"Depois da grande festa do anterior Governo caíram o BES e o Banif", diz Centeno
O ministro das Finanças, Mário Centeno, acusou, esta quarta-feira, o anterior Governo de ignorar os problemas na banca, destacando que, apenas três semanas depois da saída da "troika", caiu o BES e mais tarde o Banif.
"A saída limpa só durou três semanas. Depois da grande festa e do relógio [para o fim do programa de resgate financeiro internacional] que publicitaram, caiu o BES, caiu o Banif, a CGD não tinha capital, o BPI tinha dificuldades e o BCP não conseguia pagar os CoCo [obrigações convertíveis]", afirmou o governante.
Segundo Centeno, que falava na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa (COFMA) sobre a Caixa Geral de Depósitos (CGD), nessa altura - a "troika" (União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) saiu no verão de 2014 - "não se conseguia atrair capital estrangeiro para Portugal", algo que "mudou" com o atual Governo socialista. Por JN.
Despesa para 2013:
Salários: 22,14% Pensões: 28,89%
A situação a que chegámos não foi uma situação do acaso. A União Europeia financiou durante muitos anos Portugal para Portugal deixar de produzir; não foi só nas pescas, não foi só na agricultura, foi também na indústria.. Por: António Costa
Quais são os riscos de uma saída limpa?
Apesar da oposição de Cavaco Silva e de Durão Barroso, o primeiro-ministro vai anunciar uma "saída limpa" do programa de resgate.
Passos Coelho prepara-se para anunciar uma "saída limpa" do programa da troika, uma solução que reúne consenso entre o Governo de coligação PSD/CDS e o PS, mas que desagrada a maioria: ex-governantes, economistas e políticos.
No documento "Desvantagens de um programa cautelar", a que o Expresso teve acesso e noticiou neste sábado, o Governo garante que "em caso de necessidade futura o programa cautelar continuará disponível", sublinhando que "ninguém sabe dizer que condicionalidade lhe está associada". Mas quais são os riscos deste modelo?
"Irmos sozinhos para o mar alto pode trazer complicações, uma vez que o panorama conjuntural pode mudar. Seria muito melhor optar-se por um programa cautelar com uma linha de crédito disponível", diz ao Expresso Luís Mira Amaral.
Para o presidente do banco BIC português, a descida dos juros da dívida pode ser causal, sublinhando que se verifica a mesma tendência na Grécia e noutros países do sul da Europa.
Mercados são voláteis
"Há riscos porque os mercados são muito voláteis. Sem apoio as taxas de juro devem subir. Continuo a achar que um programa cautelar dava mais garantias face a possíveis necessidades de financiamento", defende, por sua vez, João Duque.
O presidente do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) reconhece que um programa cautelar teria custos, mas isso obrigaria a mais "disciplina", o que podia ser
encarado também como uma vantagem para qualquer Governo.
"O nosso percurso vai ser parecido com a França, quando o PS for Governo mudará algumas coisas. Hollande penalizou os donos de altos rendimentos e estes acabaram por se ir embora. Isso também vai acontecer em Portugal. É o risco num mercado liberal", alerta o professor.
João Duque acredita que o primeiro-ministro vai defender que o programa de ajustamento foi um sucesso, "resultado de uma política bem sucedida", lembrando que o "PS deixou o país nas lonas."
Maior independência pode ser desfavorável
"Como aspeto positivo há uma imagem política de algum sucesso do programa e o Governo libertar-se mais do controlo da troika para poder decidir. O que está em causa é, apesar de tudo, uma maior liberdade", sublinha João Duque, alertando, contudo, que essa imagem de independência política pode ser desfavorável, caso o próximo Governo deseje, por exemplo, aumentar a despesa pública.
Também Mira Amaral considera que a argumentação do primeiro-ministro se vai centrar no "sucesso" do programa, no entanto, defende que a saída limpa não corresponde à qualidade do ajustamento.
"O Governo pretende transmitir a ideia de que o programa de ajustamento foi executado com grande sucesso, o que discordo totalmente, porque foi feito à custa de impostos e do corte transversal dos salários dos funcionários públicos e pensões", destacou.
"Portugal não é a Irlanda"
"Os cortes na Administração Pública foram horizontais e não verticais e, como consequência, ficaremos com um sector desmotivado e desqualificado", acrescentou.
Além disso, defende Mira Amaral, comparando Portugal com a Irlanda verifica-se que as situações são bem diferentes, porque a Irlanda só tem um problema financeiro, na medida em que quando estalou a bolha imobiliária os bancos foram contaminados e o Estado foi obrigado a ajudar.
"Portugal não é a Irlanda. Infelizmente nós temos dois problemas: a dívida está sempre a subir e o défice mantém-se acima da metas iniciais acordadas pela troika. Isto não é sustentável", considerou.
João Duque frisa que o défice externo ainda não é sustentável e a dívida pública deverá ultrapassar os 130% do PIB, aspetos que merecem "cautela."
Opinião partilhada por Mira Amaral:"Os números não enganam. Temos ainda uma mochila muito pesada às costas, pelo que tenho os maiores receios e reservas. O problema está ainda longe de ser resolvido", conclui.
Quem defendia um programa cautelar:
Ex-governantes, economistas e políticos alertaram para os riscos de uma saída limpa.
Cavaco Silva - "Um programa cautelar é qualquer coisa muito diferente e qualquer país que esteja sujeito a um programa de ajustamento, se o concluir com sucesso, pode beneficiar de uma linha de crédito que é como uma rede de segurança." Roteiros VIII
Teixeira dos Santos -"Eu acho que existem riscos sérios que nós temos pela frente. O elevado peso da dívida coloca-nos no fio da navalha. (...) Acho que Portugal deve ter um programa cautelar." Fórum das Políticas, no ISCTE
Manuela Ferreira Leite -"Lastimo imenso que o interesse nacional esteja mais uma vez subordinado aos interesses eleitorais. A preparação de uma saída à irlandesa é muito mais onerosa para o País do que se fosse através de um programa cautelar." TVI24
Rui Rio - "Para mim é evidente que é muito melhor sair com um programa cautelar. Parece-me bem mais prudente do que ir de peito às balas. O simples facto de os mercados saberem que Portugal pode recorrer a uma linha de financiamento se as taxas de juro dispararem, por si só não deixa as taxas de juro dispararem." Lusa
Eduardo Catroga - "Seria mais avisado para a economia portuguesa a negociação de um programa cautelar porque ainda temos muito trabalho a fazer. O melhor programa cautelar seria que antes das eleições os três partidos que concordaram com o programa da troika se pusessem de acordo quanto às políticas fundamentais que há que desencadear para o pós-troika." Lusa
Bagão Félix - "É um programa em que continua a haver condicionalidades e ao mesmo tempo um apoio, não um financiamento, para que a staxas sejam comportáveis. O programa cautelar é uma espécie de purgatório antes de chegar ao céu.". Conferência "Um Orçamento Pós-Troika"
António Saraiva - "A CIP considera que deve haver um conjunto de cautelas para regressar aos mercados e, por isso, vê com bons olhos o recurso a um programa cautelar e demos disso conta ao primeiro-ministro." Lusa
Durão Barroso - "O programa cautelar com certeza que garante mais confiança, mais segurança. À partida, será a melhor opção."Lusa.(Muda de opinião conforme o vento)
Para o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, a decisão foi vista como bem-sucedida e assertiva. "Um sucesso para o país, mas também para a Europa", assinala o presidente da Comissão Europeia, que também elogiou a determinação do povo português. "Com uma 'saída limpa', Portugal vai agora andar pelo próprio pé. Este não é apenas um sucesso para Portugal, mas um sucesso para a Europa", disse Durão Barroso, numa declaração após a reunião regular com os líderes da zona euro.
Já o antigo ministro da Economia do primeiro Governo de António Guterres, Augusto Mateus, considera o tipo de saída um compromisso difícil para o futuro. "O que não é nada limpo é que o esforço de ajustamento tem de continuar, e deste ponto de vista o nome 'saída limpa' pode ser difícil. Aí não há limpeza", disse ao "Dinheiro Vivo".
Na opinião do presidente do Eurogrupo, continuar com orçamento seguro é imprescindível. "Manter um bom orçamento é uma questão permanente. Os tempos de austeridade mais dura, penso que já ficaram para trás. Mas isso não significa que se pode começar a gastar dinheiro se não se gerar dinheiro. Ter controlo sobre o orçamento é uma responsabilidade permanente para todos os países", disse Jeroen Dijsselbloem.
Felicitações também foram assinaladas
A chanceler alemã, congratulou-se com o facto de Portugal estar prestes a concluir o programa de assistência financeira da troika e ter prescindido de uma linha de crédito cautelar dos parceiros da Zona Euro, noticia a agência Bloomberg. Falando em Ingolstadt, na Baviera, a chanceler afirmou que o sucesso do euro é "palpável", numa referência provável à saída limpa da troika de Portugal, depois de o mesmo ter sucedido na Irlanda, garante Angela Merkel.
Para o economista português, António Nogueira Leite, esta foi uma decisão bem tomada. Portugal "optou e bem" por uma 'saída limpa' face ao programa cautelar, mas afirmou temer que a falta de "um escrutínio muito forte" ponha em causa o esforço realizado. "Tenho medo de que sem um escrutínio muito forte nós possamos, em meia dúzia de meses, pôr a perder tudo aquilo que fizemos em três anos com tanto esforço".
O conceito de sustentabilidade também não poderia deixar de ser citado, vindo de fora do país. "A decisão do Governo português de sair do programa de ajustamento de três anos sem pedir qualquer assistência financeira externa adicional prova que a política económica seguida pela Europa está a ter resultados sustentáveis", disse Jyrki Katainen - Primeiro-Ministro Finlandês, citado pela agência Bloomberg.
A reflexão em favor dos resultados para a população também foi lembrada. O secretário-geral da Amnistia Internacional (AI), Salil Shetty alertou que a 'saída limpa' de Portugal do programa de resgate representa também uma "saída muito dolorosa" e pediu ao Governo que avalie as consequências da austeridade nos direitos humanos. "Portugal está muito orgulhoso de ter conseguido uma 'saída limpa' do programa de resgate. É uma 'saída limpa' de um ponto de vista económico e financeiro, mas é uma saída muito dolorosa para muita gente".
A “OPINIÃO DE JOSÉ SÓCRATES”
"Estes três últimos anos nunca deviam ter acontecido"
"Eu acho que era possível evitar o resgate."
"Fiz um grande esforço e muitas vezes lutei sozinho para não pedirmos ajuda externa"
"Esta decisão do governo é uma floresta de enganos e ilusões"
"Fico naturalmente feliz por ver o país sem troika do que com troika"
"Este governo foi o governo que mais aumentou a dívida pública"
"Olhando para o cumprimento do programa, nós só conseguimos encontrar falhanços"
"Eu desafio-o a apresentar um indicador que tenha sido cumprido"
"Eu acho que ao nível europeu é preciso de uma vez por todas parar com as políticas de austeridade." José Sócrates, 4 de Maio de 2014
Personalidades estrangeiras apoiam Manifesto dos 70
O Manifesto dos 70 de apelo para a reestrutura da dívida pública como resposta à saída de Portugal da crise recebeu o apoio de mais de 70 personalidades estrangeiras, na maioria economistas de renome internacional.
"São economistas, muitos com cargos de relevo em instituições internacionais como o FMI, editores de revistas científicas de economia e autores de livros e ensaios de referência na área", entre os quais Marc Blyth, da Universidade Brown, nos Estados Unidos, autor do melhor livro de 2013 para o Financial Times, "Austeridade", revela o jornal.
O denominado Manifesto dos 70, tornado público há cerca de uma semana, é assinado por figuras da política de esquerda e de direita, como os ex-ministros das Finanças Manuela Ferreira Leite e Bagão Félix, Francisco Louçã, António Saraiva, Carvalho da Silva, Gomes Canotilho, Sampaio da Nóvoa, além de empresários e economistas, e pretende ser "um apelo de cidadãos para cidadãos", explicou, na altura, João Cravinho à Lusa.
"Não se trata de apelar a qualquer atitude futura que não seja a de respeito pelas melhores práticas de rigorosa gestão das finanças publicas", afirmou o antigo ministro socialista das Obras Publicas, sublinhando que essa questão é "absolutamente essencial".
De acordo com o jornal, os economistas internacionais assinaram um documento, com um conteúdo muito semelhante ao manifesto promovido por João Cravinho, no qual declaram "total concordância" com o documento subscrito por vários políticos portugueses, empresários, sindicalistas, académicos e constitucionalistas.
Os economistas estrangeiros apoiam "os esforços dos que em Portugal propõem a reestruturação da divida publica global, no sentido de obterem menores taxas de juro e prazos mais amplos, de modo a que o esforço do pagamento seja compatível com uma estratégia de crescimento, investimentos e de criação de emprego", segundo escreve o Publico.
Entre os apoiantes do Manifesto português encontram-se nomes como o de José Antonio Ocampo, antigo ministro das finanças da Colômbia e secretário-geral adjunto das Nações Unidas, actualmente consultor da ONU e do Independetn Evaluation Office do FMI, além de Stephany Griffith-Jones, responsável pela apresentação do relatório sobre regulação financeira global na última reunião dos ministros das finanças da Commonwealth.
O dinamarquês Beng-Ake Lundvall, secretário-geral de Globelics e perito do Banco Mundial é também uma das personalidades que integra o manifesto internacional que o Público teve acesso, um conhecedor da realidade do país, já que foi consultor do Governo português na última presidência na União Europeia e um grande especialista mundial em economia da inovação.
Há cerca de uma semana o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, acusou os subscritores do manifesto pela reestruturação da dívida de serem "os mesmos que falavam na espiral recessiva" e citou o Presidente da República, Cavaco Silva, apoiando a ideia expressa pelo chefe de Estado no passado segundo a qual falar em reestruturação da dívida seria um ato de "masoquismo.
Entretanto, o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, exonerou dos seus cargos de consultores da Presidência da República o ex-ministro da Agricultura Sevinate Pinto e o antigo secretário de Estado Vítor Martins, dois dos nomes que assinaram o Manifesto. Por: Lusa/SOL
Mais perdas do que ganhos
Depois destes três anos de voragem, todos temos a obrigação de estabelecer um balanço do "programa de ajustamento". Na minha leitura, os ganhos são frágeis e conjunturais, enquanto as perdas são estruturais, e algumas até irreparáveis. O equilíbrio das contas externas é a nota positiva, mas uma análise mais fina revela que ele só ocorreu devido a uma redução das importações, em virtude da contração da procura interna. Por outro lado, a redução da despesa pública, como na saúde e na educação, ultrapassou em muitos casos a linha vermelha da entropia de instituições e serviços. A redução do défice foi obtida através de uma austeridade mais baseada no aumento dos impostos do que em cortes inteligentes da despesa. Os falhanços estruturais são imensos. Desde logo uma dívida pública que não cessa de aumentar (e a redução da dívida foi o motivo deste programa!), e cuja gestão futura se assemelha a uma roleta russa. O aumento vertiginoso do desemprego e a explosão da emigração criam problemas sociais permanentes e alienam
recursos humanos válidos e insubstituíveis por um período que só poderá ser de longa duração. A redução do PIB e o aumento da pobreza demorarão anos a ser compensados por taxas anémicas de crescimento. Uma trajetória que arrisca a deflação, aumenta ainda mais os custos do crédito e do investimento, que seriam indispensáveis para o aumento da competitividade. Como coroa do desaire, a gestão danosa dos ativos públicos, através de privatizações que lesam o interesse nacional, reduzem o Estado a uma entidade virtual, incapaz de se assumir como um criador de estratégias que compensem a total dependência em que o País se encontra de decisões alheias. E o facto de este cândido balanço não ser unânime revela que, mesmo no plano da ética pública, nenhuma lição parece ter sido aprendida. Por: Viriato Soromenho Marques /DN/2 /5/ 2014
QUASE 3 ANOS DE GOVERNO PASSOS - RESUMO
Exportações em queda (março 2014)
As exportações do trimestre terminado em março aumentaram 1,7% face a igual período do ano anterior registando aquele que é o ritmo de crescimento mais baixo em 12 meses. Note-se que no trimestre terminado em fevereiro haviam aumentado 5,4%.
O ministro das Finanças, Mário Centeno, acusou, esta quarta-feira, o anterior Governo de ignorar os problemas na banca, destacando que, apenas três semanas depois da saída da "troika", caiu o BES e mais tarde o Banif.
"A saída limpa só durou três semanas. Depois da grande festa e do relógio [para o fim do programa de resgate financeiro internacional] que publicitaram, caiu o BES, caiu o Banif, a CGD não tinha capital, o BPI tinha dificuldades e o BCP não conseguia pagar os CoCo [obrigações convertíveis]", afirmou o governante.
Segundo Centeno, que falava na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa (COFMA) sobre a Caixa Geral de Depósitos (CGD), nessa altura - a "troika" (União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) saiu no verão de 2014 - "não se conseguia atrair capital estrangeiro para Portugal", algo que "mudou" com o atual Governo socialista. Por JN.
Despesa para 2013:
Salários: 22,14% Pensões: 28,89%
“A entrada da troika em Portugal resultou da pressão exercida pelo PSD e pelo CDS-PP.” A chanceler Angela Merkel “não queria uma intervenção concertada, regulada, com um Memorando, mas uma solução como a que foi encontrada para Espanha e Itália, por isso o apoio ao PEC IV. Lobo Xavier
CDS.
Banqueiros culpados da crise e do pedido do resgate. Estamos todos a trabalhar para a banca.
Ontem, 26 de Abril Durão Barroso numa entrevista na TV disse, o que levou o País e a Europa a esta situação/crise, foi a ganância dos bancos. Os Banqueiros deviam ter vergonha de sair à rua. Então não foi Sócrates? Os pulhas confessam-se finalmente.
A Dívida Privada é muito superior à dívida Pública. Porque ninguém fala disso. O que se passa então para a dívida subir em flecha? Foi porque o Estado passou a gastar muito mais na saúde, no ensino, na investigação? Não! A subida em flecha da dívida pública deu-se devido à quebra de receitas provocadas pela crise, porque no essencial o Estado tomou nas suas mãos o desendividamento e a capitalização da banca. Carlos Carvalhas
A situação a que chegámos não foi uma situação do acaso. A União Europeia financiou durante muitos anos Portugal para Portugal deixar de produzir; não foi só nas pescas, não foi só na agricultura, foi também na indústria.. Por: António Costa
Presente na conferência internacional organizada pelo Banco Central Europeu (BCE) que desde domingo decorre em Sintra, o prémio Nobel da Economia de 2008, Paul Krugman, considerou que Durão Barroso entrou em profunda negação ao considerar que o euro não teve nada a ver com a crise que tudo resultou de políticas falhadas ao nível nacional e à falta de uma vontade política.
Para Paul Krugman o que aconteceu foi o seguinte: primeiro a criação do euro encorajou fluxos de capital para o sul da Europa, depois o dinheiro secou -- e a ausência de moedas nacionais significou que os países endividados tiveram de se submeter a um processo de deflação extremamente doloroso", afirma o economista, que tem sido muito crítico das políticas de austeridade na Europa.
http://krugman.blogs.nytimes.com/?module=BlogMain&action=Click®ion=Header&pgtype=Blogs&version=BlogPost&contentCollection=Opinion
Estou farto deles.
A zona euro está a ser governada por gente que professa um desrespeito infinito pela democracia. Gente que não crê no império da lei e menos ainda, na sã concorrência do mercado livre capitalista. Gente viciada no jogo da batota do casino de crédito financeiro. Gente habituada a parasitar a economia real - aquela que
produz riqueza material, tangível, fungível e transaccionável, ao contrário da indústria da especulação financeira que apenas cria "dívida" - impagável!...
Joe Wolf
Para Paul Krugman o que aconteceu foi o seguinte: primeiro a criação do euro encorajou fluxos de capital para o sul da Europa, depois o dinheiro secou -- e a ausência de moedas nacionais significou que os países endividados tiveram de se submeter a um processo de deflação extremamente doloroso", afirma o economista, que tem sido muito crítico das políticas de austeridade na Europa.
http://krugman.blogs.nytimes.com/?module=BlogMain&action=Click®ion=Header&pgtype=Blogs&version=BlogPost&contentCollection=Opinion
A zona euro está a ser governada por gente que professa um desrespeito infinito pela democracia. Gente que não crê no império da lei e menos ainda, na sã concorrência do mercado livre capitalista. Gente viciada no jogo da batota do casino de crédito financeiro. Gente habituada a parasitar a economia real - aquela que
produz riqueza material, tangível, fungível e transaccionável, ao contrário da indústria da especulação financeira que apenas cria "dívida" - impagável!...
Joe Wolf
A Verdade da Mentira e a culpa de Sócrates.
OS Banqueiros são os culpados da crise e do pedido do resgate. Estamos todos a trabalhar para a banca.
O que levou o País e a Europa a esta situação/crise, foi a ganância dos bancos. Os Banqueiros deviam ter vergonha de sair à rua. Tudo começou em 2007 com a bolha imobiliária, "Suprime" nos EUA e em 2008 com a falência do Lehman Brothers. De seguida a economia arrefece a tal ponto que Bruxelas dá ordem para os Estados investirem e fala-se na Europa e nos EUA em TGV, Aeroportos e Portos além de Auto-Estradas. A receita a cobrar pelos governos cai a pique. Os Estados tomaram nas suas mãos o endividamento dos privados e de uma maneira geral da Banca. Nós por cá foram milhões e milhões, não só no BPN, mas também no BPP, BCP, BANIF e de uma maneira geral em toda a banca. A ordem na Europa foi para salvar a banca e não deixar falir nenhum. Aconteceu em toda a Europa, incluindo na Alemanha. A Irlanda é um dos melhores, ou antes dos piores exemplos. Dinheiro da troika não foi "para pagar salários e pensões", mas aos crédores.
O professor de Economia José Maria Castro Caldas afirmou hoje, em Coimbra, que o dinheiro emprestado pela 'troika' a Portugal não foi para pagar salários e pensões", mas para pagar a credores.
"A Dívida Privada é muito superior à dívida Pública. Porque ninguém fala disso. O que se passa então para a dívida subir em flecha? Foi porque o Estado passou a gastar muito mais na saúde, no ensino, na investigação? Não! A subida em flecha da dívida pública deu-se devido à quebra de receitas provocadas pela crise, porque no essencial o Estado tomou nas suas mãos o desendividamento e a capitalização da banca. Carlos Carvalhas." Presente na conferência internacional organizada pelo Banco Central Europeu (BCE) que desde domingo decorre em Sintra, o prémio Nobel da Economia de 2008, Paul Krugman, considerou que Durão Barroso entrou em profunda negação ao considerar que o euro não teve nada a ver com a crise que tudo resultou de políticas falhadas ao nível nacional e à falta de uma vontade política.
Para Paul Krugman o que aconteceu foi o seguinte: primeiro a criação do euro encorajou fluxos de capital para o sul da Europa, depois o dinheiro secou -- e a ausência de moedas nacionais significou que os países endividados tiveram de se submeter a um processo de deflação extremamente doloroso", afirma o economista, que tem sido muito crítico das políticas de austeridade na Europa.
O que levou o País e a Europa a esta situação/crise, foi a ganância dos bancos. Os Banqueiros deviam ter vergonha de sair à rua. Tudo começou em 2007 com a bolha imobiliária, "Suprime" nos EUA e em 2008 com a falência do Lehman Brothers. De seguida a economia arrefece a tal ponto que Bruxelas dá ordem para os Estados investirem e fala-se na Europa e nos EUA em TGV, Aeroportos e Portos além de Auto-Estradas. A receita a cobrar pelos governos cai a pique. Os Estados tomaram nas suas mãos o endividamento dos privados e de uma maneira geral da Banca. Nós por cá foram milhões e milhões, não só no BPN, mas também no BPP, BCP, BANIF e de uma maneira geral em toda a banca. A ordem na Europa foi para salvar a banca e não deixar falir nenhum. Aconteceu em toda a Europa, incluindo na Alemanha. A Irlanda é um dos melhores, ou antes dos piores exemplos. Dinheiro da troika não foi "para pagar salários e pensões", mas aos crédores.
O professor de Economia José Maria Castro Caldas afirmou hoje, em Coimbra, que o dinheiro emprestado pela 'troika' a Portugal não foi para pagar salários e pensões", mas para pagar a credores.
"A Dívida Privada é muito superior à dívida Pública. Porque ninguém fala disso. O que se passa então para a dívida subir em flecha? Foi porque o Estado passou a gastar muito mais na saúde, no ensino, na investigação? Não! A subida em flecha da dívida pública deu-se devido à quebra de receitas provocadas pela crise, porque no essencial o Estado tomou nas suas mãos o desendividamento e a capitalização da banca. Carlos Carvalhas." Presente na conferência internacional organizada pelo Banco Central Europeu (BCE) que desde domingo decorre em Sintra, o prémio Nobel da Economia de 2008, Paul Krugman, considerou que Durão Barroso entrou em profunda negação ao considerar que o euro não teve nada a ver com a crise que tudo resultou de políticas falhadas ao nível nacional e à falta de uma vontade política.
Para Paul Krugman o que aconteceu foi o seguinte: primeiro a criação do euro encorajou fluxos de capital para o sul da Europa, depois o dinheiro secou -- e a ausência de moedas nacionais significou que os países endividados tiveram de se submeter a um processo de deflação extremamente doloroso", afirma o economista, que tem sido muito crítico das políticas de austeridade na Europa.
http://viriatoapedrada.blogspot.pt/2014/05/nem-o-espirito-santo-nos-vale.html
http://viriatoapedrada.blogspot.pt/2014/05/portugal-e-grecia-bancos-alemaes.html
http://viriatoapedrada.blogspot.pt/2014/05/crise-do-euro-receita-desastrosa.html
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Os Estragos da Troika Por: Daniel Oliveira / Expresso
Dívida pública sobe e atinge 132,4% do PIB até março
A dívida pública portuguesa subiu para os 132,4% do Produto Interno Bruto no final do primeiro trimestre, acima dos 129% registados no final de 2013, segundo o Banco de Portugal.
De acordo com os dados preliminares do Boletim Estatístico, divulgado pelo Banco de Portugal, esta quinta-feira, a dívida pública na ótica de Maastricht alcançou os 220684 milhões de euros em março deste ano.
No final de 2013, a dívida pública portuguesa estava nos 129% do PIB, o equivalente a 213631 milhões de euros, o que significa que a trajetória da dívida continua em alta, segundo números do banco central.
O valor da dívida líquida de depósitos subiu ligeiramente no primeiro trimestre, alcançando os 197312 milhões de euros em março, o equivalente a 118,3% do PIB.
No Documento de Estratégia Orçamental 2014-2018, o Governo prevê que a dívida continue a subir este ano face a 2013, para os 130,2% do PIB.
O Executivo antecipa que a trajetória da dinâmica da dívida se inverta em 2015, caindo para os 128,7% do PIB nesse ano e chegando aos 116,7% em 2018, o último ano da projeção.
Estas previsões indicam que a dívida pública vai continuar muito acima do limite de referência no Tratado Orçamental, de 60%, pelo menos até 2018. Por: JN
Apesar da oposição de Cavaco Silva e de Durão Barroso, o primeiro-ministro vai anunciar uma "saída limpa" do programa de resgate.
Passos Coelho prepara-se para anunciar uma "saída limpa" do programa da troika, uma solução que reúne consenso entre o Governo de coligação PSD/CDS e o PS, mas que desagrada a maioria: ex-governantes, economistas e políticos.
No documento "Desvantagens de um programa cautelar", a que o Expresso teve acesso e noticiou neste sábado, o Governo garante que "em caso de necessidade futura o programa cautelar continuará disponível", sublinhando que "ninguém sabe dizer que condicionalidade lhe está associada". Mas quais são os riscos deste modelo?
"Irmos sozinhos para o mar alto pode trazer complicações, uma vez que o panorama conjuntural pode mudar. Seria muito melhor optar-se por um programa cautelar com uma linha de crédito disponível", diz ao Expresso Luís Mira Amaral.
Para o presidente do banco BIC português, a descida dos juros da dívida pode ser causal, sublinhando que se verifica a mesma tendência na Grécia e noutros países do sul da Europa.
Mercados são voláteis
"Há riscos porque os mercados são muito voláteis. Sem apoio as taxas de juro devem subir. Continuo a achar que um programa cautelar dava mais garantias face a possíveis necessidades de financiamento", defende, por sua vez, João Duque.
O presidente do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) reconhece que um programa cautelar teria custos, mas isso obrigaria a mais "disciplina", o que podia ser
"O nosso percurso vai ser parecido com a França, quando o PS for Governo mudará algumas coisas. Hollande penalizou os donos de altos rendimentos e estes acabaram por se ir embora. Isso também vai acontecer em Portugal. É o risco num mercado liberal", alerta o professor.
João Duque acredita que o primeiro-ministro vai defender que o programa de ajustamento foi um sucesso, "resultado de uma política bem sucedida", lembrando que o "PS deixou o país nas lonas."
Maior independência pode ser desfavorável
"Como aspeto positivo há uma imagem política de algum sucesso do programa e o Governo libertar-se mais do controlo da troika para poder decidir. O que está em causa é, apesar de tudo, uma maior liberdade", sublinha João Duque, alertando, contudo, que essa imagem de independência política pode ser desfavorável, caso o próximo Governo deseje, por exemplo, aumentar a despesa pública.
Também Mira Amaral considera que a argumentação do primeiro-ministro se vai centrar no "sucesso" do programa, no entanto, defende que a saída limpa não corresponde à qualidade do ajustamento.
"O Governo pretende transmitir a ideia de que o programa de ajustamento foi executado com grande sucesso, o que discordo totalmente, porque foi feito à custa de impostos e do corte transversal dos salários dos funcionários públicos e pensões", destacou.
"Portugal não é a Irlanda"
"Os cortes na Administração Pública foram horizontais e não verticais e, como consequência, ficaremos com um sector desmotivado e desqualificado", acrescentou.
Além disso, defende Mira Amaral, comparando Portugal com a Irlanda verifica-se que as situações são bem diferentes, porque a Irlanda só tem um problema financeiro, na medida em que quando estalou a bolha imobiliária os bancos foram contaminados e o Estado foi obrigado a ajudar.
"Portugal não é a Irlanda. Infelizmente nós temos dois problemas: a dívida está sempre a subir e o défice mantém-se acima da metas iniciais acordadas pela troika. Isto não é sustentável", considerou.
João Duque frisa que o défice externo ainda não é sustentável e a dívida pública deverá ultrapassar os 130% do PIB, aspetos que merecem "cautela."
Opinião partilhada por Mira Amaral:"Os números não enganam. Temos ainda uma mochila muito pesada às costas, pelo que tenho os maiores receios e reservas. O problema está ainda longe de ser resolvido", conclui.
Quem defendia um programa cautelar:
Ex-governantes, economistas e políticos alertaram para os riscos de uma saída limpa.
Cavaco Silva - "Um programa cautelar é qualquer coisa muito diferente e qualquer país que esteja sujeito a um programa de ajustamento, se o concluir com sucesso, pode beneficiar de uma linha de crédito que é como uma rede de segurança." Roteiros VIII
Teixeira dos Santos -"Eu acho que existem riscos sérios que nós temos pela frente. O elevado peso da dívida coloca-nos no fio da navalha. (...) Acho que Portugal deve ter um programa cautelar." Fórum das Políticas, no ISCTE
Manuela Ferreira Leite -"Lastimo imenso que o interesse nacional esteja mais uma vez subordinado aos interesses eleitorais. A preparação de uma saída à irlandesa é muito mais onerosa para o País do que se fosse através de um programa cautelar." TVI24
Rui Rio - "Para mim é evidente que é muito melhor sair com um programa cautelar. Parece-me bem mais prudente do que ir de peito às balas. O simples facto de os mercados saberem que Portugal pode recorrer a uma linha de financiamento se as taxas de juro dispararem, por si só não deixa as taxas de juro dispararem." Lusa
Eduardo Catroga - "Seria mais avisado para a economia portuguesa a negociação de um programa cautelar porque ainda temos muito trabalho a fazer. O melhor programa cautelar seria que antes das eleições os três partidos que concordaram com o programa da troika se pusessem de acordo quanto às políticas fundamentais que há que desencadear para o pós-troika." Lusa
Bagão Félix - "É um programa em que continua a haver condicionalidades e ao mesmo tempo um apoio, não um financiamento, para que a staxas sejam comportáveis. O programa cautelar é uma espécie de purgatório antes de chegar ao céu.". Conferência "Um Orçamento Pós-Troika"
António Saraiva - "A CIP considera que deve haver um conjunto de cautelas para regressar aos mercados e, por isso, vê com bons olhos o recurso a um programa cautelar e demos disso conta ao primeiro-ministro." Lusa
Durão Barroso - "O programa cautelar com certeza que garante mais confiança, mais segurança. À partida, será a melhor opção."Lusa.(Muda de opinião conforme o vento)
Para o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, a decisão foi vista como bem-sucedida e assertiva. "Um sucesso para o país, mas também para a Europa", assinala o presidente da Comissão Europeia, que também elogiou a determinação do povo português. "Com uma 'saída limpa', Portugal vai agora andar pelo próprio pé. Este não é apenas um sucesso para Portugal, mas um sucesso para a Europa", disse Durão Barroso, numa declaração após a reunião regular com os líderes da zona euro.
Já o antigo ministro da Economia do primeiro Governo de António Guterres, Augusto Mateus, considera o tipo de saída um compromisso difícil para o futuro. "O que não é nada limpo é que o esforço de ajustamento tem de continuar, e deste ponto de vista o nome 'saída limpa' pode ser difícil. Aí não há limpeza", disse ao "Dinheiro Vivo".
Na opinião do presidente do Eurogrupo, continuar com orçamento seguro é imprescindível. "Manter um bom orçamento é uma questão permanente. Os tempos de austeridade mais dura, penso que já ficaram para trás. Mas isso não significa que se pode começar a gastar dinheiro se não se gerar dinheiro. Ter controlo sobre o orçamento é uma responsabilidade permanente para todos os países", disse Jeroen Dijsselbloem.
Felicitações também foram assinaladas
A chanceler alemã, congratulou-se com o facto de Portugal estar prestes a concluir o programa de assistência financeira da troika e ter prescindido de uma linha de crédito cautelar dos parceiros da Zona Euro, noticia a agência Bloomberg. Falando em Ingolstadt, na Baviera, a chanceler afirmou que o sucesso do euro é "palpável", numa referência provável à saída limpa da troika de Portugal, depois de o mesmo ter sucedido na Irlanda, garante Angela Merkel.
Para o economista português, António Nogueira Leite, esta foi uma decisão bem tomada. Portugal "optou e bem" por uma 'saída limpa' face ao programa cautelar, mas afirmou temer que a falta de "um escrutínio muito forte" ponha em causa o esforço realizado. "Tenho medo de que sem um escrutínio muito forte nós possamos, em meia dúzia de meses, pôr a perder tudo aquilo que fizemos em três anos com tanto esforço".
O conceito de sustentabilidade também não poderia deixar de ser citado, vindo de fora do país. "A decisão do Governo português de sair do programa de ajustamento de três anos sem pedir qualquer assistência financeira externa adicional prova que a política económica seguida pela Europa está a ter resultados sustentáveis", disse Jyrki Katainen - Primeiro-Ministro Finlandês, citado pela agência Bloomberg.
A reflexão em favor dos resultados para a população também foi lembrada. O secretário-geral da Amnistia Internacional (AI), Salil Shetty alertou que a 'saída limpa' de Portugal do programa de resgate representa também uma "saída muito dolorosa" e pediu ao Governo que avalie as consequências da austeridade nos direitos humanos. "Portugal está muito orgulhoso de ter conseguido uma 'saída limpa' do programa de resgate. É uma 'saída limpa' de um ponto de vista económico e financeiro, mas é uma saída muito dolorosa para muita gente".
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Manuela Ferreira Leite não acredita que Portugal consiga baixar a dívida pública para 60% do PIB em 2035, como previsto no tratado orçamental.
Violar regras pode ser melhor do que ficar com um país de pobres
"Temos um país de pobres, sem jovens e sem futuro. É isto que queremos?", questiona Ferreira Leite. Por : Pedro Santos Guerreiro19 de março de 2014
Entrevista a João Cravinho
O socialista João Cravinho foi deputado, eurodeputado, ministro da Indústria, ministro do Planeamento e do Equipamento, e administrador do Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento.
João Cravinho considera que Portugal nunca terá um segundo resgate, porque isso significaria assumir o falhanço do primeiro. “Quando esta gente se afadiga se chegamos ao cautelar ou não, eles já sabem que esse problema está resolvido”, argumenta.
Nesta entrevista conduzida pela jornalista Maria Flor Pedroso, João Cravinho afirma que Portugal não terá condições nos próximos dez anos para se livrar da influência alemã.ttp://www.rtp.pt/antena1/?t=Entrevista-a-Joao Cravinho.rtp&article=7216&visual=11&tm=16&headline=13
"Estes três últimos anos nunca deviam ter acontecido"
"Eu acho que era possível evitar o resgate."
"Fiz um grande esforço e muitas vezes lutei sozinho para não pedirmos ajuda externa"
"Esta decisão do governo é uma floresta de enganos e ilusões"
"Fico naturalmente feliz por ver o país sem troika do que com troika"
"Este governo foi o governo que mais aumentou a dívida pública"
"Olhando para o cumprimento do programa, nós só conseguimos encontrar falhanços"
"Eu desafio-o a apresentar um indicador que tenha sido cumprido"
"Eu acho que ao nível europeu é preciso de uma vez por todas parar com as políticas de austeridade." José Sócrates, 4 de Maio de 2014
Personalidades estrangeiras apoiam Manifesto dos 70
O Manifesto dos 70 de apelo para a reestrutura da dívida pública como resposta à saída de Portugal da crise recebeu o apoio de mais de 70 personalidades estrangeiras, na maioria economistas de renome internacional.
De acordo com a edição de hoje do jornal Público, o manifesto subscrito por 74 personalidades "transpôs a fronteira e já recebeu o apoio de economistas de 20 nacionalidades, dos EUA à Alemanha".
"São economistas, muitos com cargos de relevo em instituições internacionais como o FMI, editores de revistas científicas de economia e autores de livros e ensaios de referência na área", entre os quais Marc Blyth, da Universidade Brown, nos Estados Unidos, autor do melhor livro de 2013 para o Financial Times, "Austeridade", revela o jornal.
O denominado Manifesto dos 70, tornado público há cerca de uma semana, é assinado por figuras da política de esquerda e de direita, como os ex-ministros das Finanças Manuela Ferreira Leite e Bagão Félix, Francisco Louçã, António Saraiva, Carvalho da Silva, Gomes Canotilho, Sampaio da Nóvoa, além de empresários e economistas, e pretende ser "um apelo de cidadãos para cidadãos", explicou, na altura, João Cravinho à Lusa.
"Não se trata de apelar a qualquer atitude futura que não seja a de respeito pelas melhores práticas de rigorosa gestão das finanças publicas", afirmou o antigo ministro socialista das Obras Publicas, sublinhando que essa questão é "absolutamente essencial".
De acordo com o jornal, os economistas internacionais assinaram um documento, com um conteúdo muito semelhante ao manifesto promovido por João Cravinho, no qual declaram "total concordância" com o documento subscrito por vários políticos portugueses, empresários, sindicalistas, académicos e constitucionalistas.
Os economistas estrangeiros apoiam "os esforços dos que em Portugal propõem a reestruturação da divida publica global, no sentido de obterem menores taxas de juro e prazos mais amplos, de modo a que o esforço do pagamento seja compatível com uma estratégia de crescimento, investimentos e de criação de emprego", segundo escreve o Publico.
Entre os apoiantes do Manifesto português encontram-se nomes como o de José Antonio Ocampo, antigo ministro das finanças da Colômbia e secretário-geral adjunto das Nações Unidas, actualmente consultor da ONU e do Independetn Evaluation Office do FMI, além de Stephany Griffith-Jones, responsável pela apresentação do relatório sobre regulação financeira global na última reunião dos ministros das finanças da Commonwealth.
O dinamarquês Beng-Ake Lundvall, secretário-geral de Globelics e perito do Banco Mundial é também uma das personalidades que integra o manifesto internacional que o Público teve acesso, um conhecedor da realidade do país, já que foi consultor do Governo português na última presidência na União Europeia e um grande especialista mundial em economia da inovação.
Há cerca de uma semana o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, acusou os subscritores do manifesto pela reestruturação da dívida de serem "os mesmos que falavam na espiral recessiva" e citou o Presidente da República, Cavaco Silva, apoiando a ideia expressa pelo chefe de Estado no passado segundo a qual falar em reestruturação da dívida seria um ato de "masoquismo.
Entretanto, o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, exonerou dos seus cargos de consultores da Presidência da República o ex-ministro da Agricultura Sevinate Pinto e o antigo secretário de Estado Vítor Martins, dois dos nomes que assinaram o Manifesto. Por: Lusa/SOL
Subscrevem este manifesto, a que o PÚBLICO teve acesso, académicos de várias correntes de pensamento económico e de muitas nacionalidades: dos EUA, Canadá, México, Brasil, Argentina, África do Sul, Austrália, Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Espanha, Grécia, Estónia, Noruega, Dinamarca, Bélgica, Áustria, Polónia e Suíça.
Depois destes três anos de voragem, todos temos a obrigação de estabelecer um balanço do "programa de ajustamento". Na minha leitura, os ganhos são frágeis e conjunturais, enquanto as perdas são estruturais, e algumas até irreparáveis. O equilíbrio das contas externas é a nota positiva, mas uma análise mais fina revela que ele só ocorreu devido a uma redução das importações, em virtude da contração da procura interna. Por outro lado, a redução da despesa pública, como na saúde e na educação, ultrapassou em muitos casos a linha vermelha da entropia de instituições e serviços. A redução do défice foi obtida através de uma austeridade mais baseada no aumento dos impostos do que em cortes inteligentes da despesa. Os falhanços estruturais são imensos. Desde logo uma dívida pública que não cessa de aumentar (e a redução da dívida foi o motivo deste programa!), e cuja gestão futura se assemelha a uma roleta russa. O aumento vertiginoso do desemprego e a explosão da emigração criam problemas sociais permanentes e alienam
Festejem à vontade !!
O PIB de 3º mundo que conseguiram.
A queda de investimento que conseguiram.
O desemprego conseguido.
O aumento da dívida conseguido.
O retrocesso civilizacional conseguido.
A pobreza e miséria conseguida.
A emigração conseguida.
O roubo descarado e continuado conseguidos.
A implementação de um PREC de direita conseguido.
A esperança e desejos de um País melhor que não conseguiram.
Haja foguetes que cheguem para comemorar a forma como se empobrece todo um Povo. Todo, quero dizer 8 milhões de "comunas" !
Haja fanfarra em barda para comemorar como quem representa 20% da população conseguiu tudo isto ! Por: BrincaNareia
A queda de investimento que conseguiram.
O desemprego conseguido.
O aumento da dívida conseguido.
O retrocesso civilizacional conseguido.
A pobreza e miséria conseguida.
A emigração conseguida.
O roubo descarado e continuado conseguidos.
A implementação de um PREC de direita conseguido.
A esperança e desejos de um País melhor que não conseguiram.
Haja foguetes que cheguem para comemorar a forma como se empobrece todo um Povo. Todo, quero dizer 8 milhões de "comunas" !
Haja fanfarra em barda para comemorar como quem representa 20% da população conseguiu tudo isto ! Por: BrincaNareia
QUASE 3 ANOS DE GOVERNO PASSOS - RESUMO
- Cortes e mais cortes . Cortes sobre cortes
- Privatização de sectores importantes para a Economia - fonte de receita
- Redução de salários. . Desvalorização do trabalho
- Saúde, Educação e Justiça mais caras - já não ao alcance de todos - -Deterioração dos serviços
- Disparo do número de desempregados
- Perdões Fiscais injustos para quem é cumpridor
- Emigração forçada e a níveis nunca vistos
Resultado - Empobrecimento acentuado dos Portugueses e do País
- Privatização de sectores importantes para a Economia - fonte de receita
- Redução de salários. . Desvalorização do trabalho
- Saúde, Educação e Justiça mais caras - já não ao alcance de todos - -Deterioração dos serviços
- Disparo do número de desempregados
- Perdões Fiscais injustos para quem é cumpridor
- Emigração forçada e a níveis nunca vistos
Resultado - Empobrecimento acentuado dos Portugueses e do País
Por: CENSURADO SAR
Por cada desempregado a menos temos dois empregados a menos
Entre o quatro trimestre de 2013 e o primeiro trimestre de 2014 tanto o desemprego como o emprego recuaram. Contudo, enquanto que o desemprego diminuiu em 19,9 mil indivíduos, o emprego perdeu 42 mil pessoas. Estes dados foram hoje publicados pelo Instituto Nacional de Estatística na sua análise trimestral às estatística do emprego.
Conjugando estes dois números parece evidente que o desemprego não diminuiu por se terem gerado postos de trabalho. Na realidade, o número de inativos (nem empregados, nem desempregados ou pelo menos não procurando emprego) aumentou em 39,6 mil indivíduos entre os últimos dois trimestres e a população ativa (empregados mais desempregados) perdeu cerca de 60 mil indivíduos.
Numa comparação homóloga, com igual período do ano anterior, uma análise menos vulnerável a flutuações sazonais (agricultura, turismo) regista-se um aumento do emprego de 72,3 mil pessoas mas também aqui surge uma diferença evidente face à evolução do desemprego dado que a redução do número de desempregado foi quase o dobro (138,7 mil) do crescimento do número de empregados. Neste período, consequentemente, a população ativa também encolheu em cerca de 60 mil pessoas.
Fonte: Economia e Finanças
As exportações do trimestre terminado em março aumentaram 1,7% face a igual período do ano anterior registando aquele que é o ritmo de crescimento mais baixo em 12 meses. Note-se que no trimestre terminado em fevereiro haviam aumentado 5,4%.
Se considerarmos apenas os dados do mês de março verifica-se que estas registaram uma queda efetiva homóloga de 1,3%, o pior registo desde março de 2013. Esta queda das exportações coincidiu com um aumento das exportações para a União Europeia e uma queda das exportações para fora da União Europeia.
As importações, por outro lado, mantiveram um crescimento significativo (6,0%) ainda que ligeiramente inferior ao registado no trimestre terminado em fevereiro de 2014.
A taxa de cobertura das importações pelas exportações degradou-se em 3,5 pontos percentuais para 81,9% tendo o défice comercial aumentado €621,7 milhões. Dados do INE. Fonte: Economia e Finanças
SEJAM DECENTES! TENHAM JUÍZO!
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Uma nota:
Estou cansado de tanta incompetência, tanta falta de seriedade e tanta miséria intelectual na política. Este é um texto LONGO e que vai DESAGRADAR a TODOS (mesmo a TODOS)!***********O tema do momento deveria ser a Estratégia para o País. As perguntas que deveríamos estar a tentar responder, enquanto sociedade, são:- Como fazer crescer a Economia- Como reduzir o Desemprego?- Como tornar sustentável o Estado Social?- Como tornar eficaz a Justiça?- Como tornar racional a Fiscalidade?A verdade é que não estamos a discutir nada disso. Ao contrário, os principais agentes políticos resolvem discutir os temas que são importantes para eles (não para o País). Continuam a viver num Mundo isolado da realidade. Nada percebem do que se passa à sua volta.
Pior, os que percebem fingem que não percebem.
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O presidente da república resolve que, para si, o tema do momento é o de questionar a qualidade dos Comentadores Económicos e Políticos. De acordo com o Professor Cavaco Silva, o que é realmente importante para o País é saber o que opinam agora aqueles que no passado opinavam que o País estava em risco com as políticas de austeridade.Esquece-se o senhor que a primeira pessoa que falou numa potencial “espiral recessiva”, foi exatamente o Professor Cavaco Silva. Que o senhor presidente tenha problemas de memória, é um tema dele e que só a si e aos seus familiares deveria preocupar. Desde que o senhor deixasse de nos brindar com os seus comentários e ataques absurdos.
VÁ-SE TRATAR, SENHOR PRESIDENTE!
O senhor primeiro-ministro resolve que, para si, o tema do momento é a saída limpa do programa de assistência financeira. De acordo com o Dr. Passos Coelho, o que é realmente importante para o País é celebrar o facto de não precisar de um programa cautelar.
Esquece-se o senhor que não há programa cautelar por duas razões. A primeira: A Áustria, a Alemanha e a Finlândia, não quiseram autorizar a criação de um programa cautelar. A segunda: Portugal pediu emprestado, durante o programa de assistência, 17 Mil Milhões de Euros de que não precisava, para poder não pedir nada emprestado durante os próximos 12 meses (e isto custou 1,2 Milhões de Euros, por dia, ao longo de cerca de 18 meses).
Por outras palavras: não há nenhum programa cautelar porque não nos quiseram oferecer essa solução e esse facto custou-nos, a TODOS nós, cerca de 700 Milhões de Euros (SACRIFÍCIOS DAS PESSOAS E LUCROS PARA O SISTEMA FINANCEIRO).
Por outras palavras: não há nenhum programa cautelar porque não nos quiseram oferecer essa solução e esse facto custou-nos, a TODOS nós, cerca de 700 Milhões de Euros (SACRIFÍCIOS DAS PESSOAS E LUCROS PARA O SISTEMA FINANCEIRO).
VAI-TE LIXAR, PEDRO!
O senhor vice-primeiro-ministro resolve que, para si, o tema do momento é a reconquista da independência da TROIKA. De acordo com o Dr. Paulo Portas, o que é realmente importante para o País é celebrar a independência Nacional (uma nota: foi este Governo, exatamente este, que suprimiu o feriado que celebrava a tal independência Nacional – ironias!).
Esquece-se o senhor que é mentira. Que não há nenhuma independência. Que a única coisa que muda é a periodicidade das avaliações. Eram, até agora, trimestrais e passam a ser semestrais, pelo menos por mais 10 Anos (é a regra que o Dr. Paulo Portas prefere omitir: as avaliações só acabam quando tiver sido pago 75% do empréstimo)!
VÁ À FAVA, PAULO!
O líder do principal partido da oposição resolve que, para si, o tema do momento é uma carta da Marilú para o FMI. De acordo com o Dr. António José Seguro, o que é realmente importante para o País é conhecer o conteúdo de uma carta que não está ainda escrita.Esquece-se o senhor que a carta de intenções só pode ser escrita depois de negociada com o FMI e o seu conteúdo (socialmente tenebroso e economicamente desastroso) já é conhecido do DEO. O problema é que, aparentemente, o PS está mais preocupado com as eleições do que em analisar o DEO e avisar os Portugueses para os verdadeiros crimes sociais e disparates económicos que nele estão contidos!
VAI PENTEAR MACACOS, TÓ ZÉ!
Os outros líderes das oposições, parlamentar e não parlamentar, resolvem que, para si, o que é importante é a antecipação de eleições. De acordo com o Sr. Jerónimo de Sousa, o Dr. João Semedo, a Dra. Catarina Martins, o Dr. Garcia Pereira (a que agora se junta o Dr. Marinho Pinto) o que realmente é importante para o País é ter eleições.
Recordo a todos estes senhores que tivemos eleições em 2009, 2011 e 2013. Vamos ter em 2014, 2015, 2016, 2017 e 2019. É mais do que suficiente!
Recordo a todos estes senhores que tivemos eleições em 2009, 2011 e 2013. Vamos ter em 2014, 2015, 2016, 2017 e 2019. É mais do que suficiente!
Esquecem-se estes senhores que pedem (sempre pediram) eleições alguns meses após cada uma delas. De nada servem as eleições, nem para eles, nem para o País, se estas não servirem para definir uma Estratégia para o País!
VÃO DAR UMA VOLTA, SENHORES!
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No fundo, isto é TUDO uma ALDRABICE. Tenham juízo!
Repito, o tema do momento deveria ser a Estratégia para o País. As perguntas que deveríamos estar a tentar responder, enquanto sociedade, são:
- Como fazer crescer a Economia?
- Como reduzir o Desemprego?
- Como tornar sustentável o Estado Social?
- Como tornar eficaz a Justiça?
- Como tornar racional a Fiscalidade?
Tudo o resto é politiquice.
SEJAM DECENTES! TENHAM JUÍZO!
Por: Carlos Paz
- Como tornar eficaz a Justiça?
- Como tornar racional a Fiscalidade?
Tudo o resto é politiquice.
SEJAM DECENTES! TENHAM JUÍZO!
Por: Carlos Paz
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