São cerca de 25 as empresas que recorreram aos tribunais, por dia, para pedir insolvência.
O número aumentou em 50 por cento face a 2011 e a confederação das Micro, Pequenas e Médias empresas (PME) diz que os graves efeitos da crise não vão ficar por aqui, já que 2013 será «um ano muito pior», com um «turbilhão de falências, insolvências e despedimentos».
A direção da confederação diz que o Governo pode evitar um novo agravamento da situação, reconsiderando, por exemplo, a faturação eletrónica. Mas também diferenciando as empresas em termos fiscais e apostando em novos setores do mercado interno e não só na exportação.
No início do mês o instituto informador comercial já tinha revelado que em 2012 fecharam cerca de 5.800 empresas, mais 1.700 do que no ano passado.
Fonte: http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/insolvencias-falencias-empresas-agencia-financeira/1404871-1730.html
52 empresas faliram em cada dia de 2012 – desemprego é o custo da crise
Em 2012 o número de insolvências subiu 62% face ao ano anterior e 174% face a 2010. Foram 19 mil os casos de insolvência registados em 2012 e cerca de dois terços foram falências pessoais, o que atesta sobre o desastre social que as famílias estão a viver (notícia aqui).
Para 2013 a situação irá piorar ainda mais, de acordo com o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Judiciais (APAJ) que afirma que “Não se vislumbra razões para que haja uma diminuição [das insolvências] quer nas pessoas colectivas, quer nos particulares” (notícia aqui).
Como é óbvio, o número de falências das empresas provoca um maior desemprego e o desemprego provoca as falências pessoais, nomeadamente com a impossibilidade do pagamento dos empréstimos do crédito à habitação. O ciclo vicioso criado por Passos Coelho é imparável com este caminho.
Aliás, é de relevar que o desemprego já atingiu os 16,3% em Outubro e que isso quase ultrapassa a estimativa do Governo para o desemprego em 2013; e se atentarmos aos jovens o desemprego real já ultrapassou os 52% (notícia aqui).
Se estava tudo mal, a troika e o Governo vão tornar tudo ainda pior.
Gestores fizeram milhões no ano da crise
De acordo com os jornais de hoje os salários dos gestores portugueses cresceram em média 4,4% em 2011, ano em que a troika entrou no país. Na verdade, se os administradores das 44 empresas do PSI20 ganharam em média mais de 290 mil euros, foram encontrados 30 gestores de grandes empresas que ganharam acima de um milhão de euros nesse ano. Um dos gestores terá mesmo ganho mais de 2,7 milhões de euros num só ano, ou seja, 400 vezes mais do que alguém que ganhou o salário mínimo.
Assim, se houve quem tenha vivido e continue a viver acima das possibilidades do país foram os gestores
das grandes empresas a funcionar em Portugal e que até já levaram a tributação dessas empresas para outros países com regimes de tributação mais favoráveis.
das grandes empresas a funcionar em Portugal e que até já levaram a tributação dessas empresas para outros países com regimes de tributação mais favoráveis.
Estes gestores têm nomes que todos conhecemos e todos os dias os ouvimos dizer na televisão que é preciso mais esforço e salários mais baixos para sair da crise, ou “mais competitividade”, como lhe chamam. Mas António Mexia (EDP), Belmiro de Azevedo (Sonae Indústria), Jorge Coelho (Mota-Engil), Paulo de Azevedo (Sonae), Ângelo Paupério (Soanecom), Zeinal Bava (PT), Pedro Soares dos Santos (Jerónimo Martins), Ricardo Salgado (BES), Vasco de Melo (Brisa), Paulo Fernandes (Altri), Nuno Amado (BCP), Fernando Ulrich (BPI), Rui Cartaxo (REN), João Manso Neto (EDP Renováveis), Ferreira de Oliveira (Galp), Pedro Queiroz Pereira (Semapa), José Honório (Portucel) ou Rodrigo Costa (Zon) aumentaram e não diminuíram os seus salários.
Eles e estas mega empresas vivem à custa do nosso desemprego e precariedade e não contribuem com nada para saída da crise. Apesar disso, Passos e Portas continuam a estender a passadeira vermelha.
Sem comentários:
Enviar um comentário