Portugal “encolheu” 60 mil pessoas em 2013
Natalidade em Portugal desce para os níveis de 1900, economia para os níveis de 200 a.C.
Por Vítor Elias
A natalidade em Portugal desceu para os níveis de 1900.
Ao que o IP apurou, esta quebra acentuada aconteceu porque a economia nacional já está nos níveis de 200 a.C., quando os antepassados dos lusitanos vendiam três borregos e duas cabras por mês aos fenícios, sendo que os directos sociais desceram vertiginosamente aos níveis de 20 000 a.C., quando os idosos e os mais fracos eram atirados de ribanceiras, levavam com uma moca na cabeça ou, no caso das mulheres, eram puxadas pelos cabelos para as cavernas. Pires de Lima, porém, garante que as empresas estão a fazer o milagre de nos puxarem para 1348, o ano da Peste Negra. VE
Ao que o IP apurou, esta quebra acentuada aconteceu porque a economia nacional já está nos níveis de 200 a.C., quando os antepassados dos lusitanos vendiam três borregos e duas cabras por mês aos fenícios, sendo que os directos sociais desceram vertiginosamente aos níveis de 20 000 a.C., quando os idosos e os mais fracos eram atirados de ribanceiras, levavam com uma moca na cabeça ou, no caso das mulheres, eram puxadas pelos cabelos para as cavernas. Pires de Lima, porém, garante que as empresas estão a fazer o milagre de nos puxarem para 1348, o ano da Peste Negra. VE
«Passos & Portas»: um contraceptivo mais eficaz do que a peste pneumónica 6 de fevereiro de 2014 por
O segredo desta tremenda queda consiste no sucesso dos Programas de Emigração Nacional, de Fuga de Imigrantes e de Depressão Económica
Generalizada.
Note-se que com mais oito anos a este ritmo a natalidade nacional será reduzida a zero. Portanto, com estes senhores no governo os portugueses poderão deixar de ter esse luxo que são as crianças já em 2021.
Natalidade e propaganda
Depois de ter conduzido, com o silêncio cúmplice da Igreja, a mais violenta política contra a família e a natalidade de que há memória no Portugal democrático, o Governo de Passos Coelho e Paulo Portas quer agora convencer-nos de que está muito preocupado com a queda brutal no número de nascimentos.
Mas o velho truque da nomeação de um grupo de trabalho já não engana ninguém.
A situação é dramática. O número anual de nascimentos, que tinha aumentado entre 2009 e 2010 de 99 mil para 101 mil, caiu abruptamente nos últimos três anos para menos de 80 mil (96 mil em 2011; 89 mil em 2012 e cerca de 79 mil em 2013). Temos agora, portanto, menos vinte mil nascimentos por ano do que havia em 2010 - uma quebra brutal de 20% desde que a direita chegou ao poder. O problema estrutural não é de agora mas nunca tinha ocorrido uma redução tão rápida e tão abrupta da natalidade. E os primeiros dados de 2014 mostram que a situação continua a agravar-se.
Evidentemente, não é preciso nenhum grupo de trabalho para explicar as razões desta tragédia. A decisão do Governo de aplicar o dobro (!) da austeridade que estava prevista no Memorando inicial da ‘troika' arrastou o País para uma situação inédita de três anos de profunda recessão (-1,3% em 2011, -3,2% em 2012 e -1,4% em 2013) e para níveis de desemprego nunca vistos e muito superiores ao previsto (16,3% e 875 mil desempregados na média anual de 2013). O desemprego juvenil disparou e muitas dezenas de milhares de jovens (em idade fértil) foram simplesmente escorraçados para a emigração, enquanto a imigração decrescia e deixava de compensar as fragilidades nacionais ao nível da natalidade.
Por seu turno, o desequilíbrio introduzido nas relações laborais, incluindo no próprio Estado, agravou a precariedade e a insegurança, promoveu uma forte redução dos salários, fez aumentar os horários de trabalho, forçou a mobilidade geográfica e complicou, por todos os meios, a conciliação entre a vida profissional e a vida familiar. A programação do futuro e o planeamento familiar responsável tornaram-se simplesmente impossíveis para a maior parte dos jovens. Como se não bastasse, as famílias foram sobrecarregadas como nunca com
impostos e por toda a espécie de taxas e contribuições, ao mesmo tempo que viam cortadas as prestações sociais e a margem de apoio ainda disponível nos rendimentos familiares. O crédito à habitação tornou-se quase proibitivo e o custo das rendas subiu para valores insuportáveis. Tudo se conjugou contra a família, tudo se conjugou contra a natalidade.
impostos e por toda a espécie de taxas e contribuições, ao mesmo tempo que viam cortadas as prestações sociais e a margem de apoio ainda disponível nos rendimentos familiares. O crédito à habitação tornou-se quase proibitivo e o custo das rendas subiu para valores insuportáveis. Tudo se conjugou contra a família, tudo se conjugou contra a natalidade.
A verdade é que a política do Governo, excedendo em todas as frentes as exigências da ‘troika' e ultrapassando pela direita as próprias pretensões do patronato, foi uma política de pura agressão contra a família e contra a natalidade, que deixará marcas profundas por muitos anos. Não é preciso nenhum grupo de trabalho para nos explicar esta evidência e menos ainda para nos vender a ilusão de que o problema se resolve mantendo o essencial desta política apenas corrigida por meia dúzia de remendos.
Agora que as eleições se aproximam, o Governo parece convencido de que chegou o tempo de toda a propaganda e de todas as encenações. Pelo que se vê, a imaginação não tem limites: aumentaram os impostos mas querem baixá-los; cortaram salários mas pensam subi-los; pararam os investimentos mas juram fazê-los; mandaram os jovens emigrar mas pretendem-nos de volta; atacaram a natalidade mas querem que as famílias tenham mais filhos. Por cada fracasso, uma promessa. Por cada promessa, um grupo de trabalho. Entretanto, é claro, pedem a confiança e o voto dos portugueses. Outra vez. É mesmo a primeira bola a sair do saco.Por: 07/03/14 00:05 | Pedro Silva Pereira / Económico
Analise-se os números seguintes. É óbvio que a natalidade diminuiu... Tem diminuído ao longo das últimas décadas! Não estou a dizer que o facto de estarmos numa situação de pré bancarrota não influenciou. O que digo é que esse é um factor quase desprezável... Se fizer um gráfico vê que a sua inclinação (tendência) pouco sofreu com o actual estado do país. É uma tendência decorrente do modelo de social actual!
Número médio de crianças por mulher em idade fértil
1980 - 3.01
1990 - 1.56
2000 - 1.55
2007- 1.35 (antes da crise)
2010- 1.39
2012 - 1.28
Taxa bruta de natalidade
1980 16,2
1990 11,7
2000 11,7
2007 9,7 (antes da crise)
2010 9,6
2012 8,5
Espero que o estado português não passe a distribuir "dinheiro" para incentivar a natalidade. Crie mas é condições para que tal aconteça.
“Portugal pode perder até 4 milhões de habitantes”, até 2060. Nesse ano, cerca de 40% dos portugueses terão mais de 65 anos. Estas são as conclusões mais dramáticas de um estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos divulgado a semana passada pelo Expresso. Este assunto de máxima gravidade não parece ter preocupado grandemente a “Praça […]
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Pirâmide Etária Portuguesa 2060 – Fonte: INE
Portugal chegará a 2060 reduzido a 8,6 milhões de habitantes
Projecções do INE pressupõem recuperação da natalidade para 1,55 crianças por mulher em idade fértil. Mesmo assim, haverá apenas 149 pessoas activas por cada 100 idosos.
Portugal deverá chegar a 2060 reduzido a apenas 8,6 milhões de habitantes. Sem surpresas, as projecções divulgadas nesta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) apontam ainda para um fortíssimo envelhecimento demográfico, com o actual índice de 131 idosos por cada 100 jovens a aumentar para os 307 idosos por 100 jovens.
Estas projecções alicerçam-se num cenário central que conjuga um conjunto de pressupostos sobre fecundidade, mortalidade e migrações. Assim, os 8,6 milhões de habitantes pressupõem que nos próximos 46 anos assistiremos a uma recuperação moderada da natalidade, com o número médio de filhos por mulher em idade fértil (ISF) a subir dos 1,28 registados em 2012 para 1,55.
Quanto à mortalidade, o INE admite a continuação das tendências recentes, com a esperança de vida à nascença a atingir em 2060 84,21 anos para os homens e 89,88 anos para as mulheres.
Este cenário central estabelecido pelo INE mostra-se, contudo, optimista quanto às migrações. Admite que o actual saldo negativo – com mais gente a sair do país do que a entrar – assuma um valor positivo a partir de 2020.
O envelhecimento populacional é o denominador comum a qualquer um dos cenários admitidos pelo INE. No cenário central, passaremos das actuais 340 pessoas activas por cada 100 idosos para menos de metade, isto é, teremos apenas 149 activos por cada 100 idosos. Em termos absolutos, passaremos a ter três milhões de idosos, em vez dos actuais dois milhões. Quanto à população em idade activa, com idades entre os 15 e os 64 anos, diminuirá dos actuais 6,9 milhões para apenas 4,5.
Mas, se admitirmos que cada mulher em idade fértil não terá mais do que 1,3 crianças em média, por um lado, e que o saldo migratório se manterá negativo nas próximas décadas, por outro, o cenário agrava-se: em vez dos 8,6 milhões, seremos apenas 6,3 milhões em 2060. Em consonância, ainda neste último cenário, qualificado pelo INE como cenário baixo, o país passará a somar 464 idosos por cada 100 jovens.
A população activa, que abarca as pessoas com idades entre os 15 e os 64 anos de idade, descerá, por seu turno, dos atuais 6,9 milhões para apenas três milhões. Quanto à população com menos de 15 anos, baixará dos actuais 1,5 milhões para apenas 587 mil.
De regresso ao cenário central, que admite a recuperação moderada da natalidade para os 1,55 filhos por mulher e o regresso ao saldo migratório positivo, os jovens serão um pouco mais, mas, ainda assim muito menos do que os actuais: 993 mil.
Por: Natália Faria/ P / 28/03/2014
Projeções da população por NUTS II até 2060 – Fonte: INE
Mais de 75% das pessoas em idade fértil não pensam ter filhos nos próximos três anos
Em 2012, Portugal foi, entre os 28 da União Europeia, o país com o menor índice de fecundidade.
Mais de metade dos homens e mulheres portugueses em idade fértil não pensa ter filhos ou mais filhos. Se juntarmos a este número os que não tencionam ser pais nos próximos três anos, a percentagem sobe para 75,1%. Entre estes, os custos financeiros associados à maternidade e paternidade são o motivo mais indicado para não ter filhos. Feitas as contas, até 2017, apenas um quinto das mulheres e homens planeiam ter filhos em Portugal. São 20,8% em média, ponderando esse desejo nas mulheres (21,8%) e nos homens (20%).
As conclusões do Inquérito à Fecundidade 2013, publicado nesta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), confirmam a tendência para a queda da fecundidade, iniciada há 40 anos, mas mantida em níveis que não permitem renovar as gerações e evitar o seu declínio desde o início da década de 1980. Para garantir a substituição das gerações, seria preciso uma mulher ter, em média, 2,1 filhos — um nível apenas atingido em 2012 em França e na Irlanda, quando se olha para a realidade dos 28 países da União Europeia (UE).
O estudo, realizado entre Janeiro e Abril de 2013 e resultante de uma parceria entre o INE e a Fundação Francisco Manuel dos Santos, nota ainda que, com a tendência verificada, Portugal passa a estar entre os países da Europa com os mais baixos níveis de fecundidade. Entre os 28 da UE, Portugal foi, em 2012, o país com o menor Índice Sintético de Fecundidade (ISF). O valor não foi além dos 1,28 filhos por mulher, quando a média é de 1,58 filhos por mulher.
Abaixo deste valor estão países como Espanha, Grécia e Itália. Acima, e além da França e da Irlanda, estão o Reino Unido, Suécia, Finlândia, Bélgica, Dinamarca ou Holanda.
Em Portugal, no universo das mulheres em idade fértil (entre os 18 e os 49 anos) e dos homens dos 18 aos 54 anos, as pessoas têm em média 1,03 filhos mas pensam vir a ter 1,78. Este é o valor da fecundidade final esperada, que em todas as sete regiões do país — Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo, Algarve e ilhas (Açores e Madeira) — é inferior ao número médio de filhos desejados. E este último fica sempre abaixo do número médio ideal de filhos numa família.
Os constrangimentos sociais e económicos, ou a percepção das dificuldades que podem vir a ter, são apontados pela maioria dos inquiridos como factores que pesam na escolha de ter filhos.
"Portugal é um país geométrico: é rectangular e tem problemas bicudos, discutidos em mesas redondas por bestas quadradas."
Os alunos portugueses, após completarem os seus estudos têm 3 saídas:
- Por terra
- Por ar
"Este Governo PSD/CDS, despede os Pais, nega emprego aos filhos, assalta os avós e rouba o futuro aos netos."
É assim que este Governo fora-da-lei pode continuar a roubar aos milhares de milhões os portugueses, roubando-lhes os bolsos, os empregos, as pensões, os ordenados, os subsídios, os serviços públicos que eles pagam, o património que construíram, as empresas públicas que são de todos, destruindo o progresso que se alcançou nas últimas décadas apenas para poder enriquecer ainda mais os muito ricos e para poder aniquilar os resquícios de soberania que possam teimar em existir, espalhando a miséria e reduzindo os portugueses à inanição e à subserviência.
O que temos é um Governo não de salvação mas de traição nacional. De traição às suas promessas eleitorais, às suas juras de tomada de posse, às instituições democráticas e aos compromissos da civilização que todos abraçámos, de traição ao povo, espremido e vendido barato para enriquecer os credores.
E, no entanto, os portugueses não se movem. Ou quase não se movem. As acções do bando de malfeitores que se apoderou do Governo com falsas promessas parece tão inconcebível que parece impossível que alguém as leve a cabo sem que haja fortíssimas razões de interesse público, ainda secretas. Imagina-se que deve haver aí alguma racionalidade. Talvez o que o Governo diz da austeridade seja verdade. Talvez seja justo matar os pobres à fome para pagar aos bancos...
Pensaram sempre em atacar salários, pensões, reformas, rendimentos individuais e das famílias, serviços públicos para os mais necessitados e nunca em rendas estatais, contratos leoninos, interesses da banca, abusos a cartéis das grandes empresas. Pode-se dizer que fizeram uma escolha entre duas opções, mas a verdade é que nunca houve opção: vieram para fazer o que fizeram, vieram para fazer o que estão a fazer. "Isto já não é um Governo, é um amontoado de gente tratando da sua vidinha-Pacheco Pereira
O que está acontecer com Portugal, deve-se aos ordinários… conselhos que foram dados, por António Borges no FMI, Carlos Moedas na Comissão Europeia e FMI e a Victor Gaspar no BCE, ainda muito antes de Portugal ter pedido o resgate à troika. Estes 3 senhores são os principais responsáveis pelos desastrosos resultados e pela atual situação que o nosso país se encontra. Sempre defenderam despedimentos em massa, baixa de salários e excesso de austeridade, estes mesmos senhores todos eles com grandes mordomias e pagos principescamente, foram autênticos traidores da pátria. Portugal e os portugueses sofrem as consequências de erros premeditados de indivíduos que deviam ser julgados em tribunal militar. Em Noticias Ao Minuto/Rui Ribeiro
Outros:
A Razão Porque foi Eleito Passos Coelho
viriatoapedrada.blogspot.pt/2013/10/orcamento-do-estado-para-2014.html
http://viriatoapedrada.blogspot.pt/2013/11/oe-cortes-no-subsidio-de-ferias.html
Ainda a propósito das noticias em que a economia subiu 1,1% no 2º. trimestre.
Se eu dizimar um pinhal e depois plantar um eucalipto são boas notícias e pode-se falar em florestação. Se fecharem todas as lojas de uma rua e depois abrir uma ou duas, pode-se falar em crescimento económico. Se desemprego passa de 10% para 17% e depois recua para 16%, fala-se em aumento de emprego. A economia decresce mais de 3% num ano para depois 'crescer' 1,1% e fala-se em crescimento. É bom que se leiam as '10 estratégias de manipulação mediatica' de Noam Chomsky para compreender estes números. Estão aí disponíveis na internet e lêem-se em menos de 5 minutos. E já agora para mim os denominados 'empregadores' que pagam salários mínimos por 8 horas de trabalho diários deviam ser denominados por escravisadores. Estas 'notícias' de 'sinais de crescimento' são uma eficiente ferramenta!! por André ( comentador do Público)
E, também, porque o estar na outra trincheira oposta à deste governo me livra de ingenuidades, espanta-me a acriticidade de jornalistas e comentadores, que “esquecem” quanto o crescimento proclamado pelo INE e anunciado com fanfarras por diversos ministros se deve em grande parte à nova unidade de refinação da Galp em Sines, cuja construção foi iniciada em dezembro de 2008 durante o Governo de José Sócrates e agora a funcionar em velocidade de cruzeiro para o mercado da exportação. Por: Jorge Manuel Trindade Rocha
http://viriatoapedrada.blogspot.pt/2013/08/propaganda-mentiras-do-governo.html
'Perdemos 150 portugueses por dia'
Joaquim Azevedo, convidado pelo Governo para estudar medidas de apoio à natalidade, foi às jornadas parlamentares do PSD em Viseu sublinhar a urgência de superar o défice demográfico. "Seremos uma espécie em vias de extinção", avisou, deixando um apelo dramático. Se nada for feito, "o país não será sustentável".
"Perdemos hoje 150 portugueses por dia. Antes do fim do século seremos sete milhões", afirmou Joaquim Azevedo, frisando a ideia de que a situação está a tornar o país insustentável.
Para o académico, há porem uma falta de atenção ao tema da quebra demográfica. "Parece que não é questão", lamentou, defendendo que para inverter a tendência será preciso trabalhar durante 20 anos.
"Estamos numa espécie de alerta super vermelho", comentou, lembrando que 2014 pode ser o ano em que Portugal ficará abaixo dos 80 mil nascimentos por ano.
O professor nomeado por Passos para liderar um grupo de trabalho sobre a natalidade, apontou as medidas de apoio ao emprego como as mais importantes para resolver o problema da queda de nascimentos.
"As mulheres são fortemente penalizadas pelas empresas", atacou, lembrando que ainda são muitas as empresas que não só não promovem políticas amigas da família como prejudicam as trabalhadoras que querem ser mães.
A rede de creches para crianças entre os 0 e os 3 anos é outra das medidas indicadas por Joaquim Azevedo. "Temos de colocar as crianças primeiro", disse, identificando as autarquias como entidades que podem estar na primeira linha destas políticas de incentivo às famílias.
Para Joaquim Azevedo é ainda importante investir em políticas fiscais que apoiem as famílias mais numerosas.
"Há bastante a fazer. É preciso é fazer mesmo", frisou, argumentando que o problema não se resolve apenas com imigração ou com o retorno da emigração.
25 de Março, 2014por Margarida Davim
margarida.davim@sol.pt
Horta Osório sugere que Portugal analise "tamanho ideal da população"
Horta Osório constatou que a retoma vai ser “lenta e difícil” e que não vai ser ajudada pelo “fator demográfico”, uma vez que a população está, por um lado, a envelhecer e, por outro, a emigrar.
O presidente executivo do banco britânico Lloyds, António Horta Osório, propôs que Portugal estude o “tamanho ideal da população” face às dificuldades que as questões demográficas colocam à recuperação económica.
Durante um jantar-debate quinta-feira à noite organizado pela Associação Portuguesa de Gestão e Engenharia Industrial, Horta Osório constatou que a retoma vai ser “lenta e difícil” e que não vai ser ajudada pelo “fator demográfico”, uma vez que a população está, por um lado, a envelhecer e, por outro, a emigrar, algo que aconselhou aos jovens portugueses em busca de oportunidades.
“Acho que Portugal estrategicamente devia abordar a questão do tamanho ideal da população. (…) Nós devíamos seriamente pensar se devíamos ser um país de 10 milhões de pessoas a baixar ou se devíamos ser um país de 15 milhões de pessoas e se fossemos quais as políticas adequadas de imigração para atrair os quadros adequados e não quaisquer quadros, como faz Singapura ou como fazem outros países”, referiu o banqueiro, perante uma plateia que incluía o antigo presidente da Câmara do Porto Rui Rio e o presidente executivo da Zon Optimus, Miguel Almeida.
Quando questionado por um professor da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto sobre o que poderia ser feito para convencer os melhores alunos a ficarem em Portugal, tendo em conta os salários mais baixos do que os praticados noutros países europeus, António Horta Osório foi claro: “O meu conselho é que vão. E estou a falar muito a sério”.
“A ideia de ficar estoicamente num sítio onde têm metade do salário não é o adequado. E o mesmo se aplica à passagem das pessoas do campo para as cidades. Porque é que as pessoas vão para Lisboa ou para o Porto e não ficam em Vila Real, ou não ficam em Viseu ou em Castelo Branco?”, questionou o responsável do Lloyds.
Apesar de aconselhar à emigração no sentido da prossecução das melhores oportunidades de trabalho, Horta Osório salientou que se se mantiver uma ligação a Portugal, isso significa que “poderão no futuro contribuir muito para o país”. Por Agência Lusa / I / publicado em 9 Maio 2014 -
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