domingo, 9 de fevereiro de 2014

A história dos quadros Miró

                     




" A nacionalização do BPN que teve lugar a 2 de Novembro de 2008, a Sociedade Lusa de Negócios (SLN), dona do BPN, começou a promover a venda de ativos da instituição. "

" A SLN - presidida na altura por Miguel Cadilhe - pretendia alienar todos os ativos extravagantes da instituição : Não só os quadros de Miró, mas também uma coleção de arte egípcia e um acervo de moedas evocativas do Euro 2004, avaliado em 40 milhões de euros. "

  •  É lamentável que as " vozes do dono " não contem a história toda.
  • António Reis Porque é que o Expresso e a SIC não referem que em 2008, depois da nacionalização , quem administrava o BPN -SLN era um antigo ministro de Cavaco - o Miguel Cadilhe ? E segundo a SIC noticia, Teixeira dos Santos não sabia de nada. Pode querer dizer, que o antigo Ministro de Cavaco andava já nas negociatas da venda dos quadros de Miró.
Ouça-se aqui (http://www.tvi24.iol.pt/videos/video/14080436/1) o que Teixeira dos Santos disse sobre o assunto, e que desmente categoricamente o que diz Ricardo Costa.

                        A mostrar image001.png
   
Deixem-se de entretantos e vamos aos finalmentos. Estas desculpas esfarrapadas fazem lembrar os mesmos argumentos que se usam para os submarinos. Se no governo de Sócrates houve ou não houve intenção, pouco interessa para o caso, pois quem está a decidir é Passos. 

  "Sócrates não vendeu, não decidiu nada, não soube de nada, não autorizou nada mas é o responsável porque alguém no seu tempo se lembrou de pensar em vender, curiosamente uma administração do BPN onde até ex-governantes do PSD estavam. Sabe-se agora que se alguém no tempo de Sócrates pensou vender o cavalo da estátua equestre do D. José, no Terreiro do Paço, este governo pode vendê-la à vontade porque tudo começou no tempo do Sócrates. Enfim, quem empossou este governo não foi um feliz Cavaco, as eleições até se realizaram no tempo de Sócrates." 

Já que a direita tem uma maioria absoluta bem pode fazer uma Lei a dizer que Sócrates é o culpado pela venda dos Miró e aproveitar a embalagem e decretar que Camarate foi atentado e que a bancarrota e a vinda da Troika foi culpa de Sócrates. 





Basta consultar o relatório de contas da empresa detentora das obras e administrada pelo ex-administrador da Tecnoforma, para se perceber que o Expresso mente descaradamente hoje ao noticiar que a venda estava prevista desde 2008.
https://www.parvalorem.pt/pt/parvalorem/institucional/Documents/PARVALOREM%20ReC%202012.pdf

"A VERDADE SOBRE OS QUADROS DO MIRÓ"

Os quadros de Miró, o genro de Aznar, o empréstimo incobrável e as extravagâncias de Oliveira e Costa

A história dos quadros de Joan Miró é antiga e tem o seu "epicentro" em Madrid. O assessor pessoal de Oliveira e Costa na capital espanhola foi, entre 2002 e 2008, Alejandro Agag Longo, genro do antigo primeiro-ministro Jose Maria Aznar. E terá sido através de um empréstimo incobrável de Longo que Oliveira e Costa obteve, como contrapartida, uma colecção de mais de 80 quadros do pintor catalão.

Os 85 quadros de Joan Miró, hoje nas mãos do Estado português através da Parvalorem e da Parups, sociedades criadas para gerir os créditos do BPN após a nacionalização do banco em 2008, "chegaram" a José de Oliveira e Costa, na altura presidente do Banco Português de Negócios, em 2006.

Quando criou o BPN em Madrid, o promotor do banco na capital espanhola foi Alejandro Agag Longo, genro do antigo primeiro-ministro, Jose Maria Aznar. E terá sido através de um empréstimo tornado incobrável que Oliveira e Costa obteve, como contrapartida, uma colecção de mais de 80 quadros de Miró, na altura, avaliada em 150 milhões de euros pela leiloeira Christie's. 

A 26 de Maio de 2009 - quase sete meses após a nacionalização do BPN - Oliveira e Costa afirmou que o negócio que permitiu à SLN ficar com os quadros do pintor espanhol Miró "era bom". A ideia do grupo era "ficar como o maior coleccionador privado do Miró". "O objectivo era ganhar mais de 100% nessa operação", adiantou, então, Oliveira Costa.

Alienar todos os "activos extravagantes"

Dois meses antes da nacionalização do banco – que teve lugar a 2 de Novembro de 2008 – a Sociedade Lusa de Negócios (SLN), dona do BPN, começou a promover a venda de activos da instituição.

A SLN – presidida na altura por Miguel Cadilhe – pretendia alienar todos os "activos extravagantes" da instituição: não só os quadros de Miró, mas também uma colecção de arte egípcia e um acervo de moedas evocativas do Euro 2004, avaliadas em 40 milhões de euros.

As obras de arte de Miró, que no balanço do grupo estavam registadas por 80 milhões de euros, seriam vendidas num leilão promovido por uma leiloeira internacional até ao final de 2008. Não aconteceu.

Com a nacionalização do BPN, as 85 obras de Miró ficaram nas mãos do Estado, sendo geridas pelas sociedades Parvalorem e Parups. Em 2012, Maria Luís Albuquerque, na altura secretária de Estado do Tesouro e Finanças, anunciou, no Parlamento, a intenção de alienar a colecção.   

O leilão das obras de arte deveria decorrer, esta terça e quarta, em Londres, na Christie's. Mas, à última da hora, a leiloeira cancelou o evento devido a incertezas legais.

"A venda da colecção de 85 obras de Joan Miró foi cancelada depois da disputa nos tribunais portugueses, na qual a Christie’s não é uma parte envolvida", indicou a leiloeira numa declaração enviada às redacções.

A decisão foi tomada apesar de o Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa não ter acolhido a providência cautelar interposta pelo Ministério Público para travar a operação. "As incertezas legais criadas por esta disputa significam que não somos capazes de vender, com segurança, estas obras", aponta, contudo, aquela entidade no comunicado.

Estas dúvidas justificam-se pela argumentação utilizada no processo saído do Tribunal Administrativo, que considera que houve ilicitudes na ida das 85 obras de arte para Londres. 

As obras de Miró já não constam do site da leiloeira e já deverão ter sido retiradas das instalações da Christie’s. É, porém, desconhecido qual será agora o seu destino.

"A VERDADE SOBRE OS QUADROS DO MIRÓ"

Os quadros de Miró, o genro de Aznar, o empréstimo incobrável e as extravagâncias de Oliveira e Costa

A história dos quadros de Joan Miró é antiga e tem o seu "epicentro" em Madrid. O assessor pessoal de Oliveira e Costa na capital espanhola foi, entre 2002 e 2008, Alejandro Agag Longo, genro do antigo primeiro-ministro Jose Maria Aznar. E terá sido através de um empréstimo incobrável de Longo que Oliveira e Costa obteve, como contrapartida, uma colecção de mais de 80 quadros do pintor catalão.

Os 85 quadros de Joan Miró, hoje nas mãos do Estado português através da Parvalorem e da Parups, sociedades criadas para gerir os créditos do BPN após a nacionalização do banco em 2008, "chegaram" a José de Oliveira e Costa, na altura presidente do Banco Português de Negócios, em 2006.

Quando criou o BPN em Madrid, o promotor do banco na capital espanhola foi Alejandro Agag Longo, genro do antigo primeiro-ministro, Jose Maria Aznar. E terá sido através de um empréstimo tornado incobrável que Oliveira e Costa obteve, como contrapartida, uma colecção de mais de 80 quadros de Miró, na altura, avaliada em 150 milhões de euros pela leiloeira Christie's. 

A 26 de Maio de 2009 - quase sete meses após a nacionalização do BPN - Oliveira e Costa afirmou que o negócio que permitiu à SLN ficar com os quadros do pintor espanhol Miró "era bom". A ideia do grupo era "ficar como o maior coleccionador privado do Miró". "O objectivo era ganhar mais de 100% nessa operação", adiantou, então, Oliveira Costa.


Alienar todos os "activos extravagantes"

Dois meses antes da nacionalização do banco – que teve lugar a 2 de Novembro de 2008 – a Sociedade Lusa de Negócios (SLN), dona do BPN, começou a promover a venda de activos da instituição.

A SLN – presidida na altura por Miguel Cadilhe – pretendia alienar todos os "activos extravagantes" da instituição: não só os quadros de Miró, mas também uma colecção de arte egípcia e um acervo de moedas evocativas do Euro 2004, avaliadas em 40 milhões de euros.

As obras de arte de Miró, que no balanço do grupo estavam registadas por 80 milhões de euros, seriam vendidas num leilão promovido por uma leiloeira internacional até ao final de 2008. Não aconteceu.

Com a nacionalização do BPN, as 85 obras de Miró ficaram nas mãos do Estado, sendo geridas pelas sociedades Parvalorem e Parups. Em 2012, Maria Luís Albuquerque, na altura secretária de Estado do Tesouro e Finanças, anunciou, no Parlamento, a intenção de alienar a colecção. 

O leilão das obras de arte deveria decorrer, esta terça e quarta, em Londres, na Christie's. Mas, à última da hora, a leiloeira cancelou o evento devido a incertezas legais.

"A venda da colecção de 85 obras de Joan Miró foi cancelada depois da disputa nos tribunais portugueses, na qual a Christie’s não é uma parte envolvida", indicou a leiloeira numa declaração enviada às redacções.

A decisão foi tomada apesar de o Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa não ter acolhido a providência cautelar interposta pelo Ministério Público para travar a operação. "As incertezas legais criadas por esta disputa significam que não somos capazes de vender, com segurança, estas obras", aponta, contudo, aquela entidade no comunicado.

Estas dúvidas justificam-se pela argumentação utilizada no processo saído do Tribunal Administrativo, que considera que houve ilicitudes na ida das 85 obras de arte para Londres. 

As obras de Miró já não constam do site da leiloeira e já deverão ter sido retiradas das instalações da Christie’s. É, porém, desconhecido qual será agora o seu destino. por Ana Luísa Marques | anamarques@negocios.pt




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"Nesta semana o Expresso teve o seu momento “SOL” ao aos apuradas investigações descobrir que a  culpa da venda dos Miró foi, tal como o senhor com ar ridículo disse, do maldito José Sócrates. Sócrates não vendeu, não decidiu nada, não soube de nada, não autorizou nada mas é o responsável porque alguém no seu tempo se lembrou de pensar em vender, curiosamente uma administração do  BPN onde até ex-governantes do PSD estavam. Sabe-se agora que se alguém no tempo de Sócrates pensou vender o cavalo da estátua equestre do D. José, no Terreiro do Paço, este governo pode vendê-la à vontade porque tudo começou no tempo do Sócrates. Enfim, quem empossou este governo não foi um feliz Cavaco, as eleições até se realizaram no tempo de Sócrates."     Por:http://jumento.blogspot.pt/


                                        Ahaefe Atsoke 

Miró
Marcelo diz que Portugal é “república das bananas”
Estado não cumpriu a lei e devia controlar o que se passou em toda o processo de venda dos quadros de Miró, diz o comentador, que considera "barato" vender colecção por 35 milhões.
Marcelo Rebelo de Sousa criticou ontem, durante o seu comentário semanal na TVI, a actuação do Governo na venda dos quadros de Miró, considerando que o Estado não cumpriu a lei e que todo o processo faz de Portugal uma "república das bananas".
Segundo o comentador, os portugueses estão "estupefactos" com a saída das obras do país sem as autorizações necessárias: "Há regras a cumprir e o Estado não as cumpriu. A ministra das Finanças não sabe o que se passa, o secretário de Estado da Cultura também não e a Parvalorem é o Estado. Temos em Portugal vários ‘estadozinhos' e o Estado dá o exemplo de não cumprir a lei".
Marcelo Rebelo de Sousa considera ainda "barato" os 35 milhões de euros estimados com a venda: "Ninguém põe 85 quadros em pacote a leilão, a menos que seja uma colecção com valor intrínseco. Vender em pacote é desvalorizar os quadros. Se é uma colecção única, 35 milhões é barato. E os portugueses estão a descobrir isto."
Também as declarações do primeiro-ministro - que considerou a venda um processo "chave-na-mão" entregue à leiloeira - são criticadas: "Não sei bem como é que se pega em quadros e se dá chave-na-mão. O Estado tem de controlar o que se passa na mão e na chave. (...) Chegamos à conclusão que isto é uma república das bananas. Estão os portugueses à espera que os quadros sejam vendidos e não são vendidos por culpa do Estado".

Marcelo Rebelo de Sousa considera que a suspensão da venda dá agora tempo ao Governo para ver se é de ficar com alguns quadros, para rever o preço, para avaliar a venda em pacote e para "cumprir a lei", deixando ainda a possibilidade de dar as obras em pagamento à Caixa Geral de Depósitos ("Não sei se aceita, é um problema") e de parte das vendas reverter para a secretaria de Estado da Cultura ("Para comprar obras portuguesas, para não ser só 'enganar o pagode'").
"Se fosse eu a decidir, ouvia especialistas em quadros, que diriam se é uma colecção única ou não. Se fosse, ficava com quatro ou cinco quadros e vendia os outros", garantiu.
O comentador referiu-se ainda ao papel do anterior Governo socialista no processo, cujos ministros das Finanças e da Cultura desconheciam os contactos que a Parvalorem terá feito na altura com a Christie's para vender as obras.  Por: Paulo Zacarias Gomes/Económico 10/02/14






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