sexta-feira, 11 de maio de 2012

Acordo Ortográfico-Antes da Meia Noita...AAAAA


Aqui vai uma explicação muito pertinente para uma questão actual:  A jornalista Pilar del Rio costuma explicar, com um ar de catedrática no assunto, que dantes não havia mulheres presidentes e por isso é que não  existia a palavra presidenta... Daí que ela diga insistentemente que é Presidenta da Fundação José Saramago e se refira a Assunção Esteves como  Presidenta da Assembleia da República.  Ainda nesta semana , escutei Helena Roseta dizer : «Presidenta!»,   retorquindo o comentário de um jornalista da SIC Notícias, muito segura da  sua afirmação...
A propósito desta questão recebi o texto que se segue e que reencaminho:  Uma belíssima aula de  português.
  Foi elaborada para acabar de uma vez por todas com toda e qualquer dúvida se temos presidente ou presidenta.
  A presidenta foi estudanta?
  Existe a palavra: PRESIDENTA?
Que tal colocarmos um "BASTA" no assunto?
No português existem os particípios activos como derivativos verbais. Por  exemplo: o particípio activo do verbo atacar é atacante, de pedir é  pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é
 mendicante... Qual é o particípio activo do verbo ser? O particípio activo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade..
 Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação  que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante,  ente ou inte.
  Portanto, a pessoa que preside é PRESIDENTE, e não "presidenta",   independentemente do sexo que tenha. Se diz capela ardente, e não capela "ardenta"; se diz estudante, e não "estudanta"; se diz adolescente, e não  "adolescenta"; se diz paciente, e não "pacienta".
Um bom exemplo do erro grosseiro seria:
"A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta.
Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não  tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta".

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www.webartigos.com/artigos/surgimento-e-desenvolvimento-da-lingua-portuguesa/59864/ 







2 comentários:

  1. NÃO CONCORDO!!!
    A palavra “presidenta” existe na língua portuguesa desde 1872. E desde 1925 ela consta como verbete do dicionário Caldas Aulete, revela um estudo feito pelas lexicógrafas Marina Baird Ferreira e Renata de Cássia Menezes da Silva, da equipe do dicionário Aurélio. Mas quase um século depois de ser dicionarizado, o substantivo feminino de presidente ainda causa estranhamento e leva muitos leitores do SITE IG que adota o uso do termo, a questionar sua correção ortográfica.
    “Não existe estudanta porque ninguém reivindicou”, diz o linguista Marcos Bagno, professor da Universidade de Brasília. “Mas à presidenta, por ser um cargo único e muito importante, é mais do que justo que seja dado este direito.”
    De acordo com as lexicógrafas Marina Baird Ferreira e Renata de Cássia Menezes da Silva não se trata de exceção, mas de uma possibilidade reconhecida pela história da língua. “Tal processo é possível no nosso idioma desde sempre, como se vê no substantivo feminino infanta, registrado na língua desde o século 13”.
    Se outras palavras que ganharam o feminino por derivação, como mestra, monja, governanta e infanta não causam a mesma estranheza, qual o problema com a palavra presidenta?

    ISSO ME CHEIRA A PURO MAXISMO.PONTO FINAL.

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