O significado profundo desta postura, diz muito sobre a farsa dos afectos.
Quando o que está em causa é a própria perversão do Estado de Direito, MRS não quis tornar oficial a recepção aos pais das crianças adoptadas ilegalmente!
Ora aqui a declaração que eu já a muito tempo esperava, tudo que António Costa consegui foi graças ao governo anterior e tudo que Passos não consegui foi graças a troika e ao governo anterior, mas isto cabe na cabeça de alguém?
Ontem Marcelo disse que existiam mais pessoas sem abrigo do que contava, querem ver que qualquer dia vai dizer que foi o governo de António Costa o responsável? Por: António Sousa Sousa.
O marcelo vai nu.
-Despiu a máscara e mostrou um pouco do que é feito. Quando mostrar o resto!
-O Trump ainda vai ter inveja, vai querer imitá-lo.
-Temos aqui o rei dos oportunistas, o rei de todos os shows de baixaqualidade, o rei dos beijos a velhinhas, o rei dos populistas.
-Mais um banhinho no Tejo, mais um pulinho na SIC e mais um choradinho na TVI.
-Ha-se ser o pai da união de toda a esquerda no serrar de fileiras no combate aos pagantes dos assassinos incendiários.
-Há males que vêm por bem.
-Este ano vai ficar na história como aquele em que um governo de esquerda ensinou como se resolve uma crise financeira e económica. Vai ser o ano que ficará na história por ter tido um governo que resolveu o problema dos bancos falidos e ter criado um plano de eliminação da possibilidade de incêndios. Por: Luís Morgado da Silva.
Sr. Presidente da Republica, passado este tempo desde os fogos que ocorreram em Portugal, vimos agora saber aquilo que já suspeitávamos, fogo criminoso.Chegou a hora de V.Exª vir a público pedir desculpas ao Sr Primeiro Ministro, pedir desculpas a Constança Urbano de Sousa e ao Sr Coronel Joaquim Leitão. Por: Jorge de Sousa.
"O Incendiário"
Marcelo ao deslocar-se a Pedrogão para a consoada natalicia, aceitando um convite publico, cuja autora diz publicamente que o A. Costa não é bem vindo, deveria por questões de Estado e solidariedade Institucional, declinar o convite recusando. Abre um procedente acintoso, de afrontamento ao 1º. Ministro, que desde o primeiro dia sempre o tem acompanhado com objectivos muito claros no desgaste do governo, favorecendo a sua origem partidária. Vamos ter Pedrogão até ao fim do mandato.
A. Costa constrói, Marcelo incendeia.....!!!
Por: Francisco Ribeiro.
Populismo — de Pisistratus a Marcelo, a mesma cartilha
O grego (ateniense) Pisistratus é considerado pelos estudiosos da política como o primeiro populista demagogo na história ocidental. É o mais antigo populista demagogo. Marcelo Rebelo de Sousa não é o primeiro populista demagogo de Portugal, mas é o de maior sucesso, o mais activo e a funcionar 24 horas por dia.
Pisistratus pretendeu ser arconte de Atenas, o detentor dos poderes reunidos do basileu, o rei, e do comandante dos exércitos, o polemarco. Marcelo Rebelo de Sousa, além dos poderes do basileu e do polemarco pretende concentrar o poder do arconte tesmótetas, o que preparava as leis e velava pela sua execução.
Marcelo quer ser rei, general, chefe do governo e presidente da assembleia. Qualquer coisa entre um cocktail e um shot.
Pisistratus descobriu cedo que o povo era facilmente iludido por gestos simbólicos e a sua primeira medida como arconte foi transformar-se num “homem do povo”. Marcelo fez também a mesma descoberta com tenra idade, no início da carreira. Filho de ministro do Estado Novo, jornalista, professor de Direito, jurisconsulto, chefe partidário, administrador de casas ducais, amigo de banqueiros e comentador televisivo surgiu também como a voz do povo e um homem do povo que beija ao vivo velhinhas, dá de comer a sem-abrigo e bebe ginginhas no Barreiro, além de ir a Fátima em peregrinação e à bola para aclamação! São os afetos! Tão populares e consoladores como os coiratos à porta dos estádios.
Pisistratus, o pai do populismo, fazia campanha como herói triunfante, e era carregado aos ombros do povo como guerreiro vitorioso sem jamais ter participado numa batalha ou vivido um desafio. Marcelo também não possui no currículo nenhum feito heróico, nem de relevo que o ice ao Olimpo, a não ser o banho no Tejo e umas voltas em Lisboa ao volante de um táxi, mas fala como se tivesse soprado a Lua, saneado as contas públicas, apagado os incêndios infernais, enchido as barragens, canonizado os pastorinhos de Fátima, distribuído a raspadinha e impedido as invasões dos produtos chineses.
Ao longo dos séculos todos os Pisistratus fingiram demonstrar empatia para com os sofrimentos dos mais carentes e excluídos da sociedade, como Marcelo tão bem finge. Mas a comiseração dos populistas tem como único objetivo a obtenção do voto, do aplauso fácil, da aclamação. É o que faz mover Marcelo. Sempre que acreditarmos nos carinhosos abrações e nas selfies de Marcelo devemos ter a consciência de estar a ser hipnotizados por um Pisistratus moderno.
O populista apela à simpatia do povo para construir o seu poder. Baseia o seu discurso na denúncia dos males que as classes privilegiadas causam no povo. Apresenta-se como redentor dos humildes. O populista divide a sociedade em dois grupos homogéneos e antagónicos: o ‘povo simples’ e a ‘elite corrupta”. O populista assume-se como o único que representa o povo contra os corruptos, mesmo contra as leis. Aí temos de novo Marcelo, o sorriso de Marcelo, o palpite de Marcelo, o recado de Marcelo, a facada de Marcelo.
O populista universal é um narciso apaixonado por si, que se orgulha tanto da sua irresponsabilidade como da sua inimputabilidade. Marcelo é o demagogo que se coloca acima da lei da divisão de poderes em nome do povo que vota em quem tem o dever de elaborar as leis. O demagogo, como Marcelo, entende que fala directamente com o povo, que é a voz de deus, embora, logo de seguida, beije as mãos dos padres com beata genuflexão.
Um populista narcísico como Marcelo, se chegar à conclusão que alguém pode fazer-lhe sombra, tentará minar o seu prestígio e reputação. Balsemão e Portas queixam-se dessas caneladas que deixaram nódoas.
Marcelo Rebelo de Sousa está constantemente preocupado com fantasias de poder e sucesso. Crê ser especial e faz tudo para lhe reconhecerem essa qualidade. Exige admiração dos outros e sente “estar no seu direito” aproveitar-se dos outros para benefício próprio.
As acções e as aparições de Marcelo Rebelo de Sousa, os seus gestos e as suas expressões de afectos têm como finalidade fazer dele o centro das atenções.
Acredita que possui todas as qualidades. Prefere atuar sozinho, sem dar espaço aos outros ou delegar funções. Apenas exige que os outros façam o que lhe convém. É essa a razão do jogo perverso de gato e rato que impôs a António Costa após os incêndios do Verão. Os incêndios no centro do país mostraram Marcelo Rebelo de Sousa como um jogador com ases na manga e dados viciados.
Ele é e faz tudo para o ser o “funcionário do dia”, o “funcionário da semana”, do mês, do ano, “o funcionário modelo”. Na antiga União Soviética seria um herói do trabalho. Quer que a sua fotografia, a sua imagem fique pendurada nas paredes dos locais que visita, que todos saibam quem ele é e o que fez.
O populista, com a sua doentia necessidade de reconhecimento, é um tipo inseguro, que não confia em si próprio. Perigoso porque está à mercê dos sabujos que lhe preenchem o vazio, dizendo e gritando que ele é o bom, o capaz, o conseguidor, o salvador, ou que produzem os elogios que o fazem sentir-se inchado, diante do espelho.
Vemos Marcelo Rebelo de Sousa na televisão e podemos achá-lo engraçado, mas na verdade ele é um populista. Um populista simpático, mas um demagogo egoísta e narcísico.
Os portugueses votaram maioritariamente nele. Há que o aceitar como é e decifrá-lo."
Por: Cor. Carlos Mattos Gomes
Coisas que importa saber sobre este Presidente.
a) filho de ministro de Salazar (corporações) e Marcelo Caetano (ultramar)
b) Nasceu em 12 de Dezembro de 1948
c) fez parte da Mocidade Portuguesa atingindo os mais altos postos da organização juvenil
d) licenciou-se em Direito em 1971
e) apesar de defensor da guerra do ultramar e dos valores salazarentos não cumpriu o serviço militar ( alínea a)
f) em 1973 participou no encontro da oposição ao regime ditatorial em Aveiro,aproveitando a oportunidade para dar conhecimento a Marcelo Caetano do nome dos participantes e agitadores , em carta escrita ( hoje pública) e onde recomendava que fossem essas pessoas mantidas na ordem
g) Após o 25 de Abril surgiu como democrata e filiou-se no PPD
h) leccionou na faculdade de Direito da universidade de Lisboa,nas horas vagas , sendo um rosto presente nas TV como fazedor de opiniões mediante chorudos contratos
I) Foi conselheiro de Estado de Cavaco Silva
m)apresentou a sua candidatura para não deixar órfã a Direita Portuguesa
n) declarou que teve como rendimentos brutos em 2014, € 385.000
o)declarou que não tem quaisquer imóveis e que vive em casa arrendada
p) declarou ter em aplicações bancárias o mesmo saldo que tinha há quatro anos
q) não se apresentando como esbanjador até porque leva marmita na campanha ...fica uma séria dúvida e pertinente interrogação !
r) onde gasta os mais de duzentos mil euros anuais que recebe de honorários pela propaganda política e de remuneração académica ? Por: José Lopes/ 17/1/2016
Sr Presidente da Republica Portuguesa, V. Exª, teve a coragem (bem ou mal, não discuto) de enviar recados para o Governo, V. Exª não se sente capaz de enviar recados para os Sindicatos ?
Se nada disser, começo a pensar que anda a adorar a festa.! Por: Jorge Sousa.
Ricciardi lembra férias de Marcelo na casa de Salgado Marcelo Rebelo de Sousa comentou, na TVI, as audições da comissão de inquérito parlamentar à gestão do BES e do GES.
Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/economia/detalhe/ricciardi_lembra_ferias_de_marcelo_na_casa_de_salgado
Um facto curioso:
Sócrates tem um amigo que lhe empresta milhões e toda a gente acha esquisito.
Marcelo Rebelo de Sousa passa férias e a passagem de ano há longos anos em casa de Ricardo Salgado e as pessoas acham isso normal.
(Para que conste nunca votei Sócrates)
Manuel Amor
Marcelo é um individuo obsoleto com 67 anos de vida fascista, afilhado do Marcelo Caetano, amigo do traidor Cavaco e companheiro do criminoso Ricardo Salgado !!
marcelo é uma criatura hibrida.
1/3 Palhaço
1/3 Padre
1/3 Pantomineiro
Ressabiado será sempre e nunca muda: https://www.publico.pt/.../governo-informou-presidente-de...
Marcelo Rebelo de Sousa - ontem, hoje e amanhã
Marcelo é a direita, representa a direita e será mais um presidente da e para a direita. Ontem hoje e amanhã.
"O herdeiro"
Na crise académica de 1969, “participa nas manifestações públicas de apoio à ditadura”. Em 1970, com Beleza e Braga de Macedo, Marcelo fura a greve académica na faculdade. E reúne-se com o novo ministro Veiga Simão para lhe…
"Faço a pergunta e respondo: devia estar no cumprimento do serviço militar obrigatório,mas tal não sucedeu, incumprindo a lei militar. A atitude moral é ainda mais condenável porque quem era o ministro do Ultramar nesse momento era o seu próprio pai [Baltasar Rebelo de Sousa]". Marcelo Rebelo de Sousa defendeu em 1998, quando se fez o referendo pela descriminalização da interrupção voluntária da gravidez, que as mulheres continuassem a ser criminalizadas. Mas em 2007, veio dizer que nunca quis ver uma mulher na prisão. Ou seja, diz uma coisa quando lhe convém e diz outra quando lhe deixa de convir"
O Comandante Supremo das Forças Armadas pode baldar-se ao Serviço Militar, não por convicção política,mas por cunha?
No entanto com toda a exposição mediática que leva no bolso há algo que o candidato Marcelo Rebelo de Sousa não consegue disfarçar, como se viu nos debates, por exemplo no último com Sampaio da Nóvoa, e que Pedro Passos Coelho sintetizou de forma lapidar: catavento errático. A cada novo debate é tudo e o seu contrário.
O que os portugueses podem esperar de Marcelo Rebelo de Sousa... com palavras facciosas, é preciso conhecer devidamente este homem... O País precisa de um Presidente devidamente credenciado NÃO ligado à direita mais retrógrada!!!
http://jumento.blogspot.pt/.../umas-no-cravo-e-outras-na...
Marcelo Rebelo de Sousa descobriu que os problemas nacionais se revolvem com abraços e beijinhos, na sua estratégia populista passa a mensagem de que os políticos são todos incompetentes e insensíveis menos ele que com um par de abraços, selfies e beijinhos tudo se resolve. Há pobres porque os políticos são insensíveis, há muitos sem-abrigo porque não há amor, há recessão porque falta um presidente a anunciar indicadores uns dias antes de publicados no INE.
Se o Catavento é o chefe supremo das Forças Armadas, porque é que não assume a responsabilidade política de Tancos e se demite?
Chegou a altura de o fazer sentir isso.
Um excelente artigo de Estrela Serrano !!
Os meus amigos marcelistas vão ter de me aturar novamente a pretexto do artigo, que o «Público» hoje inseriu na sua edição, e em que Liliana Valente conta como, antes do seu discurso ao país, “o chefe de Estado estava a par de tudo o que estava a ser preparado, na reação às tragédias deste Verão — e Marcelo nunca terá transmitido qualquer desacordo com esses passos e o calendário a seguir.”
Não sei o que esses amigos terão a dizer em defesa do seu «mais do que tudo» mas, na minha escala de valores, o comportamento de Marcelo é o de um traidor. Com todas as letras…
Porque uma das medidas conhecidas era a da demissão da ministra Constança Urbano de Sousa e Marcelo quis ficar na fotografia como sendo o ordenante do seu despedimento. Que depois tenha tido o topete de a abraçar calorosamente
na cerimónia de tomada de posse dos novos ministros e secretários de Estado só confirma a sua natureza dúplice, hipócrita. Confirma o jornal: “apesar da forte pressão, Costa defendeu que a substituição da ministra só deveria acontecer depois do Conselho de Ministros, para que fosse Constança a apresentar as medidas que preparou. ‘Estava tudo acordado. O Presidente sabia da saída da ministra’”.
Podemos aventar até que ponto Marcelo terá tido a noção de que a SIC estava a fomentar a organização de grandes manifestações contra o governo no passado sábado e viu nelas a possibilidade de cavalga-las para o objetivo de apressar o inconfessado desejo de se ver livre da coabitação com um governo que execra. Valeu a Costa que, desta vez, o conhecido faro de Marcelo para agir de acordo com as circunstâncias lhe saiu gorado.
Questionado entretanto pelos jornalistas quanto à mudança no relacionamento com António Costa, Marcelo terá “chutado para canto”, eximindo-se a responder sobre a substância do que se lhe exigia…
“A concretização, sabia Marcelo, estava a ser preparada para apresentar no Conselho de Ministros no sábado seguinte. Mas Costa foi obrigado a mostrar parte delas logo no dia seguinte, no debate quinzenal (vistas ali como cedências ao discurso do chefe de Estado): desde o reforço de verbas no Orçamento para 2018, à demissão da ministra ou mesmo sobre as indemnizações às vítimas. Aliás, sobre as indemnizações, Marcelo pressionou o Governo a fazer uma avaliação “de forma rápida”, de modo a indemnizar as vítimas de Pedrógão no dia antes dos incêndios de Outubro. Mas o tal mecanismo extrajudicial já vinha a ser preparado - com Belém informado - e estava agendada a reunião com a Associação de Familiares das Vítimas para quarta-feira, no dia em que foi apresentada esta medida.”
Como diria o povo, há sempre males que vêm por bem: são muitos os testemunhos dos que se confessam enganados pela aparente simpatia do selfieman e só agora se apercebem da sua verdadeira natureza. Não é o elo de confiança entre o presidente e o primeiro-ministro, que se quebrou, porque um e outro são suficientemente inteligentes para adivinhar a rutura mais tarde ou mais cedo. O que se acelera é a quebra dessa confiança entre muitos socialistas, que se eximiram de votar no candidato mais íntegro das eleições presidenciais de 2016 - Sampaio da Nóvoa - para votarem em quem continua a fazer de Belém a sede da contínua ação conspirativa contra quem os quer bem governar... Por:
Hildeberta Santos.Não sei o que esses amigos terão a dizer em defesa do seu «mais do que tudo» mas, na minha escala de valores, o comportamento de Marcelo é o de um traidor. Com todas as letras…
Porque uma das medidas conhecidas era a da demissão da ministra Constança Urbano de Sousa e Marcelo quis ficar na fotografia como sendo o ordenante do seu despedimento. Que depois tenha tido o topete de a abraçar calorosamente
na cerimónia de tomada de posse dos novos ministros e secretários de Estado só confirma a sua natureza dúplice, hipócrita. Confirma o jornal: “apesar da forte pressão, Costa defendeu que a substituição da ministra só deveria acontecer depois do Conselho de Ministros, para que fosse Constança a apresentar as medidas que preparou. ‘Estava tudo acordado. O Presidente sabia da saída da ministra’”.
Podemos aventar até que ponto Marcelo terá tido a noção de que a SIC estava a fomentar a organização de grandes manifestações contra o governo no passado sábado e viu nelas a possibilidade de cavalga-las para o objetivo de apressar o inconfessado desejo de se ver livre da coabitação com um governo que execra. Valeu a Costa que, desta vez, o conhecido faro de Marcelo para agir de acordo com as circunstâncias lhe saiu gorado.
Questionado entretanto pelos jornalistas quanto à mudança no relacionamento com António Costa, Marcelo terá “chutado para canto”, eximindo-se a responder sobre a substância do que se lhe exigia…
“A concretização, sabia Marcelo, estava a ser preparada para apresentar no Conselho de Ministros no sábado seguinte. Mas Costa foi obrigado a mostrar parte delas logo no dia seguinte, no debate quinzenal (vistas ali como cedências ao discurso do chefe de Estado): desde o reforço de verbas no Orçamento para 2018, à demissão da ministra ou mesmo sobre as indemnizações às vítimas. Aliás, sobre as indemnizações, Marcelo pressionou o Governo a fazer uma avaliação “de forma rápida”, de modo a indemnizar as vítimas de Pedrógão no dia antes dos incêndios de Outubro. Mas o tal mecanismo extrajudicial já vinha a ser preparado - com Belém informado - e estava agendada a reunião com a Associação de Familiares das Vítimas para quarta-feira, no dia em que foi apresentada esta medida.”
Como diria o povo, há sempre males que vêm por bem: são muitos os testemunhos dos que se confessam enganados pela aparente simpatia do selfieman e só agora se apercebem da sua verdadeira natureza. Não é o elo de confiança entre o presidente e o primeiro-ministro, que se quebrou, porque um e outro são suficientemente inteligentes para adivinhar a rutura mais tarde ou mais cedo. O que se acelera é a quebra dessa confiança entre muitos socialistas, que se eximiram de votar no candidato mais íntegro das eleições presidenciais de 2016 - Sampaio da Nóvoa - para votarem em quem continua a fazer de Belém a sede da contínua ação conspirativa contra quem os quer bem governar... Por:
Artigo a ler, porque saber é poder, nem que seja de argumentar....
A CONSTITUIÇÃO
(In Blog O Jumento, 26/10/2017)
"Marcelo usa de forma subliminar o seu estatuto de professor de direito para passar a ideia de que de Constituição é ele que sabe. Temos agora um presidente que interpreta livremente e circunstâncialmente a Constituição, em função dos seus objectivos políticos e que usando os poderes que ele próprio entende que a Constituição lhe confere dá ordens ao governo em directo e através da televisão, como se o primeiro-ministro fosse um secretário pessoal, para não dizer uma criada de quarto.
Na sua conversa de Oliveira do Hospital, para fundamentar as exigências que fez ao governo através da comunicação social, para que o povo ficasse a saber quem manda, o Presidente da República apelou aos seus poderes constitucionais. Depois de uma parte do discurso elaborado para puxar pela lágrima de quem o ouvia e para ganhar mais likes junto do povo, Marcelo diz que foi eleito “para cumprir e fazer cumprir a constituição que quer garantir a segurança dos portugueses”; de seguida desenvolveu uma longa tese sugerindo que os portugueses ficaram fragilizados, tirando a conclusão de que estamos perante um problema de segurança, daí ter o poder de cumprir e fazer cumprir a Constituição para repor a sua segurança.
Perante um problema de segurança Marcelo usou dos seus poderes constitucionais passando a ditar as suas ordens ao governo, todos perceberam quais as ordens: um programa de combate aos incêndios decidido na hora, indemnizações rápidas e a demissão da ministra.
Até aqui os únicos presidentes que vi darem ordens em direto aos governantes no meio de entrevistas ou discursos para a comunicação social foram Hugo Chavez e Maduro. Mas as consequências dos incêndios a tudo o autorizam, ainda que não explique por que motivo os mesmos incêndios não autorizam o governo a tratá-lo da mesma forma.
Amanhã há um acidente com problema num hospital, Marcelo invoca o seu poder de “cumprir e fazer cumprir a Constituição”, diz que lhe cabe garantir o acesso à saúde e que está quase a chorar por ver tantos velhinhos amorosos a morrer nas salas de espera das urgências e fica logo ali e por ele próprio autorizado a dar ordens ao governo. Que decida um plano de saúde a vinte anos até ao próximo sábado e de preferência depois de se demitir o ministro da Saúde e, quem sabe, sugerindo que se escolherem alguma pessoa da sua confiança será mais simpático no futuro. Se ocorrer um escândalo no ensino faz o mesmo em relação a este setor e o mesmo se pode dizer em relação a qualquer pasta governamental. Agora exige-se que se decida em dois dias para vinte anos e de preferência com um ministro demissionário ou demitido, mais irresponsabilidade é difícil.
Temos agora um presidencialismo à Hugo Chavez, demite-se o ministro e em três dias adotam-se medidas com um horizonte de décadas. Em vez das reuniões semanais dão-se as ordens em direto no meio de comunicações aos portugueses. É Marcelo que de forma errática e de acordo com as conveniências da gestão da sua imagem que define as prioridades do país e em questão de semanas deixa de ser a dívida para serem os incêndios ou outro qualquer tema.
O governo deixa de responder perante o parlamento, deixa de governar cumprindo um programa que foi legitimado nas urnas e aprovado no parlamento. O governo passa a ouvir as comunicações ao povo, as piadas na bica ou as conversas no meio das selfies para saber o que vaio para a agenda do Conselho de Ministros no dia seguinte. O governo deixa de pensar no longo prazo, decide na hora por encomenda de Cavaco e no dia seguinte até o deputado Amorim vem saudar as novas medidas. Mais ridículo é impossível, mas com Marcelo tudo tem muita graça.
Deixa de haver reflexão e mesmo debate parlamentar, é o presidente que em função da gestão dos seus likes e selfies que vai dando ordens diárias ao primeiro-ministro. Enfim, com este Presidente da República o político português com mais vocação para primeiro-ministro é Pedro Santana Lopes, até parece que foi feito à medida deste Presidente. Com este Presidente em vez de primeiro-ministro temos um mordomo e podem ser dispensados o Parlamento e o Tribunal Constitucional, porque é ele que sabe de Constituição e de quem o povo quer beijinhos, muitos beijinhos."
Uma lagartixa nunca será um jacaré. Provérbio africano que escolhi para comentar a nota do Presidente da República a assinalar a morte. do coronel Varela Gomes cujo funeral se realizou hoje. A foto é Alfredo Cunha, 1975. Foi publicada nas redes sociais e por isso a reproduzo para ilustrar a rejeição do Estado - representado pelo seu chefe - a homens como Varela Gomes, homens de ideais, que lhe sã... Ver Mais
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