O Crescimento das exportações deve-se à nova unidade de refinação da Galp em Sines, cuja construção foi iniciada em dezembro de 2008, durante o Governo de José Sócrates e agora a funcionar em velocidade de cruzeiro para o mercado da exportação.
A Portucel já é o segundo maior exportador, outro investimento que era para ser feito na Alemanha e Sócrates desviou para Portugal, segundo as palavras do empresário Queiroz Pereira.
O aumento no turismo é devido à agitação Social nos Países Árabes e por tal foi desviado para Portugal.
A AutoEuropa já está neste momento em 3º. Lugar como exportador.
Um país inteiro a olhar para a azinheira e só os pastorinhos da coligação é que vêem a senhora luminosa...
Para compensar mais este decréscimo do PIB, temos um forte crescimento noutro sector, ou seja, na dívida pública.
Este governo PSD/CDS aumentou a dívida pública em três anos, mais que Sócrates em seis.
O «crescimento» da economia portuguesa foi NEGATIVO em 2013. MENOS 1,4%.
Ferreira Leite: “Não consigo perceber onde está o sucesso?!”
Margarida Paulos partilhou uma ligação.
Num dia de Julho de 2011, ao tempo em que era embaixador em Paris, fui a uma
debater com um representante de uma agência de ‘rating' a forte degradação da nota portuguesa, pouco depois da assinatura do Memorando com a ‘troika'.
Em irónica esquizofrenia, puniam-se as novas medidas de ajustamento com que Portugal se acabara de comprometer dado o seu impacto recessivo. À saída, o meu interlocutor, disse-me: "Portugal não é o problema. A questão para o euro está na Espanha e na Itália. No dia em que a Europa conseguir convencer os mercados de que suportará aqueles países, a vossa vida tornar-se-á mais fácil".
Tinha razão. A partir do momento em que a acção persistente do BCE convenceu os mercados da determinação europeia em sustentar a moeda única, quando os fantasmas sobre as economias espanhola e italiana começaram a dissipar-se, as pressões dos mercados atenuaram-se. Isso reflectiu-se sobre as taxas de juro portuguesas, ajudadas pelo facto da ‘troika' premiar, em nome dos credores, o zelo do governo nas medidas para o ajustamento. Taxas que, contudo, continuam incomportáveis, afectando já bastante a taxa média da nossa dívida, o que suscita, aliás, questões de fundo a que todos fogem.
Gostava de voltar ao Memorando, que hoje já ninguém lê, e aos seus objectivos: "Reduzir o défice das administrações públicas para (...) 5.524 milhões de euros (3% do PIB) em 2013, através de medidas estruturais de elevada qualidade, minimizando o impacto da consolidação orçamental nos grupos vulneráveis. Baixar o rácio da dívida sobre o PIB a partir de 2013". Onde tudo isso vai!
Como dizia o outro, é fazer as contas. O défice não será de 3%, mas cerca de 5,5%, e, em lugar dos 5.220 milhões de euros previstos, os números mostram que estamos acima de 9.000 milhões "Medidas permanentes de alta qualidade" pouco se vêem, com meros cortes ad hoc a serem os responsáveis essenciais pelo conseguido. Quanto à minimização do "impacto da consolidação orçamental nos grupos vulneráveis", estamos conversados. O rácio da dívida sobre o PIB não só não declinou a partir de 2013 como aumentou nesse mesmo ano. Não acertaram uma!
Abstenho-me de elaborar sobre um desemprego que se mantém a níveis altíssimos, não obstante uma emigração que está já nas médias mais altas do século passado (com um inédito ‘brain drain'), números impressionantes de falências, um forte empobrecimento da classe média e camadas mais indefesas, esmagadas por aumentos nos transportes, na energia, na saúde, etc. Esqueçamo-nos também de um país dividido como nunca, onde se incita o privado contra o público, os novos contra a "peste grisalha", os activos contra os pensionistas.
A ‘troika' vai sair, nós ficaremos por cá, na convalescença do "sucesso", a caminho do novo oásis. As eleições são dias depois. Aposto em como vai haver dinheiro para os foguetes.
21/01/14 00:05 | Francisco Seixas da Costa / Económico.
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Manifesto: Reestreturação da Dívida.
NA ECONOMIA REAL NÃO HÁ MILAGRES: a gigantesca campanha de manipulação da opinião pública em curso visando fazer crer o contrário. Eugénio Rosahttp://www.aofa.pt/artigos/Eugenio_Rosa_Milagre_Economico.pdf
Ferreira Leite: “Não consigo perceber onde está o sucesso?!”
Após a destruição provocada pelo programa de ajustamento não há outro caminho que não crescer. É uma situação semelhante a um pós-guerra, diz a ex-ministra das Finanças, para
quem Portugal não cresce o suficiente para pagar aos credores.
Manuela Ferreira Leite não consegue vislumbrar sinais de sucesso no ajustamento português e diz que Portugal só não enfrenta uma fúria maior dos mercados porque os governos europeus sinalizaram que estão dispostos a salvar o euro.
“Não consigo perceber onde está o sucesso?! Porque o sucesso não é porque se tenham atingindo os objectivos, nem porque as consequências deste sucesso não tenham sido absolutamente trágicas”, afirmou a ex-ministra das Finanças no seu comentário semanal na TVI na quinta à noite.
A taxa de desemprego “é melhor nem falar dela”, o empobrecimento da população é “dramático”, e estamos a “crescer um bocadinho”, mas isso deve-se a um fenómeno semelhante ao que acontece nos pós-guerra, defendeu. “Quando há uma guerra morrem milhões de pessoas e destroem-se imensas coisas e depois não há outra consequência a não ser crescer”, afirmou. “A mim diz-me pouco que estejamos a crescer 0,1% ou 0,2% porque estou cá em baixo”, acrescentou.
Para a ex-ministra das Finanças, “estamos a beneficiar de medidas que foram tomadas a pensar em salvar um projecto muito mais importante, porque se fossemos só nós aqui sozinhos, como é que os mercados olhariam para nós hoje melhor do que há dois anos?”, perguntou, considerando que “estamos com um défice elevadíssimo e não sabemos quando é que o vamos resolver” e “com um crescimento que não permite aos credores pensar que nós vamos criar riqueza para lhes pagar”. A resposta para a ministra das Finanças está no apoio político europeu que sinalizou aos mercados que o projecto europeu e moeda única deverá resistir. por Jornal de Negócios Online 13 Dezembro 2013
O erro do FMI e o erro de Passos Coelho. Às vezes, é preciso olhar para os números para percebermos a gravidade do que se passou em Portugal.
Eis os números da austeridade, quatro anos depois.
Em 2010, o PIB português era de 172,8 mil milhões de euros.
Em 2013, deverá rondar os 164 mil milhões de euros.
Ou seja, a austeridade anulou-nos mais de 8 mil milhões de euros de riqueza produzida em Portugal!
Em 2010, a taxa de desemprego portuguesa foi de 10,8.
Em 2013, a taxa de desemprego portugesa deverá ficar pelos 15,8, um aumento de quase 50%.
Quatro anos de austeridade criaram mais 300 mil desempregados do que havia antes.
Em 2010, a dívida pública portuguesa rondava os 160 mil milhões de euros, já incluindo aqui muita coisa que na altura não estava contabilizado.
Em 2013, quatro anos depois, a dívida pública portuguesa está em cerca de 230 mil milhões de euros, um aumento de 70 mil milhões de euros!
É este o resultado de quatro anos de austeridade, Portugal tem mais 70 mil milhões de dívida do que tinha!
Em 2010, a taxa de juro da dívida portuguesa no mercado secundário era no início do ano de 5,5%.
Em 2013, a taxa de juro da dívida pública portuguesa é no final do ano de 5,8%.
Ou seja, para curar o trágico perigo das dívidas soberanas, estivemos quatro anos em austeridade, e a taxa de juro é agora mais alta do que quando começámos!
A directora do FMI, a sra Lagarde, já admitiu o óbvio, que as políticas de ajustamento cometeram muitos erros, e que os resultados foram muito piores do que se esperava, especialmente em Portugal e na Grécia.
No entanto, por cá temos um primeiro-ministro que continua apaixonado pela ideia da "austeridade expansionista", e que fica muito irritado quando ouve o FMI reconhecer os erros.
Infelizmente, Passos Coelho jamais terá a humildade do FMI, e jamais reconhecerá que as suas políticas, que ele implementou e implementa com entusiasmo, não produziram bons resultados, bem pelo contrário.
Os fanáticos de uma ideia não querem saber da realidade, querem é ter razão!
Por: Domingos Amaral
Pátria: lugar de desventura
Acabou a recessão!", exclamaram, cheios de alegria e tolejo, jornais, rádios e televisões. Ninguém explicou nada a ninguém, e o bulício de regozijo pegou-se. Nos corredores dos ministérios, nas farmácias, nos quartéis, no edifício
majestoso onde funciona a Galp, no bloco operatório de Os Lusíadas, o murmúrio adquiriu formas de clamor: "Acabou a recessão!" E Paulo Portas, que gosta de dizer coisas, falou e disse, entre enlevado e libidinoso: "Vai começar um novo ciclo!", sorriu e caminhou, lépido, para o gabinete onde congemina.
Para quem acabou a recessão?, e quais os benefícios que traz ao milhão de desempregados; aos milhares de famílias que recorrem ao Banco Alimentar e à Cáritas para comer; aos reformados e pensionistas, esbulhados dos magríssimos proventos; aos 25 mil casais sem emprego; aos milhares de miúdos que vão para a escola com o estômago vazio; aos cem mil jovens portugueses que abandonaram a pátria porque a pátria é lugar de infortúnio; aos velhos que morrem sozinhos sem ninguém dar por isso, ou espantados de medo nos caixotes de vivos para aonde são enviados por quem os não quer - para quem e para quê?
A recessão acabou, e então? E acabou mesmo? Ou não será outra das "incongruências problemáticas" de um Governo mentiroso, servo dos mais poderosos e notoriamente incapaz de resolver os nossos problemas mais ínfimos? Ninguém esclarece nada a ninguém. E o directo concorrente ao poder, pela interposta pessoa do triste e melancólico António José Seguro, perde-se nas banalidades do costume, com o bordão já famoso de o PS ser "um partido responsável", afirmação que os factos procedentes da sua direcção desmentem e enxovalham.
Poderia ser uma ópera-bufa se o assunto fosse para rir. Mas não é. Trata-se da nossa própria existência como nação, e o desassossego chegou a tal ponto que muitos elementos do próprio PSD já chegam a exigir a substituição de Seguro! Que venha outra coisa porque "isto" não é coisa nenhuma. Dizem.
Aliás, as sondagens são inquietantes. É modestíssima a vantagem do PS sobre o PSD, e a agitação naquele partido, cuja tradição de conspiração interna é conhecida, avoluma-se cada dia que passa. O espectáculo mediático protagonizado pelo secretário-geral dos socialistas, chega a ser pungente pela tibieza do seu conjunto e pela inexistência de fibra. Toda a gente já percebeu que o homem não serve, que não sabe, e que simplifica sempre, por inépcia, as respostas que se lhe exigem.
Esta historieta do fim da recessão vem auxiliar, ainda mais, o jogo de indefinições com o qual o chefe do PSD gosta de se enredar para melhor servir os seus objectivos, que não são inocentes: marcados fortemente pela ideologia que defende e executa como paladino e crente. Porque, na verdade, Pedro Passos Coelho tem, ama e serve uma ideologia. Quanto a António José Seguro? Por: Batista Bastos/DN/11/12/2013
A Europa está em campanha eleitoral! Entrou em cena a narrativa da Europa perfeita para maquiar os maus resultados dos programas de ajustamento e travar a ascensão de vários partidos extremistas nas eleições de Maio para o Parlamento Europeu.
Aproveitando a onda de euforia europeia, o Governo português entrou também em campanha eleitoral. Passos e Durão estão ambos em campanha e articulados entre si. Em troca do apoio de Passos na candidatura à Presidência da República, Durão elogia o (pseudo) ajustamento português. Os ténues sinais de recuperação económica encobrem o ajustamento falhado e as reformas estruturais não realizadas. A dívida pública galopou para os 130% do PIB, o Estado foi estrangulado mas não reformado, o ensino e a ciência incompreensivelmente amputados e a competitividade da economia cai nos rankings internacionais. As recentes migalhas de crescimento significam apenas que uma parte da economia conseguiu sobreviver ao tsunami da austeridade excessiva. Mas quantas empresas viáveis e competências valiosas não se perderam irreversivelmente? Quantos postos de trabalho, jovens saídos do país e famílias insolventes poderíamos ter poupado? É a nossa dívida mais sustentável agora? Podem umas migalhas de crescimento justificar e ilibar toda a destruição económica e social dos últimos 3 anos (e que deixará profundas marcas nos seguintes)? Quantos anos vamos demorar a recuperar o que foi perdido? Passos (PM), que durante grande parte do mandato ignorou o parceiro de coligação, os parceiros sociais e a oposição, deu lugar a Passos (líder do PSD), que já admite coligações futuras com o CDS e já considera o PS fundamental para preparar a saída da ‘troika'. Ao convidar o PS para um acordo sobre o Documento de Estratégia Orçamental (que estabelece os limites da despesa pública, défice e dívida), quando há um mês o considerava perfeitamente dispensável para negociar um programa cautelar, Passos está efectivamente a convidar Seguro a recusar o convite. Só com menos encenação política e mais sentido de Estado se podem fazer os pactos de que o País precisa.
23/01/14 00:05 | João Dias / Económico
Antigo ministro dos Negócios Estrangeiros compara a melhoria em Portugal com a de um doente que passou de 40 para 39,8 graus de febre.
Diogo Freitas do Amaral teceu esta quinta-feira mais críticas ao Governo de Passos Coelho, considerando que está a deitar foguetes numa altura em que a economia dá sinais ainda muito pequenos de melhoria.
O antigo ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo de José Sócrates, citado pela RTP, apelou aos portugueses para que “não se iludam” com “a propaganda do Governo” sobre o desempenho
O País vive uma situação muito difícil. As pessoas não se deviam iludir com a propaganda do Governo.
Diogo Freitas do Amaral
da economia portuguesa.
"O país vive uma situação muito difícil. As pessoas não se deviam iludir com a propaganda do Governo e com os foguetes que estão a ser deitados antes da festa, porque, se é verdade que alguns indicadores económicos têm melhorado, as melhoras são muito pequenas. É como se uma pessoa estivesse com 40 graus de febre e se fizesse uma festa porque passou para 39,8”, afirma Freitas do Amaral.
O antigo líder do CDS acusou ainda o Governo de não distribuir os sacrifícios de forma equitativa e castigar os mais pobres.
"Ainda é preciso muito trabalho e esforço e decisões mais acertadas do que aquelas que têm sido tomadas. É preciso que o Governo não esteja sempre a pedir sacrifícios aos mesmos, aos mais pobres, mas que distribuía mais equitativamente os sacrifícios", defendeu. 23 Janeiro 2014, 15:59 por Jornal de Negócios | jng@negocios.pt
Crise e contratação individual precária
Um pouco por toda a União Europeia (UE) o trabalho a tempo parcial tem sido visto de forma positiva se exercido voluntariamente como, por exemplo, forma privilegiada de conciliar profissão com vida familiar. Se bem que o recurso ao trabalho a tempo parcial possa refletir preferências pessoais e ajudar trabalhadores a entrar ou a regressar ao mercado de trabalho a verdade é que, em tempos de crise, o que teoricamente fora considerado como uma escolha (e mesmo uma reivindicação) dos trabalhadores, tende a transformar-se num constrangimento ditado pelas empresas que dele fazem um modo de gestão adaptado sobretudo a uma preocupação em reduzir custos salariais, uma vez que possibilita remunerar na proporção do respetivo período normal de trabalho semanal.
Segundo dados do Eurostat, em 2011, na UE27, 19,5% dos trabalhadores tinham emprego a tempo parcial, com a Holanda (com 49,1%), o Reino Unido, a Alemanha, a Suécia, a Dinamarca e a Áustria (com cerca de um quarto do emprego total a tempo parcial) a sobressair neste tipo de contratação laboral. Em Portugal a população afeta a trabalho a tempo parcial tem sido de cerca de metade da média europeia. E esta situação explica-se pelo tradicional fosso geográfico que tem marcado a progressão deste fenómeno na UE: o trabalho a tempo parcial tem sido bem acolhido nos países do Norte e Centro da Europa mas não nos do Sul. Nos países mediterrânicos - designadamente em Portugal - o que se tem observado é que apenas se recorre a este tipo de trabalho de forma marginal e uma grande parte dos trabalhadores vinculam-se a tempo parcial porque não conseguem trabalho a tempo completo.
Com salários parcos para fazer face às despesas mensais, a esmagadora maioria dos portugueses tem rejeitado voluntariamente o trabalho a tempo parcial e só mesmo numa situação de ausência de alternativa - em situação de desemprego, por exemplo - aceita trabalhar sob esta forma.
Mas em tempos de crise, como o que vivemos, o que se verifica é que aumenta o recurso a este tipo de contrato. Por exemplo, segundo os dados do INE relativos ao 3.ºT de 2013, o subemprego de trabalhadores a tempo parcial aumentou 5,5% em relação ao trimestre homólogo de 2012, a par de uma diminuição de trabalhadores a tempo completo, sendo que também se verificou um aumento do recurso aos contratos de trabalho de duração limitada (contratos de trabalho a termo e de trabalho temporário). E se se regista um aumento do recurso a estas formas de contratação, esta evolução traz um redobrar da precariedade a muitos trabalhadores que, no conjunto, acumulam um contrato de trabalho a termo com trabalho a tempo parcial. Em consequência, a expansão do trabalho a tempo parcial pode acentuar desigualdades no mercado de trabalho, uma vez que as empresas tendem a estabelecer uma dupla gestão da mão-de-obra fundada no estatuto do tempo de trabalho.
No passado dia 3 de setembro, um artigo do The Washington Post intitulado "Jovens e sem futuro" enfatizava o temor de uma "geração perdida" para milhões de jovens na Europa. Salientando o nível da taxa de desemprego dos jovens na Grécia, em Espanha, na Itália e em Portugal, o artigo realçava que o desemprego e a contratação precária estão a minar as sociedades europeias, fazendo recuar a natalidade. por Glória rebelo, Professora universitária e investigadora / DN
Bagão Félix "O decréscimo do investimento é o caminho para um país moribundo"
O antigo ministro das Finanças, António Bagão Félix, disse hoje no seu comentário habitual
na SIC Notícias, que “o investimento público é muito baixo e o Estado continua a cortar”. Na opinião do comentador, este “decréscimo é o caminho para um país moribundo”, que “não se deve fiar na melhoria dos mercados estrangeiros”.
António Bagão Félix, em direto na SIC Notícias, comentou o decréscimo do investimento público e “o aumento brutal e violento” dos impostos.
Segundo o ex-governante “o Estado corta e o investimento público continua demasiado baixo, o que faz com que a grande fatia venha de fora”.
“Metade do valor dos investimentos vem de verbas europeias, que vamos acabar por perder se estes não forem cumpridos. A meu ver, esses investimentos são sensatos, prudentes e visam o desenvolvimento do país mas apostam naquilo que as pessoas menos sentem, como as exportações e as estruturas portuárias”, afirmou Bagão Félix.
Segundo o comentador, “o investimento podia ter vindo mais cedo” porque só com ele “conseguiremos desenvolver o país”.
No entanto, Bagão afirma que “o investimento público é cada vez mais escasso e tem vindo a decrescer de ano para ano, porque é uma das fatias mais fáceis de cortar”. Esta situação, na opinião do ex-governante, “é o caminho para um país moribundo”.
Relativamente à execução orçamental, Bagão Félix afirma que “nem deve gerar euforia nem negação”.
“É uma boa notícia para as entidades externas, que olham muito para os números finais e, neste caso os objetivos foram alcançados. No entanto, o brutal e violento aumento dos impostos que tem atingido em grande escala os desempregados, os pensionistas e a função pública, apenas provocou uma tímida redução do défice. A meu ver, foi muito pouco para tanto esforço”, afirmou o antigo ministro das Finanças.
Em jeito de conclusão do seu comentário, Bagão Félix afirma que “a culpa é sempre do exterior quando as coisas estão mal, e o valor é sempre nosso quando estão bem”. Por- 29 de Janeiro de 2014 | Por Notícias Ao Minuto
Ferreira Leite: “Não consigo perceber onde está o sucesso?!”
Após a destruição provocada pelo programa de ajustamento não há outro caminho que não crescer. É uma situação semelhante a um pós-guerra, diz a ex-ministra das Finanças, para
quem Portugal não cresce o suficiente para pagar aos credores.
Manuela Ferreira Leite não consegue vislumbrar sinais de sucesso no ajustamento português e diz que Portugal só não enfrenta uma fúria maior dos mercados porque os governos europeus sinalizaram que estão dispostos a salvar o euro.
“Não consigo perceber onde está o sucesso?! Porque o sucesso não é porque se tenham atingindo os objectivos, nem porque as consequências deste sucesso não tenham sido absolutamente trágicas”, afirmou a ex-ministra das Finanças no seu comentário semanal na TVI na quinta à noite.
A taxa de desemprego “é melhor nem falar dela”, o empobrecimento da população é “dramático”, e estamos a “crescer um bocadinho”, mas isso deve-se a um fenómeno semelhante ao que acontece nos pós-guerra, defendeu. “Quando há uma guerra morrem milhões de pessoas e destroem-se imensas coisas e depois não há outra consequência a não ser crescer”, afirmou. “A mim diz-me pouco que estejamos a crescer 0,1% ou 0,2% porque estou cá em baixo”, acrescentou.
Para a ex-ministra das Finanças, “estamos a beneficiar de medidas que foram tomadas a pensar em salvar um projecto muito mais importante, porque se fossemos só nós aqui sozinhos, como é que os mercados olhariam para nós hoje melhor do que há dois anos?”, perguntou, considerando que “estamos com um défice elevadíssimo e não sabemos quando é que o vamos resolver” e “com um crescimento que não permite aos credores pensar que nós vamos criar riqueza para lhes pagar”. A resposta para a ministra das Finanças está no apoio político europeu que sinalizou aos mercados que o projecto europeu e moeda única deverá resistir. por Jornal de Negócios Online 13 Dezembro 2013
Após a destruição provocada pelo programa de ajustamento não há outro caminho que não crescer. É uma situação semelhante a um pós-guerra, diz a ex-ministra das Finanças, para
quem Portugal não cresce o suficiente para pagar aos credores.
Manuela Ferreira Leite não consegue vislumbrar sinais de sucesso no ajustamento português e diz que Portugal só não enfrenta uma fúria maior dos mercados porque os governos europeus sinalizaram que estão dispostos a salvar o euro.
“Não consigo perceber onde está o sucesso?! Porque o sucesso não é porque se tenham atingindo os objectivos, nem porque as consequências deste sucesso não tenham sido absolutamente trágicas”, afirmou a ex-ministra das Finanças no seu comentário semanal na TVI na quinta à noite.
A taxa de desemprego “é melhor nem falar dela”, o empobrecimento da população é “dramático”, e estamos a “crescer um bocadinho”, mas isso deve-se a um fenómeno semelhante ao que acontece nos pós-guerra, defendeu. “Quando há uma guerra morrem milhões de pessoas e destroem-se imensas coisas e depois não há outra consequência a não ser crescer”, afirmou. “A mim diz-me pouco que estejamos a crescer 0,1% ou 0,2% porque estou cá em baixo”, acrescentou.
Para a ex-ministra das Finanças, “estamos a beneficiar de medidas que foram tomadas a pensar em salvar um projecto muito mais importante, porque se fossemos só nós aqui sozinhos, como é que os mercados olhariam para nós hoje melhor do que há dois anos?”, perguntou, considerando que “estamos com um défice elevadíssimo e não sabemos quando é que o vamos resolver” e “com um crescimento que não permite aos credores pensar que nós vamos criar riqueza para lhes pagar”. A resposta para a ministra das Finanças está no apoio político europeu que sinalizou aos mercados que o projecto europeu e moeda única deverá resistir. por Jornal de Negócios Online 13 Dezembro 2013
O erro do FMI e o erro de Passos Coelho. Às vezes, é preciso olhar para os números para percebermos a gravidade do que se passou em Portugal.
Eis os números da austeridade, quatro anos depois.
Em 2010, o PIB português era de 172,8 mil milhões de euros.
Em 2013, deverá rondar os 164 mil milhões de euros.
Ou seja, a austeridade anulou-nos mais de 8 mil milhões de euros de riqueza produzida em Portugal!
Em 2010, a taxa de desemprego portuguesa foi de 10,8.
Em 2013, a taxa de desemprego portugesa deverá ficar pelos 15,8, um aumento de quase 50%.
Quatro anos de austeridade criaram mais 300 mil desempregados do que havia antes.
Em 2010, a dívida pública portuguesa rondava os 160 mil milhões de euros, já incluindo aqui muita coisa que na altura não estava contabilizado.
Em 2013, quatro anos depois, a dívida pública portuguesa está em cerca de 230 mil milhões de euros, um aumento de 70 mil milhões de euros!
É este o resultado de quatro anos de austeridade, Portugal tem mais 70 mil milhões de dívida do que tinha!
Em 2010, a taxa de juro da dívida portuguesa no mercado secundário era no início do ano de 5,5%.
Em 2013, a taxa de juro da dívida pública portuguesa é no final do ano de 5,8%.
Ou seja, para curar o trágico perigo das dívidas soberanas, estivemos quatro anos em austeridade, e a taxa de juro é agora mais alta do que quando começámos!
A directora do FMI, a sra Lagarde, já admitiu o óbvio, que as políticas de ajustamento cometeram muitos erros, e que os resultados foram muito piores do que se esperava, especialmente em Portugal e na Grécia.
No entanto, por cá temos um primeiro-ministro que continua apaixonado pela ideia da "austeridade expansionista", e que fica muito irritado quando ouve o FMI reconhecer os erros.
Infelizmente, Passos Coelho jamais terá a humildade do FMI, e jamais reconhecerá que as suas políticas, que ele implementou e implementa com entusiasmo, não produziram bons resultados, bem pelo contrário.
Os fanáticos de uma ideia não querem saber da realidade, querem é ter razão!
Por: Domingos Amaral
Eis os números da austeridade, quatro anos depois.
Em 2010, o PIB português era de 172,8 mil milhões de euros.
Em 2013, deverá rondar os 164 mil milhões de euros.
Ou seja, a austeridade anulou-nos mais de 8 mil milhões de euros de riqueza produzida em Portugal!
Em 2010, a taxa de desemprego portuguesa foi de 10,8.
Em 2013, a taxa de desemprego portugesa deverá ficar pelos 15,8, um aumento de quase 50%.
Quatro anos de austeridade criaram mais 300 mil desempregados do que havia antes.
Em 2010, a dívida pública portuguesa rondava os 160 mil milhões de euros, já incluindo aqui muita coisa que na altura não estava contabilizado.
Em 2013, quatro anos depois, a dívida pública portuguesa está em cerca de 230 mil milhões de euros, um aumento de 70 mil milhões de euros!
É este o resultado de quatro anos de austeridade, Portugal tem mais 70 mil milhões de dívida do que tinha!
Em 2010, a taxa de juro da dívida portuguesa no mercado secundário era no início do ano de 5,5%.
Em 2013, a taxa de juro da dívida pública portuguesa é no final do ano de 5,8%.
Ou seja, para curar o trágico perigo das dívidas soberanas, estivemos quatro anos em austeridade, e a taxa de juro é agora mais alta do que quando começámos!
A directora do FMI, a sra Lagarde, já admitiu o óbvio, que as políticas de ajustamento cometeram muitos erros, e que os resultados foram muito piores do que se esperava, especialmente em Portugal e na Grécia.
No entanto, por cá temos um primeiro-ministro que continua apaixonado pela ideia da "austeridade expansionista", e que fica muito irritado quando ouve o FMI reconhecer os erros.
Infelizmente, Passos Coelho jamais terá a humildade do FMI, e jamais reconhecerá que as suas políticas, que ele implementou e implementa com entusiasmo, não produziram bons resultados, bem pelo contrário.
Os fanáticos de uma ideia não querem saber da realidade, querem é ter razão!
Por: Domingos Amaral
Pátria: lugar de desventura
Acabou a recessão!", exclamaram, cheios de alegria e tolejo, jornais, rádios e televisões. Ninguém explicou nada a ninguém, e o bulício de regozijo pegou-se. Nos corredores dos ministérios, nas farmácias, nos quartéis, no edifício
majestoso onde funciona a Galp, no bloco operatório de Os Lusíadas, o murmúrio adquiriu formas de clamor: "Acabou a recessão!" E Paulo Portas, que gosta de dizer coisas, falou e disse, entre enlevado e libidinoso: "Vai começar um novo ciclo!", sorriu e caminhou, lépido, para o gabinete onde congemina.
Para quem acabou a recessão?, e quais os benefícios que traz ao milhão de desempregados; aos milhares de famílias que recorrem ao Banco Alimentar e à Cáritas para comer; aos reformados e pensionistas, esbulhados dos magríssimos proventos; aos 25 mil casais sem emprego; aos milhares de miúdos que vão para a escola com o estômago vazio; aos cem mil jovens portugueses que abandonaram a pátria porque a pátria é lugar de infortúnio; aos velhos que morrem sozinhos sem ninguém dar por isso, ou espantados de medo nos caixotes de vivos para aonde são enviados por quem os não quer - para quem e para quê?
A recessão acabou, e então? E acabou mesmo? Ou não será outra das "incongruências problemáticas" de um Governo mentiroso, servo dos mais poderosos e notoriamente incapaz de resolver os nossos problemas mais ínfimos? Ninguém esclarece nada a ninguém. E o directo concorrente ao poder, pela interposta pessoa do triste e melancólico António José Seguro, perde-se nas banalidades do costume, com o bordão já famoso de o PS ser "um partido responsável", afirmação que os factos procedentes da sua direcção desmentem e enxovalham.
Poderia ser uma ópera-bufa se o assunto fosse para rir. Mas não é. Trata-se da nossa própria existência como nação, e o desassossego chegou a tal ponto que muitos elementos do próprio PSD já chegam a exigir a substituição de Seguro! Que venha outra coisa porque "isto" não é coisa nenhuma. Dizem.
Aliás, as sondagens são inquietantes. É modestíssima a vantagem do PS sobre o PSD, e a agitação naquele partido, cuja tradição de conspiração interna é conhecida, avoluma-se cada dia que passa. O espectáculo mediático protagonizado pelo secretário-geral dos socialistas, chega a ser pungente pela tibieza do seu conjunto e pela inexistência de fibra. Toda a gente já percebeu que o homem não serve, que não sabe, e que simplifica sempre, por inépcia, as respostas que se lhe exigem.
Esta historieta do fim da recessão vem auxiliar, ainda mais, o jogo de indefinições com o qual o chefe do PSD gosta de se enredar para melhor servir os seus objectivos, que não são inocentes: marcados fortemente pela ideologia que defende e executa como paladino e crente. Porque, na verdade, Pedro Passos Coelho tem, ama e serve uma ideologia. Quanto a António José Seguro? Por: Batista Bastos/DN/11/12/2013
Aproveitando a onda de euforia europeia, o Governo português entrou também em campanha eleitoral. Passos e Durão estão ambos em campanha e articulados entre si. Em troca do apoio de Passos na candidatura à Presidência da República, Durão elogia o (pseudo) ajustamento português. Os ténues sinais de recuperação económica encobrem o ajustamento falhado e as reformas estruturais não realizadas. A dívida pública galopou para os 130% do PIB, o Estado foi estrangulado mas não reformado, o ensino e a ciência incompreensivelmente amputados e a competitividade da economia cai nos rankings internacionais. As recentes migalhas de crescimento significam apenas que uma parte da economia conseguiu sobreviver ao tsunami da austeridade excessiva. Mas quantas empresas viáveis e competências valiosas não se perderam irreversivelmente? Quantos postos de trabalho, jovens saídos do país e famílias insolventes poderíamos ter poupado? É a nossa dívida mais sustentável agora? Podem umas migalhas de crescimento justificar e ilibar toda a destruição económica e social dos últimos 3 anos (e que deixará profundas marcas nos seguintes)? Quantos anos vamos demorar a recuperar o que foi perdido? Passos (PM), que durante grande parte do mandato ignorou o parceiro de coligação, os parceiros sociais e a oposição, deu lugar a Passos (líder do PSD), que já admite coligações futuras com o CDS e já considera o PS fundamental para preparar a saída da ‘troika'. Ao convidar o PS para um acordo sobre o Documento de Estratégia Orçamental (que estabelece os limites da despesa pública, défice e dívida), quando há um mês o considerava perfeitamente dispensável para negociar um programa cautelar, Passos está efectivamente a convidar Seguro a recusar o convite. Só com menos encenação política e mais sentido de Estado se podem fazer os pactos de que o País precisa.
23/01/14 00:05 | João Dias / Económico
Antigo ministro dos Negócios Estrangeiros compara a melhoria em Portugal com a de um doente que passou de 40 para 39,8 graus de febre.
Diogo Freitas do Amaral teceu esta quinta-feira mais críticas ao Governo de Passos Coelho, considerando que está a deitar foguetes numa altura em que a economia dá sinais ainda muito pequenos de melhoria.
O antigo ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo de José Sócrates, citado pela RTP, apelou aos portugueses para que “não se iludam” com “a propaganda do Governo” sobre o desempenho
O País vive uma situação muito difícil. As pessoas não se deviam iludir com a propaganda do Governo.
Diogo Freitas do Amaral
da economia portuguesa.
"O país vive uma situação muito difícil. As pessoas não se deviam iludir com a propaganda do Governo e com os foguetes que estão a ser deitados antes da festa, porque, se é verdade que alguns indicadores económicos têm melhorado, as melhoras são muito pequenas. É como se uma pessoa estivesse com 40 graus de febre e se fizesse uma festa porque passou para 39,8”, afirma Freitas do Amaral.
O antigo líder do CDS acusou ainda o Governo de não distribuir os sacrifícios de forma equitativa e castigar os mais pobres.
"Ainda é preciso muito trabalho e esforço e decisões mais acertadas do que aquelas que têm sido tomadas. É preciso que o Governo não esteja sempre a pedir sacrifícios aos mesmos, aos mais pobres, mas que distribuía mais equitativamente os sacrifícios", defendeu. 23 Janeiro 2014, 15:59 por Jornal de Negócios | jng@negocios.pt
Crise e contratação individual precária
Um pouco por toda a União Europeia (UE) o trabalho a tempo parcial tem sido visto de forma positiva se exercido voluntariamente como, por exemplo, forma privilegiada de conciliar profissão com vida familiar. Se bem que o recurso ao trabalho a tempo parcial possa refletir preferências pessoais e ajudar trabalhadores a entrar ou a regressar ao mercado de trabalho a verdade é que, em tempos de crise, o que teoricamente fora considerado como uma escolha (e mesmo uma reivindicação) dos trabalhadores, tende a transformar-se num constrangimento ditado pelas empresas que dele fazem um modo de gestão adaptado sobretudo a uma preocupação em reduzir custos salariais, uma vez que possibilita remunerar na proporção do respetivo período normal de trabalho semanal.
Segundo dados do Eurostat, em 2011, na UE27, 19,5% dos trabalhadores tinham emprego a tempo parcial, com a Holanda (com 49,1%), o Reino Unido, a Alemanha, a Suécia, a Dinamarca e a Áustria (com cerca de um quarto do emprego total a tempo parcial) a sobressair neste tipo de contratação laboral. Em Portugal a população afeta a trabalho a tempo parcial tem sido de cerca de metade da média europeia. E esta situação explica-se pelo tradicional fosso geográfico que tem marcado a progressão deste fenómeno na UE: o trabalho a tempo parcial tem sido bem acolhido nos países do Norte e Centro da Europa mas não nos do Sul. Nos países mediterrânicos - designadamente em Portugal - o que se tem observado é que apenas se recorre a este tipo de trabalho de forma marginal e uma grande parte dos trabalhadores vinculam-se a tempo parcial porque não conseguem trabalho a tempo completo.
Com salários parcos para fazer face às despesas mensais, a esmagadora maioria dos portugueses tem rejeitado voluntariamente o trabalho a tempo parcial e só mesmo numa situação de ausência de alternativa - em situação de desemprego, por exemplo - aceita trabalhar sob esta forma.
Mas em tempos de crise, como o que vivemos, o que se verifica é que aumenta o recurso a este tipo de contrato. Por exemplo, segundo os dados do INE relativos ao 3.ºT de 2013, o subemprego de trabalhadores a tempo parcial aumentou 5,5% em relação ao trimestre homólogo de 2012, a par de uma diminuição de trabalhadores a tempo completo, sendo que também se verificou um aumento do recurso aos contratos de trabalho de duração limitada (contratos de trabalho a termo e de trabalho temporário). E se se regista um aumento do recurso a estas formas de contratação, esta evolução traz um redobrar da precariedade a muitos trabalhadores que, no conjunto, acumulam um contrato de trabalho a termo com trabalho a tempo parcial. Em consequência, a expansão do trabalho a tempo parcial pode acentuar desigualdades no mercado de trabalho, uma vez que as empresas tendem a estabelecer uma dupla gestão da mão-de-obra fundada no estatuto do tempo de trabalho.
No passado dia 3 de setembro, um artigo do The Washington Post intitulado "Jovens e sem futuro" enfatizava o temor de uma "geração perdida" para milhões de jovens na Europa. Salientando o nível da taxa de desemprego dos jovens na Grécia, em Espanha, na Itália e em Portugal, o artigo realçava que o desemprego e a contratação precária estão a minar as sociedades europeias, fazendo recuar a natalidade. por Glória rebelo, Professora universitária e investigadora / DN
Um pouco por toda a União Europeia (UE) o trabalho a tempo parcial tem sido visto de forma positiva se exercido voluntariamente como, por exemplo, forma privilegiada de conciliar profissão com vida familiar. Se bem que o recurso ao trabalho a tempo parcial possa refletir preferências pessoais e ajudar trabalhadores a entrar ou a regressar ao mercado de trabalho a verdade é que, em tempos de crise, o que teoricamente fora considerado como uma escolha (e mesmo uma reivindicação) dos trabalhadores, tende a transformar-se num constrangimento ditado pelas empresas que dele fazem um modo de gestão adaptado sobretudo a uma preocupação em reduzir custos salariais, uma vez que possibilita remunerar na proporção do respetivo período normal de trabalho semanal.
Segundo dados do Eurostat, em 2011, na UE27, 19,5% dos trabalhadores tinham emprego a tempo parcial, com a Holanda (com 49,1%), o Reino Unido, a Alemanha, a Suécia, a Dinamarca e a Áustria (com cerca de um quarto do emprego total a tempo parcial) a sobressair neste tipo de contratação laboral. Em Portugal a população afeta a trabalho a tempo parcial tem sido de cerca de metade da média europeia. E esta situação explica-se pelo tradicional fosso geográfico que tem marcado a progressão deste fenómeno na UE: o trabalho a tempo parcial tem sido bem acolhido nos países do Norte e Centro da Europa mas não nos do Sul. Nos países mediterrânicos - designadamente em Portugal - o que se tem observado é que apenas se recorre a este tipo de trabalho de forma marginal e uma grande parte dos trabalhadores vinculam-se a tempo parcial porque não conseguem trabalho a tempo completo.
Com salários parcos para fazer face às despesas mensais, a esmagadora maioria dos portugueses tem rejeitado voluntariamente o trabalho a tempo parcial e só mesmo numa situação de ausência de alternativa - em situação de desemprego, por exemplo - aceita trabalhar sob esta forma.
Mas em tempos de crise, como o que vivemos, o que se verifica é que aumenta o recurso a este tipo de contrato. Por exemplo, segundo os dados do INE relativos ao 3.ºT de 2013, o subemprego de trabalhadores a tempo parcial aumentou 5,5% em relação ao trimestre homólogo de 2012, a par de uma diminuição de trabalhadores a tempo completo, sendo que também se verificou um aumento do recurso aos contratos de trabalho de duração limitada (contratos de trabalho a termo e de trabalho temporário). E se se regista um aumento do recurso a estas formas de contratação, esta evolução traz um redobrar da precariedade a muitos trabalhadores que, no conjunto, acumulam um contrato de trabalho a termo com trabalho a tempo parcial. Em consequência, a expansão do trabalho a tempo parcial pode acentuar desigualdades no mercado de trabalho, uma vez que as empresas tendem a estabelecer uma dupla gestão da mão-de-obra fundada no estatuto do tempo de trabalho.
No passado dia 3 de setembro, um artigo do The Washington Post intitulado "Jovens e sem futuro" enfatizava o temor de uma "geração perdida" para milhões de jovens na Europa. Salientando o nível da taxa de desemprego dos jovens na Grécia, em Espanha, na Itália e em Portugal, o artigo realçava que o desemprego e a contratação precária estão a minar as sociedades europeias, fazendo recuar a natalidade. por Glória rebelo, Professora universitária e investigadora / DN
Bagão Félix "O decréscimo do investimento é o caminho para um país moribundo"
O antigo ministro das Finanças, António Bagão Félix, disse hoje no seu comentário habitual
na SIC Notícias, que “o investimento público é muito baixo e o Estado continua a cortar”. Na opinião do comentador, este “decréscimo é o caminho para um país moribundo”, que “não se deve fiar na melhoria dos mercados estrangeiros”.
António Bagão Félix, em direto na SIC Notícias, comentou o decréscimo do investimento público e “o aumento brutal e violento” dos impostos.
Segundo o ex-governante “o Estado corta e o investimento público continua demasiado baixo, o que faz com que a grande fatia venha de fora”.
“Metade do valor dos investimentos vem de verbas europeias, que vamos acabar por perder se estes não forem cumpridos. A meu ver, esses investimentos são sensatos, prudentes e visam o desenvolvimento do país mas apostam naquilo que as pessoas menos sentem, como as exportações e as estruturas portuárias”, afirmou Bagão Félix.
Segundo o comentador, “o investimento podia ter vindo mais cedo” porque só com ele “conseguiremos desenvolver o país”.
No entanto, Bagão afirma que “o investimento público é cada vez mais escasso e tem vindo a decrescer de ano para ano, porque é uma das fatias mais fáceis de cortar”. Esta situação, na opinião do ex-governante, “é o caminho para um país moribundo”.
Relativamente à execução orçamental, Bagão Félix afirma que “nem deve gerar euforia nem negação”.
“É uma boa notícia para as entidades externas, que olham muito para os números finais e, neste caso os objetivos foram alcançados. No entanto, o brutal e violento aumento dos impostos que tem atingido em grande escala os desempregados, os pensionistas e a função pública, apenas provocou uma tímida redução do défice. A meu ver, foi muito pouco para tanto esforço”, afirmou o antigo ministro das Finanças.
Em jeito de conclusão do seu comentário, Bagão Félix afirma que “a culpa é sempre do exterior quando as coisas estão mal, e o valor é sempre nosso quando estão bem”. Por- 29 de Janeiro de 2014 | Por Notícias Ao Minuto
HÁ TRÊS ANOS A QUEIMAR DINHEIRO
Num dos derradeiros artigos que escreveu no Jornal de Negócios, pouco tempo antes de nos abandonar, o economista João Pinto e Castro resumia com precisão a obra política de Vítor Gaspar: “queimar dinheiro na praça pública”.
Em 2012 e 2013, o Governo português retirou da economia 15 mil milhões de euros, através da combinação de um brutal aumento de impostos com cortes na despesa. Os resultados são os que conhecemos: um corte desta ordem de grandeza traduziu-se numa diminuição efetiva do défice de 3 mil milhões de euros. Pelo caminho queimaram-se 12 mil milhões de euros. Talvez esta seja a forma mais clara de revelar o carácter autodestrutivo de doses massivas e descontroladas de austeridade. A receita cai, a despesa com proteção social cresce, a economia colapsa e a dívida e o desemprego não param de subir.
Podemos, sem dificuldade, atualizar o projeto de queima de dinheiro na praça pública iniciado em 2011. Os mais de 5 mil milhões de austeridade de 2013 (que diminuíram para perto de 4 mil milhões por força da decisão economicamente positiva do Tribunal Constitucional) traduziram-se numa consolidação residual. A austeridade de 2013 foi toda perdida para a recessão e o défice que transita para 2014 é, imagine-se, o mesmo que transitou de 2012. Continuou a queimar-se dinheiro a um ritmo assinalável com as consequências económicas e sociais que conhecemos.
Muitos leitores conhecerão um sério aviso epistemológico deixado por Albert Einstein: “não há nada que seja maior evidência de insanidade do que fazer a mesma coisa dia após dia e esperar resultados diferentes”. É esse, no essencial, o objectivo do Orçamento do Estado para 2014. Depois do que aconteceu em 2012 e 2013, o Governo prepara-se para fazer a mesma coisa em 2014 mas espera obter resultados diferentes. Partindo de um défice de 5,8%, o Governo estima reduzir o desequilíbrio orçamental em 2 pontos percentuais, para 4%, com 4 mil milhões de austeridade. Como e porquê? Ninguém sabe. A loucura prossegue, enquanto assistimos ao espantoso exercício que é queimar dinheiro na praça pública para satisfazer os desejos sado-masoquistas dos credores.
O mais provável é estarmos perante uma enorme farsa política. A troika não aceitou rever as metas do défice, como ambicionava a parte irrevogável do Governo, mas o Governo age como se isso tivesse acontecido. A meta do défice será superior à acordada (4%) e, mesmo num cenário otimista, acima da que o próprio Governo quis que fosse a meta revista (4,5%).
Não sei se é a troika que gosta de ser enganada ou se é o Governo que pensa que alguém acredita nesta farsa. Em todo o caso, talvez não fosse má ideia que se ensaiasse uma explicação para justificar este desvario. Até prova em contrário, estamos apenas perante um pretexto – que aliás surgiu no decorrer da 5ª avaliação do memorando – para cortar 5 mil milhões de euros no Estado Social. No fundo, um Governo incompetente mas eficaz naquilo que é o seu verdadeiro propósito.
Por: Pedro Adão e Silva /Expresso
Foi hoje publicado o Boletim Estatístico (2/2014) do Banco de Portugal. Observa-se que a dívida externa — o maior problema do país — não pára de aumentar:
Uma realidade em forma de bolha
Olli Rehn falou mesmo numa "derrota das Cassandras", que andaram três anos a criticar a
via austeritária, aparentemente sem razão:
Os défices externos da periferia ou estão a cair ou já se transformaram em excedentes, os défices públicos idem, o desemprego deixou de subir de forma galopante e, cereja em cima do bolo, a Europa saiu da recessão e os juros estão em queda.
Não será o melhor de todos os mundos, mas, tendo em conta o calvário dos últimos tempos, chegou a hora de celebrar e cantar vitória.
Confesso que não percebo o entusiasmo. Os EUA só tiveram recessão de 2009 e o desemprego, embora a níveis historicamente elevados, tem vindo sempre a cair. Também não consta que os EUA, ao contrário da Europa, tenham terraplanado a economia e a sociedade dos seus Estados mais vulneráveis. Três anos de destruição de emprego, de recessão, de emigração (na prática) forçada e de corte de rendimentos permitiram à Europa ter um desemprego 50% superior ao americano e uma taxa de crescimento do PIB que é, na melhor das hipóteses, metade da americana. Se isto é um sucesso, não consigo imaginar o que possa ser um fracasso.
Economicamente a Europa está de rastos. Algo que Olli Rehn e companhia nunca dizem é que a economia europeia só saiu da recessão no ano em que a Comissão e o Conselho permitiram uma suavização da austeridade, flexibilizando as metas dos défices. Não se percebe em que medida é que uma saída da recessão que assenta na travagem da austeridade pode constituir uma prova do sucesso dessa mesma austeridade, que, mais ou menos suave, está institucionalizada e é para manter.
Em termos financeiros a coisa não está muito melhor: a dívida pública cresceu 50% e os juros só começaram a baixar depois da intervenção do BCE - e não por via de uma austeridade geradora de confiança - e mantêm-se baixos porque não há oportunidades de investimento real e porque a Europa aproxima-se perigosamente da deflação económica. O principal objetivo da união bancária - o de separar os bancos dos soberanos - não foi atingido, nem se vislumbra que alguma vez venha a ser.
Mas o pior é mesmo o ambiente político. Os cidadãos europeus, diz-nos o Eurobarómetro, olham para a Europa com desconfiança crescente: os dos países devedores deixaram de ver a Europa como um espaço de solidariedade, coesão e desenvolvimento; os dos países credores cada vez menos acreditam na bondade de emprestar dinheiro para que países mais pobres vergastem a sua economia e a vida dos seus cidadãos. Entre Estados membros a situação não é melhor, porque, desde a viragem austeritária de maio de 2010, a União deixou de ser um projeto de iguais para institucionalizar a desigualdade entre devedores e credores, o que, num certo sentido, é a negação do projeto europeu.
A atual euforia tem uma única explicação: eleições europeias. Não é seguramente criando uma bolha discursiva, sem qualquer correspondência com a realidade e com a experiência dos cidadãos europeus, que se inverte e corrige a destruição dos últimos anos. Em Maio, no dia a seguir as eleições, Olli Rehn e companhia podem muito bem levar um banho de realidade. Pode ser que acordem. Por: 03/02/14 00:05 | João Galamba/Económico
Europa: a armadilha da dívida e da deflação
Ontem, o sr. Mario Draghi, governador do Banco Central Europeu, admitiu pela primeira vez que a Europa pode estar confrontada com um novo e grave problema, a deflação!
A deflação é o oposto da inflação, é um processo continuado de descida de preços, e é tão perigosa ou mais que a inflação.
Numa deflação, as pessoas esperam que os preços desçam, e por isso não consomem, pois amanhã poderão comprar mais barato do que hoje.
Portanto, em vez de consumirem, poupam.
Assim, o crescimento económico é mais difícil, e é isso que se está a passar na zona euro, e por isso Draghi desceu as taxas de juro do BCE.
Mas, a deflação traz outro grave problema: embora os preços dos bens e dos ativos desçam, as dívidas não descem de valor, pelo contrário, há um aumento real do seu valor!
Com deflação, é muito mais difícil pagar dívidas, e é esse também o drama da zona euro, sobretudo dos países que estão muito endividados, como Portugal, Grécia, Irlanda, Espanha, Itália ou Chipre.
Porém, ninguém se deve espantar que isto esteja a acontecer.
Já nos anos 30, o economista Irving Fischer tinha escrito sobre esta situação, a chamada “armadilha da dívida e da deflação”.
Nessa armadilha, quando os países caem nela, quanto mais dívida pagam, mais devem!
Por: Domingos Amaral, 24 de janeiro de 2014 por as minhas leituras
- See more at: http://www.leituras.eu/?p=14623#sthash.Dm4k42Gz.Mg8sHwVo.dpuf
FMI diz que há risco de deflação na Zona Euro
Olivier Blanchard, economista-chefe do FMI, diz que o risco de deflação na zona euro existe. Na Alemanha há quem já defenda um programa similar ao da Reserva Federal norte-americana.
O economista chefe do Fundo Monetário Internacional, Olivier Blanchard, afirma que o risco de deflação na zona euro é para levar a sério, num artigo que será publicado amanhã no Handelsblatt.
"O risco de deflação, sobretudo na zona euro, existe efetivamente", escreveu Blanchard. "Em termos gerais, períodos prolongados de inflação baixa tornarão os ajustamentos necessários na zona euro mais difíceis", sublinha no artigo.
Chamou a atenção que a desinflação (redução da taxa de inflação) ou mesmo a deflação é uma arma de dois gumes sobretudo em economias frágeis, como Portugal e Espanha: "Por um lado, melhora a competitividade e ajuda as exportações, mas por outro aumenta a taxa de juro real e o valor real da dívida, e reduz a procura interna". Acrescenta que há um perigo real do segundo efeito negativo ser dominante, o que conduz a um produto inferior e a uma espiral deflacionista.
Alívio de €60 mil milhões por mês
Perante este temor, há já vozes na Alemanha a pedir uma resposta clara do Banco Central Europeu a este risco. Marcel Fratzscher, presidente do DIW alemão, Instituto de Investigação Económica, incentivou hoje a que se avance com um programa de "alívio quantitativo" similar ao da Reserva Federal norte-americana, que, agora, está em redução na perspetiva de desativação.
O líder do DIW escrevia no Die Welt que o programa de compras "à americana" deveria rondar os 60 mil milhões de euros por mês, ou seja 0,7% da dívida soberana da zona euro.
Por: Jorge Nascimento Rodrigues / Expresso / 10 de março de 2014
Uma realidade em forma de bolha
Olli Rehn falou mesmo numa "derrota das Cassandras", que andaram três anos a criticar a
via austeritária, aparentemente sem razão:
Os défices externos da periferia ou estão a cair ou já se transformaram em excedentes, os défices públicos idem, o desemprego deixou de subir de forma galopante e, cereja em cima do bolo, a Europa saiu da recessão e os juros estão em queda.
Não será o melhor de todos os mundos, mas, tendo em conta o calvário dos últimos tempos, chegou a hora de celebrar e cantar vitória.
Confesso que não percebo o entusiasmo. Os EUA só tiveram recessão de 2009 e o desemprego, embora a níveis historicamente elevados, tem vindo sempre a cair. Também não consta que os EUA, ao contrário da Europa, tenham terraplanado a economia e a sociedade dos seus Estados mais vulneráveis. Três anos de destruição de emprego, de recessão, de emigração (na prática) forçada e de corte de rendimentos permitiram à Europa ter um desemprego 50% superior ao americano e uma taxa de crescimento do PIB que é, na melhor das hipóteses, metade da americana. Se isto é um sucesso, não consigo imaginar o que possa ser um fracasso.
Economicamente a Europa está de rastos. Algo que Olli Rehn e companhia nunca dizem é que a economia europeia só saiu da recessão no ano em que a Comissão e o Conselho permitiram uma suavização da austeridade, flexibilizando as metas dos défices. Não se percebe em que medida é que uma saída da recessão que assenta na travagem da austeridade pode constituir uma prova do sucesso dessa mesma austeridade, que, mais ou menos suave, está institucionalizada e é para manter.
Em termos financeiros a coisa não está muito melhor: a dívida pública cresceu 50% e os juros só começaram a baixar depois da intervenção do BCE - e não por via de uma austeridade geradora de confiança - e mantêm-se baixos porque não há oportunidades de investimento real e porque a Europa aproxima-se perigosamente da deflação económica. O principal objetivo da união bancária - o de separar os bancos dos soberanos - não foi atingido, nem se vislumbra que alguma vez venha a ser.
Mas o pior é mesmo o ambiente político. Os cidadãos europeus, diz-nos o Eurobarómetro, olham para a Europa com desconfiança crescente: os dos países devedores deixaram de ver a Europa como um espaço de solidariedade, coesão e desenvolvimento; os dos países credores cada vez menos acreditam na bondade de emprestar dinheiro para que países mais pobres vergastem a sua economia e a vida dos seus cidadãos. Entre Estados membros a situação não é melhor, porque, desde a viragem austeritária de maio de 2010, a União deixou de ser um projeto de iguais para institucionalizar a desigualdade entre devedores e credores, o que, num certo sentido, é a negação do projeto europeu.
A atual euforia tem uma única explicação: eleições europeias. Não é seguramente criando uma bolha discursiva, sem qualquer correspondência com a realidade e com a experiência dos cidadãos europeus, que se inverte e corrige a destruição dos últimos anos. Em Maio, no dia a seguir as eleições, Olli Rehn e companhia podem muito bem levar um banho de realidade. Pode ser que acordem. Por: 03/02/14 00:05 | João Galamba/Económico
Europa: a armadilha da dívida e da deflação
Ontem, o sr. Mario Draghi, governador do Banco Central Europeu, admitiu pela primeira vez que a Europa pode estar confrontada com um novo e grave problema, a deflação!
A deflação é o oposto da inflação, é um processo continuado de descida de preços, e é tão perigosa ou mais que a inflação.
Numa deflação, as pessoas esperam que os preços desçam, e por isso não consomem, pois amanhã poderão comprar mais barato do que hoje.
Portanto, em vez de consumirem, poupam.
Assim, o crescimento económico é mais difícil, e é isso que se está a passar na zona euro, e por isso Draghi desceu as taxas de juro do BCE.
Mas, a deflação traz outro grave problema: embora os preços dos bens e dos ativos desçam, as dívidas não descem de valor, pelo contrário, há um aumento real do seu valor!
Com deflação, é muito mais difícil pagar dívidas, e é esse também o drama da zona euro, sobretudo dos países que estão muito endividados, como Portugal, Grécia, Irlanda, Espanha, Itália ou Chipre.
Porém, ninguém se deve espantar que isto esteja a acontecer.
Já nos anos 30, o economista Irving Fischer tinha escrito sobre esta situação, a chamada “armadilha da dívida e da deflação”.
Nessa armadilha, quando os países caem nela, quanto mais dívida pagam, mais devem!
Por: Domingos Amaral, 24 de janeiro de 2014 por as minhas leituras
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FMI diz que há risco de deflação na Zona Euro
Olivier Blanchard, economista-chefe do FMI, diz que o risco de deflação na zona euro existe. Na Alemanha há quem já defenda um programa similar ao da Reserva Federal norte-americana.
O economista chefe do Fundo Monetário Internacional, Olivier Blanchard, afirma que o risco de deflação na zona euro é para levar a sério, num artigo que será publicado amanhã no Handelsblatt.
"O risco de deflação, sobretudo na zona euro, existe efetivamente", escreveu Blanchard. "Em termos gerais, períodos prolongados de inflação baixa tornarão os ajustamentos necessários na zona euro mais difíceis", sublinha no artigo.
Chamou a atenção que a desinflação (redução da taxa de inflação) ou mesmo a deflação é uma arma de dois gumes sobretudo em economias frágeis, como Portugal e Espanha: "Por um lado, melhora a competitividade e ajuda as exportações, mas por outro aumenta a taxa de juro real e o valor real da dívida, e reduz a procura interna". Acrescenta que há um perigo real do segundo efeito negativo ser dominante, o que conduz a um produto inferior e a uma espiral deflacionista.
Alívio de €60 mil milhões por mês
Perante este temor, há já vozes na Alemanha a pedir uma resposta clara do Banco Central Europeu a este risco. Marcel Fratzscher, presidente do DIW alemão, Instituto de Investigação Económica, incentivou hoje a que se avance com um programa de "alívio quantitativo" similar ao da Reserva Federal norte-americana, que, agora, está em redução na perspetiva de desativação.
O líder do DIW escrevia no Die Welt que o programa de compras "à americana" deveria rondar os 60 mil milhões de euros por mês, ou seja 0,7% da dívida soberana da zona euro.
Por: Jorge Nascimento Rodrigues / Expresso / 10 de março de 2014
Perspetiva de deflação em Portugal adensa-se: inflação homóloga foi de 0,1% em janeiro 2014
O INE acaba de divulgar a taxa de inflação relativa a janeiro de 2014: a variação média anual dos preços no consumidor manteve-se nos 0,3%, contudo, a variação homóloga continua a cair, fixando-se agora nos 0,1% depois de ter sido de 0,2% em dezembro. A tendência de curto prazo é para que a taxa média anual convirja para muito próximo de zero.
Note-se que esta evolução é também partilhada pela inflação subjacente, ou seja, pela taxa de inflação medida pelo índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos e está também alinhada com o tendência registada na zona euro.
Uma última nota para recordar que as últimas previsões para a taxa de inflação em 2014 elaboradas pelo Banco de Portugal esperam que os preços aumentem 0,8% no final do ano.
Mais detalhes no sítio do INE.
Leia mais: http://economiafinancas.com/2014/perspetiva-de-deflacao-em-portugal-adensa-se-inflacao-homologa-foi-de-01-em-janeiro-2014/#ixzz2tSz7uqI8
Follow us: @EcoFint on Twitter | economiafinancas on Facebook
O INE acaba de divulgar a taxa de inflação relativa a janeiro de 2014: a variação média anual dos preços no consumidor manteve-se nos 0,3%, contudo, a variação homóloga continua a cair, fixando-se agora nos 0,1% depois de ter sido de 0,2% em dezembro. A tendência de curto prazo é para que a taxa média anual convirja para muito próximo de zero.
Note-se que esta evolução é também partilhada pela inflação subjacente, ou seja, pela taxa de inflação medida pelo índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos e está também alinhada com o tendência registada na zona euro.
Uma última nota para recordar que as últimas previsões para a taxa de inflação em 2014 elaboradas pelo Banco de Portugal esperam que os preços aumentem 0,8% no final do ano.
Mais detalhes no sítio do INE.
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Evolução Recente da Dívida Pública Portuguesa (Estatística do IGCP)
31-12-2012: 194.466 milhões de euros
31-10-2013: 204.062 milhões de euros
30 -11-2013: 209.803 milhões de euros
Apesar de roubarem nas pensões e salários e nos tratamentos de doentes, a dívida pública subiu num só mês quase cinco mil milhões de euros. Feito Notável!!!
Em 2010, o PIB português era de 172,8 mil milhões de euros !!!
Em 2013, deverá rondar os 164 mil milhões de euros !!!
Ou seja, a austeridade anulou-nos mais de 8 mil milhões de euros de riqueza produzida em Portugal!!!
Em 2010, a taxa de desemprego portuguesa foi de 10,8 !!!
Em 2013, a taxa de desemprego portuguesa deverá ficar pelos 15,8, um aumento de quase 50% !!!
Quatro anos de austeridade criaram mais 300 mil desempregados do que havia antes!!!
Em 2010, a dívida pública portuguesa rondava os 160 mil milhões de euros, já incluindo aqui muita coisa que na altura não estava contabilizado !!!
Em 2013, quatro anos depois, a dívida pública portuguesa está em cerca de 209 mil milhões de euros, um aumento de quase 50 mil milhões de euros !!!
É este o resultado de quatro anos de austeridade, Portugal tem mais 50 mil milhões de dívida do que tinha! Por: Dieter Dellinger/Facebook
Não é apenas a líder nacionalista que considera Hollande "um escândalo". Num recente artigo, o norte-americano e prémio Nobel da Economia, Pau Krugmam, diz que o "pacto de responsabilidade" é "um verdadeiro escândalo". Evidentemente, Krugmam também não se referia aos amores do Presidente mas ao que disse ser "o seu afeto pelas desacreditadas doutrinas económicas da direita". Para o prémio Nobel, Hollande "rendeu-se inteletualmente", capitulou e passou a ser um "cúmplice dos conservadores teimosos e desapiedados".
A crise, o desemprego, a baixa de poder de compra dos franceses e o empenho de Hollande em prosseguir com o "rigor" acentuando cortes nas despesas (mais 50 mil milhões até ao fim do mandato, em 2017
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/extrema-direita-a-frente-para-as-europeias-em-franca=f852675#ixzz2rVKaiYa6
O Exemplo Americano
Os EUA foram os autores da crise por via dos seus bancos, mas não cruzaram os braços nem se remeteram para uma austeridade que significa nada gastar e nada fazer. O Governo americano começou por apoiar as suas maiores empresas e a Reserva Federal emitiu moeda em quantidade astronómica para financiar a economia e, principalmente, dar continuidade aos enormes investimentos na independência energética.
Hoje, a economia americana cresce a mais de 3%, o desemprego sofreu uma redução significativa e, principalmente, os EUA tornaram-se nos maiores produtores de petróleo e gás natural do Mundo por via do fracking e da perfuração horizontal. O fracking significa injetar vapor de água a 150ºC nos xistos betuminosos que assim libertam enormes quantidades de gás natural e petróleo. A produção diária americana é hoje superior à da Arábia Saudita em 300.000 barris de petróleo diários e em quase 2 milhões de barris mais que a Federação Russa, o que tornou a nação americana num grande exportador de produtos químicos oriundos dos hidrocarbonetos extraídos da terra e do fundo do mar porque, possuindo gigantes como a DuPont, Monsanto, etc. não exportam o petróleo e o gás natural, mas transformam-no nos mais diversos produtos.
A China, por sua vez, não tem outra alternativa que não seja utilizar as suas imensas reservas em dólares na aquisição de matérias- primas químicas, produtos alimentares e outras mercadorias, dado que o dinheiro ou se gasta ou se deita fora deixando desvalorizar, tanto mais que em toda a parte os juros são baixíssimos.
A Europa deveria olhar para o exemplo americano e compreender que os EUA não são dominados por um único estado mais rico ou industrializado. O dólar é para todos de acordo com as suas necessidades e trabalho.
Entrevista a João Cravinho
O socialista João Cravinho foi deputado, eurodeputado, ministro da Indústria, ministro do Planeamento e do Equipamento, e administrador do Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento.
João Cravinho considera que Portugal nunca terá um segundo resgate, porque isso significaria assumir o falhanço do primeiro. “Quando esta gente se afadiga se chegamos ao cautelar ou não, eles já sabem que esse problema está resolvido”, argumenta.
Nesta entrevista conduzida pela jornalista Maria Flor Pedroso, João Cravinho afirma que Portugal não terá condições nos próximos dez anos para se livrar da influência alemã.
ttp://www.rtp.pt/antena1/?t=Entrevista-a-Joao-Cravinho.rtp&article=7216&visual=11&tm=16&headline=13
Chomsky: "As democracias europeias veio colapso total"
Democracias europeias veio para o colapso total, independentemente da cor política dos governos, porque as decisões são tomadas em Bruxelas, disse no sábado o linguista e analista ativista político Noam Chomsky Como se afirma no Festival de Ciência realizado no Auditório de Roma, Itália, com a destruição das democracias da Europa fomos ditaduras. A política só serve para enriquecer os banqueiros. Por exemplo, ele disse que naquele país, a democracia deixou de existir desde que ingressou na ex-comisário governo europeu Mario Monti, em 2011. Esta política foi, de acordo com Chomsky, "nomeado por burocratas de Bruxelas e não pelos eleitores", cita o portal de notícias italiana Rai Notícias . No entanto, ele disse, este é um fenômeno que está ocorrendo no mundo. "Então democracia descrita 'Wall Street Journal' Unidos está à beira do colapso, como qualquer governo, seja à direita ou à esquerda, segue a mesma política, decidiu por grupos de banqueiros e burocratas ", disse um filósofo, durante sua palestra. "A política só serve para enriquecer os banqueiros", Chomsky, que descreveu o neoliberalismo como "um grande ataque contra a população do mundo, o maior ataque dos últimos 40 anos", disse ele. RTP/ noticias. Texto completo en:
Evolução Recente da Dívida Pública Portuguesa (Estatística do IGCP)
31-12-2012: 194.466 milhões de euros
31-10-2013: 204.062 milhões de euros
30 -11-2013: 209.803 milhões de euros
Apesar de roubarem nas pensões e salários e nos tratamentos de doentes, a dívida pública subiu num só mês quase cinco mil milhões de euros. Feito Notável!!!
Em 2010, o PIB português era de 172,8 mil milhões de euros !!!
Em 2013, deverá rondar os 164 mil milhões de euros !!!
Ou seja, a austeridade anulou-nos mais de 8 mil milhões de euros de riqueza produzida em Portugal!!!
Em 2010, a taxa de desemprego portuguesa foi de 10,8 !!!
Em 2013, a taxa de desemprego portuguesa deverá ficar pelos 15,8, um aumento de quase 50% !!!
Quatro anos de austeridade criaram mais 300 mil desempregados do que havia antes!!!
Em 2010, a dívida pública portuguesa rondava os 160 mil milhões de euros, já incluindo aqui muita coisa que na altura não estava contabilizado !!!
Em 2013, quatro anos depois, a dívida pública portuguesa está em cerca de 209 mil milhões de euros, um aumento de quase 50 mil milhões de euros !!!
É este o resultado de quatro anos de austeridade, Portugal tem mais 50 mil milhões de dívida do que tinha! Por: Dieter Dellinger/Facebook
Apesar de roubarem nas pensões e salários e nos tratamentos de doentes, a dívida pública subiu num só mês quase cinco mil milhões de euros. Feito Notável!!!
Em 2010, o PIB português era de 172,8 mil milhões de euros !!!
Em 2013, deverá rondar os 164 mil milhões de euros !!!
Ou seja, a austeridade anulou-nos mais de 8 mil milhões de euros de riqueza produzida em Portugal!!!
Em 2010, a taxa de desemprego portuguesa foi de 10,8 !!!
Em 2013, a taxa de desemprego portuguesa deverá ficar pelos 15,8, um aumento de quase 50% !!!
Quatro anos de austeridade criaram mais 300 mil desempregados do que havia antes!!!
Em 2010, a dívida pública portuguesa rondava os 160 mil milhões de euros, já incluindo aqui muita coisa que na altura não estava contabilizado !!!
Em 2013, quatro anos depois, a dívida pública portuguesa está em cerca de 209 mil milhões de euros, um aumento de quase 50 mil milhões de euros !!!
É este o resultado de quatro anos de austeridade, Portugal tem mais 50 mil milhões de dívida do que tinha! Por: Dieter Dellinger/Facebook
A crise, o desemprego, a baixa de poder de compra dos franceses e o empenho de Hollande em prosseguir com o "rigor" acentuando cortes nas despesas (mais 50 mil milhões até ao fim do mandato, em 2017
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/extrema-direita-a-frente-para-as-europeias-em-franca=f852675#ixzz2rVKaiYa6
O Exemplo Americano
Os EUA foram os autores da crise por via dos seus bancos, mas não cruzaram os braços nem se remeteram para uma austeridade que significa nada gastar e nada fazer. O Governo americano começou por apoiar as suas maiores empresas e a Reserva Federal emitiu moeda em quantidade astronómica para financiar a economia e, principalmente, dar continuidade aos enormes investimentos na independência energética.
Hoje, a economia americana cresce a mais de 3%, o desemprego sofreu uma redução significativa e, principalmente, os EUA tornaram-se nos maiores produtores de petróleo e gás natural do Mundo por via do fracking e da perfuração horizontal. O fracking significa injetar vapor de água a 150ºC nos xistos betuminosos que assim libertam enormes quantidades de gás natural e petróleo. A produção diária americana é hoje superior à da Arábia Saudita em 300.000 barris de petróleo diários e em quase 2 milhões de barris mais que a Federação Russa, o que tornou a nação americana num grande exportador de produtos químicos oriundos dos hidrocarbonetos extraídos da terra e do fundo do mar porque, possuindo gigantes como a DuPont, Monsanto, etc. não exportam o petróleo e o gás natural, mas transformam-no nos mais diversos produtos.
A China, por sua vez, não tem outra alternativa que não seja utilizar as suas imensas reservas em dólares na aquisição de matérias- primas químicas, produtos alimentares e outras mercadorias, dado que o dinheiro ou se gasta ou se deita fora deixando desvalorizar, tanto mais que em toda a parte os juros são baixíssimos.
A Europa deveria olhar para o exemplo americano e compreender que os EUA não são dominados por um único estado mais rico ou industrializado. O dólar é para todos de acordo com as suas necessidades e trabalho.
Hoje, a economia americana cresce a mais de 3%, o desemprego sofreu uma redução significativa e, principalmente, os EUA tornaram-se nos maiores produtores de petróleo e gás natural do Mundo por via do fracking e da perfuração horizontal. O fracking significa injetar vapor de água a 150ºC nos xistos betuminosos que assim libertam enormes quantidades de gás natural e petróleo. A produção diária americana é hoje superior à da Arábia Saudita em 300.000 barris de petróleo diários e em quase 2 milhões de barris mais que a Federação Russa, o que tornou a nação americana num grande exportador de produtos químicos oriundos dos hidrocarbonetos extraídos da terra e do fundo do mar porque, possuindo gigantes como a DuPont, Monsanto, etc. não exportam o petróleo e o gás natural, mas transformam-no nos mais diversos produtos.
A China, por sua vez, não tem outra alternativa que não seja utilizar as suas imensas reservas em dólares na aquisição de matérias- primas químicas, produtos alimentares e outras mercadorias, dado que o dinheiro ou se gasta ou se deita fora deixando desvalorizar, tanto mais que em toda a parte os juros são baixíssimos.
A Europa deveria olhar para o exemplo americano e compreender que os EUA não são dominados por um único estado mais rico ou industrializado. O dólar é para todos de acordo com as suas necessidades e trabalho.
Entrevista a João Cravinho
O socialista João Cravinho foi deputado, eurodeputado, ministro da Indústria, ministro do Planeamento e do Equipamento, e administrador do Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento.
João Cravinho considera que Portugal nunca terá um segundo resgate, porque isso significaria assumir o falhanço do primeiro. “Quando esta gente se afadiga se chegamos ao cautelar ou não, eles já sabem que esse problema está resolvido”, argumenta.
Nesta entrevista conduzida pela jornalista Maria Flor Pedroso, João Cravinho afirma que Portugal não terá condições nos próximos dez anos para se livrar da influência alemã.
ttp://www.rtp.pt/antena1/?t=Entrevista-a-Joao-Cravinho.rtp&article=7216&visual=11&tm=16&headline=13
Chomsky: "As democracias europeias veio colapso total"
Democracias europeias veio para o colapso total, independentemente da cor política dos governos, porque as decisões são tomadas em Bruxelas, disse no sábado o linguista e analista ativista político Noam Chomsky Como se afirma no Festival de Ciência realizado no Auditório de Roma, Itália, com a destruição das democracias da Europa fomos ditaduras. A política só serve para enriquecer os banqueiros. Por exemplo, ele disse que naquele país, a democracia deixou de existir desde que ingressou na ex-comisário governo europeu Mario Monti, em 2011. Esta política foi, de acordo com Chomsky, "nomeado por burocratas de Bruxelas e não pelos eleitores", cita o portal de notícias italiana Rai Notícias . No entanto, ele disse, este é um fenômeno que está ocorrendo no mundo. "Então democracia descrita 'Wall Street Journal' Unidos está à beira do colapso, como qualquer governo, seja à direita ou à esquerda, segue a mesma política, decidiu por grupos de banqueiros e burocratas ", disse um filósofo, durante sua palestra. "A política só serve para enriquecer os banqueiros", Chomsky, que descreveu o neoliberalismo como "um grande ataque contra a população do mundo, o maior ataque dos últimos 40 anos", disse ele. RTP/ noticias. Texto completo en:
Até tu, Horta Osório? (2)
Alguns leitores escreveram-me a pedir que transcrevesse na íntegra a resposta que António Horta e Costa deu sobre a dívida pública na entrevista à Revista do Expresso (reproduzida parcialmente aqui). Eis então a pergunta e a resposta:
- Portugal vai conseguir pagar a dívida?
- O importante não é pagar a dívida, mas que a dívida se mantenha dentro de rácios razoáveis em relação à riqueza criada. Enquanto os privados devem pagar as dívidas ao longo do seu ciclo de vida, as empresas e os Estados, que não têm um ciclo de vida, não precisam de o fazer. Têm é de pagar o serviço de dívida.
Ou seja, como alguém tinha dito, “As dívidas dos Estados são por definição eternas. As dívidas gerem-se.”
Alguns leitores escreveram-me a pedir que transcrevesse na íntegra a resposta que António Horta e Costa deu sobre a dívida pública na entrevista à Revista do Expresso (reproduzida parcialmente aqui). Eis então a pergunta e a resposta:
- - Portugal vai conseguir pagar a dívida?
- O importante não é pagar a dívida, mas que a dívida se mantenha dentro de rácios razoáveis em relação à riqueza criada. Enquanto os privados devem pagar as dívidas ao longo do seu ciclo de vida, as empresas e os Estados, que não têm um ciclo de vida, não precisam de o fazer. Têm é de pagar o serviço de dívida.
Ou seja, como alguém tinha dito, “As dívidas dos Estados são por definição eternas. As dívidas gerem-se.”
O País Está Melhor? Não. Está Pior.
Evolução de 7 indicadores económicos entre 2010 e 2013, em valores
(clique na Imagem para ampliar)
Evolução de 7 indicadores económicos entre 2010 e 2013, em gráficos
(clique na Imagem para ampliar)
Há dias na Assembleia da República, um líder parlamentar da maioria defendeu o “milagre económico” do ministro Pires de Lima, com a repetição sucessiva da expressão “… o país está pior? Não. Está melhor”.
Acontece que este senhor deputado, na presença da evolução positiva do indicador do desemprego face ao mês anterior, ignora o desastre global de 3 anos e assim defende o estado de penúria a que, nesse período, ajudou a conduzir o país, “esquecendo-se” de comparar o ponto de chegada (estado atual) com o ponto de partida (2010). Das duas uma: Ou não sabe fazer contas, ou está deliberadamente a enganar os seus eleitores e o Povo em geral.
Como a oposição parece estar anestesiada, ou hipnotizada (ou comprada?), assiste embasbacada e não desmonta estas aldrabices que depois são transmitidas no “prime time” das TV´s sem contraditório, compilei, dos "sites" indicados no quadro acima alguns indicadores, (7 devem ser suficientes) cuja evolução desde 2010 até 2013 desmontam a falácia de “o pais está melhor”.
É claro que Portugal algum dia, que todos desejamos que seja mais cedo do que tarde, depois de bater no fundo, terá que começar mesmo a recuperar, mas recuperar a sério, não de retórica. E haverá recuperação, e Portugal estará melhor sim, quando os indicadores forem, pelo menos, iguais aos do início do desastre. Até lá, não estaremos nada melhor. Estamos até bastante pior. Basta ler e interpretar os números. Fonte: http://pralixados.blogspot.pt/
"NÃO NOS PRAXEM, POR FAVOR"
Francisco Seixas da Costa *, 'Praxe', hoje no Diário Económico: http://economico.sapo.pt/ noticias/praxe_186386.html
É da praxe não falar na reestruturação da dívida, um eufemismo que se utiliza para referir o seu não pagamento parcial. Assumir que parte da dívida dos Estados nunca será paga afecta o mito de que ela é comparável ao endividamento dos particulares.
Há uns tempos, um antigo político (http:// www.jornaldenegocios.pt/ economia/detalhe/ joseacute_soacutecrates_quo tpagar_a_diacutevida_eacut e_ideia_de_crianccedilaquo t.html) explicou que a generalidade dos Estados tem uma dívida recorrente, que procura "reciclar" através de novos empréstimos, a custos tão baixos quanto possível. Caiu-lhe logo "o Carmo e a Trindade" em cima, sendo "irresponsável" o mais doce qualificativo com que foi mimoseado. Há dias, um banqueiro na moda disse precisamente o mesmo. Um respeitoso silêncio dos cemitérios abateu-se sobre as suas declarações. A mesma verdade tem um valor relativo, proporcional às emoções e aos ódios com que é embrulhada.
O estado a que a nossa dívida pública chegou, nos últimos anos, não autoriza nenhuma vestal a ficar escandalizada se se afirmar que uma parte dessa dívida não tem condições objectivas para ser paga. A "reciclagem" que tem vindo a ser feita, nos altos e baixos do mercado, conduziu a que a taxa média dos nossos empréstimos se situe hoje não longe dos 4%.
Nestas condições, é por demais evidente que a cumulação de um processo de substancial amortização da nossa dívida com o respectivo serviço, em taxas próximas das actuais, é implausível, dado o crescimento e a inflação expectáveis. A menos que um perdão parcial venha a ser admitido, associado a uma renegociação de taxas e maturidades, Portugal ficará esmagado por um peso financeiro incomportável. E os primeiros a não beneficiarem dessa situação seriam os nossos credores externos, que não tirariam vantagens de uma economia asfixiada. Eles sabem isso bem. É, contudo, desejável que o assunto só surja à discussão num quadro europeu bastante mais sereno e estável. Mas deixemo-nos de ilusões: cedo ou tarde ele emergirá, dependendo o ‘timing' do modo como os mercados vierem a ler o grau de abertura do BCE para apoiar as economias europeias sujeitas a uma maior pressão.
É a Europa, com as flutuações dos seus humores financeiros, que todas as manhãs dita o destino dos nossos ‘spreads'. Por isso, constitui uma perfeita mistificação, que só frutifica numa opinião pública tão intoxicada como a portuguesa, a ideia que está a ser preparada de que resultará de uma nossa livre opção a escolha entre um programa cautelar ou uma saída "à irlandesa". É evidente que será apenas o modo como o mercado vier entretanto a comportar-se face às nossas necessidades de dívida (ou ao tratamento da mesma no mercado secundário) que ditará a solução a adoptar (como, aliás, aconteceu já no caso irlandês). Estar a criar a ilusão de que a alternativa releva da sabedoria de uma oportuna decisão nacional pode legitimar que se pergunte então a razão pela qual o "regresso aos mercados" não teve lugar na tão propalada data de 23 de Setembro de 2013(¹). Não nos praxem, por favor!
* Diplomata
________
(¹) Passos Coelho, em 11 de Março de 2012: “Já dissemos que vamos voltar aos mercados de dívida em Setembro de 2013 e é o que vai acontecer. Nessa altura, deixaremos de precisar de financiamento externo para a economia”:http://www.jn.pt/ PaginaInicial/Politica/ Interior.aspx?content_id=23 54724
Vítor Gaspar (ver vídeo: http://www.rtp.pt/ noticias/ index.php?article=537213&la yout=122&tm=9&visual=61), em 19 de Março de 2012: “A data crucial para o regresso aos mercados é 23 de Setembro de 2013 e certamente que esperamos ter crescimento positivo antes disso.”
Evolução de 7 indicadores económicos entre 2010 e 2013, em valores
(clique na Imagem para ampliar)
Evolução de 7 indicadores económicos entre 2010 e 2013, em gráficos
(clique na Imagem para ampliar)
Há dias na Assembleia da República, um líder parlamentar da maioria defendeu o “milagre económico” do ministro Pires de Lima, com a repetição sucessiva da expressão “… o país está pior? Não. Está melhor”.
Acontece que este senhor deputado, na presença da evolução positiva do indicador do desemprego face ao mês anterior, ignora o desastre global de 3 anos e assim defende o estado de penúria a que, nesse período, ajudou a conduzir o país, “esquecendo-se” de comparar o ponto de chegada (estado atual) com o ponto de partida (2010). Das duas uma: Ou não sabe fazer contas, ou está deliberadamente a enganar os seus eleitores e o Povo em geral.
Como a oposição parece estar anestesiada, ou hipnotizada (ou comprada?), assiste embasbacada e não desmonta estas aldrabices que depois são transmitidas no “prime time” das TV´s sem contraditório, compilei, dos "sites" indicados no quadro acima alguns indicadores, (7 devem ser suficientes) cuja evolução desde 2010 até 2013 desmontam a falácia de “o pais está melhor”.
É claro que Portugal algum dia, que todos desejamos que seja mais cedo do que tarde, depois de bater no fundo, terá que começar mesmo a recuperar, mas recuperar a sério, não de retórica. E haverá recuperação, e Portugal estará melhor sim, quando os indicadores forem, pelo menos, iguais aos do início do desastre. Até lá, não estaremos nada melhor. Estamos até bastante pior. Basta ler e interpretar os números. Fonte: http://pralixados.blogspot.pt/
"NÃO NOS PRAXEM, POR FAVOR"
Francisco Seixas da Costa *, 'Praxe', hoje no Diário Económico: http://economico.sapo.pt/ noticias/praxe_186386.html
Francisco Seixas da Costa *, 'Praxe', hoje no Diário Económico: http://economico.sapo.pt/
É da praxe não falar na reestruturação da dívida, um eufemismo que se utiliza para referir o seu não pagamento parcial. Assumir que parte da dívida dos Estados nunca será paga afecta o mito de que ela é comparável ao endividamento dos particulares.
Há uns tempos, um antigo político (http:// www.jornaldenegocios.pt/ economia/detalhe/ joseacute_soacutecrates_quo tpagar_a_diacutevida_eacut e_ideia_de_crianccedilaquo t.html) explicou que a generalidade dos Estados tem uma dívida recorrente, que procura "reciclar" através de novos empréstimos, a custos tão baixos quanto possível. Caiu-lhe logo "o Carmo e a Trindade" em cima, sendo "irresponsável" o mais doce qualificativo com que foi mimoseado. Há dias, um banqueiro na moda disse precisamente o mesmo. Um respeitoso silêncio dos cemitérios abateu-se sobre as suas declarações. A mesma verdade tem um valor relativo, proporcional às emoções e aos ódios com que é embrulhada.
O estado a que a nossa dívida pública chegou, nos últimos anos, não autoriza nenhuma vestal a ficar escandalizada se se afirmar que uma parte dessa dívida não tem condições objectivas para ser paga. A "reciclagem" que tem vindo a ser feita, nos altos e baixos do mercado, conduziu a que a taxa média dos nossos empréstimos se situe hoje não longe dos 4%.
Nestas condições, é por demais evidente que a cumulação de um processo de substancial amortização da nossa dívida com o respectivo serviço, em taxas próximas das actuais, é implausível, dado o crescimento e a inflação expectáveis. A menos que um perdão parcial venha a ser admitido, associado a uma renegociação de taxas e maturidades, Portugal ficará esmagado por um peso financeiro incomportável. E os primeiros a não beneficiarem dessa situação seriam os nossos credores externos, que não tirariam vantagens de uma economia asfixiada. Eles sabem isso bem. É, contudo, desejável que o assunto só surja à discussão num quadro europeu bastante mais sereno e estável. Mas deixemo-nos de ilusões: cedo ou tarde ele emergirá, dependendo o ‘timing' do modo como os mercados vierem a ler o grau de abertura do BCE para apoiar as economias europeias sujeitas a uma maior pressão.
É a Europa, com as flutuações dos seus humores financeiros, que todas as manhãs dita o destino dos nossos ‘spreads'. Por isso, constitui uma perfeita mistificação, que só frutifica numa opinião pública tão intoxicada como a portuguesa, a ideia que está a ser preparada de que resultará de uma nossa livre opção a escolha entre um programa cautelar ou uma saída "à irlandesa". É evidente que será apenas o modo como o mercado vier entretanto a comportar-se face às nossas necessidades de dívida (ou ao tratamento da mesma no mercado secundário) que ditará a solução a adoptar (como, aliás, aconteceu já no caso irlandês). Estar a criar a ilusão de que a alternativa releva da sabedoria de uma oportuna decisão nacional pode legitimar que se pergunte então a razão pela qual o "regresso aos mercados" não teve lugar na tão propalada data de 23 de Setembro de 2013(¹). Não nos praxem, por favor!
* Diplomata
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(¹) Passos Coelho, em 11 de Março de 2012: “Já dissemos que vamos voltar aos mercados de dívida em Setembro de 2013 e é o que vai acontecer. Nessa altura, deixaremos de precisar de financiamento externo para a economia”:http://www.jn.pt/ PaginaInicial/Politica/ Interior.aspx?content_id=23 54724
Vítor Gaspar (ver vídeo: http://www.rtp.pt/ noticias/ index.php?article=537213&la yout=122&tm=9&visual=61), em 19 de Março de 2012: “A data crucial para o regresso aos mercados é 23 de Setembro de 2013 e certamente que esperamos ter crescimento positivo antes disso.”
Há uns tempos, um antigo político (http://
O estado a que a nossa dívida pública chegou, nos últimos anos, não autoriza nenhuma vestal a ficar escandalizada se se afirmar que uma parte dessa dívida não tem condições objectivas para ser paga. A "reciclagem" que tem vindo a ser feita, nos altos e baixos do mercado, conduziu a que a taxa média dos nossos empréstimos se situe hoje não longe dos 4%.
Nestas condições, é por demais evidente que a cumulação de um processo de substancial amortização da nossa dívida com o respectivo serviço, em taxas próximas das actuais, é implausível, dado o crescimento e a inflação expectáveis. A menos que um perdão parcial venha a ser admitido, associado a uma renegociação de taxas e maturidades, Portugal ficará esmagado por um peso financeiro incomportável. E os primeiros a não beneficiarem dessa situação seriam os nossos credores externos, que não tirariam vantagens de uma economia asfixiada. Eles sabem isso bem. É, contudo, desejável que o assunto só surja à discussão num quadro europeu bastante mais sereno e estável. Mas deixemo-nos de ilusões: cedo ou tarde ele emergirá, dependendo o ‘timing' do modo como os mercados vierem a ler o grau de abertura do BCE para apoiar as economias europeias sujeitas a uma maior pressão.
É a Europa, com as flutuações dos seus humores financeiros, que todas as manhãs dita o destino dos nossos ‘spreads'. Por isso, constitui uma perfeita mistificação, que só frutifica numa opinião pública tão intoxicada como a portuguesa, a ideia que está a ser preparada de que resultará de uma nossa livre opção a escolha entre um programa cautelar ou uma saída "à irlandesa". É evidente que será apenas o modo como o mercado vier entretanto a comportar-se face às nossas necessidades de dívida (ou ao tratamento da mesma no mercado secundário) que ditará a solução a adoptar (como, aliás, aconteceu já no caso irlandês). Estar a criar a ilusão de que a alternativa releva da sabedoria de uma oportuna decisão nacional pode legitimar que se pergunte então a razão pela qual o "regresso aos mercados" não teve lugar na tão propalada data de 23 de Setembro de 2013(¹). Não nos praxem, por favor!
* Diplomata
________
(¹) Passos Coelho, em 11 de Março de 2012: “Já dissemos que vamos voltar aos mercados de dívida em Setembro de 2013 e é o que vai acontecer. Nessa altura, deixaremos de precisar de financiamento externo para a economia”:http://www.jn.pt/
Vítor Gaspar (ver vídeo: http://www.rtp.pt/
Vivemos mesmo num País SURREALISTA!
Numa altura em que:
-O deficit, apesar de muito celebrado pelo Governo, foi de 7,2 Mil Milhões de Euros (estamos mais Pobres e mais Endividados);
- O nível de Emprego é cada vez mais pequeno (aqui as famosas estatísticas do Desemprego SÃO FALSAS: o Desemprego baixou porque as pessoas que desistiram de procurar emprego, as que emigraram e as que conseguiram sub-empregos de 2 a 3 horas por dia, deixaram de contar como Desempregados);
- As exportações desaceleraram;
- A POBREZA e, principalmente, a DESIGUALDADE de rendimentos são cada vez mais gritantes;
- O crescimento económico é quase nulo (e o pouco que aconteceu, só aconteceu porque o Tribunal Constitucional impediu o Governo de estrangular completamente a economia);
- O Sistema Bancário está fragilizado e só sobrevive porque existe o Dinheiro do Estado (NOSSO) que impede o COLAPSO geral de TODO o Sistema;
- As pressões demográficas (envelhecimento acelerado da população) estão a destruir qualquer hipótese de, no actual modelo económico, mantermos o Estado Social Europeu (Educação, Saúde e Apoio Social);
- E, finalmente, o Sistema de Justiça colapsou por completo: a CORRUPÇÃO alcançou níveis NUNCA imaginados (ao ponto de ser a própria União Europeia a AVISAR que algo tem de ser feito, sob pena de não haver mais dinheiro);
Os Políticos Portugueses (de TODOS os Partidos Políticos) resolvem discutir e fomentar a discussão das coisas que eles acham realmente importantes:
- A co-adopção por casais homossexuais;
- As praxes académicas;
- Uma colecção de arte, essa sim surrealista, do BPN.
Das duas uma:
- Ou estão TODOS completamente LOUCOS;
- Ou estão TODOS a fazerem-nos passar por PARVOS!
Por: Carlos Paz
Buraco Negro
O relatório do FMI vem confirmar aquilo de que já suspeitávamos. Estamos enfiados num buraco negro de que não conseguiremos sair nas próximas décadas.
O FMI não se limita a dizer que o regresso aos mercados é muito difícil.Duvida da possibilidade de baixar o IRS nos próximos tempos; exige a redução dos salários no sector privado; considera como dado adquirido que os cortes salariais dos funcionários e das pensões são permanentes; lamenta que o TC seja um obstáculo; avisa que não quer crises políticas; também não quer que os trabalhadores recorram a tribunais se forem despedidos sem justa causa (ainda alguém acredita que vivemos numa democracia e num estado de direito?)Informa-nos que o governo se comprometeu a apresentar, até final do ano, um relatório sobre flexibilidade salarial.
Que o governo anda a mentir aos portugueses, quando anuncia milagres económicos, o fim da crise e o regresso aos mercados.
Ficamos agora a saber, pela reacção do governo ( diz estar disposto a fazer tudo o que a troika quiser) que a escumalha, enquanto lambe as beiçolas e abana a cauda, vai congeminando com os nossos credores medidas que nos empobreçam ainda mais. Não há um único Homem neste governo, que defenda o país e o povo da política ensandecida dos troikanos? São todos uns traidores? Abrem as pernas e baixam as calças perante as exigências da troika e convidam-nos a servirem-se à vontade?
Que os troikanos são uma corja de chulos e nos tratem como escravos, não me espanta. Que tenham o apoio dos energúmenos que nos governam é, no mínimo, chocante.
E o que faz o Okupa de Belém? Assobia para o lado, como se não fosse nada com ele. Com a chegada do Inverno, põe a mantinha em cima dos joelhos e toma uns chazinhos com a rapaziada.
Os portugueses? Que é que eu tenho a ver com isso? Desenrasquem-se, porque com a reforma que recebo não tenho tempo, nem paciência, para me preocupar com isso.
Postado por Carlos Barbosa de Oliveira / As minhas Leituras
2013 foi o quarto pior ano para a economia desde 1960
A economia portuguesa registou uma das piores recessões da sua História recente.
Os dados divulgados esta manhã pela estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelaram uma contracção do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,4% para a totalidade do ano.
2013 foi um ano muito duro para a actividade económica. A recessão de 1,4% só foi ultrapassada por três vezes desde 1960, quando começa a série do INE. Apenas foi mais negativo logo a seguir à Revolução, em 1975 (-5,1%), em 2009 (-2,9%) e em 2012 (-3,2%).
2013 foi o terceiro consecutivo de recessão para a economia portuguesa, depois de contracções de 3,2% e 1,3% em 2012 e 2011, respectivamente.
A recessão de 2013 foi mais negativa do que o Governo tinha antecipado inicialmente no Orçamento do Estado para 2013 (-1,4% vs -1%).
Que o Governo PSD)CDS-PP mais os burros e as burras que nele acreditam deitem os foguetes e apanhem as canas ... Por: CENSURADO SARL / 14 Fevereiro 2014 Negócios Online
Vivemos mesmo num País SURREALISTA!
Numa altura em que:
-O deficit, apesar de muito celebrado pelo Governo, foi de 7,2 Mil Milhões de Euros (estamos mais Pobres e mais Endividados);
- O nível de Emprego é cada vez mais pequeno (aqui as famosas estatísticas do Desemprego SÃO FALSAS: o Desemprego baixou porque as pessoas que desistiram de procurar emprego, as que emigraram e as que conseguiram sub-empregos de 2 a 3 horas por dia, deixaram de contar como Desempregados);
- As exportações desaceleraram;
- A POBREZA e, principalmente, a DESIGUALDADE de rendimentos são cada vez mais gritantes;
- O crescimento económico é quase nulo (e o pouco que aconteceu, só aconteceu porque o Tribunal Constitucional impediu o Governo de estrangular completamente a economia);
- O Sistema Bancário está fragilizado e só sobrevive porque existe o Dinheiro do Estado (NOSSO) que impede o COLAPSO geral de TODO o Sistema;
- As pressões demográficas (envelhecimento acelerado da população) estão a destruir qualquer hipótese de, no actual modelo económico, mantermos o Estado Social Europeu (Educação, Saúde e Apoio Social);
- E, finalmente, o Sistema de Justiça colapsou por completo: a CORRUPÇÃO alcançou níveis NUNCA imaginados (ao ponto de ser a própria União Europeia a AVISAR que algo tem de ser feito, sob pena de não haver mais dinheiro);
Os Políticos Portugueses (de TODOS os Partidos Políticos) resolvem discutir e fomentar a discussão das coisas que eles acham realmente importantes:
- A co-adopção por casais homossexuais;
- As praxes académicas;
- Uma colecção de arte, essa sim surrealista, do BPN.
Das duas uma:
- Ou estão TODOS completamente LOUCOS;
- Ou estão TODOS a fazerem-nos passar por PARVOS!
Por: Carlos Paz
Buraco Negro
O relatório do FMI vem confirmar aquilo de que já suspeitávamos. Estamos enfiados num buraco negro de que não conseguiremos sair nas próximas décadas.
O FMI não se limita a dizer que o regresso aos mercados é muito difícil.Duvida da possibilidade de baixar o IRS nos próximos tempos; exige a redução dos salários no sector privado; considera como dado adquirido que os cortes salariais dos funcionários e das pensões são permanentes; lamenta que o TC seja um obstáculo; avisa que não quer crises políticas; também não quer que os trabalhadores recorram a tribunais se forem despedidos sem justa causa (ainda alguém acredita que vivemos numa democracia e num estado de direito?)Informa-nos que o governo se comprometeu a apresentar, até final do ano, um relatório sobre flexibilidade salarial.
Que o governo anda a mentir aos portugueses, quando anuncia milagres económicos, o fim da crise e o regresso aos mercados.
Ficamos agora a saber, pela reacção do governo ( diz estar disposto a fazer tudo o que a troika quiser) que a escumalha, enquanto lambe as beiçolas e abana a cauda, vai congeminando com os nossos credores medidas que nos empobreçam ainda mais. Não há um único Homem neste governo, que defenda o país e o povo da política ensandecida dos troikanos? São todos uns traidores? Abrem as pernas e baixam as calças perante as exigências da troika e convidam-nos a servirem-se à vontade?
Que os troikanos são uma corja de chulos e nos tratem como escravos, não me espanta. Que tenham o apoio dos energúmenos que nos governam é, no mínimo, chocante.
E o que faz o Okupa de Belém? Assobia para o lado, como se não fosse nada com ele. Com a chegada do Inverno, põe a mantinha em cima dos joelhos e toma uns chazinhos com a rapaziada.
Os portugueses? Que é que eu tenho a ver com isso? Desenrasquem-se, porque com a reforma que recebo não tenho tempo, nem paciência, para me preocupar com isso.
Postado por Carlos Barbosa de Oliveira / As minhas Leituras
2013 foi o quarto pior ano para a economia desde 1960
A economia portuguesa registou uma das piores recessões da sua História recente.
Os dados divulgados esta manhã pela estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelaram uma contracção do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,4% para a totalidade do ano.
2013 foi um ano muito duro para a actividade económica. A recessão de 1,4% só foi ultrapassada por três vezes desde 1960, quando começa a série do INE. Apenas foi mais negativo logo a seguir à Revolução, em 1975 (-5,1%), em 2009 (-2,9%) e em 2012 (-3,2%).
2013 foi o terceiro consecutivo de recessão para a economia portuguesa, depois de contracções de 3,2% e 1,3% em 2012 e 2011, respectivamente.
A recessão de 2013 foi mais negativa do que o Governo tinha antecipado inicialmente no Orçamento do Estado para 2013 (-1,4% vs -1%).
Que o Governo PSD)CDS-PP mais os burros e as burras que nele acreditam deitem os foguetes e apanhem as canas ... Por: CENSURADO SARL / 14 Fevereiro 2014 Negócios Online
Buraco Negro
O relatório do FMI vem confirmar aquilo de que já suspeitávamos. Estamos enfiados num buraco negro de que não conseguiremos sair nas próximas décadas.
O FMI não se limita a dizer que o regresso aos mercados é muito difícil.Duvida da possibilidade de baixar o IRS nos próximos tempos; exige a redução dos salários no sector privado; considera como dado adquirido que os cortes salariais dos funcionários e das pensões são permanentes; lamenta que o TC seja um obstáculo; avisa que não quer crises políticas; também não quer que os trabalhadores recorram a tribunais se forem despedidos sem justa causa (ainda alguém acredita que vivemos numa democracia e num estado de direito?)Informa-nos que o governo se comprometeu a apresentar, até final do ano, um relatório sobre flexibilidade salarial.
Que o governo anda a mentir aos portugueses, quando anuncia milagres económicos, o fim da crise e o regresso aos mercados.
Ficamos agora a saber, pela reacção do governo ( diz estar disposto a fazer tudo o que a troika quiser) que a escumalha, enquanto lambe as beiçolas e abana a cauda, vai congeminando com os nossos credores medidas que nos empobreçam ainda mais. Não há um único Homem neste governo, que defenda o país e o povo da política ensandecida dos troikanos? São todos uns traidores? Abrem as pernas e baixam as calças perante as exigências da troika e convidam-nos a servirem-se à vontade?
Que os troikanos são uma corja de chulos e nos tratem como escravos, não me espanta. Que tenham o apoio dos energúmenos que nos governam é, no mínimo, chocante.
E o que faz o Okupa de Belém? Assobia para o lado, como se não fosse nada com ele. Com a chegada do Inverno, põe a mantinha em cima dos joelhos e toma uns chazinhos com a rapaziada.
Os portugueses? Que é que eu tenho a ver com isso? Desenrasquem-se, porque com a reforma que recebo não tenho tempo, nem paciência, para me preocupar com isso.
Postado por Carlos Barbosa de Oliveira / As minhas Leituras
2013 foi o quarto pior ano para a economia desde 1960
A economia portuguesa registou uma das piores recessões da sua História recente.
Os dados divulgados esta manhã pela estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelaram uma contracção do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,4% para a totalidade do ano.
2013 foi um ano muito duro para a actividade económica. A recessão de 1,4% só foi ultrapassada por três vezes desde 1960, quando começa a série do INE. Apenas foi mais negativo logo a seguir à Revolução, em 1975 (-5,1%), em 2009 (-2,9%) e em 2012 (-3,2%).
2013 foi o terceiro consecutivo de recessão para a economia portuguesa, depois de contracções de 3,2% e 1,3% em 2012 e 2011, respectivamente.
A recessão de 2013 foi mais negativa do que o Governo tinha antecipado inicialmente no Orçamento do Estado para 2013 (-1,4% vs -1%).
Que o Governo PSD)CDS-PP mais os burros e as burras que nele acreditam deitem os foguetes e apanhem as canas ... Por: CENSURADO SARL / 14 Fevereiro 2014 Negócios Online
A insustentável leveza do ser...
“Passando às contas, Passos diz que um crescimento real de 1,5%, com uma inflação de 1% e um excedente primário (sem juros) de 1,8% são suficientes para assegurar a sustentabilidade de dívida.” (in Expresso)
Em 2010 crescemos 1,9%, a inflação estava em 1,38%
e a dívida totalizava 151.775 milhões.
(Pordata & IGCP)
Em 2013 caímos -1,4%, a inflação foi de meros 0,25%
e a dívida totalizou 204.252 milhões.
(Pordata & IGCP)
Ou seja, Passos, que derrubou um governo irresponsável para salvar o país (!!!), almeja os resultados de 2010, desse governo irresponsável que nos levou à "Bancarrota", quando o que tem é o cenário da destruição que criou, muito pior que o cenário que "intenciona", diga-se com grande "inconseguimento frustacional", isto "oralmente falando"?!?!
Ora bolas, parece uma rábula do Tio Marcelo!
Seria de esperar outra coisa de um coiso, que a única coisa que "administrou"
foram as coisas do padrinho e os arranjinhos do Relvas?!?
http://statusnovi.blogspot.pt/2014/03/a-insustentavel-leveza-do-ser.html
Para não se pensar que sou excessivamente crítico, quero dar os parabéns ao governo por ter conseguido descidas nas taxas de juro da dívida, não só em Portugal, mas também na Grécia, em Espanha, na Irlanda e em Itália. É motivo de orgulho saber que a política de Passos Coelho não tem apenas efeitos no País, mas em quase toda a Europa. Por: Daniel Oliveira
Juros da dívida a 10 anos a 20/1/2014
Portugal
20/01..... 5,214
17/01..... 5,231
Grécia
20/01..... 7,831
17/01..... 7,850
Irlanda
20/01...... 3,274
17/01...... 3,443
Itália
20/01...... 3,800
17/01...... 3,822
Espanha
20/01...... 3,692
17/01...... 3,710
vá-se lá saber porquê...
Descemos 3 posições no Índice de Desenvolvimento Humano da ONU.
1,4 milhôes de desempregados.
Défice sem baixar.
Dívida a chegar aos 220 mil milhões.
Adiamento do pagamento de dívida através da troca, de uma taxa de juro de 1,5%, para outra de 4,5%.
PIB ao nível de 2001.
250 mil emigraram, só desde 2011.
2 milhões de pobres, em 2011. E em 2013, 2,750 milhões.
E agora, dados de 2013, 660 mil famílias não conseguiram pagar empréstimos à banca.
Mais de 14 mil presos nas cadeias portuguesas em 2013, record. Por: Escudo
“Passando às contas, Passos diz que um crescimento real de 1,5%, com uma inflação de 1% e um excedente primário (sem juros) de 1,8% são suficientes para assegurar a sustentabilidade de dívida.” (in Expresso)
Em 2010 crescemos 1,9%, a inflação estava em 1,38%
e a dívida totalizava 151.775 milhões.
(Pordata & IGCP)
e a dívida totalizava 151.775 milhões.
(Pordata & IGCP)
Em 2013 caímos -1,4%, a inflação foi de meros 0,25%
e a dívida totalizou 204.252 milhões.
(Pordata & IGCP)
e a dívida totalizou 204.252 milhões.
(Pordata & IGCP)
Ou seja, Passos, que derrubou um governo irresponsável para salvar o país (!!!), almeja os resultados de 2010, desse governo irresponsável que nos levou à "Bancarrota", quando o que tem é o cenário da destruição que criou, muito pior que o cenário que "intenciona", diga-se com grande "inconseguimento frustacional", isto "oralmente falando"?!?!
Ora bolas, parece uma rábula do Tio Marcelo!
Seria de esperar outra coisa de um coiso, que a única coisa que "administrou"
foram as coisas do padrinho e os arranjinhos do Relvas?!?
foram as coisas do padrinho e os arranjinhos do Relvas?!?
http://statusnovi.blogspot.pt/2014/03/a-insustentavel-leveza-do-ser.html
Para não se pensar que sou excessivamente crítico, quero dar os parabéns ao governo por ter conseguido descidas nas taxas de juro da dívida, não só em Portugal, mas também na Grécia, em Espanha, na Irlanda e em Itália. É motivo de orgulho saber que a política de Passos Coelho não tem apenas efeitos no País, mas em quase toda a Europa. Por: Daniel Oliveira
Juros da dívida a 10 anos a 20/1/2014
Portugal
20/01..... 5,214
17/01..... 5,231
Grécia
20/01..... 7,831
17/01..... 7,850
Irlanda
20/01...... 3,274
17/01...... 3,443
Itália
20/01...... 3,800
17/01...... 3,822
Espanha
20/01...... 3,692
17/01...... 3,710
vá-se lá saber porquê...
Descemos 3 posições no Índice de Desenvolvimento Humano da ONU.
1,4 milhôes de desempregados.
Défice sem baixar.
Dívida a chegar aos 220 mil milhões.
Adiamento do pagamento de dívida através da troca, de uma taxa de juro de 1,5%, para outra de 4,5%.
PIB ao nível de 2001.
250 mil emigraram, só desde 2011.
2 milhões de pobres, em 2011. E em 2013, 2,750 milhões.
E agora, dados de 2013, 660 mil famílias não conseguiram pagar empréstimos à banca.
Mais de 14 mil presos nas cadeias portuguesas em 2013, record. Por: Escudo
20/01..... 5,214
17/01..... 5,231
Grécia
20/01..... 7,831
17/01..... 7,850
Irlanda
20/01...... 3,274
17/01...... 3,443
Itália
20/01...... 3,800
17/01...... 3,822
Espanha
20/01...... 3,692
17/01...... 3,710
vá-se lá saber porquê...
Descemos 3 posições no Índice de Desenvolvimento Humano da ONU.
1,4 milhôes de desempregados.
Défice sem baixar.
Dívida a chegar aos 220 mil milhões.
Adiamento do pagamento de dívida através da troca, de uma taxa de juro de 1,5%, para outra de 4,5%.
PIB ao nível de 2001.
250 mil emigraram, só desde 2011.
2 milhões de pobres, em 2011. E em 2013, 2,750 milhões.
E agora, dados de 2013, 660 mil famílias não conseguiram pagar empréstimos à banca.
Mais de 14 mil presos nas cadeias portuguesas em 2013, record. Por: Escudo
Gostei de ouvir Sócrates sucinto e objetivo a dizer o seguinte:
Em 2010 o Pib cresceu 1,9% e o desemprego foi inferior a 10% e a dívida estava nos 94% do Pib.
Nos três anos de 2011 a 2013 o Pib desceu 5,8% - valor nunca vivido na economia portuguesa. O desemprego aumentou de 10 para mais de 15%; a dívida passou de 94% para 129, 3% e Sócrates pergunta se foi pedido um resgate para 94% como será com quase 130%?
E acrescenta Sócrates, o rendimento bruto das famílias portuguesas desceu nestes três anos em mais de 8%, desigualmente distribuídos. Posso acrescentar que a minha reforma foi roubada pela direita numa percentagem muito superior. Sócrates disse que o Governo privilegiou como vítimas funcionários públicos e reformados fundamentalmente das classes médias.
Apesar das subidas insignificantes nos dois últimos trimestres de 2013, o PIB desse ano desceu em 1,4%.
Enfim, Sócrates fez um retrato desastroso de três anos de governo desta direita execrável, incompetente e mentirosa.
Em 2010 o Pib cresceu 1,9% e o desemprego foi inferior a 10% e a dívida estava nos 94% do Pib.
Nos três anos de 2011 a 2013 o Pib desceu 5,8% - valor nunca vivido na economia portuguesa. O desemprego aumentou de 10 para mais de 15%; a dívida passou de 94% para 129, 3% e Sócrates pergunta se foi pedido um resgate para 94% como será com quase 130%?
E acrescenta Sócrates, o rendimento bruto das famílias portuguesas desceu nestes três anos em mais de 8%, desigualmente distribuídos. Posso acrescentar que a minha reforma foi roubada pela direita numa percentagem muito superior. Sócrates disse que o Governo privilegiou como vítimas funcionários públicos e reformados fundamentalmente das classes médias.
Apesar das subidas insignificantes nos dois últimos trimestres de 2013, o PIB desse ano desceu em 1,4%.
Enfim, Sócrates fez um retrato desastroso de três anos de governo desta direita execrável, incompetente e mentirosa.
Foi hoje publicado o Boletim Estatístico (2/2014) do Banco de Portugal. Observa-se que a dívida externa — o maior problema do país — não pára de aumentar:
- • 104,8% em 2011;
• 116,1% em 2012;
• 118,9% em 2013.
Sem Galp, exportações subiram apenas 2%
Refinaria de Sines foi responsável por metade do crescimento das exportações em 2013. Efeito não se repete em 2014.
As vendas de combustível da Galp ao exterior foram responsáveis por metade do aumento das exportações portuguesas em 2013, tendo sido decisivas na evolução da única componente da economia que cresceu no ano passado.Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), as exportações cresceram 4,6% em 2013, o ritmo mais lento desde 2009 - em 2012, a subida foi de 5,6% e nos anos anteriores o aumento foi superior a 15%.
O INE informa que Portugal vendeu mais dois mil milhões de euros em produtos do que em 2012, sendo cerca de metade deste valor (950 milhões de euros) respeitante a combustíveis refinados, com o aumento de capacidade da refinaria da Galp em Sines. Se for retirado este efeito, as exportações portuguesas subiram apenas 2% em 2013.
O Banco de Portugal foi das primeiras instituições que alertaram que o efeito positivo das exportações da refinaria não se repetirá em 2014, uma vez que a unidade está a trabalhar em pleno e novos aumentos não irão suceder.
Este factor cria uma pressão adicional para este ano. O Governo estima uma subida das exportações de 5% em 2014, que terá de ser compensada por outros sectores ou mercados.
Mas não só. Com a retoma da economia prevista para este ano, o aumento das importações será uma das consequências de mais compras de bens duradouros como automóveis. Em 2013, as compras ao exterior subiram 0,8% e em 2014 o crescimento das importações deverá atingir 2,6%.
luis.goncalves@sol.pt
O INE informa que Portugal vendeu mais dois mil milhões de euros em produtos do que em 2012, sendo cerca de metade deste valor (950 milhões de euros) respeitante a combustíveis refinados, com o aumento de capacidade da refinaria da Galp em Sines. Se for retirado este efeito, as exportações portuguesas subiram apenas 2% em 2013.
O Banco de Portugal foi das primeiras instituições que alertaram que o efeito positivo das exportações da refinaria não se repetirá em 2014, uma vez que a unidade está a trabalhar em pleno e novos aumentos não irão suceder.
Este factor cria uma pressão adicional para este ano. O Governo estima uma subida das exportações de 5% em 2014, que terá de ser compensada por outros sectores ou mercados.
Mas não só. Com a retoma da economia prevista para este ano, o aumento das importações será uma das consequências de mais compras de bens duradouros como automóveis. Em 2013, as compras ao exterior subiram 0,8% e em 2014 o crescimento das importações deverá atingir 2,6%.
luis.goncalves@sol.pt
Os senhores Políticos andam TODOS um bocado BARALHADOS.
Os da “situação” exultam com os resultados da execução orçamental. Motivo: o “deficit” ficou abaixo do “combinado” com a TROIKA.
Os da “oposição” criticam as opções de futuro. Motivo: se o “deficit” foi menor, então há “folga” para reduzir a austeridade.
Vamos falar verdade de uma vez por todas! Nenhum tem razão no que está a dizer.
Do lado do Governo exultar por ter “deficit” é um ABSURDO: Se há “deficit” significa que se gastou mais dinheiro do que o que se cobrou. Ou seja: ESTAMOS MAIS POBRES e MAIS ENDIVIDADOS (e, confesso, que não vejo nenhum motivo para exultar sobre isto).
Do lado da oposição, se é verdade que há MUITAS razões (até mesmo técnico-económicas) para criticar o caminho seguido (e, já decidido, a seguir), não é (repito: não é) porque exista “folga”. Não há NENHUMA folga. FALTOU DINHEIRO (muito dinheiro).
A realidade: O Governo COBROU (a mais) 3,5 Mil Milhões de Euros e o “deficit” só desceu 1,3 Mil Milhões de Euros (2,2 Mil Milhões foram TORRADOS).
Por outras palavras: com cortes, sem investimento, com aumentos de impostos, com redução de prestações sociais, mesmo assim o Governo arranjou maneira de TORRAR 2,2 Mil Milhões de Euros.
E, os do Governo ainda acham que devem exultar. E, os da Oposição não conseguem perceber NADA do que realmente se está a passar.
Os senhores Políticos andam TODOS um bocado BARALHADOS.
Mas, os “mercados”, esses mostram que estão MUITO ATENTOS: mal foram conhecidos os resultados da “execução orçamental” (os tais que o Governo exulta e a oposição diz criarem “folgas”), IMEDIATAMENTE os Juros e o RISCO da Dívida Portuguesa SUBIRAM!
Os “mercados” perceberam que com a destruição económica foram TORRADOS 2,2 Mil Milhões de Euros. Os Políticos, esses, permaneceram BARALHADOS.
Pior: com o seu “discurso” estão a tentar BARALHAR os eleitores. PROPOSITADAMENTE!!
Os senhores Políticos andam TODOS um bocado BARALHADOS.
Os da “situação” exultam com os resultados da execução orçamental. Motivo: o “deficit” ficou abaixo do “combinado” com a TROIKA.
Os da “oposição” criticam as opções de futuro. Motivo: se o “deficit” foi menor, então há “folga” para reduzir a austeridade.
Vamos falar verdade de uma vez por todas! Nenhum tem razão no que está a dizer.
Do lado do Governo exultar por ter “deficit” é um ABSURDO: Se há “deficit” significa que se gastou mais dinheiro do que o que se cobrou. Ou seja: ESTAMOS MAIS POBRES e MAIS ENDIVIDADOS (e, confesso, que não vejo nenhum motivo para exultar sobre isto).
Do lado da oposição, se é verdade que há MUITAS razões (até mesmo técnico-económicas) para criticar o caminho seguido (e, já decidido, a seguir), não é (repito: não é) porque exista “folga”. Não há NENHUMA folga. FALTOU DINHEIRO (muito dinheiro).
A realidade: O Governo COBROU (a mais) 3,5 Mil Milhões de Euros e o “deficit” só desceu 1,3 Mil Milhões de Euros (2,2 Mil Milhões foram TORRADOS).
Por outras palavras: com cortes, sem investimento, com aumentos de impostos, com redução de prestações sociais, mesmo assim o Governo arranjou maneira de TORRAR 2,2 Mil Milhões de Euros.
E, os do Governo ainda acham que devem exultar. E, os da Oposição não conseguem perceber NADA do que realmente se está a passar.
Os senhores Políticos andam TODOS um bocado BARALHADOS.
Mas, os “mercados”, esses mostram que estão MUITO ATENTOS: mal foram conhecidos os resultados da “execução orçamental” (os tais que o Governo exulta e a oposição diz criarem “folgas”), IMEDIATAMENTE os Juros e o RISCO da Dívida Portuguesa SUBIRAM!
Os “mercados” perceberam que com a destruição económica foram TORRADOS 2,2 Mil Milhões de Euros. Os Políticos, esses, permaneceram BARALHADOS.
Pior: com o seu “discurso” estão a tentar BARALHAR os eleitores. PROPOSITADAMENTE!!
Os da “situação” exultam com os resultados da execução orçamental. Motivo: o “deficit” ficou abaixo do “combinado” com a TROIKA.
Os da “oposição” criticam as opções de futuro. Motivo: se o “deficit” foi menor, então há “folga” para reduzir a austeridade.
Vamos falar verdade de uma vez por todas! Nenhum tem razão no que está a dizer.
Do lado do Governo exultar por ter “deficit” é um ABSURDO: Se há “deficit” significa que se gastou mais dinheiro do que o que se cobrou. Ou seja: ESTAMOS MAIS POBRES e MAIS ENDIVIDADOS (e, confesso, que não vejo nenhum motivo para exultar sobre isto).
Do lado da oposição, se é verdade que há MUITAS razões (até mesmo técnico-económicas) para criticar o caminho seguido (e, já decidido, a seguir), não é (repito: não é) porque exista “folga”. Não há NENHUMA folga. FALTOU DINHEIRO (muito dinheiro).
A realidade: O Governo COBROU (a mais) 3,5 Mil Milhões de Euros e o “deficit” só desceu 1,3 Mil Milhões de Euros (2,2 Mil Milhões foram TORRADOS).
Por outras palavras: com cortes, sem investimento, com aumentos de impostos, com redução de prestações sociais, mesmo assim o Governo arranjou maneira de TORRAR 2,2 Mil Milhões de Euros.
E, os do Governo ainda acham que devem exultar. E, os da Oposição não conseguem perceber NADA do que realmente se está a passar.
Os senhores Políticos andam TODOS um bocado BARALHADOS.
Mas, os “mercados”, esses mostram que estão MUITO ATENTOS: mal foram conhecidos os resultados da “execução orçamental” (os tais que o Governo exulta e a oposição diz criarem “folgas”), IMEDIATAMENTE os Juros e o RISCO da Dívida Portuguesa SUBIRAM!
Os “mercados” perceberam que com a destruição económica foram TORRADOS 2,2 Mil Milhões de Euros. Os Políticos, esses, permaneceram BARALHADOS.
Pior: com o seu “discurso” estão a tentar BARALHAR os eleitores. PROPOSITADAMENTE!!
UM RECORD PARA O GUINNESS - A MAIOR DÍVIDA DE SEMPRE
Jorge Nascimento Rodrigues, lembra que o Governo de Passos & Portas bateu um record muito velhinho, que subsistia desde o século XIX: a dívida pública atingiu 129% do PIB no final de 2013, valor certificado agora pelo FMI, pela Comissão Europeia e pelo Banco de Portugal.
Sabia-se que a queda do record estava iminente. Em 2012, o Governo igualou o rácio da dívida pública face ao PIB atingido em 1892, que se elevou a 124% [cf. Jorge Nascimento Rodrigues, Portugal na Bancarrota - Cinco séculos de História da Dívida Soberana Portuguesa -http://www.centroatl.pt/titulos/desafios/bancarrota/]. Agora, apossou-se deste record que tem barbas. Nem se percebe por que Passou Coelho não aproveitou a subida ao palanque no congresso para comemorar esta proeza única. Verdadeiramente histórica.
Dívida em nível recorde, mas FMI acha que é sustentável
A dívida pública atingiu 129% do PIB no final de 2013, segundo o Banco de Portugal e a troika. É um máximo histórico, superior ao registado no ano da última bancarrota em 1892
A dívida pública atingiu no final de 2013 um recorde histórico ao registar 129% do PIB, segundo dados do Banco de Portugal (BdP) no seu Boletim Estatístico deste mês. O rácio é similar ao publicado, também esta semana, nos relatórios dos técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da Comissão Europeia sobre os resultados da 10ª avaliação do andamento do plano de resgate. Apesar do pico histórico, a troika considera-a sustentável no médio prazo.
Este nível de dívida no PIB ultrapassou os máximos anteriores registados no ano fiscal de 1892/1893 - em junho de 1892 ocorrera a última, até à data, bancarrota da dívida portuguesa - e em 2012 quando aquele rácio atingiu os 124%. O rácio de referência atual é baseado no critério de Maastricht. Nesse quadro, o rácio aumentou 35 pontos percentuais desde o final de 2010 e cinco pontos percentuais desde 2012. O pico de 131,6% do PIB terá ocorrido em novembro de 2013 (quando registou 217,2 mil milhões de euros contra 213,4 mil milhões no final de dezembro, segundo dados do BdP).
Num critério mais amplo registou 153,1% do PIB no final de dezembro de 2013, e se considerarmos as empresas públicas não financeiras incluídas e não incluídas no perímetro orçamental aquele rácio sobe para 165%.
Se deduzirmos os depósitos que servem de "almofada financeira" (que no final de 2013 somava mais de 15 mil milhões de euros), o rácio da dívida subiu de 114% em 2012 para 118,5% no final de 2013, segundo dados do BdP. Em relação ao final de 2010 representa uma subida de quase 27 pontos percentuais.
Mas apesar da dívida pública ter batido um recorde histórico, os técnicos do FMI continuam a considerar que é "sustentável no médio prazo", apesar de não o poderem assegurar "com alta probabilidade". No relatório sobre a 10ª avaliação do programa de resgate, a equipa do Fundo projeta que aquele rácio vai entrar numa trajetória descendente, pelo menos nos próximos cinco anos, baixando para 115% do PIB em 2019.
Essa previsão de inversão resulta de uma projeção dos técnicos do Fundo: a taxa de crescimento nominal do PIB e a geração de excedentes orçamentais primários a partir de 2015, inclusive, vão ser suficientes para superar a taxa de juro anual de todo o stock da dívida, que até vai subir de 3,5% em 2013 para 4% em 2019.
Mais precisamente, a simulação do FMI pressupõe para o cenário base de 2014-2019 que: a) a taxa anual média do crescimento nominal do PIB será de 3,3% (superior a 2,9% verificada entre 2002 e 2010, durante o período da bolha financeira e da resposta inicial anti-crise); b)o ajustamento das contas públicas será continuado e gerará excedentes orçamentais progressivamente crescentes, começando com 1,9% em 2015 e chegando a 3,2% em 2019, depois de um pequeno excedente em 2014. Por: Jorge Nascimento Rodrigues / Expresso/22 /02/ 2014
CARLOS CARVALHAS NO ENCONTRO NACIONAL DO PCP - OS CULPADOS DA DÍVIDA
«(...) Em relação à dívida do país em primeiro lugar é preciso recordar que a dívida privada é superior à dívida pública, coisa que esses senhores sempre escondem.
Segundo, é preciso também lembrar que em relação à dívida pública Portugal em 2007, ano em que a crise rebentou tinha uma dívida de 68,4% do PIB, ao nível da zona Euro, inferior à de países como a Itália, Bélgica, praticamente igual à da França e da Alemanha.
O que se passa então para a dívida subir em flecha? Foi porque o Estado passou a gastar muito mais na saúde, no ensino, na investigação? Não! A subida em flecha da dívida pública deu-se devido à quebra de receitas provocadas pela crise, porque no essencial o Estado tomou nas suas mãos o desendividamento e a capitalização da banca.
Os trabalhadores, os pensionistas e os pequenos e médios empresários têm estado a pagar o desendividamento da banca ao serviço dos banqueiros e dos grandes accionistas. Não é só o caso dos milhões e milhões enterrados no BPN, no BCP, no BPP, no Banif, são também os milhões que a banca ganha com o Estado, comprando dívida pública que lhes rende juros de 4,5,6% e que depois os deposita no BCE como colaterais, recebendo iguais montantes a 0,25%, os milhões que recebem em benefícios fiscais, os milhões que têm ganho com as PPP's e até com as rendas excessivas, pois no final são eles que estão por detrás de tais operações e empresas! (...
LIVRO DE NOAM CHOMSKY
O intelectual norte-americano Noam Chomsky considerou que as medidas de austeridade na Europa estão a "funcionar muito bem para os bancos", mas estão a "esmagar" as populações dos países mais fracos.
"É difícil pensar numa razão para isto, para além de uma guerra de classes. O efeito das políticas é enfraquecer medidas de previdência social e reduzir o poder dos trabalhadores. Isso é a guerra de classes. Funciona muito bem para os bancos, para as instituições financeiras mas, para a população, é terrível", disse Noam Chomsky, 86 anos, numa série de entrevistas publicada em livro, lançado esta semana em Portugal.
Em "Mudar o Mundo -- Noam Chomsky e David Barsamian analisam as grandes questões do século XXI", editado em Portugal pela Bertrand, o linguista, filósofo e pensador norte-americano afirmou que é "bastante difícil" explicar o que o Banco Central Europeu está a fazer, sublinhando que a austeridade é a "pior política possível" durante uma recessão.
"O efeito é que, sob estas políticas, os países mais fracos da União Europeia nunca conseguirão saldar a dívida. Na verdade, os níveis de dívida estão a piorar. À medida que se reduz o crescimento, reduzem-se as possibilidades de pagamento da dívida. Assim, essas nações afundam-se cada vez mais na miséria", criticou Noam Chomsky, referindo-se aos países do sul da Europa.
O poder dos grupos financeiros e do pensamento liberal são outros tópicos que preocupam o académico norte-americano que, referindo-se ao exemplo dos Estados Unidos, avisou que o problema do ensino privado está a agravar-se devido ao valor excessivo das propinas.
De acordo com Chomsky, não há qualquer base económica que sustente o aumento das propinas, que está a fazer com que a "dívida estudantil" seja equiparada ao nível da dívida dos cartões de crédito e sobre a qual não parece haver solução.
"Assim, fica-se preso para o resto da vida. É uma técnica impressionante de dominação e controlo", alertou Chomsky, que aplica a mesma linha de pensamento em relação ao ataque contra o Estado Social.
"A minha impressão é que a Segurança Social está a ser atacada pelos mesmos motivos. Não há qualquer justificação económica. Está em muito boa forma. Com alguns ajustes, poderia prolongar-se indefinidamente", disse.
Para Chomsky - que constatou que a democracia é odiada por alguns setores da sociedade norte-americana - é preciso fazer algo a respeito da Segurança Social porque se trata de um sistema, afirmou, baseado na noção de que é preciso as pessoas importarem-se umas com as outras.
"Não se podem ouvir coisas deste género: se uma viúva não tem comida, problema dela. Casou-se com o marido errado ou não fez os investimentos certos. Numa sociedade em que cada um sabe de si, não se presta atenção a mais ninguém", acusou o professor do Massachusetts Institute of Technology (MIT), manifestando-se preocupado com a "doutrina" liberal que, nos Estados Unidos, "não está muito longe do totalitarismo".
Por outro lado, Chomsky considerou as "táticas" do movimento Occupy, que tem vindo a denunciar as desigualdades através de manifestações, colóquios e ocupações, como "extremamente bem-sucedidas" porque, apesar de serem fenómenos inorgânicos, são capazes de criar comunidades e redes de contacto numa sociedade de pessoas solitárias.
No livro, que publica entrevistas realizadas entre 2010 e 2012, Chomsky reafirmou a importância do associativismo e, sobretudo, do sindicalismo em sociedades dominadas pela propaganda e "geridas" por empresas que controlam as populações através de bens de consumo e que "prendem" os consumidores "através de técnicas antigas" como as dívidas e os pagamentos a crédito.
"Os sistemas de propaganda mais relevantes que enfrentamos hoje em dia, na maioria provenientes da indústria gigantesca de relações públicas, foram desenvolvidos, de forma bastante propositada, há cerca de um século, nos países mais livres do mundo, devido a um reconhecimento muito claro e articulado de que as pessoas haviam ganhado tantos direitos que seria difícil suprimi-los pela força", explicou Noam Chomsky nas entrevistas realizadas por David Barsamian, escritor e radialista norte-americano, fundador da rede Alternative Radio. por Lusa, publicado por Luís Manuel Cabral19 fevereiro 2014
Sentimento económico em Portugal piora em fevereiro após 6 meses a subir - Eurostat
Bruxelas, 27 fev (Lusa) -- O indicador de sentimento económico do Eurostat para Portugal piorou em fevereiro, depois de seis meses consecutivos a subir, mantendo-se abaixo da média dos países da União Europeia (UE), anunciou hoje a Comissão Europeia.
O indicador de sentimento económico calculado pelo gabinete de estatísticas da Comissão Europeia mede a confiança e as expectativas dos consumidores e empresas quanto à economia.
Em Portugal, o indicador passou de 99,6 pontos em janeiro para 98,6 pontos em fevereiro.
Reis Nunes
1.XIX governo de Portugal tomou posse em 21 de Junho de 2011.Duração dois (2) anos e oito (8) meses !
2.Dívida pública no final de 2013 ; 129% do PIB o que equivale a 213,4 mil milhões de euros! ( baseada em critérios de Maastricht ). (" Num critério mais amplo registou 153,1 % do PIB,e se considerarmos as empresas públicas não financeiras incluídas e não incluídas no perímetro orçamenta aquele rácio sobe para 165 % "- Noticia on line de Jorge Nascimento Robrigues )
eduvel
Estes são números do IGCP, uma fonte que certamente não irá por em causa.
Divida Directa do Estado em Jun 2005: 95 MM€
Divida Directa do Estado em Jun 2011: 172MM€ (72 meses depois)
Divida Directa do Estado em Jan 2014: 208MM€ (31 meses depois)
Taxa de crescimento médio da dívida Jun 2005 a Jun 2011 =
(172-95)/72 = 77 MM€ / 72 = 1,07 MM€ por mes
Taxa de crescimento médio da dívida Jun 2011 a Jan 2014 =
(208-172)/31 = 36MM€ / 31 = 1.16 MM€ por mes
http://www.igcp.pt
Lamento que estes números não ajudem à.... narrativa. Mas é um facto que este governo, com todos os cortes e com toda a destruição na economia que induziu, conseguiu a grande façanha de endividar o pais a uma velocidade maior que o louco despesista do Sócrates.
viriatoapedrada.blogspot.pt/2012/12/carvalhas-ha-15-anos-costa-hoje-e-eca.html
viriatoapedrada.blogspot.pt/2014/02/divida-passos-e-portas-bate-record.html
A Irlanda teve em 2011 um crescimento do PIB de 2.2 % e em 2012, 0.2 % . Portugal em 2011 um crescimento do PIB de - 1.3 % e em 2012 , -3.2 %
A Irlanda tinha do 3º Quadrimestre de 2013 um rácio de Divida Publica de 124.8 % . Portugal tinha 128.7 %.
A Irlanda teve deficits orçamentais em 2011 - 13.1 % e em 2012 , - 8.2 % . Portugal teve - 4.3 % em 2011 e 6.4 % em 2012.
Em resumo a Irlanda cresceu ....... Portugal destruiu riqueza.
A Irlanda não se preocupou tanto com o deficit orçamental que foi muito superior ao de Portugal o que significa que amenizou os sacrifícios ...... Portugal foi além da Troika.
A Dívida Publica Irlandesa era de 91.3 em 2010 e é de 124.8 % em 2013 ......... Portugal tinha uma Divida Publica de 93% do PIB em 2010 e agora é de 128.7 % em 2013.
Tirem as conclusões das diferenças ........
Com este panorama , a Irlanda sai do Programa de Ajustamento , recusa um Programa Cautelar e obtêm taxas de juro nos mercados ( e elevada procura ) nas recentes emissões de 3.2% .
Portugal ainda dentro do Programa de Ajustamento ou seja com garantia adicional fornecida pela Troika aos mercados e tem taxas no mercado de 5.112 %. Por: Ahaefe Atsoke / Facebook
Hoje é , na realidade , um dia especial!
Vou celebrar com champagne, daquela marca que o Nuno Melo bebeu ;
Terminou o Programa de ajustamento pelo que só tenho que me congratular com os resultados .
- O PIB cresceu em 2010 1.9 % desde que iniciamos o programa de ajustamento contraiu - 1,6 % em 2011 , - 3.2 % em 2012 e - 1.4 % em 2013. Ou seja destrui-se a riqueza em cerca de 7 mil milhões de euros entre 2010 e 2013 ;
- O PIB real per capita era de 14 900 € em 2010 e passou a 14 300 € em 2013 ;
- A taxa de desemprego passou de 12 % em 2010 para 16.5 % em 2013 ;
- A Divida Publica passou de 94 % do PIB em 2010 para 129 % do PIB em 2013 ;
- O deficit orçamental passou de 9,8 % do PIB em 2010 para 4.9 % em 2013;
- De 2008 a 2010 emigrarm permanentemente ( + de 1 ano ) 71 016 portugueses , só em 2011 e 2012 foram 95 956 portugueses . Se a estes somarmos os temporários foram 222 396 portugueses que deixaram o país ;
- Nenhum dos objectivos do Meomorando assinado com a Troika foi cumprido ;
a) na Dívida Publica vamos chegar ao final de 2014 com mais 40 mil milhões do que o previsto ;
b) No Deficit Orçamental mais 5.4 mil milhões que o previsto ;
c) No PIB menos 9 mil milhões que o previsto ;
d) Na taxa de desemprego mais 5 % acima do previsto ;
- Para alêm disto, uma economia com grande parte do seu aparelho produtivo destruído , com a estrutura de exportações identica á que era ou seja , nada melhorou nesse aspecto , com uma saúde pública bem pior do que era , uma educação pior do que era , tudo fruto dos cortes irçamentais.
- Mais ainda, Portugal vendeu as suas principais empresas estratégicas o que significa que alienou a sua soberania;
- O indice de pobreza subiu significativamente , a classe média contraiu-se , e os mais ricos ficaram mais ricos ;
- Sabe-se que por cada três euros de austeridade valeu apenas um euro a menos no deficit orçamental , mas valeu mais em número de postos de trabalho perdidos , de pobreza , de dificuldades dos portugueses ;
- As taxas de juro da Divida Portuguesa cairam sim nos mercados . Pois , mas tal como cairam as gregas , as irlandesas , as espanholas , as italianas ou seja todas. E isso deveu-se não á política do nosso Governo e o " tal ganho de confiança dos mercados " como diz o nosso PR , mas sim á actuação do BCE exclusivamente.
Pergunta-se com toda a pertinencia : Valeu a pena ? Não !
Podia-se ter feito de outra maneira . Podia-se ter evitado os erros de palmatória que sucederam . Podia-se ter evitado a aplicação forçada de um modelo ideológico que é , na realidade , o que está em causa. Podia-se ter evitado a destruição do Estado Social.
Porque não existe qualquer dúvida que foi um " papão" que nos foi agitado- o medo dos mercados para esconder o verdadeiro objectivo.
Não tenho qualquer dúvida que se o PEC IV não tivesse sido chumbado pela ânsia de ir ao " pote " , que foi essa a verdadeira questão , e se o BCE tivesse efectuado as políticas que tem feito , teríamos na mesma as taxas de juro tão baixas como estão hoje.
E não poderemos esquecer que quem desempenhou um papel fundamental de alerta da desconfiança dos mercados em 2011 foi a própria oposição, e que neste momento está no Governo ( e o próprio PR , e tenho que reconhecer que com o apoio do Presidente da Comissão Europeia ) , que com todas as notícias que veícularam na altura para a imprensa apenas pretenderam criar essa mesma desconfiança nos mercados. O Patriotismo ao mais alto nível !
Por todos estes " ganhos " obtidos com o Programa de Ajustamento , principalmente graças ao nosso Governo e PR , podemos dizer, sem qualquer dúvida , como já foi dito pelo Governo:
- Portugal está muito " melhor " do que estava , apesar de os portugueses estarem muito piores mas isso é secundário ......
Infelizmente a realidade demonstra que Portugal não está melhor , mas sim pior , e os portugueses á beira do abismo.
Mas tal como comecei, acho que o momento é de celebração com champagne .
Porque, confesso :
- Não é fácil , em apenas 3 anos , conseguir-se uma destruição de um país como foi feito em Portugal ;
- Não é fácil levar a grande generalidade de um povo ao desespero , á mingua , á pobreza ,em tão pouco espaço de tempo ;
- Não é fácil destruir-se uma economia , da forma como foi feito , num prazo tão curto ;
E tudo isso revela-me , que este Governo demonstrou competência e aplicou-se.
A tudo isso bebo champagne ...................... azedo !
Apenas pela amargura que sinto ! Por:
UM RECORD PARA O GUINNESS - A MAIOR DÍVIDA DE SEMPRE
Jorge Nascimento Rodrigues, lembra que o Governo de Passos & Portas bateu um record muito velhinho, que subsistia desde o século XIX: a dívida pública atingiu 129% do PIB no final de 2013, valor certificado agora pelo FMI, pela Comissão Europeia e pelo Banco de Portugal.
Jorge Nascimento Rodrigues, lembra que o Governo de Passos & Portas bateu um record muito velhinho, que subsistia desde o século XIX: a dívida pública atingiu 129% do PIB no final de 2013, valor certificado agora pelo FMI, pela Comissão Europeia e pelo Banco de Portugal.
Sabia-se que a queda do record estava iminente. Em 2012, o Governo igualou o rácio da dívida pública face ao PIB atingido em 1892, que se elevou a 124% [cf. Jorge Nascimento Rodrigues, Portugal na Bancarrota - Cinco séculos de História da Dívida Soberana Portuguesa -http://www.centroatl.pt/titulos/desafios/bancarrota/]. Agora, apossou-se deste record que tem barbas. Nem se percebe por que Passou Coelho não aproveitou a subida ao palanque no congresso para comemorar esta proeza única. Verdadeiramente histórica.
Dívida em nível recorde, mas FMI acha que é sustentável
A dívida pública atingiu 129% do PIB no final de 2013, segundo o Banco de Portugal e a troika. É um máximo histórico, superior ao registado no ano da última bancarrota em 1892
A dívida pública atingiu no final de 2013 um recorde histórico ao registar 129% do PIB, segundo dados do Banco de Portugal (BdP) no seu Boletim Estatístico deste mês. O rácio é similar ao publicado, também esta semana, nos relatórios dos técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da Comissão Europeia sobre os resultados da 10ª avaliação do andamento do plano de resgate. Apesar do pico histórico, a troika considera-a sustentável no médio prazo.
Este nível de dívida no PIB ultrapassou os máximos anteriores registados no ano fiscal de 1892/1893 - em junho de 1892 ocorrera a última, até à data, bancarrota da dívida portuguesa - e em 2012 quando aquele rácio atingiu os 124%. O rácio de referência atual é baseado no critério de Maastricht. Nesse quadro, o rácio aumentou 35 pontos percentuais desde o final de 2010 e cinco pontos percentuais desde 2012. O pico de 131,6% do PIB terá ocorrido em novembro de 2013 (quando registou 217,2 mil milhões de euros contra 213,4 mil milhões no final de dezembro, segundo dados do BdP).
Num critério mais amplo registou 153,1% do PIB no final de dezembro de 2013, e se considerarmos as empresas públicas não financeiras incluídas e não incluídas no perímetro orçamental aquele rácio sobe para 165%.
Se deduzirmos os depósitos que servem de "almofada financeira" (que no final de 2013 somava mais de 15 mil milhões de euros), o rácio da dívida subiu de 114% em 2012 para 118,5% no final de 2013, segundo dados do BdP. Em relação ao final de 2010 representa uma subida de quase 27 pontos percentuais.
Mas apesar da dívida pública ter batido um recorde histórico, os técnicos do FMI continuam a considerar que é "sustentável no médio prazo", apesar de não o poderem assegurar "com alta probabilidade". No relatório sobre a 10ª avaliação do programa de resgate, a equipa do Fundo projeta que aquele rácio vai entrar numa trajetória descendente, pelo menos nos próximos cinco anos, baixando para 115% do PIB em 2019.
Essa previsão de inversão resulta de uma projeção dos técnicos do Fundo: a taxa de crescimento nominal do PIB e a geração de excedentes orçamentais primários a partir de 2015, inclusive, vão ser suficientes para superar a taxa de juro anual de todo o stock da dívida, que até vai subir de 3,5% em 2013 para 4% em 2019.
Mais precisamente, a simulação do FMI pressupõe para o cenário base de 2014-2019 que: a) a taxa anual média do crescimento nominal do PIB será de 3,3% (superior a 2,9% verificada entre 2002 e 2010, durante o período da bolha financeira e da resposta inicial anti-crise); b)o ajustamento das contas públicas será continuado e gerará excedentes orçamentais progressivamente crescentes, começando com 1,9% em 2015 e chegando a 3,2% em 2019, depois de um pequeno excedente em 2014. Por: Jorge Nascimento Rodrigues / Expresso/22 /02/ 2014
CARLOS CARVALHAS NO ENCONTRO NACIONAL DO PCP - OS CULPADOS DA DÍVIDA
«(...) Em relação à dívida do país em primeiro lugar é preciso recordar que a dívida privada é superior à dívida pública, coisa que esses senhores sempre escondem.
Segundo, é preciso também lembrar que em relação à dívida pública Portugal em 2007, ano em que a crise rebentou tinha uma dívida de 68,4% do PIB, ao nível da zona Euro, inferior à de países como a Itália, Bélgica, praticamente igual à da França e da Alemanha.
O que se passa então para a dívida subir em flecha? Foi porque o Estado passou a gastar muito mais na saúde, no ensino, na investigação? Não! A subida em flecha da dívida pública deu-se devido à quebra de receitas provocadas pela crise, porque no essencial o Estado tomou nas suas mãos o desendividamento e a capitalização da banca.
Os trabalhadores, os pensionistas e os pequenos e médios empresários têm estado a pagar o desendividamento da banca ao serviço dos banqueiros e dos grandes accionistas. Não é só o caso dos milhões e milhões enterrados no BPN, no BCP, no BPP, no Banif, são também os milhões que a banca ganha com o Estado, comprando dívida pública que lhes rende juros de 4,5,6% e que depois os deposita no BCE como colaterais, recebendo iguais montantes a 0,25%, os milhões que recebem em benefícios fiscais, os milhões que têm ganho com as PPP's e até com as rendas excessivas, pois no final são eles que estão por detrás de tais operações e empresas! (...
LIVRO DE NOAM CHOMSKY
O intelectual norte-americano Noam Chomsky considerou que as medidas de austeridade na Europa estão a "funcionar muito bem para os bancos", mas estão a "esmagar" as populações dos países mais fracos.
"É difícil pensar numa razão para isto, para além de uma guerra de classes. O efeito das políticas é enfraquecer medidas de previdência social e reduzir o poder dos trabalhadores. Isso é a guerra de classes. Funciona muito bem para os bancos, para as instituições financeiras mas, para a população, é terrível", disse Noam Chomsky, 86 anos, numa série de entrevistas publicada em livro, lançado esta semana em Portugal.
Em "Mudar o Mundo -- Noam Chomsky e David Barsamian analisam as grandes questões do século XXI", editado em Portugal pela Bertrand, o linguista, filósofo e pensador norte-americano afirmou que é "bastante difícil" explicar o que o Banco Central Europeu está a fazer, sublinhando que a austeridade é a "pior política possível" durante uma recessão.
"O efeito é que, sob estas políticas, os países mais fracos da União Europeia nunca conseguirão saldar a dívida. Na verdade, os níveis de dívida estão a piorar. À medida que se reduz o crescimento, reduzem-se as possibilidades de pagamento da dívida. Assim, essas nações afundam-se cada vez mais na miséria", criticou Noam Chomsky, referindo-se aos países do sul da Europa.
O poder dos grupos financeiros e do pensamento liberal são outros tópicos que preocupam o académico norte-americano que, referindo-se ao exemplo dos Estados Unidos, avisou que o problema do ensino privado está a agravar-se devido ao valor excessivo das propinas.
De acordo com Chomsky, não há qualquer base económica que sustente o aumento das propinas, que está a fazer com que a "dívida estudantil" seja equiparada ao nível da dívida dos cartões de crédito e sobre a qual não parece haver solução.
"Assim, fica-se preso para o resto da vida. É uma técnica impressionante de dominação e controlo", alertou Chomsky, que aplica a mesma linha de pensamento em relação ao ataque contra o Estado Social.
"A minha impressão é que a Segurança Social está a ser atacada pelos mesmos motivos. Não há qualquer justificação económica. Está em muito boa forma. Com alguns ajustes, poderia prolongar-se indefinidamente", disse.
Para Chomsky - que constatou que a democracia é odiada por alguns setores da sociedade norte-americana - é preciso fazer algo a respeito da Segurança Social porque se trata de um sistema, afirmou, baseado na noção de que é preciso as pessoas importarem-se umas com as outras.
"Não se podem ouvir coisas deste género: se uma viúva não tem comida, problema dela. Casou-se com o marido errado ou não fez os investimentos certos. Numa sociedade em que cada um sabe de si, não se presta atenção a mais ninguém", acusou o professor do Massachusetts Institute of Technology (MIT), manifestando-se preocupado com a "doutrina" liberal que, nos Estados Unidos, "não está muito longe do totalitarismo".
Por outro lado, Chomsky considerou as "táticas" do movimento Occupy, que tem vindo a denunciar as desigualdades através de manifestações, colóquios e ocupações, como "extremamente bem-sucedidas" porque, apesar de serem fenómenos inorgânicos, são capazes de criar comunidades e redes de contacto numa sociedade de pessoas solitárias.
No livro, que publica entrevistas realizadas entre 2010 e 2012, Chomsky reafirmou a importância do associativismo e, sobretudo, do sindicalismo em sociedades dominadas pela propaganda e "geridas" por empresas que controlam as populações através de bens de consumo e que "prendem" os consumidores "através de técnicas antigas" como as dívidas e os pagamentos a crédito.
"Os sistemas de propaganda mais relevantes que enfrentamos hoje em dia, na maioria provenientes da indústria gigantesca de relações públicas, foram desenvolvidos, de forma bastante propositada, há cerca de um século, nos países mais livres do mundo, devido a um reconhecimento muito claro e articulado de que as pessoas haviam ganhado tantos direitos que seria difícil suprimi-los pela força", explicou Noam Chomsky nas entrevistas realizadas por David Barsamian, escritor e radialista norte-americano, fundador da rede Alternative Radio. por Lusa, publicado por Luís Manuel Cabral19 fevereiro 2014
Sentimento económico em Portugal piora em fevereiro após 6 meses a subir - Eurostat
Bruxelas, 27 fev (Lusa) -- O indicador de sentimento económico do Eurostat para Portugal piorou em fevereiro, depois de seis meses consecutivos a subir, mantendo-se abaixo da média dos países da União Europeia (UE), anunciou hoje a Comissão Europeia.
O indicador de sentimento económico calculado pelo gabinete de estatísticas da Comissão Europeia mede a confiança e as expectativas dos consumidores e empresas quanto à economia.
Em Portugal, o indicador passou de 99,6 pontos em janeiro para 98,6 pontos em fevereiro.
Reis Nunes
1.XIX governo de Portugal tomou posse em 21 de Junho de 2011.Duração dois (2) anos e oito (8) meses !
2.Dívida pública no final de 2013 ; 129% do PIB o que equivale a 213,4 mil milhões de euros! ( baseada em critérios de Maastricht ). (" Num critério mais amplo registou 153,1 % do PIB,e se considerarmos as empresas públicas não financeiras incluídas e não incluídas no perímetro orçamenta aquele rácio sobe para 165 % "- Noticia on line de Jorge Nascimento Robrigues )
eduvel
Estes são números do IGCP, uma fonte que certamente não irá por em causa.
Divida Directa do Estado em Jun 2005: 95 MM€
Divida Directa do Estado em Jun 2011: 172MM€ (72 meses depois)
Divida Directa do Estado em Jan 2014: 208MM€ (31 meses depois)
Taxa de crescimento médio da dívida Jun 2005 a Jun 2011 =
(172-95)/72 = 77 MM€ / 72 = 1,07 MM€ por mes
Taxa de crescimento médio da dívida Jun 2011 a Jan 2014 =
(208-172)/31 = 36MM€ / 31 = 1.16 MM€ por mes
1.XIX governo de Portugal tomou posse em 21 de Junho de 2011.Duração dois (2) anos e oito (8) meses !
2.Dívida pública no final de 2013 ; 129% do PIB o que equivale a 213,4 mil milhões de euros! ( baseada em critérios de Maastricht ). (" Num critério mais amplo registou 153,1 % do PIB,e se considerarmos as empresas públicas não financeiras incluídas e não incluídas no perímetro orçamenta aquele rácio sobe para 165 % "- Noticia on line de Jorge Nascimento Robrigues )
eduvel
Estes são números do IGCP, uma fonte que certamente não irá por em causa.
Divida Directa do Estado em Jun 2005: 95 MM€
Divida Directa do Estado em Jun 2011: 172MM€ (72 meses depois)
Divida Directa do Estado em Jan 2014: 208MM€ (31 meses depois)
Taxa de crescimento médio da dívida Jun 2005 a Jun 2011 =
(172-95)/72 = 77 MM€ / 72 = 1,07 MM€ por mes
Taxa de crescimento médio da dívida Jun 2011 a Jan 2014 =
(208-172)/31 = 36MM€ / 31 = 1.16 MM€ por mes
http://www.igcp.pt
Lamento que estes números não ajudem à.... narrativa. Mas é um facto que este governo, com todos os cortes e com toda a destruição na economia que induziu, conseguiu a grande façanha de endividar o pais a uma velocidade maior que o louco despesista do Sócrates.
Lamento que estes números não ajudem à.... narrativa. Mas é um facto que este governo, com todos os cortes e com toda a destruição na economia que induziu, conseguiu a grande façanha de endividar o pais a uma velocidade maior que o louco despesista do Sócrates.
viriatoapedrada.blogspot.pt/2012/12/carvalhas-ha-15-anos-costa-hoje-e-eca.html
viriatoapedrada.blogspot.pt/2014/02/divida-passos-e-portas-bate-record.html
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A Irlanda teve em 2011 um crescimento do PIB de 2.2 % e em 2012, 0.2 % . Portugal em 2011 um crescimento do PIB de - 1.3 % e em 2012 , -3.2 %
A Irlanda tinha do 3º Quadrimestre de 2013 um rácio de Divida Publica de 124.8 % . Portugal tinha 128.7 %.
A Irlanda teve deficits orçamentais em 2011 - 13.1 % e em 2012 , - 8.2 % . Portugal teve - 4.3 % em 2011 e 6.4 % em 2012.
Em resumo a Irlanda cresceu ....... Portugal destruiu riqueza.
A Irlanda não se preocupou tanto com o deficit orçamental que foi muito superior ao de Portugal o que significa que amenizou os sacrifícios ...... Portugal foi além da Troika.
A Dívida Publica Irlandesa era de 91.3 em 2010 e é de 124.8 % em 2013 ......... Portugal tinha uma Divida Publica de 93% do PIB em 2010 e agora é de 128.7 % em 2013.
Tirem as conclusões das diferenças ........
Com este panorama , a Irlanda sai do Programa de Ajustamento , recusa um Programa Cautelar e obtêm taxas de juro nos mercados ( e elevada procura ) nas recentes emissões de 3.2% .
Portugal ainda dentro do Programa de Ajustamento ou seja com garantia adicional fornecida pela Troika aos mercados e tem taxas no mercado de 5.112 %. Por: Ahaefe Atsoke / Facebook
Hoje é , na realidade , um dia especial!
Vou celebrar com champagne, daquela marca que o Nuno Melo bebeu ;
Terminou o Programa de ajustamento pelo que só tenho que me congratular com os resultados .
- O PIB cresceu em 2010 1.9 % desde que iniciamos o programa de ajustamento contraiu - 1,6 % em 2011 , - 3.2 % em 2012 e - 1.4 % em 2013. Ou seja destrui-se a riqueza em cerca de 7 mil milhões de euros entre 2010 e 2013 ;
- O PIB real per capita era de 14 900 € em 2010 e passou a 14 300 € em 2013 ;
- A taxa de desemprego passou de 12 % em 2010 para 16.5 % em 2013 ;
- A Divida Publica passou de 94 % do PIB em 2010 para 129 % do PIB em 2013 ;
- O deficit orçamental passou de 9,8 % do PIB em 2010 para 4.9 % em 2013;
- De 2008 a 2010 emigrarm permanentemente ( + de 1 ano ) 71 016 portugueses , só em 2011 e 2012 foram 95 956 portugueses . Se a estes somarmos os temporários foram 222 396 portugueses que deixaram o país ;
- Nenhum dos objectivos do Meomorando assinado com a Troika foi cumprido ;
a) na Dívida Publica vamos chegar ao final de 2014 com mais 40 mil milhões do que o previsto ;
b) No Deficit Orçamental mais 5.4 mil milhões que o previsto ;
c) No PIB menos 9 mil milhões que o previsto ;
d) Na taxa de desemprego mais 5 % acima do previsto ;
a) na Dívida Publica vamos chegar ao final de 2014 com mais 40 mil milhões do que o previsto ;
b) No Deficit Orçamental mais 5.4 mil milhões que o previsto ;
c) No PIB menos 9 mil milhões que o previsto ;
d) Na taxa de desemprego mais 5 % acima do previsto ;
- Para alêm disto, uma economia com grande parte do seu aparelho produtivo destruído , com a estrutura de exportações identica á que era ou seja , nada melhorou nesse aspecto , com uma saúde pública bem pior do que era , uma educação pior do que era , tudo fruto dos cortes irçamentais.
- Mais ainda, Portugal vendeu as suas principais empresas estratégicas o que significa que alienou a sua soberania;
- O indice de pobreza subiu significativamente , a classe média contraiu-se , e os mais ricos ficaram mais ricos ;
- Sabe-se que por cada três euros de austeridade valeu apenas um euro a menos no deficit orçamental , mas valeu mais em número de postos de trabalho perdidos , de pobreza , de dificuldades dos portugueses ;
- As taxas de juro da Divida Portuguesa cairam sim nos mercados . Pois , mas tal como cairam as gregas , as irlandesas , as espanholas , as italianas ou seja todas. E isso deveu-se não á política do nosso Governo e o " tal ganho de confiança dos mercados " como diz o nosso PR , mas sim á actuação do BCE exclusivamente.
Pergunta-se com toda a pertinencia : Valeu a pena ? Não !
Podia-se ter feito de outra maneira . Podia-se ter evitado os erros de palmatória que sucederam . Podia-se ter evitado a aplicação forçada de um modelo ideológico que é , na realidade , o que está em causa. Podia-se ter evitado a destruição do Estado Social.
Porque não existe qualquer dúvida que foi um " papão" que nos foi agitado- o medo dos mercados para esconder o verdadeiro objectivo.
Não tenho qualquer dúvida que se o PEC IV não tivesse sido chumbado pela ânsia de ir ao " pote " , que foi essa a verdadeira questão , e se o BCE tivesse efectuado as políticas que tem feito , teríamos na mesma as taxas de juro tão baixas como estão hoje.
E não poderemos esquecer que quem desempenhou um papel fundamental de alerta da desconfiança dos mercados em 2011 foi a própria oposição, e que neste momento está no Governo ( e o próprio PR , e tenho que reconhecer que com o apoio do Presidente da Comissão Europeia ) , que com todas as notícias que veícularam na altura para a imprensa apenas pretenderam criar essa mesma desconfiança nos mercados. O Patriotismo ao mais alto nível !
E não poderemos esquecer que quem desempenhou um papel fundamental de alerta da desconfiança dos mercados em 2011 foi a própria oposição, e que neste momento está no Governo ( e o próprio PR , e tenho que reconhecer que com o apoio do Presidente da Comissão Europeia ) , que com todas as notícias que veícularam na altura para a imprensa apenas pretenderam criar essa mesma desconfiança nos mercados. O Patriotismo ao mais alto nível !
Por todos estes " ganhos " obtidos com o Programa de Ajustamento , principalmente graças ao nosso Governo e PR , podemos dizer, sem qualquer dúvida , como já foi dito pelo Governo:
- Portugal está muito " melhor " do que estava , apesar de os portugueses estarem muito piores mas isso é secundário ......
Infelizmente a realidade demonstra que Portugal não está melhor , mas sim pior , e os portugueses á beira do abismo.
Mas tal como comecei, acho que o momento é de celebração com champagne .
Porque, confesso :
- Não é fácil , em apenas 3 anos , conseguir-se uma destruição de um país como foi feito em Portugal ;
- Não é fácil levar a grande generalidade de um povo ao desespero , á mingua , á pobreza ,em tão pouco espaço de tempo ;
- Não é fácil destruir-se uma economia , da forma como foi feito , num prazo tão curto ;
E tudo isso revela-me , que este Governo demonstrou competência e aplicou-se.
A tudo isso bebo champagne ...................... azedo !
Apenas pela amargura que sinto ! Por:
Notícias do milagre económico
Hoje, houve festa nas hostes da direita: o INE fez saber que o PIB caiu menos em 2013 (-1,4%, ainda assim mais acentuado do que a primeira estimativa oficial, que apontava para uma contracção de 1%) do que tinha sucedido em 2012 (-3,2%). Talvez o indisfarçável regozijo se deva ao facto de o PIB ter crescido 0,5% no último trimestre do ano passado, na sequência de um crescimento de 1,1% no 2.º trimestre e 0,3% no 3.º trimestre.
Acontece que, segundo o INE, “esta evolução foi determinada, em larga medida, pela recuperação da procura interna, (…) refletindo principalmente o comportamento do consumo privado.” Assim sendo, terá tido um peso significativo nesta ténue melhoria o chumbo de uma parte dos cortes nos salários e nas pensões pelo Tribunal Constitucional. Ou para utilizar uma pitoresca expressão do Núcleo de Estudos de Conjuntura sobre a Economia Portuguesa (NECEP) da Universidade Católica, a evolução do PIB está associado a “algum relaxamento orçamental”.
Afastando a propaganda, observa-se isto:
1. O Governo celebra a obtenção de um resultado que advém, no essencial, de decisões (do Tribunal Constitucional) que estorvaram a política que a direita se propôs adoptar para promover, através da asfixia do consumo privado, o empobrecimento.
2. O Governo festeja a obtenção de um resultado que contraria a sua estratégia, designadamente em relação à balança comercial (retirando a refinaria de Sines, as importações cresceram mais do que as exportações).
3. Considerando o pacote de austeridade que consta do Orçamento do Estado para 2014, a recessão só poderá ser atenuada, no ano em curso, se o Tribunal Constitucional voltar a chumbar os brutais cortes aprovados. Por: Miguel Abrantes / Câmara Corporativa.
14 Fevereiro 2014 Negócios Online
2013 foi o quarto pior ano para a economia desde 1960
A economia portuguesa registou uma das piores recessões da sua História recente.
Os dados divulgados esta manhã pela estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelaram uma contracção do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,4% para a totalidade do ano.
2013 foi um ano muito duro para a actividade económica. A recessão de 1,4% só foi ultrapassada por três vezes desde 1960, quando começa a série do INE. Apenas foi mais negativo logo a seguir à Revolução, em 1975 (-5,1%), em 2009 (-2,9%) e em 2012 (-3,2%).
2013 foi o terceiro consecutivo de recessão para a economia portuguesa, depois de contracções de 3,2% e 1,3% em 2012 e 2011, respectivamente.
A recessão de 2013 foi mais negativa do que o Governo tinha antecipado inicialmente no Orçamento do Estado para 2013 (-1,4% vs -1%).
Que o Governo PSD)CDS-PP mais os burros e as burras que nele acreditam deitem os foguetes e apanhem as canas ...
VAMOS LÁ FALAR A SÉRIO DE REFORMAS ESTRUTURAIS, BENS TRANSACCIONÁVEIS E EXPORTAÇÕES
O lançamento da primeira pedra da nova refinaria de Sines ocorreu a 13 de Dezembro de 2008, um projecto orçado em mil milhões de euros. Disse José Sócrates na ocasião: “Estes investimentos privados são da maior importância para o país e afirmam em definitivo Sines como um centro industrial de primeiríssima linha e uma das áreas mais modernas da indústria portuguesa”. E adiante lembrou o então primeiro-ministro: “Em nenhum outro país europeu teria sido possível, num tão curto espaço de tempo, obter o licenciamento para a conversão de uma refinaria”: http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1058681&page=-1
Já três anos antes, mais precisamente às oito horas do dia 21 de Dezembro de 2005, José Sócrates havia convocado Pedro Queiroz Pereira para uma reunião em São Bento, quando soube que o industrial se preparava para fazer uma fábrica da Portucel na Alemanha. Oito anos depois, Queiroz Pereira confessava que saiu da reunião rendido, dispondo-se a transferir o investimento para Setúbal: “é verdade que Sócrates não cumpriu os pontos todos, mas o que me motivou foi ver a grande vontade dele em que a fábrica ficasse cá e em resolver os obstáculos.” A inauguração da fábrica ocorreu a 27 de Agosto de 2009, porque "É ASSIM QUE SE FAZ UM PAÍS MELHOR":http://www.youtube.com/watch?v=SWAh7lnHBhU .
Na hora actual, a Galp e a Portucel são as duas maiores empresas exportadores (http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/portucel_ja_e_o_segundo_maior_exportador.html), tendo a produtora de pasta e papel ultrapassado a Autoeuropa, que passou para o terceiro lugar. Até agora, ninguém viu uma obra, uma só sequer, que tenha sido edificada pelo governo dos estarolas, que vive afinal do que foi realizado pelo governo anterior que derrubaram há três anos, e que agora abrem a boca para falar de exportações e para cujos resultados não contribuíram em nada.
Como exemplo, já em Dezembro de 2009, a Nissan anunciou a sua disposição de construir em Portugal uma fábrica de baterias de iões de lítio para carros eléctricos, tendo o governo de Sócrates que lutou para a captação deste investimento, facilitado e disponibilizado o terreno na região de Aveiro e que representava um investimento superior a 200 milhões de euros, colocando o país num dos mais avançados no sector, para além da criação de 200 postos de trabalho numa primeira fase. Essa fábrica foi ao ar, já depois da cerimónia (http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=1781677) do lançamento da primeira pedra em Fevereiro de 2011 simplesmente porque o governo saído após as eleições de 2011, obstaculizou burocraticamente a sua implantação por puro preconceito, visto tratar-se de uma aposta do odiado governo anterior na industrialização, chegando ao ponto de o ministro da Economia, o pateta Álvaro dos Santos Pereira, furtar-se a receber o CEO da Renault-Nissan, acabando este por bater com a porta e suspender definitivamente a construção da fábrica em Novembro.
A refinaria de Sines e a fábrica de Setúbal da Portucel são dois seguros de vida do “sucesso” deste governo, que se deve à acção do anterior governo. Uma época em que se diz que não foram feitas reformas estruturais. Esse mistério da “falta” de reformas estruturais desvendar-se-á nos próximos meses, quando o governo de Passos & Portas tiver de vir explicar que as exportações diminuíram porque a refinaria teve de parar para fazer trabalhos de manutenção. Foto de Telmo Vaz Pereira.
Hoje, houve festa nas hostes da direita: o INE fez saber que o PIB caiu menos em 2013 (-1,4%, ainda assim mais acentuado do que a primeira estimativa oficial, que apontava para uma contracção de 1%) do que tinha sucedido em 2012 (-3,2%). Talvez o indisfarçável regozijo se deva ao facto de o PIB ter crescido 0,5% no último trimestre do ano passado, na sequência de um crescimento de 1,1% no 2.º trimestre e 0,3% no 3.º trimestre.
Acontece que, segundo o INE, “esta evolução foi determinada, em larga medida, pela recuperação da procura interna, (…) refletindo principalmente o comportamento do consumo privado.” Assim sendo, terá tido um peso significativo nesta ténue melhoria o chumbo de uma parte dos cortes nos salários e nas pensões pelo Tribunal Constitucional. Ou para utilizar uma pitoresca expressão do Núcleo de Estudos de Conjuntura sobre a Economia Portuguesa (NECEP) da Universidade Católica, a evolução do PIB está associado a “algum relaxamento orçamental”.
Afastando a propaganda, observa-se isto:
1. O Governo celebra a obtenção de um resultado que advém, no essencial, de decisões (do Tribunal Constitucional) que estorvaram a política que a direita se propôs adoptar para promover, através da asfixia do consumo privado, o empobrecimento.
2. O Governo festeja a obtenção de um resultado que contraria a sua estratégia, designadamente em relação à balança comercial (retirando a refinaria de Sines, as importações cresceram mais do que as exportações).
3. Considerando o pacote de austeridade que consta do Orçamento do Estado para 2014, a recessão só poderá ser atenuada, no ano em curso, se o Tribunal Constitucional voltar a chumbar os brutais cortes aprovados. Por: Miguel Abrantes / Câmara Corporativa.
14 Fevereiro 2014 Negócios Online
2013 foi o quarto pior ano para a economia desde 1960
A economia portuguesa registou uma das piores recessões da sua História recente.
Os dados divulgados esta manhã pela estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelaram uma contracção do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,4% para a totalidade do ano.
2013 foi um ano muito duro para a actividade económica. A recessão de 1,4% só foi ultrapassada por três vezes desde 1960, quando começa a série do INE. Apenas foi mais negativo logo a seguir à Revolução, em 1975 (-5,1%), em 2009 (-2,9%) e em 2012 (-3,2%).
2013 foi o terceiro consecutivo de recessão para a economia portuguesa, depois de contracções de 3,2% e 1,3% em 2012 e 2011, respectivamente.
A recessão de 2013 foi mais negativa do que o Governo tinha antecipado inicialmente no Orçamento do Estado para 2013 (-1,4% vs -1%).
Que o Governo PSD)CDS-PP mais os burros e as burras que nele acreditam deitem os foguetes e apanhem as canas ...
O lançamento da primeira pedra da nova refinaria de Sines ocorreu a 13 de Dezembro de 2008, um projecto orçado em mil milhões de euros. Disse José Sócrates na ocasião: “Estes investimentos privados são da maior importância para o país e afirmam em definitivo Sines como um centro industrial de primeiríssima linha e uma das áreas mais modernas da indústria portuguesa”. E adiante lembrou o então primeiro-ministro: “Em nenhum outro país europeu teria sido possível, num tão curto espaço de tempo, obter o licenciamento para a conversão de uma refinaria”: http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1058681&page=-1
Já três anos antes, mais precisamente às oito horas do dia 21 de Dezembro de 2005, José Sócrates havia convocado Pedro Queiroz Pereira para uma reunião em São Bento, quando soube que o industrial se preparava para fazer uma fábrica da Portucel na Alemanha. Oito anos depois, Queiroz Pereira confessava que saiu da reunião rendido, dispondo-se a transferir o investimento para Setúbal: “é verdade que Sócrates não cumpriu os pontos todos, mas o que me motivou foi ver a grande vontade dele em que a fábrica ficasse cá e em resolver os obstáculos.” A inauguração da fábrica ocorreu a 27 de Agosto de 2009, porque "É ASSIM QUE SE FAZ UM PAÍS MELHOR":http://www.youtube.com/watch?v=SWAh7lnHBhU .
Na hora actual, a Galp e a Portucel são as duas maiores empresas exportadores (http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/portucel_ja_e_o_segundo_maior_exportador.html), tendo a produtora de pasta e papel ultrapassado a Autoeuropa, que passou para o terceiro lugar. Até agora, ninguém viu uma obra, uma só sequer, que tenha sido edificada pelo governo dos estarolas, que vive afinal do que foi realizado pelo governo anterior que derrubaram há três anos, e que agora abrem a boca para falar de exportações e para cujos resultados não contribuíram em nada.
Como exemplo, já em Dezembro de 2009, a Nissan anunciou a sua disposição de construir em Portugal uma fábrica de baterias de iões de lítio para carros eléctricos, tendo o governo de Sócrates que lutou para a captação deste investimento, facilitado e disponibilizado o terreno na região de Aveiro e que representava um investimento superior a 200 milhões de euros, colocando o país num dos mais avançados no sector, para além da criação de 200 postos de trabalho numa primeira fase. Essa fábrica foi ao ar, já depois da cerimónia (http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=1781677) do lançamento da primeira pedra em Fevereiro de 2011 simplesmente porque o governo saído após as eleições de 2011, obstaculizou burocraticamente a sua implantação por puro preconceito, visto tratar-se de uma aposta do odiado governo anterior na industrialização, chegando ao ponto de o ministro da Economia, o pateta Álvaro dos Santos Pereira, furtar-se a receber o CEO da Renault-Nissan, acabando este por bater com a porta e suspender definitivamente a construção da fábrica em Novembro.
A refinaria de Sines e a fábrica de Setúbal da Portucel são dois seguros de vida do “sucesso” deste governo, que se deve à acção do anterior governo. Uma época em que se diz que não foram feitas reformas estruturais. Esse mistério da “falta” de reformas estruturais desvendar-se-á nos próximos meses, quando o governo de Passos & Portas tiver de vir explicar que as exportações diminuíram porque a refinaria teve de parar para fazer trabalhos de manutenção. Foto de Telmo Vaz Pereira.
VAMOS LÁ FALAR A SÉRIO DE REFORMAS ESTRUTURAIS, BENS TRANSACCIONÁVEIS E EXPORTAÇÕES
Já três anos antes, mais precisamente às oito horas do dia 21 de Dezembro de 2005, José Sócrates havia convocado Pedro Queiroz Pereira para uma reunião em São Bento, quando soube que o industrial se preparava para fazer uma fábrica da Portucel na Alemanha. Oito anos depois, Queiroz Pereira confessava que saiu da reunião rendido, dispondo-se a transferir o investimento para Setúbal: “é verdade que Sócrates não cumpriu os pontos todos, mas o que me motivou foi ver a grande vontade dele em que a fábrica ficasse cá e em resolver os obstáculos.” A inauguração da fábrica ocorreu a 27 de Agosto de 2009, porque "É ASSIM QUE SE FAZ UM PAÍS MELHOR":http://www.youtube.com/watch?v=SWAh7lnHBhU .
Na hora actual, a Galp e a Portucel são as duas maiores empresas exportadores (http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/portucel_ja_e_o_segundo_maior_exportador.html), tendo a produtora de pasta e papel ultrapassado a Autoeuropa, que passou para o terceiro lugar. Até agora, ninguém viu uma obra, uma só sequer, que tenha sido edificada pelo governo dos estarolas, que vive afinal do que foi realizado pelo governo anterior que derrubaram há três anos, e que agora abrem a boca para falar de exportações e para cujos resultados não contribuíram em nada.
Como exemplo, já em Dezembro de 2009, a Nissan anunciou a sua disposição de construir em Portugal uma fábrica de baterias de iões de lítio para carros eléctricos, tendo o governo de Sócrates que lutou para a captação deste investimento, facilitado e disponibilizado o terreno na região de Aveiro e que representava um investimento superior a 200 milhões de euros, colocando o país num dos mais avançados no sector, para além da criação de 200 postos de trabalho numa primeira fase. Essa fábrica foi ao ar, já depois da cerimónia (http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=1781677) do lançamento da primeira pedra em Fevereiro de 2011 simplesmente porque o governo saído após as eleições de 2011, obstaculizou burocraticamente a sua implantação por puro preconceito, visto tratar-se de uma aposta do odiado governo anterior na industrialização, chegando ao ponto de o ministro da Economia, o pateta Álvaro dos Santos Pereira, furtar-se a receber o CEO da Renault-Nissan, acabando este por bater com a porta e suspender definitivamente a construção da fábrica em Novembro.
A refinaria de Sines e a fábrica de Setúbal da Portucel são dois seguros de vida do “sucesso” deste governo, que se deve à acção do anterior governo. Uma época em que se diz que não foram feitas reformas estruturais. Esse mistério da “falta” de reformas estruturais desvendar-se-á nos próximos meses, quando o governo de Passos & Portas tiver de vir explicar que as exportações diminuíram porque a refinaria teve de parar para fazer trabalhos de manutenção. Foto de Telmo Vaz Pereira.
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