quarta-feira, 1 de maio de 2013

Dois Anos de Troika Mais Nocivo que Benéfico


Ajuda externa Dois anos de troika com efeitos mais nocivos do que benéficos

Portugal pediu ajuda financeira pela terceira vez ao Fundo Monetário Internacional há dois anos, e em troca de um empréstimo de 78 mil milhões de euros, acordou um conjunto de medidas cujos efeitos na economia estão aquém do esperado.

O pedido de ajuda ocorreu no dia 6 de Abril de 2011 depois de uma emissão de títulos da dívida em que o Estado viu as taxas de juro subirem de forma expressiva.

Na sequência da emissão, o então ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, em declarações ao Jornal de Negócios, admitia que era "necessário recorrer aos mecanismos de financiamento disponíveis no quadro europeu em termos adequados à actual situação política".

Pouco depois, o Governo liderado por José Sócrates confirmava que tinha endereçado um pedido de ajuda financeira às autoridades internacionais.

Em resultado deste pedido, foi acordado um memorando de entendimento – assinado também pela maioria PSD/CDS-PP agora no Governo – com um conjunto de pressupostos cujos resultados não estão, no entanto, à vista.

Em termos de indicadores económicos, o mais desapontante tem sido mesmo o desemprego que passou de uma expectativa inicial de cerca de 13% para quase 19%.

Quando Portugal pediu ajuda financeira ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Bruxelas, as condições de financiamento da República tinham-se tornado insustentáveis e os indicadores económicos apontavam já para uma deterioração generalizada da economia, mas nem as previsões mais pessimistas da troika, na altura, anteviam o que veio a acontecer.

Eis alguns exemplos da situação económica portuguesa antes do pedido de ajuda e qual a situação actual:

 PIB

- Portugal fechou o ano de 2010 com um crescimento económico de 1,9% do Produto Interno Bruto, um valor influenciado por gastos excessivos da parte do sector público que acabaram por pesar no défice orçamental e no nível de dívida pública.

- Em 2012 a recessão atingiu os 3,2% de acordo com os mais recentes dados do Instituto Nacional de Estatística, o segundo pior resultado na história da economia portuguesa desde que existem dados. Pior só em 1975.

 Desemprego

- Em 2010 os dados do INE apontavam para uma taxa de desemprego nos 10,8%, em média anual, e 11,1% no último trimestre do ano. Entre os jovens (dos 15 aos 24 anos) a taxa de desemprego era já de 22,4%.

- Os mais recentes dados furam todas as previsões, até as mais recentes. Segundo o INE, a taxa de desemprego em média anual ficou nos 15,7% em 2012, no quarto trimestre o desemprego bateu novos máximos históricos chegando aos 16,9% e o desemprego jovem atingiu os 37,7%. A previsão feita no início do programa esperava que o desemprego fosse no máximo até aos 13%, agora já contempla 18,5% de taxa média anual no próximo ano e um pico de quase 19% este ano em termos trimestrais.

 Défice orçamental

- Em 2010 o défice orçamental terminou o ano nos 8,8% do PIB, um dos valores mais altos de sempre, mas que também se tratava de uma redução face aos mais de 10% registados no ano anterior.

- Em 2012 o resultado confirmado pelo Eurostat na primeira notificação do ano enviada a Bruxelas ao abrigo do Procedimento dos Défices Excessivos é de 6,4%. O valor acordado com a troika era de 5% do PIB, e do acordo com os critérios estipulados no memorando até terá ficado nos 4,9%, mas o chumbo da inclusão da receita da venda da concessão da ANA – Aeroportos de Portugal, juntamente com outros efeitos, tais como os 750 milhões de euros de compra de acções no aumento de capital da CGD aumentaram este valor.

 Dívida Pública

- Em 2010, depois de alguns anos a subir de forma acentuada, o rácio de dívida pública de acordo com os critérios de Maastricht terá fechado o ano nos 93,5%.

- Em 2012, a dívida pública terá atingindo os 123,7% do PIB, mais 30,2% pontos percentuais do PIB em apenas dois anos, fruto também do valor do PIB usado para calcular esta taxa ser mais baixo depois de dois anos de forte recessão.

 Défice Externo

- Em 2010 o défice externo atingiu os 8,4% do PIB, o que é já uma redução face aos valores superiores a 10% que se registaram em 2009. As exportações terão crescido 8,8%.

- Em 2012, o saldo externo foi positivo pela primeira vez em várias décadas, fechando o ano com um saldo positivo da soma da balança corrente e de capital de 1.313 milhões de euros, naquela que tem sido a parte do ajustamento que melhor tem corrido às autoridades portuguesas, devido sobretudo a uma queda nas importações, numa altura em que o aumento esperado das exportações começa a dar sinais de fraqueza.

 Crédito às famílias e empresas

- Desde que Portugal fez o pedido de ajuda à troika de credores externos, o financiamento da banca à economia tem estado em contracção, com uma queda de 20 mil milhões de euros nos empréstimos às empresas e famílias para 238.978 milhões de euros entre Abril de 2011 e Janeiro de 2013, segundo os últimos dados do Banco de Portugal.

- As empresas são quem mais tem sentido constrangimentos, com os empréstimos a caírem 11.448 milhões de euros (9,78%) para 105.613 milhões de euros.
- Já o crédito aos particulares reduziu-se em 8.628 milhões de euros (6,08%) nestes quase dois anos, tendo-se fixado em Janeiro nos 133.365 milhões de euros, no 11.º mês consecutivo de queda. A maior redução foi registada no crédito à habitação, que caiu 5.160 milhões de euros para 109.315 milhões de euros. No entanto, a queda relativa de 4,51% nestes empréstimos fica significativamente abaixo da redução de 15,05% no crédito ao consumo (13.125 milhões de euros em Janeiro, menos 2.225 milhões de euros) e 9,47% no crédito destinados a outros fins (10.925 milhões de euros em janeiro, menos 1.143 milhões de euros do que em Abril de 2011).
 05 de Abril de 2013 | Por Lusa/Noticias Ao Minuto



Natalidade em Portugal desce para os níveis de 1900, economia para os níveis de 200 a.C.

Por Vítor Elias


A natalidade em Portugal desceu para os níveis de 1900.
Ao que o IP apurou, esta quebra acentuada aconteceu porque a economia nacional já está nos níveis de 200 a.C., quando os antepassados dos lusitanos vendiam três borregos e duas cabras por mês aos fenícios, sendo que os directos sociais desceram vertiginosamente aos níveis de 20 000 a.C., quando os idosos e os mais fracos eram atirados  de ribanceiras, levavam com uma moca na cabeça ou, no caso das mulheres, eram puxadas pelos cabelos para as cavernas. Pires de Lima, porém, garante que as empresas estão a fazer o milagre de nos puxarem para 1348, o ano da Peste Negra. VE  
                                                                              
O PSD e o Memorando da Troika: A Mentira      Freitas do Amaral e o memorando da Troika 


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