quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Freitas do Amaral Estudo do FMI

                          


Estudo do FMI foi «um frete feito ao Governo», diz Freitas do Amaral

O fundador do CDS Freitas do Amaral disse ontem à noite, em entrevista à TVI24, que não tem dúvidas que o estudo do FMI foi uma encomenda do Governo.

Freitas do Amaral não tem dúvidas que o estudo do FMI foi um «frete feito ao Governo» português

Freitas do Amaral está convencido de que o Governo não tem como cumprir a legislatura até ao fim

«É óbvio que o Governo disse "Nós queremos isto, fundamentem, ajudem-nos a fundamentar isto". Portanto, isso tira muito valor ao relatório, aquilo não é um exame objectivo e imparcial da situação portuguesa, é um frete feito ao Governo», declarou Freitas do Amaral, esta terça-feira à noite em entrevista à TVI24.
O fundador do CDS-PP e antigo ministro de José Sócrates disse ainda que está cada vez mais convencido de que o Governo não tem como cumprir a legislatura até ao fim.
Freitas do Amaral estima mesmo que algures em 2013 o Executivo vai cair porque o ano vai ser o mais complicado desde o PREC.
«O ano de 2013 só tem comparação em dificuldades e perigos de 1975», declarou.
Freitas do Amaral disse ainda acreditar que o Presidente da República possa dissolver a Assembleia da República se a situação social se agravar em Portugal.
«Se houver uma situação social grave», Freitas do Amaral vê Cavaco Silva a preferir «devolver a palavra ao povo» por via de eleições.
Sobre o Governo liderado por Pedro Passos Coelho, Freitas do Amaral diz acreditar que coligação entre PSD e CDS-PP «já não é um casamento de amor, é um casamento de conveniência».
No que refere a uma remodelação do executivo, o fundador do CDS sublinha que o ministro Miguel Relvas já devia ter saído «há muito tempo por razões éticas» e o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, deveria ser substituído por alguém «mais humanista, mais sensível aos problemas sociais».
Apesar da atual situação do país e do momento presente do Governo, Freitas do Amaral advertiu contudo que o PS «não está preparado» para governar agora, mas «era bom que estivesse na altura em que isso» possa vir a suceder.
Fonte: TSF

Outros Relacionados:
Freitas do Amaral e o memorando da Troika               Freitas do Amaral: Portugal segue "Grécia
Freitas Amaral PS Fez bem recusar Refundação         Passos Coelho em Contradições PEC IV       
 Gorduras Cortes na Saúde Educação Pensões            Economia Incerteza e o futuro zona Euro
Ferreira do Amaral: Crise política em 2013                    BRICS: O Novo Banco do mundo?
Carvalhas há 15 anos Costa hoje e Eça 1871               Argentina Memorias do Saque
 Europa Três anos de crise da dívida                             El País Entrevista de Passos na TVI
Dívida Sobe como no Tempo de Sócrates                     Dívida pública está sem travão
Austeridade Paul Krugman Acabar com a crise já.        Acorda Portugal
Adriano Moreira Portugal é um Protectorado na UE      Transparência - Carlos Moedas



“Confesso que antes do 25 de Abril não era democrata”, disse ainda
Freitas do Amaral defendeu, em entrevista à Antena 1, que era a bom para a democracia um governo PS/PC. “Eu só espero que o Partido Comunista não fique agarrado à ideia de que só tem que entrar em cena quando for para fazer a revolução e aceite fazer alianças de governo”, disse, acrescentando que “a democracia portuguesa funcionaria muito melhor se a alternância fosse entre governos PSD/CDS e governos PS/PC”, apesar de considerar que um governo entre socialistas e comunistas “não é possível neste momento”.

Freitas do Amaral assumiu, na mesma entrevista, que antes do 25 de Abril não era democrata: “Eu sabia que era liberal, não sabia que era democrata”.

“Não posso dizer que em 72, 73, 74 tivesse falado a favor da democratização do regime, mas falei a favor da liberalização do regime”, acrescentando que “a ideia da democracia, dos partidos políticos, do governo poder mudar de acordo com as eleições, eu não a tinha tão clara no meu espírito”.

Em Portugal, “considerei o partido comunista como um perigo para a democracia portuguesa, não só em 75 mas enquanto existiu União Soviética. A partir do momento em que deixou de haver União Soviética é um partido como os outros e devo fazer aqui um elogio ao Partido Comunista: se é verdade que na minha opinião tentou tomar o poder pela força em 75, a verdade também é que desde o 25 de Novembro de 75 nunca mais infringiu uma única regra da democracia”.

Quanto ao manifesto, Freitas do Amaral diz que “não está nada arrependido” de o ter assinado e defende que não houve aproveitamento político do documento: “Não houve aproveitamento político nenhum. Alguém fez um partido com base no manifesto? Uma lista para o parlamento europeu com base no manifesto?”, considerou, esclarecendo que “apenas houve uma série de cidadãos que se encontraram de acordo quanto àquele tema”.

“É evidente que aquelas pessoas não podiam fazer uma coligação de governo, mas para um problema concreto de Portugal – que é o problema da dívida - quanto mais alargado for o leque de apoiantes melhor é”, disse ainda, considerando que o manifesto “não era um ultimato ao governo, era uma proposta de que aquele tema fosse debatido. E está a ser”.

Sobre a questão do voto obrigatório, Freitas do Amaral disse “as pessoas que normalmente se abstêm são as que estão mais descontentes, com a política, com os partidos… é precisamente esses que temos de levar a votar para que alguma coisa mude. Era uma forma de obrigar o sistema a renovar-se”.

Sem comentários:

Enviar um comentário