segunda-feira, 12 de maio de 2014

Política Diferenças Sócrates - Seguro

                                         
                          


POLÍTICA: ter uma Visão própria ou reagir à do (des)governo?

No «Eixo do Mal» o Daniel Oliveira emitiu uma excelente pista para explicar a razão, porque o Partido Socialista liderado por António José Seguro não consegue entusiasmar os seus potenciais apoiantes mesmo que as sondagens o tendam a aproximar da maioria absoluta em 2015, uma possibilidade não tão improvável quanto alguns querem fazer crer. Segundo o colunista do «Expresso» o líder socialista não tem uma visão própria para o futuro do país limitando-se a ir reagindo aos “sucessos” e dissabores do governo, caindo por isso nas emboscadas, que os spin doctors do PSD e do CDS não deixam de ir armadilhando com a conivência tácita do inquilino de Belém.
E, de facto, essa é uma das duas grandes diferenças entre o Partido Socialista de hoje e o da liderança anterior: em 1995, quando foi consagrado primeiro-ministro com a maioria absoluta, José Sócrates sabia bem ao que ia. Tinha o projeto de criar um país mais moderno e desenvolvido, que obrigava a apostas sérias no investimento na Educação (os Magalhães e o inglês desde o ensino primário), na Requalificação dos Recursos Humanos (Novas Oportunidades), na Investigação Científica, nas Energias Renováveis e na Reforma Administrativa (o Simplex). Nas exportações havia que procurar novos mercados para além dos que tradicionalmente as orientavam para os países da União Europeia e por isso não hesitava em promover o relacionamento com a Venezuela de Chavez ou com a Líbia de Kadhafi. E poderíamos prosseguir uma exaustiva descrição de tudo quanto de bom se estava a promover para que o país deixasse a imagem salazarenta do «pobres mas honrados», mas o texto ganharia então uma dimensão, que não se justifica para salientar o essencial: ao contrário do seu antecessor, desconhece-se o que António José Seguro quer para o país.
Como socialista - e sei que esta sensação é partilhada por muitos, mas mesmo muitos militantes de quotas em dia! - preferira que António José Seguro tivesse sido um defensor inabalável da herança anterior o que o colocaria agora na mais convincente posição de propor a retoma do projeto entretanto quase destruído pela política de terra queimada da atual coligação. Só teria tido, então, de demonstrar aquilo que é uma evidência cada vez mais óbvia para a maioria dos portugueses com dois dedos de testa: que a crise de 2009 nada teve a ver com o “despesismo” ou com excessivo investimento público, mas com os mesmos fatores externos, que agora são tão aleatórios a propiciar juros baixos quanto então os levavam a valores super especulativos (muito embora essa suposta aleatoriedade possa ser contornada pela lógica da fuga ou não de capitais para os tais países emergentes) .
Mas a outra grande diferença de Sócrates para António José Seguro reside em quem os secundava ou secunda. Enquanto o anterior primeiro-ministro tinha consigo gente de grande qualidade intelectual e irrepreensível competência técnica, que raramente cometeu trapalhadas como as deste (des)governo, é com preocupação que se encara a possibilidade de alguns dos atuais porta-vozes do Largo do Rato chegarem a  ministros ou a secretários de Estado.
Que serão bem melhores do que os de passos coelho ou de paulo portas não tenhamos dúvidas. Mas não nos podemos contentar com padrões tão rasteiros quantos os deixados por cratos, cristas e companhia. Porque, depois do cataclismo que tem destruído a economia nacional, a construção torna-se muito mais difícil e exigente do que a perspetivada por José Sócrates, quando teve de remover os escombros deixados por durão barroso e santana lopes. Torna-se, pois, desejável que o PS venha a ter maioria absoluta em 2015, mas convirá que Seguro saiba congregar em torno de si os melhores. E, como se viu na lista para as europeias, se isso foi visível nos primeiros sete ou oito candidatos, tornou-se muito mais questionável para os que se lhes seguiram... Publicada por Jorge Rocha / Ventos Semeado

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2. A rede nacional de equipamentos sociais teve um aumento sem precedentes na história da democracia, com a aprovação de mais 841 novos equipamentos sociais, num total de 49.400 lugares;
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9. Foram apoiadas mais de 70 mil empresas nos últimos anos através do Programa PME Investe, a que correspondem operações no valor de mais de 7.000 M€;
10. A taxa média de crescimento anual das exportações subiu de 3,2% no período 2000/05 para 4,5% no período 2005/10 (neste período, fomos o 3.º país com maior crescimento das exportações na EU-15);
11. Portugal é agora líder nas energias renováveis e um dos maiores produtores mundiais de energia eólica;
12. Mais de metade da electricidade produzida em Portugal provém de fontes renováveis (contra 36% em 2005), permitindo evitar 800 milhões de Euros de importações de combustíveis fósseis;
13. A rede de Unidades de Saúde Familiar, que conta com 283 novas unidades em funcionamento e com mais 450 mil novos utentes com médico de família, chegando a 3,5 milhões o número de utentes potenciais;
14. Foi criado o Complemento Solidário para Idosos, para que nenhuma pessoa com mais de 65 anos disponha de um rendimento inferior ao limiar da pobreza, abrangendo mais de 270 mil beneficiários;
15. O número de diplomados cresceu 20% e o número de doutorados 50%;
16. Portugal tem a maior taxa de crescimento da Europa no investimento em I&D. Registou, entre 2004 e 2009, um dos progressos mais notáveis nesta área, com o investimento em I&D, em percentagem do PIB, a passar de 0,6 para 1,7.
17. Foram criadas as Lojas do Cidadão de 2.ª geração. Em 2005, a rede de Lojas do Cidadão era constituída por 8 lojas, localizadas em grandes centros urbanos. Presentemente, estão em funcionamento 29 lojas, um pouco por todo o país.
18. Portugal é líder do ranking europeu dos serviços públicos online (era 14.ª). Hoje 100% dos serviços estão ligados à Internet quando em 2004 apenas estavam ligados 40%."
19.Supressão de 991 cargos dirigentes «superiores, intermédios e equiparados» em 2011 na administração pública.
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21. As Novas Oportunidades, o Computador Magalhães e o Simplex, são hoje alvo de prémios a nível Internacional como a União Europeia e OCDE e referidos como bons exemplos a seguir.
 Se José Sócrates não tivesse tido o desplante de acabar com as reformas antecipadas dos políticos e dos gestores públicos em Outubro de 2005, os processos do Freeport, do diploma de Engenheiro e outros nunca teriam tido o eco que tiveram. NÃO FOI POR ACASO Q O  MINISTRO INDIGITADO PARA AS FINANÇAS POR SÓCRATES, SE DEMITIU PASSADO TRÊS MESES, POIS A REFORMA QUE ELE IRIA ASSINAR IRIA ACABAR-LHE COM AS SUAS MORDOMIAS... 
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