Este governo não cairá porque não é um edifício, sairá com benzinaporque é uma nódoa' - Eça de Queirós
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"Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão" - Eça de Queiroz.
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1872 Portugal e a Grécia 2011
!!! … 139 anos depois … !!!
Eça de Queirós escreveu em 1872
"Nós estamos num estado comparável apenas à
Grécia: a mesma pobreza, a mesma indignidade
política, a mesma trapalhada económica, a
mesmo baixeza de carácter, a mesma decadência
de espírito. Nos livros estrangeiros, nas revistas
quando se fala num país caótico e que pela sua
decadência progressiva, poderá vir a ser riscado
do mapa da Europa, citam-se em paralelo, a
Grécia e Portugal"
(in As Farpas)
1872 … !!! Verdadeiramente impressionante !!! …2011
1/5Eça de Queirós sempre actual
“Em Portugal não há ciência de governar nem há ciência de organizar
Eça de Queirós sempre actual
“Em Portugal não há ciência de governar nem há ciência de organizar oposição”
“Em Portugal não há ciência de governar nem há ciência de
organizar oposição. Falta igualmente a aptidão, e o
engenho, e o bom senso, e a moralidade, nestes dois factos
que constituem o movimento político das nações.
A ciência de governar é neste país uma habilidade, uma
rotina de acaso, diversamente influenciada pela paixão, pela
inveja, pela intriga, pela vaidade, pela frivolidade e pelo
interesse.
A política é uma arma, em todos os pontos revolta pelas
vontades contraditórias; ali dominam as más paixões; ali
luta-se pela avidez do ganho ou pelo gozo da vaidade; ali há
a postergação dos princípios e o desprezo dos sentimentos;
ali há a abdicação de tudo o que o homem tem na alma de
nobre, de generoso, de grande, de racional e de justo; em
volta daquela arena enxameiam os aventureiros
inteligentes, os grandes vaidosos, os especuladores ásperos;
há a tristeza e a miséria; dentro há a corrupção, o patrono, o
privilégio. A refrega é dura; combate-se, atraiçoa-se, bradase, foge-se, destrói-se, corrompe-se. Todos os desperdícios,
todas as violências, todas as indignidades se entrechocam ali
com dor e com raiva.
À escalada sobem todos os homens inteligentes, nervosos,
ambiciosos (...) todos querem penetrar na arena, ambiciosos
dos espectáculos cortesãos, ávidos de consideração e de
dinheiro, insaciáveis dos gozos da vaidade.”
Eça de Queiroz, in 'Distrito de Évora” (1867)
2/5Política de acaso, política de compadrio, pPortugal e a crise
“Que fazer? Que esperar? Portugal tem
atravessado crises igualmente más: - mas
nelas nunca nos faltaram nem homens de
valor e carácter, nem dinheiro ou crédito.
Hoje crédito não temos, dinheiro também
não - pelo menos o Estado não tem: - e
homens não os há, ou os raros que há são
postos na sombra pela política. De sorte que
esta crise me parece a pior - e sem cura.”
Eça de Queirós, in “Correspondência” (1891)
“ … somos um povo sem poderes iniciadores,
bons para ser tutelados … “
“Diz-se geralmente que, em Portugal, o público
tem ideia de que o Governo deve fazer tudo,
pensar em tudo, iniciar tudo: tira-se daqui a
conclusão que somos um povo sem poderes
iniciadores, bons para ser tutelados, indignos de
uma larga liberdade, e inaptos para a
independência. A nossa pobreza relativa é
atribuída a este hábito político e social de
depender para tudo do Governo, e de volver
constantemente as mãos e os olhos para ele
como para uma Providência sempre presente.”
In “Citações e Pensamentos” de Eça de Queirós».
1872 Portugal e a Grécia 2011
!!! … 139 anos depois … !!!
Eça de Queirós escreveu em 1872
"Nós estamos num estado comparável apenas à
Grécia: a mesma pobreza, a mesma indignidade
política, a mesma trapalhada económica, a
mesmo baixeza de carácter, a mesma decadência
de espírito. Nos livros estrangeiros, nas revistas
quando se fala num país caótico e que pela sua
decadência progressiva, poderá vir a ser riscado
do mapa da Europa, citam-se em paralelo, a
Grécia e Portugal"
(in As Farpas)
1872 … !!! Verdadeiramente impressionante !!! …2011
1/5Eça de Queirós sempre actual
“Em Portugal não há ciência de governar nem há ciência de organizar
Eça de Queirós sempre actual
“Em Portugal não há ciência de governar nem há ciência de organizar oposição”
“Em Portugal não há ciência de governar nem há ciência de
organizar oposição. Falta igualmente a aptidão, e o
engenho, e o bom senso, e a moralidade, nestes dois factos
que constituem o movimento político das nações.
A ciência de governar é neste país uma habilidade, uma
rotina de acaso, diversamente influenciada pela paixão, pela
inveja, pela intriga, pela vaidade, pela frivolidade e pelo
interesse.
A política é uma arma, em todos os pontos revolta pelas
vontades contraditórias; ali dominam as más paixões; ali
luta-se pela avidez do ganho ou pelo gozo da vaidade; ali há
a postergação dos princípios e o desprezo dos sentimentos;
ali há a abdicação de tudo o que o homem tem na alma de
nobre, de generoso, de grande, de racional e de justo; em
volta daquela arena enxameiam os aventureiros
inteligentes, os grandes vaidosos, os especuladores ásperos;
há a tristeza e a miséria; dentro há a corrupção, o patrono, o
privilégio. A refrega é dura; combate-se, atraiçoa-se, bradase, foge-se, destrói-se, corrompe-se. Todos os desperdícios,
todas as violências, todas as indignidades se entrechocam ali
com dor e com raiva.
À escalada sobem todos os homens inteligentes, nervosos,
ambiciosos (...) todos querem penetrar na arena, ambiciosos
dos espectáculos cortesãos, ávidos de consideração e de
dinheiro, insaciáveis dos gozos da vaidade.”
Eça de Queiroz, in 'Distrito de Évora” (1867)
2/5Política de acaso, política de compadrio, pPortugal e a crise
“Que fazer? Que esperar? Portugal tem
atravessado crises igualmente más: - mas
nelas nunca nos faltaram nem homens de
valor e carácter, nem dinheiro ou crédito.
Hoje crédito não temos, dinheiro também
não - pelo menos o Estado não tem: - e
homens não os há, ou os raros que há são
postos na sombra pela política. De sorte que
esta crise me parece a pior - e sem cura.”
Eça de Queirós, in “Correspondência” (1891)
“ … somos um povo sem poderes iniciadores,
bons para ser tutelados … “
“Diz-se geralmente que, em Portugal, o público
tem ideia de que o Governo deve fazer tudo,
pensar em tudo, iniciar tudo: tira-se daqui a
conclusão que somos um povo sem poderes
iniciadores, bons para ser tutelados, indignos de
uma larga liberdade, e inaptos para a
independência. A nossa pobreza relativa é
atribuída a este hábito político e social de
depender para tudo do Governo, e de volver
constantemente as mãos e os olhos para ele
como para uma Providência sempre presente.”
In “Citações e Pensamentos” de Eça de Queirós».
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