Agência Egan-Jones diz que Portugal "irá cair" e poderá arrastar Espanha e Itália
ECONOMIA
09/04/12, 08:13
OJE/Lusa
OJE/Lusa
A agência de notação financeira norte-americana Egan-Jones acredita que a crise da dívida na Europa caminha para o ponto mais crítico e refere que "Portugal irá cair de certeza", podendo Espanha e Itália correr o mesmo risco.
Numa entrevista no jornal alemão "Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung", o presidente da agência de rating, Sean Egan, afirma, referindo-se a Portugal, que "quando a economia de um país se retrai de forma tão significativa e, simultaneamente, os juros das Obrigações a dez anos se situam próximo dos 10%, é óbvio que a situação é insustentável".
O analista assinala que "o drama ainda não atingiu o seu ponto mais crítico" e manifestou-se convicto de que, "de qualquer modo, Portugal será afetado".
Para Egan, "a injeção massiva de liquidez do Banco Central Europeu (BCE) acalmou os ânimos nos mercados a curto prazo", mas, tendo em conta a atual situação, "é uma tranquilidade enganosa". Considera, por isso, que "o BCE só atenuou o colapso do sistema, mas não pode evitá-lo", uma vez que "não houve alteração do problema de fundo".
"Em Espanha não há crescimento, o mesmo acontece em Itália. Quando a crise do euro voltar a agudizar-se um pouco mais, ambos os países cairão inevitavelmente na mesma situação que Portugal". Relativamente à Grécia, Egan assinala que a atual reestruturação da dívida "não será, com toda a certeza, a última".
"A desagradável realidade é que, apesar dos muitos pacotes de ajuda, a Grécia continuará sobre um monte de dívidas que, a longo prazo, não poderá saldar", disse, admitindo recear que "os credores [privados] tenham de aceitar perdas que poderão aproximar-se dos 95%".
Sobre a Alemanha, Egan comenta: "Que Estado tem a capacidade de se tornar responsável das perdas do Sul da Europa? Não acredito realmente que a Alemanha se safe. Serão os contribuintes alemães quem terá de pagar, disso tenho a certeza".
Numa entrevista no jornal alemão "Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung", o presidente da agência de rating, Sean Egan, afirma, referindo-se a Portugal, que "quando a economia de um país se retrai de forma tão significativa e, simultaneamente, os juros das Obrigações a dez anos se situam próximo dos 10%, é óbvio que a situação é insustentável".
O analista assinala que "o drama ainda não atingiu o seu ponto mais crítico" e manifestou-se convicto de que, "de qualquer modo, Portugal será afetado".
Para Egan, "a injeção massiva de liquidez do Banco Central Europeu (BCE) acalmou os ânimos nos mercados a curto prazo", mas, tendo em conta a atual situação, "é uma tranquilidade enganosa". Considera, por isso, que "o BCE só atenuou o colapso do sistema, mas não pode evitá-lo", uma vez que "não houve alteração do problema de fundo".
"Em Espanha não há crescimento, o mesmo acontece em Itália. Quando a crise do euro voltar a agudizar-se um pouco mais, ambos os países cairão inevitavelmente na mesma situação que Portugal". Relativamente à Grécia, Egan assinala que a atual reestruturação da dívida "não será, com toda a certeza, a última".
"A desagradável realidade é que, apesar dos muitos pacotes de ajuda, a Grécia continuará sobre um monte de dívidas que, a longo prazo, não poderá saldar", disse, admitindo recear que "os credores [privados] tenham de aceitar perdas que poderão aproximar-se dos 95%".
Sobre a Alemanha, Egan comenta: "Que Estado tem a capacidade de se tornar responsável das perdas do Sul da Europa? Não acredito realmente que a Alemanha se safe. Serão os contribuintes alemães quem terá de pagar, disso tenho a certeza".
Ourtros Relacionados:
Pois é. A vida é assim. Há comentários para todos os gostos.
ResponderEliminarEste é dos pessimistas, mas será que terá razão ?
A ver vamos como dizia o ceguinho....