Nuno Melo, o mais pândego dos caceteiros na política nacional, não quer especulações políticas ou ganhos eleitorais à volta do caso BES. Recomenda prudência. Ele. É por isso que adoro este homem. Porque mostra não haver limites para a hipocrisia, a desonestidade intelectual, a duplicidade moral, o cinismo. E o que há de mais admirável […]
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Presidente do BCE lembra que ainda não é responsável pela supervisão dos bancos em Portugal mas diz que BCE contribuiu para que o Banco de Portugal tivesse "melhores padrões". Foi devido à disponibilização pelo Banco Central Europeu (BCE) dos melhores padrões de supervisão que o Banco de Portugal conseguiu identificar a existência de problemas no […]
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by As Minhas Leituras |
Quando o caso BPN rebenta, a situação financeira e política mundial era de pânico absoluto. Nenhum governante tinha experiência de um problema cuja gravidade, dimensão e complexidade só comparavam nas suas ameaças com a Grande Depressão. Esse contexto de iminente implosão sistémica internacional, e esse clima emocional correspondente, explicam a decisão de nacionalizar rapidamente um […]
Esta maioria, há que reconhecê-lo, conseguiu o seu maior ou único sucesso em convencer o país que o culpado de tudo o que de mal nos estava a acontecer foi Sócrates.
Goste-se ou não de Sócrates, uma coisa é certa, está muitos furos acima de todos os outros políticos, da nossa praça, que têm como objectivo o poder de governar. Como foi possível que, uma boa parte dos portugueses, o tivesse preterido a favor de Passos Coelho? Uma pergunta que provoca muita incomodidade, eu sei...
Por: Francisco Fortunato.
Se as eleições fossem hoje escolher entre Sócrates e Passos era fácil, é a escolha entre alguém minimamente inteligente e um imbecil, respetivamente.
Presente na conferência internacional organizada pelo Banco Central Europeu (BCE) que desde domingo decorre em Sintra, o prémio Nobel da Economia de 2008, Paul Krugman, considerou que Durão Barroso entrou em profunda negação ao considerar que o euro não teve nada a ver com a crise que tudo resultou de políticas falhadas ao nível nacional e à falta de uma vontade política.
Para Paul Krugman o que aconteceu foi o seguinte: primeiro a criação do euro encorajou fluxos de capital para o sul da Europa, depois o dinheiro secou -- e a ausência de moedas nacionais significou que os países endividados tiveram de se submeter a um processo de deflação extremamente doloroso", afirma o economista, que tem sido muito crítico das políticas de austeridade na Europa.
http://krugman.blogs.nytimes.com/?module=BlogMain&action=Click®ion=Header&pgtype=Blogs&version=BlogPost&contentCollection=Opinion
Estou farto deles.
A zona euro está a ser governada por gente que professa um desrespeito infinito pela democracia. Gente que não crê no império da lei e menos ainda, na sã concorrência do mercado livre capitalista. Gente viciada no jogo da batota do casino de crédito financeiro. Gente habituada a parasitar a economia real - aquela que
produz riqueza material, tangível, fungível e transaccionável, ao contrário da indústria da especulação financeira que apenas cria "dívida" - impagável!...
Joe Wolf
A zona euro está a ser governada por gente que professa um desrespeito infinito pela democracia. Gente que não crê no império da lei e menos ainda, na sã concorrência do mercado livre capitalista. Gente viciada no jogo da batota do casino de crédito financeiro. Gente habituada a parasitar a economia real - aquela que
produz riqueza material, tangível, fungível e transaccionável, ao contrário da indústria da especulação financeira que apenas cria "dívida" - impagável!...
Joe Wolf
Veja o que Vieira já escrevia sobre a nossa elite, no século XVII, de lá para cá nada mudou.
Vieira - DOS QUE FURTAM COM UNHAS FARTAS
A raposa, quando salteia um galinheiro, faminta, ceva-se bem nos dois primeiros pares de galinhas que mata. E como se vê farta, degola as demais e vai-lhes lambendo o sangue por acepipe. Isto mesmo sucede aos que furtam com unhas fartas que não param nos roubos, por se verem cheios, antes; então, fazem maior carniçaria no sangue alheio. São como as sanguessugas, que chupam até que rebentam. Andam sempre doentes de hidropisia as unhas destes. Então, têm maior sede de rapinas quando mais fartos delas. E ainda mal que vemos tantos fartos e repimpados à custa alheia — que não contentes —, da mesma fortuna fazem razão de estado para sustentarem faustos supérfluos, engolfando-se mais para isso nas pilhagens, para luzirem desperdiçando, porque só no que desperdiçam acham gozo e honra. Chamara-lhe eu descrédito e amagura de consciência se eles a tiveram... "
Cinco ex-responsáveis do Banco de Portugal defendem Constâncio
Miguel Beleza, Teodora Cardozo, José da Silva Lopes, Artur Santos Silva e Rui Vilar defendem a atuação do ex-Governador do Banco de Portugal relativamente ao BPN.
Cinco antigos responsáveis do Banco de Portugal assinaram uma carta conjunta na qual defendem a atuação de Vítor Constâncio no caso BPN, salientando que a supervisão bancária "não é um sistema de investigação de crimes", noticia o "Público".
Esta tomada de decisão surge cinco dias depois de, numa entrevista publicada no semanário Expresso, o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, ter dito que enquanto foi primeiro-ministro (entre 2002 e 2004) em Portugal chamou por três vezes o então governador do Banco de Portugal a São Bento para "saber se aquilo que se dizia do BPN era verdade", indicando possíveis irregularidades no banco nacionalizado pelo Estado português em 2008.
Segundo o "Público", na terça-feira, o atual vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Vitor Constâncio, disse não se lembrar de ter sido chamado por Durão Barroso para "falar exclusivamente" sobre o BPN, mas admitiu conversas com o antigo primeiro-ministro sobre o tema.
"A supervisão bancária não é um sistema de investigação de crimes financeiros"
Num texto enviado ao jornal "Público" e divulgado hoje, Miguel Beleza, Teodora Cardozo, José da Silva Lopes, Artur Santos Silva e Rui Vilar defendem a atuação de Vítor Constâncio no caso BPN, afirmando que "quem coloca em causa aquilo que foi feito pelo vice-governador não compreende a natureza dos bancos centrais e, em particular, das suas funções de supervisão bancária.
"A supervisão bancária não é um sistema de investigação de crimes financeiros. É irrealista a imagem criada de um supervisor que pudesse acompanhar em tempo real os milhões de operações que ocorrem a cada instante no sistema financeiro", referem.
No texto, os cinco ex-responsáveis do Banco de Portugal salientam que, desde o ano 2000, a "supervisão bancária em Portugal obedeceu aos parâmetros internacionais, como foi nomeadamente reconhecido nos relatórios de avaliação do sistema financeiro português, elaborados e publicados anualmente pelo FMI".
Os autores da carta lembram também que foi Vítor Constâncio, enquanto governador do Banco de Portugal, "quem promoveu a constituição de equipas de inspeção permanente dentro de estruturas operacionais dos principais
bancos, com o objetivo de um acompanhamento mais direto das atividades desenvolvidas, proporcionando ainda um permanente contacto com os respetivos órgãos de auditoria interna e externa".
Os cinco antigos responsáveis do BdP afirmam também que as "tentativas de denegrir o bom nome de "Vítor Constâncio assentam na incompreensão da natureza da supervisão bancária e não abalam, de forma alguma, a firme
convicção de que em 40 anos de vida pública" Constãncio "mostrou sempre ser uma pessoa de uma extrema competência profissional e de uma honestidade inatacável".
Vítor Constâncio, que ocupou entre 1977 e 2010, com interrupções, os cargos de governador ou vice-governador do Banco de Portugal. Rui Vilar foi vice-governador do Banco de Portugal entre 1975 e 1984, Artur Santos Silva ocupou o cargo entre 1977 e 1978, Miguel Beleza foi administrador entre 1987 e 1990 e governador entre 1992 e 1994, José da Silva Lopes foi governador entre 1975 e 1980 e Teodora Cardoso fez parte do conselho de administração entre 2008 e 2010.
Por: Lusa / Expresso / 2 de abril de 2014
esquerda" para acabar com os bancos...
Afinal, as grandes ameaças para destruir os bancos veem dos próprios banqueiros...
Afinal, já lá vão o BPN, o BPP, e agora o BES...
Afinal, o Banif e o BCP também estiveram prestes a ir, não fosse o contributo e confisco imposto aos portugueses....
Afinal, foi a banca a destruir a "Bolsa" que, lentamente, estava a recuperar depois de Paulo Portas "mandar tudo abaixo" com a questão da "irrevogabilidade" e que o levou a ser promovido a vice-primeiro ministro...
Afinal, tal como com todos os outros processos de corrupção, de fraude e fuga ao fisco, os portugueses não acreditam que os culpados e responsáveis serão penalizados...
Afinal, ao contrário do que Passos Coelho, Victor Bento, Ricardo Salgado e outros, sempre declararam, o nosso problema não é o investimento na educação, na saúde, na cultura e na segurança social, mas a forma como os governos vão transformado a dívida privada em dívida pública...(os vários milhões de euros que o governo decidiu facultar ao"Fundo de Resolução" que é o único accionista do "Novo Banco", é dinheiro público e, como tal, contabilizado em dívida pública)
Afinal, são os pirómanos banqueiros que fazem explodir a banca e, por arrasto, o País...
Afinal... o mês de Agosto não será tão calmo como antigamente!
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Constâncio agiu como devia no caso BPN
O antigo administrador do Banco de Portugal Miguel Beleza disse hoje que o ex-governador daquela entidade Vítor Constâncio actuou como devia em relação ao BPN e sublinhou que o banco central não é uma autoridade policial.“Com a informação de que o doutor Vítor Constâncio dispunha, a actuação que ele teve foi aquela que era possível tomar”, afirmou, em declarações à agência Lusa.
Miguel Beleza foi um dos cinco subscritores de uma carta hoje divulgado em defesa do antigo governador do Banco de Portugal Vitor Constâncio, que surge cinco dias depois de algumas críticas feitas pelo antigo primeiro-ministro Durão Barroso.
Numa entrevista publicada sábado no semanário Expresso, o agora presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, adiantou que, quando era primeiro-ministro (entre 2002 e 2004), chamou por três vezes o então governador do Banco de Portugal a São Bento para "saber se aquilo que se dizia do BPN era verdade", indicando possíveis irregularidades no banco nacionalizado pelo Estado português em 2008.
Embora admita não conhecer bem as afirmações de Durão Barroso, Miguel Beleza considera que as críticas que tem lido e ouvido sobre o assunto “não são justificadas”.
“Na minha opinião - e admito que haja outras [opiniões] diferentes da minha -, com a informação que o doutor Vítor Constâncio dispunha, a actuação que ele teve foi aquela que era possível tomar”, sublinhou, acrescentando que “o Banco de Portugal é supervisor, não é propriamente uma autoridade policial”.
Na carta assinada por Miguel Beleza, Teodora Cardozo, José da Silva Lopes, Artur Santos Silva e Rui Vilar e hoje divulgada no jornal Público, os antigos administradores do Banco de Portugal lamentam a “imagem irrealista criada de um supervisor” e a “enorme confusão sobre a natureza dos bancos centrais e, em particular, das suas funções de supervisão bancária”.
A carta, explicou Miguel Beleza, chegou-lhe às mãos “pela via do doutor Artur Santos Silva” e, pelo menos no seu caso, não será precedente para mais nenhuma medida.
“No meu caso, pelo menos, não tenho nenhum outro objectivo, é apenas esta tomada de posição e para já ficamos por aqui”, concluiu. Por: Lusa / Sol
O Destino Vingou Vitor Constâncioby As Minhas Leituras |
O regulador Carlos Costa, governador do BP, deveria estar preso ou inibido de qualquer função bancária porque foi diretor-geral do BCP-Millenium entre 2000 e 2004, época em que, segundo o Expresso Revista de hoje, "foram feitos os polémicos aumentos de capital com recursos a offshores, ainda Jorge Jardim Gonçalves era líder do banco". Nessa altura […]
Falhar o alvo
Quem manipula venenos deve ter cuidado para não se contaminar. O presidente da CE resolveu levantar, por sua iniciativa, e sem ter sido interrogado sobre isso por quem o entrevistava, uma suspeita sobre o vice-governador do BCE, Vítor Constâncio, a propósito do caso do BPN. Trata-se de uma polémica que falha o alvo. Parte do princípio de que se Vítor Constâncio tivesse sido mais atento, enquanto governador do BdP, casos como o BPN e o BPP poderiam ter sido evitados. Independentemente das omissões pessoais que possam ter ocorrido, o problema não é de supervisão, mas de estrutura. A crise europeia começou no sector financeiro precisamente porque as regras da UEM, que nada devem à inteligência, partiram do preconceito ideológico de que só os Estados poderiam portar-se mal dentro da zona euro. As regras do euro apenas obrigam os Estados, em relação à dívida, ao défice e à inflação. Os bancos (e os banqueiros como Costa e Rendeiro) foram deixados na mais branda das impunidades. Por isso, nenhum país foi poupado a bancos falidos e descapitalizados. A Irlanda foi defenestrada pelos seus bancos. Até setembro de 2012, os Estados da UE tinham utilizado dez vezes mais dinheiro público (cito a CE) para salvar o sistema financeiro do que a soma dos resgates de países. A união bancária? Trancas na porta, depois de casa arrombada! Constâncio e Barroso têm uma responsabilidade política idêntica: não só foram adeptos entusiastas da entrada de Portugal na UEM, como, depois de esta se ter revelado uma máquina de destruição maciça, continuaram em cargos europeus decisivos, sem que se conheça nenhuma autocrítica, e ainda menos uma verdadeira ideia de reforma. Querer fazer de Constâncio um bode expiatório pessoal, contudo, mostra que Barroso continua a fazer parte do problema nacional. Não da solução.
Por: Viriato Soromenho Marques /DN/ 3/3/2014
A FRAUDE DE NUNO MELO & Cª
• João Galamba, 'A fraude de Nuno Melo e C.ª' [hoje no Expresso]:
«A discussão sobre a supervisão bancária em Portugal não pode ser a mesma antes e depois da carta aberta que foi assinada esta semana por cinco pessoas que dispensam apresentações. Segundo dizem Artur Santos Silva, Rui Vilar, Miguel Beleza, Silva Lopes e Teodora Cardoso, os ataques a Vítor Constâncio por causa da supervisão têm assentado numa "enorme confusão sobre a natureza dos bancos centrais e, em particular, das suas funções de supervisão bancária". Sendo evidente que não devemos aceitar meros argumentos de autoridade, não é menos evidente que todos devemos refletir sobre a pergunta que a carta suscita: a supervisão é um sistema potencialmente infalível de deteção de crimes e fraudes financeiras (como têm procurado fazer crer todos aqueles que argumentam que "se houve uma fraude, houve uma falha de supervisão"), ou a supervisão é o que diz a carta e o que Constâncio sempre disse (e, já agora, o que também Mário Draghi sempre disse quando, no caso Monte dei Paschi (http://www.publico.pt/economia/noticia/bce-vai-vigiar-subida-do-euro-nos-mercados-1583703), se defendeu com argumentos exatamente iguais aos de Constâncio)?
Aqueles que apontam o dedo a Constâncio não podem limitar-se a repetir as acusações do costume: o que a carta diz é que essas acusações assentam num falso conceito e toda a interpretação que dão dos factos é um erro. Ou seja, o que a carta diz é que, além da fraude do BPN, há outra fraude: a fraude das acusações e interpretações desinformadas de Nuno Melo & Ca. Consideremos dois exemplos: o famoso artigo de Camilo Lourenço na revista Exame em 2001 e todas as coisas que Nuno Melo diz ter "descoberto" durante a primeira comissão de inquérito ao caso BPN. Ambos afirmam com orgulho que as suas "denúncias" e "descobertas" são irregularidades identificadas em relatórios de supervisão do... Banco de Portugal (BdP). O que ambos não compreendem é que essas irregularidades não são crimes, são riscos excessivos que foram duramente punidas pelo BdP com medidas de supervisão: isto é, com a imposição de brutais aumentos de capital, bem como das provisões e das reservas, e ainda com a redefinição do perímetro do grupo e a proibição de colocar o capital em bolsa.
Para um leigo, estas afirmações tendem a ser difíceis de compreender. Como podem as irregularidades ter sido "corrigidas" se sabemos hoje que houve uma fraude gigantesca? Bem, a resposta é fácil: a fraude consistiu na ocultação de perdas numa contabilidade paralela (através do famoso Banco Insular e de um "balcão virtual"). Pode ter havido muitos crimes por detrás dos negócios do BPN ("o que se dizia" incluía muitas coisas), mas o único crime concreto de que realmente temos conhecimento é este: a existência de duas contabilidades e a ocultação de perdas numa delas. Antes da entrega de provas pelo BdP à Procuradoria Geral da República em 2008, a "operação furacão" investigou o BPN e abriu apenas dois processos por "crimes fiscais", como revelou Pinto Monteiro na COF em 2008. Mas o que não se conseguiu descobrir durante anos com recurso a métodos de investigação policial era suposto que o BdP tivesse adivinhado com recurso a meros métodos de supervisão. É este absurdo que a carta desmascara.»
«Oliveira e Costa não é fruto de uma ideologia, é o ideólogo e paradigma que frutificou, o oportunismo transformado em conduta, a ambição à solta, sem medo da polícia.
Quando correram boatos de que os perdões fiscais de Oliveira e Costa eram a paga das dádivas das empresas ao partido, censurei amigos, defendi a honra do governante e pus as mãos no lume pela sua honestidade. Creio que as queimei.
Quem acreditava que um membro do Governo de Cavaco Silva pudesse ser um ladrão, o oportunista capaz de subornar entidades públicas e de perseguir comerciantes que se recusassem a contribuir para as campanhas eleitorais do seu partido?
A prescrição dos crimes do banqueiro de Deus, Jardim Gonçalves, filiado no Opus Dei, regressado a Portugal em 1977, depois de ser nomeado para o Conselho de Gestão do Banco Português do Atlântico, a convite do ministro das Finanças, Medina Carreira, e do apelo do PR, Ramalho Eanes, deixa-me apreensivo.
Qualquer dia, o cadastro vira currículo. Oliveira e Costa só terá de devolver ao Estado a pulseira eletrónica que lhe foi emprestada.» Carlos Esperança
BARROSO SAI MAL NA FOTOGRAFIA: «UMA RETÓRICA FEITA DE COMPROMISSOS E MARCADA PELA COR DO AUDITÓRIO»
António Correia de Campos, 'Investimento perdido', hoje no Público:
«(...) Gostaria de não ter que me referir ao actual presidente da Comissão, o português Durão Barroso. O que tes, contrárias às do grupo europeu dos Socialistas e Democratas. Em circunstâncias normais deveria sentir orgulho por ter um Português na presidência da Comissão. Infelizmente não me ocorre esse sentimento. Uma gestão apagada que deixou a Comissão perder força e influência. Um comportamento errático, mudando constantemente de opinião. Uma retórica feita de compromissos e marcada pela cor do auditório, com vista a gerar aplauso fácil, em qualquer circunstância. A negação imediata do que afirmara, sempre que recolhia hostilidade dos grandes. Um comportamento de Pilatos, quando as coisas corriam mal, atirando culpas para os Estados Membros. Uma completa ausência de grandeza, sujeitando-se ao papel de marionete dos grandes, parecendo aceitar a 'capitis diminutio' como um facto normal para um originário de pequeno-médio País. Em momento algum o orgulho de português subiu em mim e em muitos momentos lamentei que um compatriota se prestasse ao que ele se prestou. À pergunta do meu colega Rangel sobre se seria melhor termos um presidente alemão respondo sim, sem pestanejar, ao menos saberíamos sempre com que se contava. Na contabilidade de vantagens e inconvenientes ficam pequenos ganhos de mercearia: alguns lugares de direcção ou de representação que vieram parar a Portugal, na maioria esmagadora destinados a gente da direita. Um acesso porventura mais fácil aos serviços da Comissão, por parte das autoridades nacionais, usado e abusado já por este governo, a quem Durão teve que ensinar tudo sobre os fundos, sobretudo na primeira fase. E pouco mais. (...)»
tenho a dizer custa-me. Votei nele em 2009, integrando uma maioria qualificada, ao lado dos colegas de Espanha e da quase totalidade dos Portugueses. Cumpri orientações da delegação, vindas de José Sócra
tenho a dizer custa-me. Votei nele em 2009, integrando uma maioria qualificada, ao lado dos colegas de Espanha e da quase totalidade dos Portugueses. Cumpri orientações da delegação, vindas de José Sócra
Ñum aparte, hoje diz-se ou seja, o PSD e o CDS, que era corrente e toda a gente sabia o que se passava no BPN portanto era impossível Constâncio nada saber, mas são os mesmos que se servem deste argumento para culpabilizar Constâncio que não admitem que Cavaco Silva e Machete soubessem de alguma coisa aquando da relação destes com o referido Banco.
Irreflectidamente o PSD pôs-se numa posição muito desagradável, empurrou o PS a defender a "policia" enquanto ele, o PSD, faz tudo para que a acção dos ladrões passe despercebido até mesmo branqueado.
Há uma noticia neste Jornal que fala de 5 individualidades que defendem Constâncio. Era bom que fosse lida por quem nada sabe sobre auditorias bancárias e as confunde com investigação criminal. Por: Brilhantina.
AGARRA QUE É POLÍCIA !
«A entrevista de Durão Barroso ao Expresso provocou ondas de reações. E não foi por causa da bandalheira institucional que se revela quando o presidente da Comissão Europeia manda bitates sobre a política interna de um Estado da União. Também não foi por qualquer balanço que tenha
feito do seu mandato. Ninguém quer saber das suas responsabilidades pela década mais trágica para o projeto europeu. Barroso só não ficará na história como o coveiro da Europa porque a história não se lembrará dele. E ao ler esta entrevista percebe-se porquê. Barroso regressa à política nacional pela porta dos fundos. Sem dimensão europeia, densidade intelectual e dignidade política. (…)
O que realmente agitou a política nacional foi a adesão de Barroso ao exército nacional de políticos que sabiam de tudo o que se passava no BPN e avisaram Vítor Constâncio. Estou só à espera que Cavaco Silva se junte ao clube. A verdade é que passaram dez anos e Barroso só se lembrou agora, quando prepara o regresso à política nacional, de dividir estes factos com os portugueses. Quais factos? Não faço ideia, porque não os explicou. (…)
Mas começa a cansar ver quase toda a gente a desviar os olhos da evidência: o BPN sempre foi, mesmo antes do escândalo rebentar, um caso de polícia e de política. Porque sempre foi o banco construído à sombra das influências políticas dos cavaquistas. Quase todos os que estiveram próximos do actual Presidente da República, a começar por Dias Loureiro, que contou com a sua lealdade até ao último minuto, foram lá molhar o bico. O próprio Presidente comprou e vendeu ações fora do mercado bolsista, ao preço determinado por Oliveira Costa, recolhendo assim, sem qualquer esforço, um lucro incompatível [140%] com a situação do banco. (…)»
• Daniel Oliveira, AGARRA QUE É POLÍCIA! [hoje no Expresso]:
O(S) PREÇO(S) DO SILÊNCIO
A polémica à volta da entrevista de Ricardo Costa a Durão Barroso já fede. O importante para mim, como leitor da imprensa, não é saber se Durão Barroso mentiu, se a entrevista foi encomendada a Balsemão a troco de
alguma coisa (sobre isso não restam grandes dúvidas) ou tentar adivinhar o que é que o presidente da CE sabe sobre o BPN.
O importante é saber por que razão Ricardo Costa, quando Durão Barroso lamentou não ter sido questionado sobre o BPN, tenha acedido a fazer a pergunta mas, perante a resposta (cujo interesse qualquer jornalista imediatamente perceberia), não tenha feito a pergunta que se impunha:
- E o que é que o senhor sabia sobre o caso BPN, que o levou a convocar três vezes Vítor Constâncio para falar sobre o assunto?
A polémica à volta da entrevista de Ricardo Costa a Durão Barroso já fede. O importante para mim, como leitor da imprensa, não é saber se Durão Barroso mentiu, se a entrevista foi encomendada a Balsemão a troco de
alguma coisa (sobre isso não restam grandes dúvidas) ou tentar adivinhar o que é que o presidente da CE sabe sobre o BPN.
O importante é saber por que razão Ricardo Costa, quando Durão Barroso lamentou não ter sido questionado sobre o BPN, tenha acedido a fazer a pergunta mas, perante a resposta (cujo interesse qualquer jornalista imediatamente perceberia), não tenha feito a pergunta que se impunha:
- E o que é que o senhor sabia sobre o caso BPN, que o levou a convocar três vezes Vítor Constâncio para falar sobre o assunto?
Ricardo Costa é um jornalista experiente. Se não fez a pergunta, não foi por estar distraído. Nem por manifesta falta de tempo. Será que o guião da entrevista foi previamente combinado, e o impedia de a fazer ? Se assim foi, é mau, mas sempre é melhor do que, se a explicação para o silêncio de Ricardo Costa estiver no facto de andar a dormir bem acompanhado (http://www.ionline.pt/ iopiniao/banca-jornalismo/ pag/-1).
Parvalorem
BPN: Estado assume dívida de milhões a Cardoso e Cunha Estado fica com dívida de empresa de ex-comissário europeu. Por: CM
Ex-conselheiro de Barroso acusa-o de Aliança com Merkel contra devedores
Phillipe Legrain foi conselheiro do presidente da Comissão Europeia. Diz ao Financial Times que instituições europeias escolheram alinhar-se com credores para impor as suas vontades aos devedores.
Legrain, que dirigiu o think tank da Comissão durante três anos até sair no mês passado, critica ainda o enfraquecimento político no seio da comissão. "Esteve muito bem [em aumentar a sua influência] no sentido técnico. Mas no sentido político está mais fraca que nunca", frisa o antigo responsável. "Tem sido um seguidor da crise em vez de um líder", argumentou.
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