Podem enganar-se algumas pessoas durante todo o tempo; pode enganar-se toda gente durante algum tempo; mas não se pode enganar toda a gente durante todo o tempo. (Abraham Lincoln).
Ironia da história
Pensaram sempre em atacar salários, pensões, reformas, rendimentos individuais e das famílias, serviços públicos para os mais necessitados e nunca em rendas estatais, contratos leoninos, interesses da banca, abusos a cartéis das grandes empresas. Pode-se dizer que fizeram uma escolha entre duas opções, mas a verdade é que nunca houve opção: vieram para fazer o que fizeram, vieram para fazer o que estão a fazer. "Isto já não é um Governo, é um amontoado de gente tratando da sua vidinha-Pacheco Pereira
Meus
Prezados Amigos,
Um pouco farto de ver e ouvir certas histórias, que
pressentia, mal contadas, decidi-me a fazer as minhas contas a partir das
Fontes Oficiais (INE e EUROSTAT).
Tem sido dito que os Pensionistas e os Reformados, junto com as Despesas
de
Pessoal do Estado, significariam, em conjunto, cerca de 75% a 78% das Receitas Públicas. Fui então verificar.
Ora sendo eu um cidadão preocupado com o desenvolvimento do meu País e
com o Bem-Estar dos portugueses, achei que este número, a ser verdade, seria
muito elevado e traria restrições severas a uma Política de Desenvolvimento e
de Crescimento a Portugal.Pessoal do Estado, significariam, em conjunto, cerca de 75% a 78% das Receitas Públicas. Fui então verificar.
Mas depois de tanto ouvir, comecei a achar estranho que estes números
fossem repetidos até à exaustão. E decidi investigar eu próprio da veracidade
de tais números.
Eis os Resultados:
QUADRO nº 1 - Pensões e Reformas
(Unidade: mil milhões de euros)
(Unidade: mil milhões de euros)
ANOS
|
2011
|
2012
|
2013
|
P.I.B.
|
237,52 €
|
212,50 €
|
165,67 €
|
PENSÕES e Reformas
|
13,20 €
|
13,60 €
|
14,40 €
|
Peso % - s/ PIB
|
5,56%
|
6,40%
|
8,69%
|
Total de Receitas
|
77,04 €
|
67,57 €
|
72,41 €
|
Peso % - s/ T. Receitas
|
17,13%
|
20,13%
|
19,89%
|
Meu comentário:
Qual não foi o meu espanto quando face a “doutas” opiniões de Economistas do Regime, de Jornalistas (ditos de economia) e de Políticos em que todos coincidiam em que esta Rubrica rondaria os 30% a 35% das Receitas do Estado e cerca de 15% a 17% do PIB, vim a verificar os resultados do Quadro nº 1 que acima publico.
Isto é:
As Reformas e as Pensões, mesmo numa Economia em Recessão, significaram entre os 17,13% e os 20,13%, sobre as receitas totais do Estado. Muito longe, portanto, dos anunciados 30% a 35%.
Mas se a análise for feita sobre o PIB então o seu significado variou, repito num quadro de uma Economia em Recessão, entre os 5,56% e os 8,69%.
Portanto muito longe do anunciado pelos “especialistas”….
A coberto dessas pretensas “realidades” foram cometidos os mais soezes ataques a esta parte da população portuguesa. Parafraseando o Prof. Doutor Adriano Moreira – “estamos em presença de um esbulho”.
NOTA: Por uma questão de educação não quero adjectivar mais as declarações sobre a matéria da Srª Ministra das Finanças e seu antecessor, nem do Sr. 1º Ministro, já que os restantes declarantes deixaram de me merecer qualquer respeito.
QUADRO nº 2 - Despesas com Pessoal do Estado
(Unidade: mil milhões de euros)
(Unidade: mil milhões de euros)
PESSOAL
|
2011
|
2012
|
2013
|
P.I.B.
|
237,52 €
|
212,50 €
|
165,67 €
|
Despesas c/ Pessoal
|
11,30 €
|
10,00 €
|
10,70 €
|
Peso % - s/ PIB
|
4,76%
|
4,71%
|
6,46%
|
Total de Receitas
|
77,04 €
|
67,57 €
|
72,41 €
|
Peso % - s/ T. Receitas
|
14,67%
|
14,80%
|
14,78%
|
Meu comentário:
Devo confessar que aqui, nesta rubrica, o meu espanto ainda foi maior, dada a prolixa comunicação sobre este tema proferida pelos actores acima referidos.
E feitas as contas, (quadro nº 2 acima), e juntando então os dois, os resultados são na verdade os seguintes:
Devo confessar que aqui, nesta rubrica, o meu espanto ainda foi maior, dada a prolixa comunicação sobre este tema proferida pelos actores acima referidos.
E feitas as contas, (quadro nº 2 acima), e juntando então os dois, os resultados são na verdade os seguintes:
(Quadro nº 3 – Pensões e Reformas + Custos c/ Pessoal)
(Unidade: mil milhões de euros)
(Unidade: mil milhões de euros)
PENSÕES + Desp. PESSOAL
|
2011
|
2012
|
2013
|
P.I.B.
|
237,52 €
|
212,50 €
|
165,67 €
|
PENSÕES + Desp. PESSOAL
|
24,50 €
|
23,60 €
|
25,10 €
|
Peso % - s/ PIB
|
10,31%
|
11,11%
|
15,15%
|
Total de Receitas
|
77,04 €
|
67,57 €
|
72,41 €
|
Peso % - s/ T. Receitas
|
31,80%
|
34,92%
|
34,66%
|
Ou seja:
A SOMA das Pensões e Reformas com as dos Custos de Pessoal do Estado, somam (numa Economia em Recessão) entre os 34,92% (incluindo aqui as indemnizações de mútuo acordo das rescisões então efectuadas) e os 31,80% sobre as Receitas Totais do Estado;
e entre 15,15% (incluindo aqui as indemnizações de mútuo acordo das rescisões então efectuadas) e os 10,31% sobre o Produto Interno Bruto.
e entre 15,15% (incluindo aqui as indemnizações de mútuo acordo das rescisões então efectuadas) e os 10,31% sobre o Produto Interno Bruto.
OU SEJA:
Menos de Metade dos números anunciados pelo Sr. 1º Ministro e seus Ministros das Finanças, para falar de actores políticos relevantes, deixando de lado as personalidades menores que pululam nas Televisões, Rádios e Imprensa escrita, que passei assim a tratar dada a sua falta de seriedade intelectual.
E a coberto disto se construiu uma Política do agrado do Sistema Financeiro, por razões e números que aqui não vou referir, e dos Credores (por razões que aqui também me dispenso de enumerar).
Menos de Metade dos números anunciados pelo Sr. 1º Ministro e seus Ministros das Finanças, para falar de actores políticos relevantes, deixando de lado as personalidades menores que pululam nas Televisões, Rádios e Imprensa escrita, que passei assim a tratar dada a sua falta de seriedade intelectual.
E a coberto disto se construiu uma Política do agrado do Sistema Financeiro, por razões e números que aqui não vou referir, e dos Credores (por razões que aqui também me dispenso de enumerar).
CONCLUSÃO:
Estamos a ser enganados deliberadamente por pessoas que têm e prosseguem uma filosofia política bem identificada e proveniente dos teóricos da Escola de Chicago (a Escola Ultra Liberal), apesar de um dos seus maiores expoentes, o Sr. Alan Greenspan – ex- Governador do FED (Reserva Federal norte-americana) – ter pedido desculpa por ter acreditado nela e ter permitido os desmandos do sector financeiro que nos trouxeram até às crises das Dívidas Soberanas, embora ajudados pela subserviência, incúria e incompetência de boa parte das classes políticas ocidentais.
Estamos a ser enganados deliberadamente por pessoas que têm e prosseguem uma filosofia política bem identificada e proveniente dos teóricos da Escola de Chicago (a Escola Ultra Liberal), apesar de um dos seus maiores expoentes, o Sr. Alan Greenspan – ex- Governador do FED (Reserva Federal norte-americana) – ter pedido desculpa por ter acreditado nela e ter permitido os desmandos do sector financeiro que nos trouxeram até às crises das Dívidas Soberanas, embora ajudados pela subserviência, incúria e incompetência de boa parte das classes políticas ocidentais.
Espero ter sido útil neste meu escrito. Na verdade, sendo um homem da Direita Conservadora, o meu primeiro Partido é Portugal. Os Partidos Políticos são, para mim, apenas Instrumentos para o engrandecimento de Portugal. Se não cumprirem esta missão então, para mim, não servem para nada. E vejo, com extremo desgosto, o meu próprio Partido – o CDS-PP, metido nesta situação degradante para Portugal e para os Portugueses sabendo que há alternativas. E acima de tudo odeio a mentira.
Está na hora, na minha opinião, de reformar e modificar o sistema político vigente, sob pena de irmos definhando enquanto Nação Independente.
Com os meus melhores cumprimentos
Miguel Mattos Chaves
Gestor
Doutorado em Estudos Europeus (dominante: Economia)
Auditor de Defesa Nacional
Doutorado em Estudos Europeus (dominante: Economia)
Auditor de Defesa Nacional
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E, no entanto, os portugueses não se movem. Ou quase não se movem. As acções do bando de malfeitores que se apoderou do Governo com falsas promessas parece tão inconcebível que parece impossível que alguém as leve a cabo sem que haja fortíssimas razões de interesse público, ainda secretas. Imagina-se que deve haver aí alguma racionalidade. Talvez o que o Governo diz da austeridade seja verdade. Talvez seja justo matar os pobres à fome para pagar aos bancos...
José Vitor Malheiros – “Público” 03 setembro 2013
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