• Daniel Oliveira, OUTRA VEZ ISTO TUDO [ontem no Expresso]:
«(…) Há um processo que envolve pessoas com poder. Então, tudo segue o guião conhecido. Detenção dispensável de quem já tenha caído em desgraça, para o Ministério Público fazer boa figura. Devidamente ilustrada pelo "Correio da Manhã", órgão central do corpo de investigação. Uma semana depois, José Sócrates, o "suspeito disto tudo", mas nunca arguido de coisa alguma, é associado, por via de um primo, de um amigo, da mãe, do pai, do cão ou do periquito, ao processo. A PGR desmente mas o povo, que acompanha as gordas nas bancas, já sabe o que a casa gasta. Estou certo que haverá escutas, que em Portugal é a única forma conhecida de investigar. E que hão de ser transcritas em jornais, que em Portugal é das formas mais populares de jornalismo. Os nomes de famosos mais ou menos suspeitos saltarão como pipocas, garantido um novelo confuso onde já nada se percebe e todas as alianças possíveis podem finalmente fazer-se para destruir um processo. A culpa é de toda a gente e por isso não é de gente alguma. É deles, dos poderosos. (…)» Por: Telmo Vaz Pereira
(...) "os pistoleiros do costume" tentaram "mais uma vez" envolver o seu nome. (...)
Esta tem piada! Mas no Correio da Manhã não me admiraria!
A chamada crise das dívidas soberanas, como recordou Paul de Grauwe na Gulbenkian, nunca foi uma crise de finanças públicas, foi sempre uma crise que se deve a uma arquitectura monetária disfuncional e que foi agravada pela obsessão em reduzir os défices públicos através da austeridade.
Foi sobretudo a ganância do sistema financeiro, e não o despesismo dos Estados, que conduziu a Europa ao atual beco sem saída. A mesma ganância conduziu à Grande Depressão de 1929. Viriato Soromenho
A Dívida Privada é muito superior à dívida Pública. Porque ninguém fala disso. O que se passa então para a dívida subir em flecha? Foi porque o Estado passou a gastar muito mais na saúde, no ensino, na investigação? Não! A subida em flecha da dívida pública deu-se devido à quebra de receitas provocadas pela crise, porque no essencial o Estado tomou nas suas mãos o desendividamento e a capitalização da banca. Carlos Carvalhas
Os Estragos da Troika Por: Daniel Oliveira / Expresso
José Maria Castro Caldas. Dinheiro da troika não foi "para pagar salários e pensões", mas aos crédores
O professor de Economia José Maria Castro Caldas afirmou hoje, em Coimbra, que o dinheiro emprestado pela 'troika' a Portugal não foi para pagar salários e pensões", mas para pagar a credores.
Ontem, 26 de Abril Durão Barroso numa entrevista na TV disse, o que levou o País e a Europa a esta situação/crise, foi a ganância dos bancos. Os Banqueiros deviam ter vergonha de sair à rua.
ANTÓNIO CAMPOS SEMPRE FRONTAL DIZ O QUE LHE VAI NA ALMA
Antonio Campos
20/7 às 22:55 · Lisboa
Já tinha saudades de ouvir José Sócrates para repor algumas verdades.
Só os grandes políticos que têm a capacidade de, pela sua acção, dividir as sociedades criando amores e ódios, ficam na história.
Sempre tive uma simpatia especial por este tipo de políticos e um desprezo enorme pelos que passam pelo Poder como cão por vinha vindimada.
A actual direcção do Partido, como já tenho afirmado, no seu estilo amorfo e amnésico, cometeu o gravíssimo erro de se aliar à direita reacionária dando cobertura à mentira histórica da origem da crise, da melhor forma de a ter afrontado e dos responsáveis pela vinda da tróika .
É uma quebra de solidariedade política que está por explicar mas que o tempo clarificará.
Sócrates foi um grande modernizador da sociedade e da economia até ser vítima da maior e mais prolongada crise da vida da União.
Hoje o Partido está órfão de liderança para defrontar o governo mais retrógrado da Democracia. São as lideranças que mobilizam e arrastam as sociedades para a acção. A esperança renasce com António Costa.
20/7 às 22:55 · Lisboa
Já tinha saudades de ouvir José Sócrates para repor algumas verdades.
Só os grandes políticos que têm a capacidade de, pela sua acção, dividir as sociedades criando amores e ódios, ficam na história.
Sempre tive uma simpatia especial por este tipo de políticos e um desprezo enorme pelos que passam pelo Poder como cão por vinha vindimada.
A actual direcção do Partido, como já tenho afirmado, no seu estilo amorfo e amnésico, cometeu o gravíssimo erro de se aliar à direita reacionária dando cobertura à mentira histórica da origem da crise, da melhor forma de a ter afrontado e dos responsáveis pela vinda da tróika .
É uma quebra de solidariedade política que está por explicar mas que o tempo clarificará.
Sócrates foi um grande modernizador da sociedade e da economia até ser vítima da maior e mais prolongada crise da vida da União.
Hoje o Partido está órfão de liderança para defrontar o governo mais retrógrado da Democracia. São as lideranças que mobilizam e arrastam as sociedades para a acção. A esperança renasce com António Costa.
Está hoje instalada, com grande cobertura mediática, uma política de mentira sobre a situação económica em Portugal. Aquando do chumbo do PEC4, a dívida pública situava-se nos 94 e a privada rondava os 200 por cento do PIB.
Hoje, a dívida pública está nos 135 e a privada 310 por cento!
Hoje, a dívida pública está nos 135 e a privada 310 por cento!
O chumbo do PEC4 foi um crime nacional, com consequências arrasadoras para a economia e para os cidadãos. Os autores do crime silenciaram-no, o actual PS ignora-os. O falhanço da política de austeridade é comprovada pelos números arrasadores divulgados hoje pelo Banco de Portugal.
Quem não é economista, mas é, todos os dias, bombardeado por alguns comentadores e jornalistas, com a afirmação de que a situação do País está melhor, exige que sejam explicadas as melhorias, ou então não passam de profissionais da mentira para encobrir interesses e amplificar a tragédia nacional. O ritmo de crescimento da divida pública e privada é assustadora.
Quem não é economista, mas é, todos os dias, bombardeado por alguns comentadores e jornalistas, com a afirmação de que a situação do País está melhor, exige que sejam explicadas as melhorias, ou então não passam de profissionais da mentira para encobrir interesses e amplificar a tragédia nacional. O ritmo de crescimento da divida pública e privada é assustadora.
Se a pública tem tem solução à vista com a reestruturação, a privada, grande motor do crescimento, está sem rumo e torna-se altamente preocupante.
Sócrates avisou, com veemência, banqueiros e a então maioria (negativa) parlamentar sobre as consequências do chumbo do PEC4. Fizeram ouvidos moucos e agora todos nós somos vítimas.
O actual PS, como lhe tem sido hábito, surdo e mudo. Por: António Campos 22/7/2014
Sócrates avisou, com veemência, banqueiros e a então maioria (negativa) parlamentar sobre as consequências do chumbo do PEC4. Fizeram ouvidos moucos e agora todos nós somos vítimas.
O actual PS, como lhe tem sido hábito, surdo e mudo. Por: António Campos 22/7/2014
Origens da Crise
Faz este mês 6 anos que a crise lançada pelo sistema financeiro abalou o ocidente.
Começa nos Estados Unidos com a falência do banco de investimento Lehman Brothers de inicio menosprezada pela União com a decisão de obrigar os Estados membro a acelerarem o investimento publico para lhe fazer frente..Passados os 6 anos os americanos crescem economicamente e a Europa definha .Este contraste é a prova evidente do colossal erro das políticas de austeridade seguidas.Portugal foi vitima da crise europeia e de uma outra que a irresponsabilidade política interna provocou .Se a primeira já era grave a segunda arrasou politica,económica e socialmente o País.
O chumbo do PEC4 foi um crime nacional que por razões de guerras internas o meu Partido nunca denunciou.
Aqui é que podemos falar de traição á verdade histórica por razões mesquinhas e oportunistas.
Começam a surgir na União sinais visíveis nas instituições a reconhecerem que a política de austeridade só agrava a crise.
Juntar uma voz forte de Portugal nessas instituições é decisivo.
António Costa na minha opinião é o político mais preparado e capaz para acrescentar a essas vozes.
Por: Antonio Campos.
De vez enquando saiem umas bacoradas reveladoras de uma estupidez incrível...
Depois da petição do Lála de Freitas do CDS a pedir o afastamento da presença de José Sócrates na RTP, depois do Fernando Costa do PSD a pedir que é tempo de levar a tribunal José Sócrates vem agora mais um estropício o Bessa comparar José Sócrates a um assassino.Eu fui muito crítica dos governos de José Sorates, não concordei com algumas das decisões políticas que tomou, como a do BPN, Tratado de Lisboa etc mas daí fazer do ex-primeiro ministro o culpado da crise é não só abusivo como redículo, tanto mais que ele está fartinho de saber que a culpa é dos agiotas do mundo financeiro....
Os políticos que lhe sucederam são mil vezes piores do que Sócrates e em política não lhe chegam sequer aos calcanhares...Por: Lia Almeida
Se as eleições fossem hoje escolher entre Sócrates e Passos era fácil, é a escolha entre alguém minimamente inteligente e um imbecil, respetivamente.
Daniel Bessa compara a crise em Portugal com o atentado às torres gémeas e diz que Vítor Constâncio foi o mentor do ataque e que José Sócrates conduziu o avião. As acusações do antigo ministro de António Guterres e Presidente da Cotec foram feitas esta noite no Porto numa conferência onde esteve o atual governador do Banco de Portugal. http://sicnoticias.sapo.pt/economia/2014-07-11-daniel-bessa-diz-que-vitor-constancio-foi-o-mentor-do-ataque-a-portugal-e-jose-socrates-conduziu-o-aviao;jsessionid=110C05967509F5CCD8ABFAEA4A1D0E61
"A informação que temos não é a que desejamos. A informação que desejamos não é a que precisamos. A informação que precisamos não está disponível” John Peers
“Às vezes, a única coisa verdadeira num jornal é a data” Luís F. Veríssimo
Mais, até a narrativa sobre a genealogia da crise (defendida pela direita nacional e europeia), que punha a sílaba tónica das causas da crise em fatores domésticos (ou seja, no PS sob a batuta de José Sócrates) e que tem sido desmentida por vários académicos (Mark Blyth, Philipe Legrain, Wofgang Streecht, Paul de Grauwe), o PS de AJS pareceu ter «comprado»… Caso contrário, como explicar o apagamento do partido nos últimos três anos?»
Presente na conferência internacional organizada pelo Banco Central Europeu (BCE) que desde domingo decorre em Sintra, o prémio Nobel da Economia de 2008, Paul Krugman, considerou que Durão Barroso entrou em profunda negação ao considerar que o euro não teve nada a ver com a crise que tudo resultou de políticas falhadas ao nível nacional e à falta de uma vontade política.
Para Paul Krugman o que aconteceu foi o seguinte: primeiro a criação do euro encorajou fluxos de capital para o sul da Europa, depois o dinheiro secou -- e a ausência de moedas nacionais significou que os países endividados tiveram de se submeter a um processo de deflação extremamente doloroso", afirma o economista, que tem sido muito crítico das políticas de austeridade na Europa.
Para Paul Krugman o que aconteceu foi o seguinte: primeiro a criação do euro encorajou fluxos de capital para o sul da Europa, depois o dinheiro secou -- e a ausência de moedas nacionais significou que os países endividados tiveram de se submeter a um processo de deflação extremamente doloroso", afirma o economista, que tem sido muito crítico das políticas de austeridade na Europa.
http://krugman.blogs.nytimes.com/?module=BlogMain&action=Click®ion=Header&pgtype=Blogs&version=BlogPost&contentCollection=Opinion
Joseph Stiglitz: A austeridade é um "completo fracasso"
As políticas de austeridade levadas a cabo um pouco por toda a Europa são "um completo fracasso e devem ser reconhecidas enquanto tal". Quem o diz é, mais uma vez, Joseph Stiglitz, nobel da Economia e crítico feroz das ferramentas utilizadas pela Zona Euro nos últimos anos.Stiglitz acredita que a austeridade tem os dias contados
D.R.
"Um pouco por toda Europa há economistas a dizer que a austeridade falhou e que devem ser seguidas novas políticas onde, pelo menos, há uma esperança de que possam funcionar", admitiu em entrevista à Bloomberg.
O economista entende que "o crescimento marginal e o enorme desemprego em vários países da Europa" provam que as medidas adoptadas "não estão a funcionar" e que a estratégia da Europa devia mudar radicalmente sob pena de se regressar a uma nova recessão.
Como? Com uma "alteração na estrutura da zona euro", que deve passar por uma união bancária e por uma união orçamental. "Todos concordam que a união bancária é uma coisa boa, mas está a avançar muito lentamente", por isso, são necessárias resoluções bancárias rápidas que "garantam os depósitos", ou "o dinheiro vai voar dos países fracos para os países fortes e os fracos só vão ficar mais fracos", contrariamente à filosofia inicial da zona euro de aproximar os Estados.
Além disso, o nobel admite que a zona euro precisa de começar a pensar nas Eurobonds, para se aproximar de uma união orçamental. Com emissões de dívida conjuntas, Stiglitz lembra que os Estados poderiam conseguir "empréstimos com a força do todo" o que levaria as taxas de juro para valor idênticos aos dos Estados Unidos.
A este propósito diz ainda que "a realidade económica vai pressionar" as decisões e que por isso, a oposição de países como a Alemanha acabará por deixar de existir.
Porquê? Porque não podem falhar novamente, diz. "Todos achavam que a austeridade era a solução e agora a Europa está a pagar o preço da austeridade".
A Verdade da Mentira e a culpa de Sócrates.
OS Banqueiros são os culpados da crise e do pedido do resgate. Estamos todos a trabalhar para a banca.
O que levou o País e a Europa a esta situação/crise, foi a ganância dos bancos. Os Banqueiros deviam ter vergonha de sair à rua. Tudo começou em 2007 com a bolha imobiliária, "Suprime" nos EUA e em 2008 com a falência do Lehman Brothers. De seguida a economia arrefece a tal ponto que Bruxelas dá ordem para os Estados investirem e fala-se na Europa e nos EUA em TGV, Aeroportos e Portos além de Auto-Estradas. A receita a cobrar pelos governos cai a pique. Os Estados tomaram nas suas mãos o endividamento dos privados e de uma maneira geral da Banca. Nós por cá foram milhões e milhões, não só no BPN, mas também no BPP, BCP, BANIF e de uma maneira geral em toda a banca. A ordem na Europa foi para salvar a banca e não deixar falir nenhum. Aconteceu em toda a Europa, incluindo na Alemanha. A Irlanda é um dos melhores, ou antes dos piores exemplos. Dinheiro da troika não foi "para pagar salários e pensões", mas aos crédores.
O professor de Economia José Maria Castro Caldas afirmou hoje, em Coimbra, que o dinheiro emprestado pela 'troika' a Portugal não foi para pagar salários e pensões", mas para pagar a credores.
"A Dívida Privada é muito superior à dívida Pública. Porque ninguém fala disso. O que se passa então para a dívida subir em flecha? Foi porque o Estado passou a gastar muito mais na saúde, no ensino, na investigação? Não! A subida em flecha da dívida pública deu-se devido à quebra de receitas provocadas pela crise, porque no essencial o Estado tomou nas suas mãos o desendividamento e a capitalização da banca. Carlos Carvalhas."
O que levou o País e a Europa a esta situação/crise, foi a ganância dos bancos. Os Banqueiros deviam ter vergonha de sair à rua. Tudo começou em 2007 com a bolha imobiliária, "Suprime" nos EUA e em 2008 com a falência do Lehman Brothers. De seguida a economia arrefece a tal ponto que Bruxelas dá ordem para os Estados investirem e fala-se na Europa e nos EUA em TGV, Aeroportos e Portos além de Auto-Estradas. A receita a cobrar pelos governos cai a pique. Os Estados tomaram nas suas mãos o endividamento dos privados e de uma maneira geral da Banca. Nós por cá foram milhões e milhões, não só no BPN, mas também no BPP, BCP, BANIF e de uma maneira geral em toda a banca. A ordem na Europa foi para salvar a banca e não deixar falir nenhum. Aconteceu em toda a Europa, incluindo na Alemanha. A Irlanda é um dos melhores, ou antes dos piores exemplos. Dinheiro da troika não foi "para pagar salários e pensões", mas aos crédores.
O professor de Economia José Maria Castro Caldas afirmou hoje, em Coimbra, que o dinheiro emprestado pela 'troika' a Portugal não foi para pagar salários e pensões", mas para pagar a credores.
"A Dívida Privada é muito superior à dívida Pública. Porque ninguém fala disso. O que se passa então para a dívida subir em flecha? Foi porque o Estado passou a gastar muito mais na saúde, no ensino, na investigação? Não! A subida em flecha da dívida pública deu-se devido à quebra de receitas provocadas pela crise, porque no essencial o Estado tomou nas suas mãos o desendividamento e a capitalização da banca. Carlos Carvalhas."
.http://viriatoapedrada.blogspot.pt/2014/05/nem-o-espirito-santo-nos-vale.html
http://viriatoapedrada.blogspot.pt/2014/05/portugal-e-grecia-bancos-alemaes.html
http://viriatoapedrada.blogspot.pt/2014/05/crise-do-euro-receita-desastrosa.html
http://viriatoapedrada.blogspot.pt/2014/05/saida-da-troika-celebrar-com-champahe.html
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http://viriatoapedrada.blogspot.pt/2012/12/divida-castro-caldas-dinheiro-da-troika.html
http://viriatoapedrada.blogspot.pt/2012/12/carvalhas-ha-15-anos-costa-hoje-e-eca.html
Sócrates disse que Barroso obrigou Portugal a reforçar austeridade
Deputado socialista francês relatou o episódio contado por Sócrates para denunciar o que considera ser a acção pouco transparente da “troika” em relação aos países resgatados.
Defender a verdade
O primeiro erro, e talvez o mais grave, cometido pelo Partido Socialista nos últimos três anos foi ter desistido de contestar a tese da direita sobre as razões da crise. Deixámos que se consolidasse no país a ideia de que estamos em crise porque o governo anterior gastou de mais. Alguns acharam que esta tese era tão poderosa e estava tão disseminada junto da população portuguesa que não valia a pena contestá-la e que seria melhor afirmar o início de um novo ciclo no PS e esperar que o povo atribuísse as responsabilidades ao anterior primeiro-ministro socialista e poupasse a nova direcção do partido. Se havia uma razão táctica por trás de tal atitude, também não é menos verdade que alguns dos actuais dirigentes nacionais partilhavam mesmo a tese da direita, o que ainda dificultava mais a sua contestação e a afirmação de uma alternativa política.
Para convencer os outros de que é possível fazer diferente, primeiro é preciso acreditar genuinamente nisso, e não era o que parecia quando ouvíamos alguns porta-vozes do PS para a área económica. Se tivéssemos optado por combater activamente a tese do despesismo como explicação da crise, talvez não tivéssemos convencido todos os portugueses, mas pelo menos não deixávamos a direita definir os termos do debate sem oposição.
É mais difícil combater a austeridade quando deixamos que se instale, sem contestação, a ideia de que a dívida cresceu intensamente porque se gastou de mais e não como consequência do funcionamento dos estabilizadores automáticos. Além disso, como muitos alertaram, não era por não falarmos do assunto que o povo português iria esquecer-se dele ou distinguir o PS de ontem do PS de hoje ou que a direita iria parar de nos acusar de sermos responsáveis pela bancarrota, como aliás se viu na última campanha para as europeias. Contestar a tese do despesismo como causa da crise não era defender José Sócrates, era defender a verdade.
Por: Por Pedro Nuno Santos / I /publicado em 11 Jun 2014 - 05:00
Aventureiros sem glória
Não quero entrar nos detalhes da história da ascensão e queda de Ricardo Salgado. Tem demasiado odor a suor e outras secreções para ser um assunto sobre o qual alguém que preserve um sentido apolíneo da decência e da beleza queira escrever. O problema é de outra natureza. Salgado, Oliveira e
Costa, Rendeiro, Dias Loureiro são as ovelhas negras de uma casta que domina a Europa inteira: os banqueiros da UEM. Uma elite certificada pelo Tratado de Maastricht e pelas regras de funcionamento da zona euro. Tal como os aristocratas da Europa do absolutismo, também eles estão acima da lei geral. Inimputáveis, manipulam os governos e fazem do sistema de justiça um interminável jogo de paciência que termina, invariavelmente, em absolvição por cansaço e prescrição. Foi a sua desmesura que transformou o sistema financeiro, de importância vital para uma sociedade de mercado funcional, no palco para uma tragédia de Shakespeare. Nem todos os membros desta elite se comportaram abusivamente, mas a simples possibilidade de o abuso de poder passar sem castigo, provocou o carrossel de especulação e a avalancha de crédito Norte-Sul dos primeiros anos do euro. Foi sobretudo a ganância do sistema financeiro, e não o despesismo dos Estados, que conduziu a Europa ao atual beco sem saída. A mesma ganância conduziu à Grande Depressão de 1929. Nessa altura, sob liderança dos EUA de F. D. Roosevelt, o financismo foi colocado no seu lugar por uma firme regulação do negócio bancário, que garantiu a prosperidade económica durante muitas décadas. Hoje, a União Europeia continua paralisada, sem a necessária coordenação e firmeza políticas, indispensáveis para colocar o sistema financeiro dentro dos limites da lei e da ordem. Por: Viriato Soromenho Marques / DN.«SÓ EXISTE O SÓCRATES, O SÓCRATES, O SÓCRATES !»
• Pedro Silva Pereira, 'A alucinação', hoje no Diário Económico
Não podendo viver dos méritos do seu Governo, muito justamente detestado por um povo empobrecido e cansado de mentiras, a campanha eleitoral da direita deixou-se tomar pelo desespero e aposta tudo numa teoria ridícula, que remete para a absoluta infantilização da política.
Para esta direita trauliteira, cega de ódio, a maior crise internacional dos últimos oitenta anos não existiu, o que existiu foi o Sócrates; não houve nenhuma crise do ‘subprime', nem do sistema financeiro, o que houve foi o Sócrates;não houve uma recessão global em 2009, o que houve foi o Sócrates; não houve uma resposta coordenada da Europa à crise que levou ao aumento dos défices e das dívidas para salvar empregos e evitar uma grande depressão, o que houve foi o "despesismo socialista" e do Sócrates; não houve crise grega, nem efeito de contágio às economias da periferia, o que houve foi o Sócrates;
não houve falta de solidariedade com a Grécia, nem erros crassos da senhora Merkel, do senhor Trichet ou do senhor Barroso, o que houve foi o Sócrates; não houve crise das dívidas soberanas, nem crise do Euro, houve, sim, o Sócrates; não houve consequências do "chumbo" do PEC IV na descida abrupta dos ‘ratings', na subida dramática dos juros e na ruptura do financiamento da economia e do Estado, o que houve, já se sabe, foi o Sócrates; tal como nunca existiu, jamais em tempo algum, a famigerada coligação negativa de Passos Coelho e Portas com os comunistas e a extrema-esquerda que, no auge da crise das dívidas soberanas, desprezou o apoio do BCE ao PEC IV e, na ânsia de chegar ao poder, provocou a crise política que arrastou Portugal para a ajuda externa, o que houve, é claro, foi o Sócrates! De igual modo, PSD e CDS, já para não falar em
Catroga e Durão Barroso, também não participaram, de forma alguma, nem de longe, e muito menos de perto, na negociação do Memorando da ‘troika', onde parece que só está a assinatura inconfundível do incontornável Sócrates.
Tal como nunca, nem por uma só vez ao longo destes três anos, o Governo de Passos e de Portas enganou os portugueses e foi, ou sequer pensou em ir, "além da troika" - seja nos impostos, seja no corte de salários ou de pensões - antes se limitou, apesar das doze revisões do Memorando inicial, a cumprir à risca, muito escrupulosamente, e sempre a contragosto, o programa "mal desenhado" inicialmente pela ‘troika' e pelo outro, o mesmo de sempre, o maldito Sócrates. O próprio Vítor Gaspar, de quem muito se falou, e que terá escrito, assinado e divulgado uma carta de demissão a confessar o seu completo fracasso, não é certo que alguma vez tenha sequer existido, até por uma razão simples que nem devia ser preciso explicar: só existe o Sócrates, o Sócrates, o Sócrates!
É notável, embora um bocadinho patético e doentio, este esforço da direita para torcer os factos e a verdade histórica nesta sua campanha alucinada. Mas é preciso cuidado: as alucinações nunca são um bom sintoma e podem ser o sinal de que já se passou para o outro lado. Ver Jean-Claude Juncker, o candidato da direita ao altíssimo cargo de Presidente da Comissão Europeia, referir-se a Cristóvão Colombo como nosso "compatriota" é capaz de ser indício de que toda esta tentativa de reescrever a história já foi um pouco longe de mais.
fonte : http://economico.sapo.pt/noticias/a-alucinacao_193935.html
Se não sabem eu explico, porque é que a direita e também a esquerda fica azeda e odeia tanto José Sócrates. Experimentem introduzir um cavalo num curral cheio de burros e vão ver que todos o mordem e escoiçam. A inveja e a frustração de saber que nunca chegarão a cavalos provoca ódios e raivas. Enquanto uns ficam frustrados e raivosos, há outros que ainda dizem que aquele burro é esquisito, pois nem percebem que se trata não de um burro, mas de um cavalo.
Ainda há por aí muita gente a ter pesadelos com Sócrates, pois continuam a sonhar com ele debaixo da cama. Mesmo depois de terem cortado os pés à mesma e terem colocado o colchão no chão, afinal não resultou, pois passaram a sonhar com ele no teto.
«Depois de milhares de processos, jornalistas ajuramentados, padres furiosos, procuradores esganados, Juízes dementes, depois de todos a documentação falsa, e da maior campanha de desinformação jamais vista:
-Curioso! Ainda ninguém conseguiu - e o que tentaram !!! - criar a lista dos recebimentos de José Sócrates!
Curioso, ou Impossibilidade material?
Nem toda a filhadeputice, afinal, é um meio assertivo para a felicidade do reencontro da Extrema Esquerda Acéfala com a Direita Trauliteira!
Azares que o Império tece!» Manuel Ferrer
http://viriatoapedrada.blogspot.pt/2013/11/ascensao-e-queda-de-passos-ii.htmlAzares que o Império tece!» Manuel Ferrer
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«"DO PEC IV AO CAMINHO PARA A SERVIDÃO !
‘Espero bem que o país não se esqueça de ajustar contas com essa gente um dia. Esses economistas, esses catedráticos da mentira e da manipulação, servindo muitas vezes interesses que estão para lá de nós, continuam por aí, a vomitar asneiras e a propor crimes, como se a impunidade Essa gente, e a banca, foram os que convenceram Passos Coelho a recusar o PEC 4 e a abrir caminho ao resgate, propondo-lhe que apresentasse como seu programa nada mais do que o programa da troika — o que ele fez, aliviado por não ter de pensar mais no assunto. Vale a pena, aliás, lembrar, que o amaldiçoado José Sócrates, foi o único que se opôs sempre ao resgate, dizendo e repetindo que ele nos imporia condições de uma dureza extrema e um preço incomportável a pagar. Esta maioria, há que reconhecê-lo, conseguiu o seu maior ou único sucesso em convencer o país que o culpado de tudo o que de mal nos estava a acontecer foi Sócrates — o culpado de vinte anos sucessivos de défice das contas públicas, o culpado da ordem vinda de Bruxelas em 2009 para gastar e gastar contra a recessão (que, curiosamente, só não foi cumprida pela Alemanha, que era quem dava a ordem), e também o culpado pela vinda da troika. Mas, tanto o PSD como o CDS, sabiam muito bem que, chumbado o PEC 4, o país ficava sem tesouraria e não restava outro caminho que não o de pedir o resgate. Sabiam-no, mas o apelo do poder foi mais forte do que tudo, mesmo que, benevolamente, queiramos acreditar que não mediram as consequências.fizesse parte do estatuto académico que exibem como manto de sabedoria.
E também o sabia o PCP e a CGTP, que, como manda a história, não resistiram à tentação do quanto pior, melhor. E sabiam-no Francisco Louçã e o Bloco de Esquerda, que, por razões que um psicanalista talvez explique melhor do que eu, se juntaram também à mais amoral das coligações direita/extrema-esquerda, com o fim imediato e mais do que previsível de obrigar o país ao resgate e colocar a direita e os liberais de aviário no poder, para fazer de nós o terreno de experimentação económica e desforra social a que temos assistido.’»
E também o sabia o PCP e a CGTP, que, como manda a história, não resistiram à tentação do quanto pior, melhor. E sabiam-no Francisco Louçã e o Bloco de Esquerda, que, por razões que um psicanalista talvez explique melhor do que eu, se juntaram também à mais amoral das coligações direita/extrema-esquerda, com o fim imediato e mais do que previsível de obrigar o país ao resgate e colocar a direita e os liberais de aviário no poder, para fazer de nós o terreno de experimentação económica e desforra social a que temos assistido.’»
• Miguel Sousa Tavares, 'Recapitulando', [hoje no Expresso]:
O último governo do PS foi o de Sócrates. O qual particularmente se empenhou em afrontar os problemas e fragilidades fatais de que Portugal padece, há muitos anos. A vida de todos nós depende disso. Mas logo foi acrescentado que fez tudo isso à bruta, com demoníaca sobranceria, pondo em desnecessário risco a democracia, essa coitada. O marquês de Pombal foi um notável governante, no século que lhe coube. Mas nós nem sequer nos questionamos sobre o que poderia ele ter feito, sem trucidar à partida a arrogância dos Távoras, sem incendiar previamente a escuridão da noite jesuíta. Limitamo-nos a pensar que o marquês era uma besta, ou ouvimos dizer isso e ficámos calados. Por cobardia pura, ou por ignorância crassa . Ora vejamos:
Na Saúde, Sócrates prosseguiu o SNS, saído das mãos do ministro Arnaut. Na Segurança Social, com Vieira da Silva, incrementou a protecção social, sem a qual metade dos portugueses caem de imediato na penúria mais crassa. Na Educação, com a ministra Lurdes Rodrigues, melhorou a escola pública, renovou instalações, criou oportunidades para adultos, introduziu línguas e tecnologias. E queria avaliar os professores, um quarto dos quais não possui capacidade nem conhecimentos para ser profissional do ensino. Aí entrou em cena o tribuno Nogueira, que desceu a avenida à frente das suas legiões, e retirou 300 mil votos ao PS em 2009. Mas o comité central conquistou cinco pontos eleitorais, é do que vive. Na Ciência, com Mariano Gago, a universidade portuguesa atingiu reconhecidos patamares de excelência, com efeitos que ainda sobrevivem. NaJustiça afrontou interesses corporativos das eminências da beca, e suportou-lhes por isso o azedume da bílis. Na Economia abriu campos de acção, nas viaturas eléctricas, nas energias renováveis, nas indispensáveis infra-estruturas, nas novas tecnologias. NasFinanças tinha recebido, em 2005, um défice de 7% e uma dívida de cerca de 90% do PIB. Em 2007 o défice estava em 2,9%.
Em 2008 chegou da América a sarna do subprime. Seguindo as instruções da União Europeia, esse ninho de elites traiçoeiras, Sócrates abriu os cordões à bolsa para responder à crise. Aumentou o investimento público e o défice voltou a subir. Em 2010, perante a queda da Grécia e da Irlanda, perante isso da austeridade e o acosso das agências de rating, Sócrates apresentou o PEC IV. O resto é bem conhecido.
Diga-se então clarinho, para se perceber bem: Sócrates foi o melhor primeiro-ministro que Portugal conheceu, na era democrática. Foi longamente acossado e ainda hoje é homiziado pela oligarquia alarve, pelos seus lacaios avençados, e pela estupidez atávica dos portugueses, cujo fadário é serem os cafres da Europa. Agora desesperam muitos, mas só podem contar consigo próprios.» (Jorge Carvalheira
Em 2008 chegou da América a sarna do subprime. Seguindo as instruções da União Europeia, esse ninho de elites traiçoeiras, Sócrates abriu os cordões à bolsa para responder à crise. Aumentou o investimento público e o défice voltou a subir. Em 2010, perante a queda da Grécia e da Irlanda, perante isso da austeridade e o acosso das agências de rating, Sócrates apresentou o PEC IV. O resto é bem conhecido.
Diga-se então clarinho, para se perceber bem: Sócrates foi o melhor primeiro-ministro que Portugal conheceu, na era democrática. Foi longamente acossado e ainda hoje é homiziado pela oligarquia alarve, pelos seus lacaios avençados, e pela estupidez atávica dos portugueses, cujo fadário é serem os cafres da Europa. Agora desesperam muitos, mas só podem contar consigo próprios.» (Jorge Carvalheira
A Culpa é sempre de Sócrates quer chova ou faça Sol.
Sócrates disse a Carlos Costa que vigiasse mal o BES
Sócrates disse a Cavaco, a Maria Luís e Passos que sossegassem os accionistas afiançando que o BES tinha almofada, e colchão viscoelástico.
Recuando Sócrates armou uma embrulhada no BPN e meteu lá todos os seus amigos do PSD para os beneficiar.
Sócrates está contendo a justiça para não condenar ninguém do BPN
Sócrates disse ao Paulinho das feiras que se deixasse de beijoriquices e se metesse no negócio dos submarinos.
Também foi o culpado de não ter visto que o Passos não podia receber 60 mil euros de exclusividade no Parlamento porque trabalhava para uma ONG ardilosa que lhe garantia a bonita soma de mil contos mensais, que como não constam do IRS do Passos devem estar no de Sócrates. BEM ISTO NÂO TEM FIM? Por: mariatenta
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