sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Pacheco Pereira Discurso Mário Soares

                  
        

Pacheco Pereira contra «discurso contínuo de mentira»
Ex-dirigente do PSD faz crítica cerrada a Passos Coelho e avisa que está ao
ataque

O ex-dirigente do PSD Pacheco Pereira rejeitou esta quinta-feira que os participantes na conferência de Mário Soares estejam à defesa na política, contrapondo que estão antes ao ataque contra o discurso de «falsidade» e o cinismo dos poderosos.

De acordo com a Lusa, Pacheco Pereira foi o penúltimo orador da sessão da Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa promovida pelo antigo Presidente da República Mário Soares, que fez o discurso mais longo, mas que, no final, foi aplaudido de pé por uma plateia de cidadãos esmagadoramente de esquerda e muitos deles ligados a partidos como o PS, o PCP ou o Bloco de Esquerda.

«Custa-me a ideia de que o papel dos que aqui estão seja apenas o de defender, como se estivessem condenados a travar uma luta de trincheiras. Não, os que aqui estão não estão a defender coisa nenhuma, mas a atacar a iniquidade, a injustiça, o desprezo, o cinismo dos poderosos», declarou, recebendo uma prolongada ovação.

De acordo com Pacheco Pereira, na lógica «cínica dos poderosos, a vida decente de milhões de pessoas é entendida como um custo que se deve poupar».

«A transformação da palavra austeridade numa espécie de injunção moral serve para um primeiro-ministro [Pedro Passos Coelho], apanhado de lado pelo sucesso dos celtas [irlandeses] que muito gabava, sorrir cinicamente que a lição desses celtas e da Irlanda é que ainda precisamos de mais austeridade, mais desemprego e ainda precisamos de mais pobreza. O pior de tudo é que ao dizer isso [Passos Coelho] sorri muito contente consigo mesmo», disse Pacheco Pereira num ataque direto ao presidente do PSD.

O ex-dirigente e líder parlamentar do PSD insurgiu-se ainda contra «um discurso contínuo de mentira e falsidade».

«Um discurso que nos diz como se fosse uma evidência que as famílias ajustaram, as famílias ajustaram e só o Estado não ajustou, como se as três
entidades fossem a mesma coisa e o verbo ajustar significasse o retorno a uma espécie de estado natural das coisas que só o vício de se querer viver melhor levou os portugueses a abandonar», apontou.

Com ironia, Pacheco Pereira reconheceu que, na realidade, algumas empresas até ajustaram nos últimos anos.

«Na verdade, pode dizer-se que algumas empresas ajustaram, mas algumas ajustaram falindo», observou. Por: tvi24 / AR    |   2013-11-22 01:38






Transparência - Carlos Moedas                           O resgate um ano depois
Argentina Memorias do Saque                                     Fantasias orçamentais Jornal de Negócios

Recomendo a visualização deste vídeo, em virtude de vir complementar o pensamento do ilustre José Sócrates, eu vi.


MÁRIO SOARES
O TEMPO E A MEMÓRIA

A caminho da ditadura

por MÁRIO SOARESOntem150 comentários
1 Na conferência que fez em Leiria, Rui Rio disse que a democracia em Portugal - com o atual Governo - estava a ser paulatinamente destruída e a caminho da ditadura. Com efeito, infelizmente, assim é. Nada se passa que seja transparente, no essencial, as medidas tomadas são escondidas ou estropiadas. Os partidos da coligação não se entendem e quando falam dizem coisas contraditórias. O próprio Banco de Portugal parece estar, cada vez mais, ao serviço do Governo. Numa palavra, estamos cada vez mais dependentes do Governo - e este da troika - e os portugueses, na pobreza extrema em que se encontram, percebem muito bem o que está a acontecer. Por isso gritaram na Aula Magna: "Não pagamos, não pagamos."

Por isso, o Governo e o Presidente da República não podem sair à rua sem serem vaiados e enxovalhados. Sucede que a Justiça praticamente não existe e as personalidades que roubam estão impunes.

É triste que tudo isto aconteça. Muito triste. Mas como tenho avisado, o pior está para vir. É, ao que parece, inevitável e perigoso. Oxalá me engane.

2 A COMUNICAÇÃO SOCIAL ESTÁ A MORRER

A comunicação social, tal como a entendíamos no passado, praticamente deixou de interessar. Os jornais vendem cada vez menos. As televisões também sofrem a concorrência da internet, onde, através das redes sociais, as notícias vão chegando, com custos mais acessíveis aos que têm pouco - ou mesmo nada - para gastar.





Dívida de países que aplicaram a austeridade foi a que mais cresceu
“Bons alunos” e “maus alunos”, todos os países que seguiram os “diktats” do governo alemão e da troika e aplicaram políticas de austeridade supostamente para reduzir a dívida, obtiveram o resultado oposto: Irlanda, Itália, Espanha, Grécia e Portugal.

Esta imagen es una perfecta definición del neoliberalismo, es decir individualismo, egoismo y la busqueda del bien privado a costa de destruir el bien común


O Exemplo Americano
Os EUA foram os autores da crise por via dos seus bancos, mas não cruzaram os braços nem se remeteram para uma austeridade que significa nada gastar e nada fazer. O Governo americano começou por apoiar as suas maiores empresas e a Reserva Federal

emitiu moeda em quantidade astronómica para financiar a economia e, principalmente, dar continuidade aos enormes investimentos na independência energética.
Hoje, a economia americana cresce a mais de 3%, o desemprego sofreu uma redução significativa e, principalmente, os EUA tornaram-se nos maiores produtores de petróleo e gás natural do Mundo por via do fracking e da perfuração horizontal. O fracking significa injetar vapor de água a 150ºC nos xistos betuminosos que assim libertam enormes quantidades de gás natural e petróleo. A produção diária americana é hoje superior à da Arábia Saudita em 300.000 barris de petróleo diários e em quase 2 milhões de barris mais que a Federação Russa, o que tornou a nação americana num grande exportador de produtos químicos oriundos dos hidrocarbonetos extraídos da terra e do fundo do mar porque, possuindo gigantes como a DuPont, Monsanto, etc. não exportam o petróleo e o gás natural, mas transformam-no nos mais diversos produtos.
A China, por sua vez, não tem outra alternativa que não seja utilizar as suas imensas reservas em dólares na aquisição de matérias- primas químicas, produtos alimentares e outras mercadorias, dado que o dinheiro ou se gasta ou se deita fora deixando desvalorizar, tanto mais que em toda a parte os juros são baixíssimos.
A Europa deveria olhar para o exemplo americano e compreender que os EUA não são dominados por um único estado mais rico ou industrializado. O dólar é para todos de acordo com as suas necessidades e trabalho.



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