domingo, 3 de novembro de 2013

A tortura de Sócrates

                          

O ódio  a Sócrates
 Se não sabem eu explico, porque é que a direita fica azeda e odeia tanto José Sócrates. Experimentem introduzir um cavalo num curral cheio de burros e vão ver que todos o mordem e escoiçam. A inveja e a frustração de saber que nunca chegarão a cavalos provoca ódios e raivas. Enquanto uns ficam frustrados e raivosos, há outros que ainda dizem que aquele burro é esquisito, pois nem percebem que se trata não de um burro, mas dum cavalo.

Ainda anda por aí muita gente a sonhar com Sócrates debaixo da cama, mas mesmo depois de colocar o colchão no chão, não resolveu o problema, pois passou a a aparecer-lhe no teto.
     
                                          

Se ainda existissem dúvidas de que José Sócrates voltou à conturbada cena política nacional para ficar, elas ficariam inequivocamente desfeitas anteontem à noite. O antigo primeiro-ministro juntou perto de mil "amigos" a pretexto do lançamento do seu livro sobre a tortura em democracia, mas, como notou o próprio, é pouco provável que tal avalancha de notáveis tenha só a ver com um "súbito interesse por filosofia política". Provavelmente não tem. O que se assistiu num Museu da Eletricidade a abarrotar foi à celebração do regresso do "animal político", depois do curto exílio intelectual em Paris.

É raro ver tamanha galeria de personalidades tão influentes assim composta, por muitos que sejam os "ex" qualquer coisa que a enchiam. Lula da Silva apresentou a obra - é dele igualmente o prefácio do livro - e foi o ex-presidente do Brasil quem, ao lado do ex-presidente português, Mário Soares, exortou Sócrates a "voltar a politicar" em vez de "filosofar". E foi isso que o antigo primeiro-ministro fez. "Homem de ação" assumido, explicou a sua aventura filosófica e não perdeu a oportunidade para voltar a censurar as políticas que delapidam o Estado social, o mesmo "que libertou o indivíduo". Na plateia que o aplaudiu, sentavam-se o ex-PGR, Pinto Monteiro, o ex-presidente do Supremo, Noronha do Nascimento, o atual secretário-geral do Sistema de Informações da República, Júlio Pereira, o CEO da PT, Henrique Granadeiro, ou o ex-líder da Mota Engil Jorge Coelho. Mas não só. Parte significativa de antigos homens de mão de Sócrates também lá estava: Pedro Silva Pereira, Jorge Lacão, Alberto Costa e Mário Lino. O lote de históricos do PS era igualmente invejável e de causar arrepios a António José Seguro que, previsivelmente, optou pela ausência. De Edmundo Pedro a Carlos César, Jaime Gama, Vera Jardim, António Vitorino, Ferro Rodrigues ou Manuel Alegre, todos quiseram estar presentes na rentrée travestida de Sócrates. Sabendo-se também que a bancada socialista é liderada por um seu ex-ministro, que as despesas do grupo parlamentar são feitas por um João Galamba mais próximo da linha de Sócrates do que da de Seguro ou que nas câmaras de Lisboa e Porto assumem protagonismo socialistas bem mais próximos da anterior liderança socialista, é caso para dizer que há um nervosismo justificado no Largo do Rato.

Percebe-se, de igual forma, o nervoso miudinho do PSD. Eduardo Catroga, ouvido pela Antena Um para reagir à notícia de uma alegada proposta feita por José Sócrates para que Passos Coelho tivesse sido seu vice-primeiro-ministro, defendeu que o ex-líder socialista "devia estar a ser julgado em tribunal" por "erros de gestão", até porque, para Catroga, "o PSD fez mal" em não ter aprovado o PEC 4 dando mais meses de vida ao governo do PS. Como Catroga não tem, presume-se, o dom da adivinhação, podemos sempre presumir que se os sociais--democratas tivessem dado esse tempo ao anterior executivo, talvez não tivéssemos chegado onde estamos hoje. Não sabemos. O que se sabe é que, de uma assentada, Sócrates perturba o PS e o PSD, e essa é uma irónica forma de tortura que a ferocidade do "animal" dificilmente deixaria de aproveitar. E ainda mal começou. Por: Alfredo Leite/JN 



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Natalidade em Portugal desce para os níveis de 1900, economia para os níveis de 200 a.C.

Por Vítor Elias

A natalidade em Portugal desceu para os níveis de 1900.
Ao que o IP apurou, esta quebra acentuada aconteceu porque a economia nacional já está nos níveis de 200 a.C., quando os antepassados dos lusitanos vendiam três borregos e duas cabras por mês aos fenícios, sendo que os directos sociais desceram vertiginosamente aos níveis de 20 000 a.C., quando os idosos e os mais fracos eram atirados  de ribanceiras, levavam com uma moca na cabeça ou, no caso das mulheres, eram puxadas pelos cabelos para as cavernas. Pires de Lima, porém, garante que as empresas estão a fazer o milagre de nos puxarem para 1348, o ano da Peste Negra. VE  

1 comentário:

  1. Este blog até poderia ser interessante se não fosse o facto de não ter isenção nenhuma, mais valia chamar-se blog do Partido Socialista pois segundo os artigos apresentados são os melhores do mundo. De enorme mau gosto será ainda o facto de ser defensor de Sócrates, que se bem se recordam pegou no país de tanga e violou-o de tantas formas e feitios que estamos no estado que estamos. Não pretendo com isto apontar o dedo apenas ao PS pois sendo uma pessoa isenta sei a responsabilidades que os outros tiveram, mas agora o Sócrates, esse animal como lhe chamam deveria era ter ficado por frança a gastar a herança da sua mãe, senhora de muitas posses pelo que se diz (estou a ser irónico).

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