quarta-feira, 18 de abril de 2012

Quando Portugal disse 'não' à 'troika'

                             

Não foi agora: foi em 1928. E também não era propriamente a troika, mas o seu equivalente (o que vem a dar no mesmo). Nesse ano, o segundo da Ditadura Militar que antecedeu o Estado Novo, o ministro das Finanças, general Sinel de Cordes, tentou negociar com a Sociedade das Nações a concessão de um empréstimo externo que ajudasse o País a sair do «buraco» em que tinha caído, sobretudo desde o fim da Primeira Guerra Mundial, uma década antes. Enviou assim a Genebra, sede da organização mundial, outro general, Ivens Ferraz, com a missão de negociar os termos da "ajuda externa". Agora entra a diferença em relação aos nossos dias: Ivens Ferraz acabou por não aceitar o empréstimo. Porquê? Porque os potenciais credores puseram, como condição para a libertação da verba solicitada, o controlo das finanças nacionais. O Governo deu toda a cobertura ao enviado no que toca à decisão tomada e o homem que disse «não» àquela espécie de troika foi recebido em Lisboa como um herói e alvo de uma homenagem pública, onde foi muito aplaudido. Recusou o controlo estrangeiro das finanças e foi aplaudido por todos.
(in visão abril 2012)

2 comentários:

  1. Agora, andam aí uns capados a dar o rabo e encherem a mula à custa dos negócios públicos...
    Cambada!

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  2. Cuidado, isso foi no tempo do "fachismo" e os gajos tinham um pensamento nacionalista. Chiu, chiu...

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