é muito comum enojar-me com facilidade. Já vi muitos dejectos espalhados por onde não devem e animais atropelados, esventrados e putrefactos, à beira da estrada… para me deixar impressionar. Passando à estória: Pela uma ou duas da madrugada, estava eu praticando uma ceia de fruta e procurando alguma coisa para ver na televisão, quando, ao passar por um canal a que não vou fazer publicidade, tropecei em Eduardo Catroga que, ao que parece, estava ali a comentar o chumbo do TC ao corte das pensões, pensões que, como se sabe, começavam nos 600 euros. Catroga, antes de eu ter tempo para evitar o "convívio" com a suas explicações e pensamentos sobre o assunto, subiu o tom de voz e disparou, sonora e terminantemente: "O PAÍS NÃO PODE GASTAR QUINZE POR CENTO DA RIQUEZA QUE PRODUZ… EM PENSÕES!!!" E foi isto, vindo de um filho da puta que todos os meses leva para casa, entre pensões acumuladas e tachos que ainda tem, uma soma que nem DUZENTOS DESSES PENSIONISTAS DE 600 EUROS conseguem juntar… que me provocou o vómito que, horas depois, parece que ainda me queima a garganta. Realmente… há muitas coisas que "O PAÍS NÃO PODE"… Qualquer dia é um bom dia para esta canalha ser varrida das nossas vidas!!! Samuel Quedas.


FERNANDA CÂNCIO

Pareceres com nada

por FERNANDA CÂNCIO/DN

Cavaco, abençoado seja, é um grande e inesgotável tema de comentário. Mas apresenta dificuldades: manter um registo publicável num jornal e atualizada a lista de todas as suas piruetas, contradições, sonsices e patifarias.

Temos pois agora o não envio do OE 2014 para fiscalização da constitucionalidade: num dia diz que é fundamental evitar novo resgate (ele que nada fez para evitar o primeiro) e portanto a possível desconformidade do orçamento com a lei fundamental que se coiso; no seguinte, que "tem pareceres" certificando que as normas constantes do orçamento não são inconstitucionais. Realmente, para que precisamos de um Tribunal Constitucional? Era o Presidente divulgar os seus pareceres e ficava tudo esclarecido - a começar pelo quesito de saber quem os assina, já que o que apareceu anteriormente lá dos juristas de Belém é pouco parecido: "Quem tenha um nível de rendimento menor pode vir a ser obrigado, em razão do seu estatuto de funcionário público, a fazer um esforço contributivo sensivelmente maior do de quem tenha um nível de rendimento superior, importando aferir se, nestes cenários de desigualdade, o referido esforço contributivo é ou não excessivo, o que envolve a submissão da mesma norma a um teste de proporcionalidade." Isto é, imagine-se, do seu pedido de fiscalização do OE 2013. Portanto, em janeiro de 2013, os "pareceres" de Belém achavam que tirar uma parte do subsídio de férias - 220 euros - a um ordenado de 700 euros de um funcionário público só por ser funcionário público suscitava dúvidas quanto aos princípios da igualdade e proporcionalidade; em janeiro de 2014, tirar 313,6 euros anuais (3,2%) ao mesmo ordenado não faz duvidar de nada.

O mesmo quanto ao corte nas pensões de sobrevivência: em janeiro de 2013, Belém via "a lesão do princípio da proteção da confiança" em reduções (a Contribuição Extraordinária de Solidariedade) que "frustram de forma súbita, em muitos casos exorbitante e carente de fundamento constitucional, as legítimas expectativas dos pensionistas em auferirem uma pensão cujo valor efetivo não se afaste excessivamente do valor esperado e calculado". Em novembro de 2013, indignava-se com o diploma da convergência, que incluía cortes de 10% em pensões de sobrevivência da CGA. Em janeiro de 2014, népias.

Pode o PR ter mudado de juristas? Pode, claro. Pode até ter pedido em novembro a fiscalização de um diploma cujo chumbo obriga já a um orçamento retificativo, para nem mês e meio depois frisar que "o OE 2014 é um instrumento da maior relevância" para evitar novo resgate e "se exige a todos" (juízes do TC incluídos, naturalmente), "um sentido patriótico da responsabilidade". Quer dizer: Cavaco pode tudo, parece. É mesmo isso, quer parecer, que está decidido a provar - que é possível aparecer-nos um Presidente assim, e restar-nos esperar que passe. 



Evolução Recente da Dívida Pública Portuguesa (Estatística do IGCP)

31-12-2012: 194.466 milhões de euros
31-10-2013: 204.062 milhões de euros
30 -11-2013: 209.803 milhões de euros

Apesar de roubarem nas pensões e salários e nos tratamentos de doentes, a dívida pública subiu num só mês quase cinco mil milhões de euros. Feito Notável!!!

Em 2010, o PIB português era de 172,8 mil milhões de euros !!!
Em 2013, deverá rondar os 164 mil milhões de euros !!!
Ou seja, a austeridade anulou-nos mais de 8 mil milhões de euros de riqueza produzida em Portugal!!!

Em 2010, a taxa de desemprego portuguesa foi de 10,8 !!!
Em 2013, a taxa de desemprego portuguesa deverá ficar pelos 15,8, um aumento de quase 50% !!!
Quatro anos de austeridade criaram mais 300 mil desempregados do que havia antes!!!

Em 2010, a dívida pública portuguesa rondava os 160 mil milhões de euros, já incluindo aqui muita coisa que na altura não estava contabilizado !!!
Em 2013, quatro anos depois, a dívida pública portuguesa está em cerca de 209 mil milhões de euros, 
um aumento de quase 50 mil milhões de euros !!!
É este o resultado de quatro anos de austeridade, Portugal tem mais 50 mil milhões de dívida do que tinha!     Por: 
Dieter Dellinger/Facebook


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