quarta-feira, 17 de abril de 2013

José Seguro faz declaração ao país 08-04-2013

                                

                                      


 O secretário-geral do PS acusou hoje o primeiro-ministro de "enganar os portugueses" e de "instrumentalizar" a decisão do Tribunal Constitucional sobre o Orçamento para 2013, advertindo que os socialistas não aceitarão a "destruição" do Estado social.

  "O Tribunal Constitucional cumpriu a sua função", declarou António José Seguro no início de uma declaração feita após a reunião do Secretariado Nacional do PS.
António José Seguro acusou o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, de "enganar os portugueses" ao associar o chumbo de quatro normas do Orçamento à necessidade de acelerar cortes no Estado e o desembolso da próxima "tranche" da 'troika'.
"Só a derrapagem orçamental do ano passado representa cerca de três vezes o montante das medidas consideradas inconstitucionais. O Governo só tem de se queixar de si próprio e da sua política", afirmou o secretário-geral do PS.
Para o líder socialista, Pedro Passos Coelho está a "instrumentalizar" a decisão do Tribunal Constitucional sobre o Orçamento do Estado para 2013, propondo uma solução que apenas "irá agravar a espiral recessiva".
"O senhor Presidente da República e deputados de quatro grupos parlamentares agiram no respeito pela Constituição da República. Quem desrespeitou a Constituição foi o Governo. Pela segunda vez consecutiva, o Governo violou o princípio da igualdade que a Constituição da República defende", disse, numa alusão às críticas que o primeiro-ministro fez à decisão do Tribunal Constitucional sobre o Orçamento para 2013.
"Não aceitamos que o país continue no caminho no empobrecimento e de destruição do Estado social", declarou.
António José Seguro afastou assim o repto do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e dos partidos da coligação governamental PSD/CDS no sentido de que os socialistas se comprometam agora num corte de despesa que ponha em causa as funções sociais do estado.
"Não se curam as consequências da austeridade com mais austeridade. Quero deixar bem claro aos portugueses que não aceitaremos que o país prossiga neste caminho de empobrecimento e de destruição do Estado social", acentuou António José Seguro.
Na sua intervenção, o secretário-geral do PS defendeu que o caminho do país "passa por parar com a austeridade".
"Isto não quer dizer passar para a indisciplina, porque o PS defende o rigor e a disciplina orçamental", afirmou, dando como exemplo o facto de os socialistas, na Assembleia da República, terem votado a favor do Tratado Orçamental da União Europeia.
Segundo Seguro, "o PS tem uma alternativa assente em dois pilares fundamentais: Renegociar as condições do nosso ajustamento e a criação de uma agenda para o emprego e para a recuperação da nossa economia".






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João Cravinho "Seguro é metido no bolso ao pequeno-almoço por qualquer troika"

O deputado socialista e Conselheiro de Estado, João Cravinho, disse ontem em entrevista ao programa ‘Terça à Noite’ da rádio Renascença, que a “má preparação” ou a “hesitação” em agir de António José Seguro poderão fazer dele o “coveiro do PS”. Isto porque, sublinha, a “troika está a fazer tudo para o meter no bolso”.

João Cravinho foi ontem muito crítico quanto à atuação de António José Seguro enquanto líder do PS.

O antigo ministro socialista alertou Seguro para as dificuldades que poderá vir a enfrentar caso chegue ao Governo, referindo que “na política não é só quando o vento está favorável que o político se faz ao mar e vai para o convés”.

“Das duas, uma: Ou [Seguro] chega ao Governo com um mandato popular preciso sobre determinadas coisas que não são negociáveis, ou então o primeiro-ministro do PS é metido no bolso ao pequeno-almoço por qualquer troika”, disse Cravinho.

Para o responsável pelo Manifesto dos 74, nem a “melhor das intenções” poderá salvar Seguro.

“A questão fundamental é perceber que o Partido Socialista tem que ser o garante do bem-estar do seu povo. Se ele [Seguro] é o coveiro, por má preparação, por hesitação não deixará de ser coveiro, embora com a melhor das intenções”, concluiu.
 - 16 de Abril de 2014 | Por 

O rei de Penamacor 
A história de Portugal está repleta de salvadores, de velhos do Restelo, de dons Sebastiões, há uma mistura entre o inteligente e o burro, o burguês e o proletário, o sério e o aldrabão. Não admira que O Ricardo Salgado ainda há
poucos meses ordenasse a Paulo Portas que revogasse a sua decisão irrevogável e fosse bajulado por metade do país e agora é tratado como se fosse um pária.
Neste país é fácil a um tenor falhado chegar a primeiro-ministro e governar um país como se fosse uma escola preparatória. Neste país já vimos tudo e não admira que uma modesta licenciada em economia por uma universidade como a Lusíada vá dar aulas a Castelo de Vide e aproveite para tratar o Draghi por tu. Quem lesse o Expresso há umas semanas atrás ficava mesmo tentado a confundir Harvard com a Lusíada e a propor o nome da Maria Luís para Nobel da Economia.
O D. Sebastião como rei não foi grande coisa, armou-se em cowboy e levou uma tareia em Alcácer Quibir deixando o país entregue aos castelhanos. Se o país esperasse por D. Sebastião para lhe dar uns tabefes para ver se o acne lhe passava ainda se compreende, mas não é isso o sebastianismo, o país espera que o rei que o entregou regresse para o salvar. Se calhar têm alguma razão, pela forma como este país governa e se governa o melhor seria mesmo entrega-lo aos castelhanos.
O lado mais divertido do sebastianismo são as personagens que ao longo dos tempos se apresentaram como o D. Sebastião acabado de regressar. Nos tempos mais recentes não têm faltado Sebastiões, ainda que a maioria deles a única coisa que têm em comum com o rei é o facto de terem nascido na freguesia de São Sebastião da Pedreira. Mas na época do nosso rei mais desastrado houve mesmo algumas personagens que se apresentaram como o verdadeiro D. Sebastião.
A crença de que El-Rei regressaria foi criada pelas previsões de um tal Bandarra, o sapateiro de Trancoso, que previu o regresso do rei Encoberto que poria fim à injustiça e às confusões mundiais, algo que dava jeito, El-Rei falaria com mais seriedade da Ucrânia do que se percebeu naquele discurso de galo-da-Índia, dava umas bofetadas e muitos que anda por aí e ainda ajudava a resolver o buraco do BES.
Apesar de o Santo Ofício ter proibido as previsões de Bandarra o certo é que todos viram no regresso de D. Sebastião a vinda do Rei Encoberto do sapateiro de Trancoso. Afinal, tal como o resgate financeiro, a batalha travada em Marrocos não tinha sido o desastre de que se falava, El-Rei não tinha morrido e D. Sebastião era o Rei Encoberto  que viria num dia de nevoeiro.
Alguns levaram tão a sério a profecia de Bandarra que se apresentaram como o verdadeiro D. Sebastião acabadinho de chegar de Marrocos. O mais bem
sucedido ficou conhecido como o D. Sebastião de Penamacor. Folho de um oleiro de Alcobaça e que desde jovem vivia em Lisboa com um fabricante de terços. Por causa da peste o patrão fugiu entregando-lhe o negócio, mas o jovem partiu e depois de uma passagem por um convento acabou a pedir esmolas.
Graças à ajuda de uma generosa comprou um cavalo e foi para Alcobaça, onde fez saber que era D. Sebastião acabadinho de chegar de Marrocos. O homem teve algum sucesso e com apoiantes partiu para Penamacor, onde conseguiram ter algum apoio até serem presos pelos castelhanos. E assim nasceu a história do Rei de Penamacor, um desgraçado que acabou nas galés, acabando por se escapar da Invencível Armada. Menos sorte tiveram os seus apoiantes que pagaram a vigarice com a morte.
Em Portugal há sempre candidatos a D. Sebastião e não me admiraria nada que voltássemos a ter um Rei de Penamacor. O Jumento.

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Protesto no Parlamento Europeu - AJUDE A DIFUNDIR ESTA FOTO!
A revolta contra a austeridade já chegou ao Parlamento Europeu. Esta semana os deputados europeus da esquerda manifestaram-se contra a Troika. Esta foto está a correr a Europa toda, mas ... alguém a viu na imprensa portuguesa? Como podem ver, deputados europeus manifestaram-se com a palavra de ordem:
Tirem as patas de cima de: CHIPRE, PORTUGAL, GRÉCIA, ESPANHA, IRLANDA.
Mas... por cá, se não for a internet, nada sabemos!
                         
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