O CARNAVAL ESTÁ À PORTA MAS A MÁSCARA JÁ CAIU
(Veja estas pérolas os 2 últimos Links)Pedro Silva Pereira :
- Declaração política (PS) sobre o relatório do FMI
http://www.youtube.com/watch?v=dn7cF-EyMM0
- Resposta a Miguel Frasquilho e Nuno Magalhães no âmbito da Declaração Política (PS) sobre relatório do FMI:http://www.youtube.com/watch?v=vvu6qR5SSEg
- Resposta a Miguel Tiago e Mariana Mortágua no âmbito da Declaração Política (PS) sobre relatório do FMI:http://www.youtube.com/watch?v=RYMg2b5nVD0
O Crescimento das exportações deve-se à nova unidade de refinação da Galp em Sines, cuja construção foi iniciada em dezembro de 2008, durante o Governo de José Sócrates e agora a funcionar em velocidade de cruzeiro para o mercado da exportação.
A Portucel já é o segundo maior exportador, outro investimento que era para ser feito na Alemanha e Sócrates desviou para Portugal, segundo as palavras do empresário Queiroz Pereira.
O aumento no turismo é devido à agitação Social nos Países Árabes e por tal foi desviado para Portugal.
Um país inteiro a olhar para a azinheira e só os pastorinhos da coligação é que vêem a senhora luminosa...
“Passando às contas, Passos diz que um crescimento real de 1,5%, com uma inflação de 1% e um excedente primário (sem juros) de 1,8% são suficientes para assegurar a sustentabilidade de dívida.” (in Expresso)
Em 2010 crescemos 1,9%, a inflação estava em 1,38%
e a dívida totalizava 151.775 milhões.
(Pordata & IGCP)
e a dívida totalizava 151.775 milhões.
(Pordata & IGCP)
Em 2013 caímos -1,4%, a inflação foi de meros 0,25%
e a dívida totalizou 204.252 milhões.
(Pordata & IGCP)
e a dívida totalizou 204.252 milhões.
(Pordata & IGCP)
Ou seja, Passos, que derrubou um governo irresponsável para salvar o país (!!!), almeja os resultados de 2010, desse governo irresponsável que nos levou à "Bancarrota", quando o que tem é o cenário da destruição que criou, muito pior que o cenário que "intenciona", diga-se com grande "inconseguimento frustacional", isto "oralmente falando"?!?!
Ora bolas, parece uma rábula do Tio Marcelo!
Seria de esperar outra coisa de um coiso, que a única coisa que "administrou"
foram as coisas do padrinho e os arranjinhos do Relvas?!?
foram as coisas do padrinho e os arranjinhos do Relvas?!?
http://statusnovi.blogspot.pt/2014/03/a-insustentavel-leveza-do-ser.html
Bruxelas, 27 fev (Lusa) -- O indicador de sentimento económico do Eurostat para Portugal piorou em fevereiro, depois de seis meses consecutivos a subir, mantendo-se abaixo da média dos países da União Europeia (UE), anunciou hoje a Comissão Europeia.
O indicador de sentimento económico calculado pelo gabinete de estatísticas da Comissão Europeia mede a confiança e as expectativas dos consumidores e empresas quanto à economia.
Em Portugal, o indicador passou de 99,6 pontos em janeiro para 98,6 pontos em fevereiro.
Os fornicoques do FMI
Espera lá! Mas não estava tudo a correr bem? Que raio de história é esta de o FMI pôr em causa o sucesso do ajustamento português? Nos últimos dias, colocámos dívida, soubemos que o PIB cresceu acima do esperado, as exportações atingiram recordes, o desemprego caiu, o "Financial Times" glorificou-nos, a "Economist" visitou-nos - e vem o próprio FMI enfiar-nos numa banheira de gelo? Pois, é o que se faz a quem alucina de febre.
O Governo anda a alucinar. A descompressão é compreensível, depois de tantos anos de recessão económica e de repressão social. E a ânsia de boas notícias é tão grande, mas tão grande, que as análises críticas passam por ousadia destruidora. Perguntar sempre ofendeu muita gente. Sobretudo os que não gostam de responder. Mas os bons indicadores de hoje não garantem boas indicações para amanhã. O fim da recessão não é o fim da crise. Estar melhor não é estar bem. Ouvi o FMI.
Sim, o FMI. É uma ironia divertida ouvir o PS a agarra-se ao FMI como elemento credibilizador, ver Paulo Portas amuar com o Fundo, pressentir a mesma turba que arrasou o Fundo tolerá-lo agora. Não foi há muitos meses que Ferreira Fernandes chamou os técnicos do FMI "uns pedaços de merda". Em título. Não é gente amada.
Ao contrário do que se diz, poucas instituições conhecem a macroeconomia portuguesa tão bem como o FMI. Eles não nos visitaram três vezes - estão cá desde a primeira. Nunca saíram de Portugal, há mais de trinta anos que têm delegação fixa e tê-la-ão pelo menos mais vinte, para cuidar dos seus empréstimos. Não são senhores de preto que aterram e descolam. Eles estão.
É o FMI, não o Bloco de Esquerda, que escreve: "O ajustamento externo tem sido conseguido, em larga parte, devido à compressão das importações de bens que não sejam combustíveis e, ultimamente, ao crescimento das exportações de combustíveis". É o FMI, não o PS, que prossegue: "Esta dependência (...) arrisca enfraquecer os ganhos conseguidos até à data, assim que as importações recuperarem de níveis anormalmente baixos e as unidades de refinação eventualmente esgotem a sua capacidade 'extra', ao mesmo tempo que a melhoria na exportação de serviços é vulnerável a choques à procura de turismo."
Esta é a declaração mais impressionante da 10º avaliação do FMI ao programa de ajustamento, hoje publicado. Além dela, o Fundo diz que a competitividade das empresas não foi tão beneficiada pela descida dos salários como se supõe (os custos unitários do trabalho baixaram pouco) e permanece prejudicada por custos de contexto, logísticos (nos Portos) e de energia; o desemprego está alto e a rigidez salarial continua "extremamente elevada"; os bancos ainda têm prejuízos por assumir com créditos e imobiliário - e foram complacentes com as empresas falidas, cujas dívidas não foram reestruturadas.
É um anticlímax. Oportuno. O Governo vai surfar nos próximos meses os bons indicadores, chegará às eleições europeias com crescimento de PIB possivelmente acima dos 2% e pode dispor de uma triunfal "saída limpa". O facto de o FMI cortar rente os delírios políticos recoloca os problemas, que para quem lê jornais são pouco surpreendentes:
- O aumento das exportações é uma excelente notícia. Mas tem três vulnerabilidades: a dependência de produtos petrolíferos de um projeto específico da Galp; o facto de as receitas de turismo provenientes do exterior (que são contabilizadas como exportações de serviços) estarem a aumentar em quantidade, o que é fantástico, mas não em preço - André Jordan falava disso no sábado ao Expresso; e, sobretudo, o serem exportações sem investimento, pelo que resultam sobretudo de deslocação da capacidade instalada para os mercados externos, não de projetos novos ou inovadores. É por isso que não pode falar-se de um choque exportador. Sem investimento não há crescimento económico nem criação de emprego sustentável.
- A redução das importações não é perene. Quando houver investimento empresarial, haverá importação de maquinaria. Com o aumento do consumo, as importações aumentam, porque não somos competitivos na produção de muitos dos produtos que consumimos. Nem é preciso ir a um stand de automóveis. Basta ir a um supermercado e olhar para a nacionalidade do que está nas prateleiras. Made in fora daqui.
- A poupança está a ser estoirada em consumo. A taxa de poupança das famílias portuguesas aumentou muito nos últimos três anos. É uma atitude extraordinária, e explicável em grande parte com a redução dos créditos (o que também conta como poupança) e com a insegurança ante o futuro. Mesmo com o enorme benefício da redução abrupta das taxas Euribor (que evitou a falência de muitas mais famílias com crédito à habitação), houve uma perda de rendimentos muito grande nestes anos. Mesmo assim, os portugueses pouparam. E mais: depositaram nos bancos portugueses, evitando uma fuga de capitais, caso único em países intervencionados. A partir de meados do ano passado, o consumo privado voltou a subir, sustentando grande parte da retoma económica. Ou seja, os portugueses estoiraram parte do que haviam poupado. Isto significa que a poupança não serviu essencialmente para financiar investimentos (através de crédito bancário a empresas), mas para consumo. Olhando para os hotéis, para as vendas de "tablets" no Natal e de automóveis em Janeiro, percebe-se em quê.
- Há uma boa parte da nossa retoma que é cíclica. Isso não tem mal nenhum, mas ajuda a relativizar o "milagre". O próprio Vítor Gaspar sempre previu essa retoma cíclica, apenas se atrasou em um ano. Para isso, ajudou muito o quadro europeu e as melhorias na economia dos nossos parceiros comerciais. Merecemos toda essa sorte (e não merecíamos o azar de, nos primeiros anos da intervenção externa, termos tido a economia externa "contra" nós). Mesmo assim, não deixa de ser, em parte, sorte. Que não nos falte.
- Muitas reformas estruturais não foram feitas, começando pela anedota (já lá vamos) da reforma do Estado, que anda há mais de um ano de gaveta vazia em gaveta vazia. Perdeu-se oportunidade para reestruturar grande parte da nossa economia e a dívida pública está a um nível assustador.
No final do ano passado, o Banco de Portugal surpreendeu com um relatório crédulo e otimista: a economia portuguesa, escreveu o Banco, tinha mudado para sempre. As famílias portuguesas tinham-se tornado poupadas, as empresas tinham-se tornado exportadoras, éramos um País novo. Soou mais a vontade do que a diagnóstico. Ainda desejo que o Banco de Portugal esteja certo. Mas para isso o FMI tem de estar errado. Redondamente errado. Porque o relatório que publicou hoje é paralelepipedicamente o contrário dessa crença. E logo agora que isto estava tudo a correr tão bem.
PS - Finalmente, a anedota: o Governo português garantiu à troika que o guião da reforma do Estado de Paulo Portas vai transformar-se em propostas concretas em Março. Por: Pedro Santos Guerreiro/Expresso 19/O2/2014
Banco de Portugal denuncia farsa nas exportações
Carlos Costa, Banco de Portugal
D.R.
D.R.
Os maiores exportadores portugueses contribuem bem menos do que se pensa para o aumento da riqueza interna da economia, vulgo PIB, diz o Banco de Portugal.
O caso mais evidente é o do sector dos produtos petrolíferos refinados, onde a Petrogal (grupo Galp) é o maior ator: é o grande exportador por excelência, em peso e em dinamismo anual, mas importa tanto que acaba por quase anular o seu contributo aparente para a expansão anual.
No boletim económico da primavera, o banco central governado por Carlos Costa denuncia a situação, analisando o que aconteceu em 2013. “Por exemplo, os produtos petrolíferos refinados reduzem o seu peso (de 7,8% nas exportações nominais totais de bens para 1,9%) enquanto os artigos de vestuário registam um aumento (de 5,5% para 7,1%)”. É a diferença entre considerar-se a evolução normal – utilizada pelo Governo para se congratular pelo sucesso do ajustamento externo – e usar uma medida corrigida da dependência desses sectores às importações.
Também o contributo líquido dos refinados é muito menor. As exportações de bens totais avançaram 27,4% em 2013, sendo que o contributo oficial do sector em causa se saldou em 2,1 pontos percentuais. A medida corrigida baixa essa ajuda para apenas 0,5 pontos.
Vestuário vale mais que combustíveisNaquele exemplo em concreto, torna-se evidente que o sector do vestuário está muito mais emancipado em relação às importações, é mais nacional que os outros. Portanto, ajuda muito mais do que se julga à retoma da economia. O seu peso (corrigido) no total das exportações de mercadorias até é superior ao do sector dos combustíveis.
Outros relacionados:
http://viriatoapedrada.blogspot.pt/2013/12/teresa-leal-coelho-despedida-do-ccb-e.html
A Irlanda teve em 2011 um crescimento do PIB de 2.2 % e em 2012, 0.2 % . Portugal em 2011 um crescimento do PIB de - 1.3 % e em 2012 , -3.2 %
A Irlanda tinha do 3º Quadrimestre de 2013 um rácio de Divida Publica de 124.8 % . Portugal tinha 128.7 %.
A Irlanda teve deficits orçamentais em 2011 - 13.1 % e em 2012 , - 8.2 % . Portugal teve - 4.3 % em 2011 e 6.4 % em 2012.
Em resumo a Irlanda cresceu ....... Portugal destruiu riqueza.
A Irlanda não se preocupou tanto com o deficit orçamental que foi muito superior ao de Portugal o que significa que amenizou os sacrifícios ...... Portugal foi além da Troika.
A Dívida Publica Irlandesa era de 91.3 em 2010 e é de 124.8 % em 2013 ......... Portugal tinha uma Divida Publica de 93% do PIB em 2010 e agora é de 128.7 % em 2013.
Tirem as conclusões das diferenças ........
Com este panorama , a Irlanda sai do Programa de Ajustamento , recusa um Programa Cautelar e obtêm taxas de juro nos mercados ( e elevada procura ) nas recentes emissões de 3.2% .
Portugal ainda dentro do Programa de Ajustamento ou seja com garantia adicional fornecida pela Troika aos mercados e tem taxas no mercado de 5.112 %. Por: Ahaefe Atsoke / Facebook
A Irlanda tinha do 3º Quadrimestre de 2013 um rácio de Divida Publica de 124.8 % . Portugal tinha 128.7 %.
A Irlanda teve deficits orçamentais em 2011 - 13.1 % e em 2012 , - 8.2 % . Portugal teve - 4.3 % em 2011 e 6.4 % em 2012.
Em resumo a Irlanda cresceu ....... Portugal destruiu riqueza.
A Irlanda não se preocupou tanto com o deficit orçamental que foi muito superior ao de Portugal o que significa que amenizou os sacrifícios ...... Portugal foi além da Troika.
A Dívida Publica Irlandesa era de 91.3 em 2010 e é de 124.8 % em 2013 ......... Portugal tinha uma Divida Publica de 93% do PIB em 2010 e agora é de 128.7 % em 2013.
Tirem as conclusões das diferenças ........
Com este panorama , a Irlanda sai do Programa de Ajustamento , recusa um Programa Cautelar e obtêm taxas de juro nos mercados ( e elevada procura ) nas recentes emissões de 3.2% .
Portugal ainda dentro do Programa de Ajustamento ou seja com garantia adicional fornecida pela Troika aos mercados e tem taxas no mercado de 5.112 %. Por: Ahaefe Atsoke / Facebook
Reis Nunes
1.XIX governo de Portugal tomou posse em 21 de Junho de 2011.Duração dois (2) anos e oito (8) meses !
2.Dívida pública no final de 2013 ; 129% do PIB o que equivale a 213,4 mil milhões de euros! ( baseada em critérios de Maastricht ). (" Num critério mais amplo registou 153,1 % do PIB,e se considerarmos as empresas públicas não financeiras incluídas e não incluídas no perímetro orçamenta aquele rácio sobe para 165 % "- Noticia on line de Jorge Nascimento Robrigues )
eduvel
Estes são números do IGCP, uma fonte que certamente não irá por em causa.
Divida Directa do Estado em Jun 2005: 95 MM€
Divida Directa do Estado em Jun 2011: 172MM€ (72 meses depois)
Divida Directa do Estado em Jan 2014: 208MM€ (31 meses depois)
Taxa de crescimento médio da dívida Jun 2005 a Jun 2011 =
(172-95)/72 = 77 MM€ / 72 = 1,07 MM€ por mes
Taxa de crescimento médio da dívida Jun 2011 a Jan 2014 =
(208-172)/31 = 36MM€ / 31 = 1.16 MM€ por mes
http://www.igcp.pt
Lamento que estes números não ajudem à.... narrativa. Mas é um facto que este governo, com todos os cortes e com toda a destruição na economia que induziu, conseguiu a grande façanha de endividar o pais a uma velocidade maior que o louco despesista do Sócrates viriatoapedrada.blogspot.pt/2012/12/carvalhas-ha-15-anos-costa-hoje-e-eca.html
viriatoapedrada.blogspot.pt/2014/02/divida-passos-e-portas-bate-record.html
Foi hoje publicado o Boletim Estatístico (2/2014) do Banco de Portugal. Observa-se que a dívida externa — o maior problema do país — não pára de aumentar:
- • 104,8% em 2011;
• 116,1% em 2012;
• 118,9% em 2013.
Para não se pensar que sou excessivamente crítico, quero dar os parabéns ao governo por ter conseguido descidas nas taxas de juro da dívida, não só em Portugal, mas também na Grécia, em Espanha, na Irlanda e em Itália. É motivo de orgulho saber que a política de Passos Coelho não tem apenas efeitos no País, mas em quase toda a Europa. Por: Daniel Oliveira
Juros da dívida a 10 anos a 20/1/2014
Portugal
20/01..... 5,214
17/01..... 5,231
Grécia
20/01..... 7,831
17/01..... 7,850
Irlanda
20/01...... 3,274
17/01...... 3,443
Itália
20/01...... 3,800
17/01...... 3,822
Espanha
20/01...... 3,692
17/01...... 3,710
vá-se lá saber porquê..
20/01..... 5,214
17/01..... 5,231
Grécia
20/01..... 7,831
17/01..... 7,850
Irlanda
20/01...... 3,274
17/01...... 3,443
Itália
20/01...... 3,800
17/01...... 3,822
Espanha
20/01...... 3,692
17/01...... 3,710
vá-se lá saber porquê..
VAMOS LÁ FALAR A SÉRIO DE REFORMAS ESTRUTURAIS, BENS TRANSACCIONÁVEIS E EXPORTAÇÕES
O lançamento da primeira pedra da nova refinaria de Sines ocorreu a 13 de Dezembro de 2008, um projecto orçado em mil milhões de euros. Disse José Sócrates na ocasião: “Estes investimentos privados são da maior importância para o país e afirmam em definitivo Sines como um centro industrial de primeiríssima linha e uma das áreas mais modernas da indústria portuguesa”. E adiante lembrou o então primeiro-ministro: “Em nenhum outro país europeu teria sido possível, num tão curto espaço de tempo, obter o licenciamento para a conversão de uma refinaria”: http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1058681&page=-1
O lançamento da primeira pedra da nova refinaria de Sines ocorreu a 13 de Dezembro de 2008, um projecto orçado em mil milhões de euros. Disse José Sócrates na ocasião: “Estes investimentos privados são da maior importância para o país e afirmam em definitivo Sines como um centro industrial de primeiríssima linha e uma das áreas mais modernas da indústria portuguesa”. E adiante lembrou o então primeiro-ministro: “Em nenhum outro país europeu teria sido possível, num tão curto espaço de tempo, obter o licenciamento para a conversão de uma refinaria”: http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1058681&page=-1
Já três anos antes, mais precisamente às oito horas do dia 21 de Dezembro de 2005, José Sócrates havia convocado Pedro Queiroz Pereira para uma reunião em São Bento, quando soube que o industrial se preparava para fazer uma fábrica da Portucel na Alemanha. Oito anos depois, Queiroz Pereira confessava que saiu da reunião rendido, dispondo-se a transferir o investimento para Setúbal: “é verdade que Sócrates não cumpriu os pontos todos, mas o que me motivou foi ver a grande vontade dele em que a fábrica ficasse cá e em resolver os obstáculos.” A inauguração da fábrica ocorreu a 27 de Agosto de 2009, porque "É ASSIM QUE SE FAZ UM PAÍS MELHOR":http://www.youtube.com/watch?v=SWAh7lnHBhU .
Na hora actual, a Galp e a Portucel são as duas maiores empresas exportadores (http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/portucel_ja_e_o_segundo_maior_exportador.html), tendo a produtora de pasta e papel ultrapassado a Autoeuropa, que passou para o terceiro lugar. Até agora, ninguém viu uma obra, uma só sequer, que tenha sido edificada pelo governo dos estarolas, que vive afinal do que foi realizado pelo governo anterior que derrubaram há três anos, e que agora abrem a boca para falar de exportações e para cujos resultados não contribuíram em nada.
Como exemplo, já em Dezembro de 2009, a Nissan anunciou a sua disposição de construir em Portugal uma fábrica de baterias de iões de lítio para carros eléctricos, tendo o governo de Sócrates que lutou para a captação deste investimento, facilitado e disponibilizado o terreno na região de Aveiro e que representava um investimento superior a 200 milhões de euros, colocando o país num dos mais avançados no sector, para além da criação de 200 postos de trabalho numa primeira fase. Essa fábrica foi ao ar, já depois da cerimónia (http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=1781677) do lançamento da primeira pedra em Fevereiro de 2011 simplesmente porque o governo saído após as eleições de 2011, obstaculizou burocraticamente a sua implantação por puro preconceito, visto tratar-se de uma aposta do odiado governo anterior na industrialização, chegando ao ponto de o ministro da Economia, o pateta Álvaro dos Santos Pereira, furtar-se a receber o CEO da Renault-Nissan, acabando este por bater com a porta e suspender definitivamente a construção da fábrica em Novembro.
A refinaria de Sines e a fábrica de Setúbal da Portucel são dois seguros de vida do “sucesso” deste governo, que se deve à acção do anterior governo. Uma época em que se diz que não foram feitas reformas estruturais. Esse mistério da “falta” de reformas estruturais desvendar-se-á nos próximos meses, quando o governo de Passos & Portas tiver de vir explicar que as exportações diminuíram porque a refinaria teve de parar para fazer trabalhos de manutenção. Foto de Telmo Vaz Pereira.
Na hora actual, a Galp e a Portucel são as duas maiores empresas exportadores (http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/portucel_ja_e_o_segundo_maior_exportador.html), tendo a produtora de pasta e papel ultrapassado a Autoeuropa, que passou para o terceiro lugar. Até agora, ninguém viu uma obra, uma só sequer, que tenha sido edificada pelo governo dos estarolas, que vive afinal do que foi realizado pelo governo anterior que derrubaram há três anos, e que agora abrem a boca para falar de exportações e para cujos resultados não contribuíram em nada.
Como exemplo, já em Dezembro de 2009, a Nissan anunciou a sua disposição de construir em Portugal uma fábrica de baterias de iões de lítio para carros eléctricos, tendo o governo de Sócrates que lutou para a captação deste investimento, facilitado e disponibilizado o terreno na região de Aveiro e que representava um investimento superior a 200 milhões de euros, colocando o país num dos mais avançados no sector, para além da criação de 200 postos de trabalho numa primeira fase. Essa fábrica foi ao ar, já depois da cerimónia (http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=1781677) do lançamento da primeira pedra em Fevereiro de 2011 simplesmente porque o governo saído após as eleições de 2011, obstaculizou burocraticamente a sua implantação por puro preconceito, visto tratar-se de uma aposta do odiado governo anterior na industrialização, chegando ao ponto de o ministro da Economia, o pateta Álvaro dos Santos Pereira, furtar-se a receber o CEO da Renault-Nissan, acabando este por bater com a porta e suspender definitivamente a construção da fábrica em Novembro.
A refinaria de Sines e a fábrica de Setúbal da Portucel são dois seguros de vida do “sucesso” deste governo, que se deve à acção do anterior governo. Uma época em que se diz que não foram feitas reformas estruturais. Esse mistério da “falta” de reformas estruturais desvendar-se-á nos próximos meses, quando o governo de Passos & Portas tiver de vir explicar que as exportações diminuíram porque a refinaria teve de parar para fazer trabalhos de manutenção. Foto de Telmo Vaz Pereira.
O TIRO NO PORTA-AVIÕES
• Pedro Silva Pereira, 'O tiro no porta-aviões', hoje no Diário Económico:
«Ainda se viam no ar os foguetes coloridos do Governo para comemorar o apregoado sucesso do
"ajustamento estrutural" da economia portuguesa e já o FMI estragava a festa reconhecendo no Relatório da 10ª avaliação que esse ajustamento não passa de uma ilusão. Apanhado em falso, o Governo não gostou e discordou. Mas qual deles, Governo ou FMI, está em campanha eleitoral?
As palavras do FMI são absolutamente claras e dizem que o tão falado ajustamento externo, expresso na balança de mercadorias, tem sido conseguido, em larga medida, devido ao efeito conjugado da queda das importações - por força do empobrecimento - e do crescimento das exportações de combustíveis. E com isso deixa, sobretudo, um aviso: os ganhos conseguidos podem ficar em causa "assim que as importações recuperarem de níveis anormalmente baixos e as unidades de refinação eventualmente esgotem a sua capacidade extra", sendo que a melhoria registada na exportação de serviços, designadamente no turismo, é também muito vulnerável a choques na procura.
O que tudo isto significa é muito simples para quem o queira entender: os resultados obtidos no ajustamento externo - o tão falado porta-aviões das exportações - não traduzem uma reforma estrutural da economia mas sim o efeito da queda brutal da procura interna, do contexto favorável no sector do turismo e, sobretudo, da entrada em funcionamento de um projecto lançado ainda no tempo do Governo socialista: a refinaria da Galp, em Sines.
Os números, aliás, são absolutamente claros: os combustíveis explicam quase 60% do aumento das exportações de mercadorias. E se excluirmos os combustíveis das exportações e das importações, a balança comercial de mercadorias seria afinal negativa e não positiva.
Houve - ninguém o nega - uma resposta positiva das empresas portuguesas que reforçaram em vários sectores a sua aposta nos bens transaccionáveis. Isso é um facto. Como é também um facto positivo que a economia portuguesa dê finalmente sinais de recuperação, beneficiando de uma conjuntura externa menos desfavorável e tirando partido dos travões à política de austeridade impostos pelo Tribunal
Constitucional. Ao contrário do que se pretende fazer crer, o Mundo não se divide entre os que se alegram com os bons resultados e os que se zangam com eles. Nem entre os que reconhecem o esforço dos portugueses e os que o menosprezam. Essa dicotomia primária é falsa e apenas serve para alimentar despiques parlamentares e políticos vazios de conteúdo e de sentido.
O que está em causa é outra coisa: é saber se o País aproveita esta oportunidade para convergir numa leitura realista da situação da economia portuguesa. Que reconheça os problemas e não que os disfarce. Que crie condições para novas respostas políticas e não que insista no erro desta política que assenta numa nota só: austeridade.
Nem adianta fingir: uma economia que sofreu três anos consecutivos de recessão, viu o desemprego disparar para 16% e regista uma dívida pública que galgou em três anos dos 94% para os 130% do PIB não está nem pode estar melhor do que estava. Não se insista, pois, na ilusão de um sucesso que ninguém vê e numa transformação estrutural da economia em que ninguém acredita. Faz mal o Governo em rejeitar o diagnóstico e faz pior em abusar da receita. Porque a fantasia já não engana ninguém. O Carnaval pode estar à porta mas a máscara já caiu.»
http://economico.sapo.pt/noticias/o-tiro-no-portaavioes_187647.html
• Pedro Silva Pereira, 'O tiro no porta-aviões', hoje no Diário Económico:
«Ainda se viam no ar os foguetes coloridos do Governo para comemorar o apregoado sucesso do
"ajustamento estrutural" da economia portuguesa e já o FMI estragava a festa reconhecendo no Relatório da 10ª avaliação que esse ajustamento não passa de uma ilusão. Apanhado em falso, o Governo não gostou e discordou. Mas qual deles, Governo ou FMI, está em campanha eleitoral?
As palavras do FMI são absolutamente claras e dizem que o tão falado ajustamento externo, expresso na balança de mercadorias, tem sido conseguido, em larga medida, devido ao efeito conjugado da queda das importações - por força do empobrecimento - e do crescimento das exportações de combustíveis. E com isso deixa, sobretudo, um aviso: os ganhos conseguidos podem ficar em causa "assim que as importações recuperarem de níveis anormalmente baixos e as unidades de refinação eventualmente esgotem a sua capacidade extra", sendo que a melhoria registada na exportação de serviços, designadamente no turismo, é também muito vulnerável a choques na procura.
O que tudo isto significa é muito simples para quem o queira entender: os resultados obtidos no ajustamento externo - o tão falado porta-aviões das exportações - não traduzem uma reforma estrutural da economia mas sim o efeito da queda brutal da procura interna, do contexto favorável no sector do turismo e, sobretudo, da entrada em funcionamento de um projecto lançado ainda no tempo do Governo socialista: a refinaria da Galp, em Sines.
Os números, aliás, são absolutamente claros: os combustíveis explicam quase 60% do aumento das exportações de mercadorias. E se excluirmos os combustíveis das exportações e das importações, a balança comercial de mercadorias seria afinal negativa e não positiva.
Houve - ninguém o nega - uma resposta positiva das empresas portuguesas que reforçaram em vários sectores a sua aposta nos bens transaccionáveis. Isso é um facto. Como é também um facto positivo que a economia portuguesa dê finalmente sinais de recuperação, beneficiando de uma conjuntura externa menos desfavorável e tirando partido dos travões à política de austeridade impostos pelo Tribunal
Constitucional. Ao contrário do que se pretende fazer crer, o Mundo não se divide entre os que se alegram com os bons resultados e os que se zangam com eles. Nem entre os que reconhecem o esforço dos portugueses e os que o menosprezam. Essa dicotomia primária é falsa e apenas serve para alimentar despiques parlamentares e políticos vazios de conteúdo e de sentido.
O que está em causa é outra coisa: é saber se o País aproveita esta oportunidade para convergir numa leitura realista da situação da economia portuguesa. Que reconheça os problemas e não que os disfarce. Que crie condições para novas respostas políticas e não que insista no erro desta política que assenta numa nota só: austeridade.
Nem adianta fingir: uma economia que sofreu três anos consecutivos de recessão, viu o desemprego disparar para 16% e regista uma dívida pública que galgou em três anos dos 94% para os 130% do PIB não está nem pode estar melhor do que estava. Não se insista, pois, na ilusão de um sucesso que ninguém vê e numa transformação estrutural da economia em que ninguém acredita. Faz mal o Governo em rejeitar o diagnóstico e faz pior em abusar da receita. Porque a fantasia já não engana ninguém. O Carnaval pode estar à porta mas a máscara já caiu.»
http://economico.sapo.pt/noticias/o-tiro-no-portaavioes_187647.html
Os senhores Políticos andam TODOS um bocado BARALHADOS.
Os da “situação” exultam com os resultados da execução orçamental. Motivo: o “deficit” ficou abaixo do “combinado” com a TROIKA.
Os da “oposição” criticam as opções de futuro. Motivo: se o “deficit” foi menor, então há “folga” para reduzir a austeridade.
Vamos falar verdade de uma vez por todas! Nenhum tem razão no que está a dizer.
Do lado do Governo exultar por ter “deficit” é um ABSURDO: Se há “deficit” significa que se gastou mais dinheiro do que o que se cobrou. Ou seja: ESTAMOS MAIS POBRES e MAIS ENDIVIDADOS (e, confesso, que não vejo nenhum motivo para exultar sobre isto).
Do lado da oposição, se é verdade que há MUITAS razões (até mesmo técnico-económicas) para criticar o caminho seguido (e, já decidido, a seguir), não é (repito: não é) porque exista “folga”. Não há NENHUMA folga. FALTOU DINHEIRO (muito dinheiro).
A realidade: O Governo COBROU (a mais) 3,5 Mil Milhões de Euros e o “deficit” só desceu 1,3 Mil Milhões de Euros (2,2 Mil Milhões foram TORRADOS).
Por outras palavras: com cortes, sem investimento, com aumentos de impostos, com redução de prestações sociais, mesmo assim o Governo arranjou maneira de TORRAR 2,2 Mil Milhões de Euros.
E, os do Governo ainda acham que devem exultar. E, os da Oposição não conseguem perceber NADA do que realmente se está a passar.
Os senhores Políticos andam TODOS um bocado BARALHADOS.
Mas, os “mercados”, esses mostram que estão MUITO ATENTOS: mal foram conhecidos os resultados da “execução orçamental” (os tais que o Governo exulta e a oposição diz criarem “folgas”), IMEDIATAMENTE os Juros e o RISCO da Dívida Portuguesa SUBIRAM!
Os “mercados” perceberam que com a destruição económica foram TORRADOS 2,2 Mil Milhões de Euros. Os Políticos, esses, permaneceram BARALHADOS.
Pior: com o seu “discurso” estão a tentar BARALHAR os eleitores. PROPOSITADAMENTE!!
Do lado do Governo exultar por ter “deficit” é um ABSURDO: Se há “deficit” significa que se gastou mais dinheiro do que o que se cobrou. Ou seja: ESTAMOS MAIS POBRES e MAIS ENDIVIDADOS (e, confesso, que não vejo nenhum motivo para exultar sobre isto).
Do lado da oposição, se é verdade que há MUITAS razões (até mesmo técnico-económicas) para criticar o caminho seguido (e, já decidido, a seguir), não é (repito: não é) porque exista “folga”. Não há NENHUMA folga. FALTOU DINHEIRO (muito dinheiro).
A realidade: O Governo COBROU (a mais) 3,5 Mil Milhões de Euros e o “deficit” só desceu 1,3 Mil Milhões de Euros (2,2 Mil Milhões foram TORRADOS).
Por outras palavras: com cortes, sem investimento, com aumentos de impostos, com redução de prestações sociais, mesmo assim o Governo arranjou maneira de TORRAR 2,2 Mil Milhões de Euros.
E, os do Governo ainda acham que devem exultar. E, os da Oposição não conseguem perceber NADA do que realmente se está a passar.
Os senhores Políticos andam TODOS um bocado BARALHADOS.
Mas, os “mercados”, esses mostram que estão MUITO ATENTOS: mal foram conhecidos os resultados da “execução orçamental” (os tais que o Governo exulta e a oposição diz criarem “folgas”), IMEDIATAMENTE os Juros e o RISCO da Dívida Portuguesa SUBIRAM!
Os “mercados” perceberam que com a destruição económica foram TORRADOS 2,2 Mil Milhões de Euros. Os Políticos, esses, permaneceram BARALHADOS.
Pior: com o seu “discurso” estão a tentar BARALHAR os eleitores. PROPOSITADAMENTE!!
UM RECORD PARA O GUINNESS - A MAIOR DÍVIDA DE SEMPRE
Jorge Nascimento Rodrigues, lembra que o Governo de Passos & Portas bateu um record muito velhinho, que subsistia desde o século XIX: a dívida pública atingiu 129% do PIB no final de 2013, valor certificado agora pelo FMI, pela Comissão Europeia e pelo Banco de Portugal.
Jorge Nascimento Rodrigues, lembra que o Governo de Passos & Portas bateu um record muito velhinho, que subsistia desde o século XIX: a dívida pública atingiu 129% do PIB no final de 2013, valor certificado agora pelo FMI, pela Comissão Europeia e pelo Banco de Portugal.
Sabia-se que a queda do record estava iminente. Em 2012, o Governo igualou o rácio da dívida pública face ao PIB atingido em 1892, que se elevou a 124% [cf. Jorge Nascimento Rodrigues, Portugal na Bancarrota - Cinco séculos de História da Dívida Soberana Portuguesa -http://www.centroatl.pt/titulos/desafios/bancarrota/]. Agora, apossou-se deste record que tem barbas. Nem se percebe por que Passou Coelho não aproveitou a subida ao palanque no congresso para comemorar esta proeza única. Verdadeiramente histórica.
Dívida em nível recorde, mas FMI acha que é sustentável
A dívida pública atingiu 129% do PIB no final de 2013, segundo o Banco de Portugal e a troika. É um máximo histórico, superior ao registado no ano da última bancarrota em 1892
A dívida pública atingiu no final de 2013 um recorde histórico ao registar 129% do PIB, segundo dados do Banco de Portugal (BdP) no seu Boletim Estatístico deste mês. O rácio é similar ao publicado, também esta semana, nos relatórios dos técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da Comissão Europeia sobre os resultados da 10ª avaliação do andamento do plano de resgate. Apesar do pico histórico, a troika considera-a sustentável no médio prazo.
Este nível de dívida no PIB ultrapassou os máximos anteriores registados no ano fiscal de 1892/1893 - em junho de 1892 ocorrera a última, até à data, bancarrota da dívida portuguesa - e em 2012 quando aquele rácio atingiu os 124%. O rácio de referência atual é baseado no critério de Maastricht. Nesse quadro, o rácio aumentou 35 pontos percentuais desde o final de 2010 e cinco pontos percentuais desde 2012. O pico de 131,6% do PIB terá ocorrido em novembro de 2013 (quando registou 217,2 mil milhões de euros contra 213,4 mil milhões no final de dezembro, segundo dados do BdP).
Num critério mais amplo registou 153,1% do PIB no final de dezembro de 2013, e se considerarmos as empresas públicas não financeiras incluídas e não incluídas no perímetro orçamental aquele rácio sobe para 165%.
Se deduzirmos os depósitos que servem de "almofada financeira" (que no final de 2013 somava mais de 15 mil milhões de euros), o rácio da dívida subiu de 114% em 2012 para 118,5% no final de 2013, segundo dados do BdP. Em relação ao final de 2010 representa uma subida de quase 27 pontos percentuais.
Mas apesar da dívida pública ter batido um recorde histórico, os técnicos do FMI continuam a considerar que é "sustentável no médio prazo", apesar de não o poderem assegurar "com alta probabilidade". No relatório sobre a 10ª avaliação do programa de resgate, a equipa do Fundo projeta que aquele rácio vai entrar numa trajetória descendente, pelo menos nos próximos cinco anos, baixando para 115% do PIB em 2019.
Essa previsão de inversão resulta de uma projeção dos técnicos do Fundo: a taxa de crescimento nominal do PIB e a geração de excedentes orçamentais primários a partir de 2015, inclusive, vão ser suficientes para superar a taxa de juro anual de todo o stock da dívida, que até vai subir de 3,5% em 2013 para 4% em 2019.
Mais precisamente, a simulação do FMI pressupõe para o cenário base de 2014-2019 que: a) a taxa anual média do crescimento nominal do PIB será de 3,3% (superior a 2,9% verificada entre 2002 e 2010, durante o período da bolha financeira e da resposta inicial anti-crise); b)o ajustamento das contas públicas será continuado e gerará excedentes orçamentais progressivamente crescentes, começando com 1,9% em 2015 e chegando a 3,2% em 2019, depois de um pequeno excedente em 2014. Por: Jorge Nascimento Rodrigues / Expresso/22 /02/ 2014
CARLOS CARVALHAS NO ENCONTRO NACIONAL DO PCP - OS CULPADOS DA DÍVIDA
«(...) Em relação à dívida do país em primeiro lugar é preciso recordar que a dívida privada é superior à dívida pública, coisa que esses senhores sempre escondem.
Segundo, é preciso também lembrar que em relação à dívida pública Portugal em 2007, ano em que a crise rebentou tinha uma dívida de 68,4% do PIB, ao nível da zona Euro, inferior à de países como a Itália, Bélgica, praticamente igual à da França e da Alemanha.
O que se passa então para a dívida subir em flecha? Foi porque o Estado passou a gastar muito mais na saúde, no ensino, na investigação? Não! A subida em flecha da dívida pública deu-se devido à quebra de receitas provocadas pela crise, porque no essencial o Estado tomou nas suas mãos o desendividamento e a capitalização da banca.
Os trabalhadores, os pensionistas e os pequenos e médios empresários têm estado a pagar o desendividamento da banca ao serviço dos banqueiros e dos grandes accionistas. Não é só o caso dos milhões e milhões enterrados no BPN, no BCP, no BPP, no Banif, são também os milhões que a banca ganha com o Estado, comprando dívida pública que lhes rende juros de 4,5,6% e que depois os deposita no BCE como colaterais, recebendo iguais montantes a 0,25%, os milhões que recebem em benefícios fiscais, os milhões que têm ganho com as PPP's e até com as rendas excessivas, pois no final são eles que estão por detrás de tais operações e empresas! (...
Entrevista a João Cravinho
O socialista João Cravinho foi deputado, eurodeputado, ministro da Indústria, ministro do Planeamento e do Equipamento, e administrador do Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento.
João Cravinho considera que Portugal nunca terá um segundo resgate, porque isso significaria assumir o falhanço do primeiro. “Quando esta gente se afadiga se chegamos ao cautelar ou não, eles já sabem que esse problema está resolvido”, argumenta.
Nesta entrevista conduzida pela jornalista Maria Flor Pedroso, João Cravinho afirma que Portugal não terá condições nos próximos dez anos para se livrar da influência alemã.
ttp://www.rtp.pt/antena1/?t=Entrevista-a-Joao-Cravinho.rtp&article=7216&visual=11&tm=16&headline=13
O socialista João Cravinho foi deputado, eurodeputado, ministro da Indústria, ministro do Planeamento e do Equipamento, e administrador do Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento.
João Cravinho considera que Portugal nunca terá um segundo resgate, porque isso significaria assumir o falhanço do primeiro. “Quando esta gente se afadiga se chegamos ao cautelar ou não, eles já sabem que esse problema está resolvido”, argumenta.
Nesta entrevista conduzida pela jornalista Maria Flor Pedroso, João Cravinho afirma que Portugal não terá condições nos próximos dez anos para se livrar da influência alemã.
ttp://www.rtp.pt/antena1/?t=Entrevista-a-Joao-Cravinho.rtp&article=7216&visual=11&tm=16&headline=13
Variação da dívida per capita de alguns dos países desenvolvidos:
LIVRO DE NOAM CHOMSKY
O intelectual norte-americano Noam Chomsky considerou que as medidas de austeridade na Europa estão a "funcionar muito bem para os bancos", mas estão a "esmagar" as populações dos países mais fracos.
"É difícil pensar numa razão para isto, para além de uma guerra de classes. O efeito das políticas é enfraquecer medidas de previdência social e reduzir o poder dos trabalhadores. Isso é a guerra de classes. Funciona muito bem para os bancos, para as instituições financeiras mas, para a população, é terrível", disse Noam Chomsky, 86 anos, numa série de entrevistas publicada em livro, lançado esta semana em Portugal.
Em "Mudar o Mundo -- Noam Chomsky e David Barsamian analisam as grandes questões do século XXI", editado em Portugal pela Bertrand, o linguista, filósofo e pensador norte-americano afirmou que é "bastante difícil" explicar o que o Banco Central Europeu está a fazer, sublinhando que a austeridade é a "pior política possível" durante uma recessão.
"O efeito é que, sob estas políticas, os países mais fracos da União Europeia nunca conseguirão saldar a dívida. Na verdade, os níveis de dívida estão a piorar. À medida que se reduz o crescimento, reduzem-se as possibilidades de pagamento da dívida. Assim, essas nações afundam-se cada vez mais na miséria", criticou Noam Chomsky, referindo-se aos países do sul da Europa.
O poder dos grupos financeiros e do pensamento liberal são outros tópicos que preocupam o académico norte-americano que, referindo-se ao exemplo dos Estados Unidos, avisou que o problema do ensino privado está a agravar-se devido ao valor excessivo das propinas.
De acordo com Chomsky, não há qualquer base económica que sustente o aumento das propinas, que está a fazer com que a "dívida estudantil" seja equiparada ao nível da dívida dos cartões de crédito e sobre a qual não parece haver solução.
"Assim, fica-se preso para o resto da vida. É uma técnica impressionante de dominação e controlo", alertou Chomsky, que aplica a mesma linha de pensamento em relação ao ataque contra o Estado Social.
"A minha impressão é que a Segurança Social está a ser atacada pelos mesmos motivos. Não há qualquer justificação económica. Está em muito boa forma. Com alguns ajustes, poderia prolongar-se indefinidamente", disse.
Para Chomsky - que constatou que a democracia é odiada por alguns setores da sociedade norte-americana - é preciso fazer algo a respeito da Segurança Social porque se trata de um sistema, afirmou, baseado na noção de que é preciso as pessoas importarem-se umas com as outras.
"Não se podem ouvir coisas deste género: se uma viúva não tem comida, problema dela. Casou-se com o marido errado ou não fez os investimentos certos. Numa sociedade em que cada um sabe de si, não se presta atenção a mais ninguém", acusou o professor do Massachusetts Institute of Technology (MIT), manifestando-se preocupado com a "doutrina" liberal que, nos Estados Unidos, "não está muito longe do totalitarismo".
Por outro lado, Chomsky considerou as "táticas" do movimento Occupy, que tem vindo a denunciar as desigualdades através de manifestações, colóquios e ocupações, como "extremamente bem-sucedidas" porque, apesar de serem fenómenos inorgânicos, são capazes de criar comunidades e redes de contacto numa sociedade de pessoas solitárias.
No livro, que publica entrevistas realizadas entre 2010 e 2012, Chomsky reafirmou a importância do associativismo e, sobretudo, do sindicalismo em sociedades dominadas pela propaganda e "geridas" por empresas que controlam as populações através de bens de consumo e que "prendem" os consumidores "através de técnicas antigas" como as dívidas e os pagamentos a crédito.
"Os sistemas de propaganda mais relevantes que enfrentamos hoje em dia, na maioria provenientes da indústria gigantesca de relações públicas, foram desenvolvidos, de forma bastante propositada, há cerca de um século, nos países mais livres do mundo, devido a um reconhecimento muito claro e articulado de que as pessoas haviam ganhado tantos direitos que seria difícil suprimi-los pela força", explicou Noam Chomsky nas entrevistas realizadas por David Barsamian, escritor e radialista norte-americano, fundador da rede Alternative Radio. por Lusa, publicado por Luís Manuel Cabral19 fevereiro 2014
- QUADRILHA
- João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.
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